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domingo, outubro 31, 2021

Escapando da reunião sobre clima, Bolsonaro acentuou o fracasso de sua política para o meio ambiente

 

Escapando da reunião sobre clima, Bolsonaro acentuou o fracasso de sua política para o meio ambiente

Bolsonaro “pipocou” e não deve participar da COP26 em Glasgow

Pedro do Coutto

O presidente Jair Bolsonaro, aliás como era esperado e não surpreendeu ninguém, decidiu não comparecer à reunião sobre o clima que se inicia hoje em Glasgow, na Escócia, embora estejam presentes chefes de Estado de mais de cem países. Em Brasília, o general Hamilton Mourão, que assumiu interinamente a Presidência da República, em declarações à Folha de S. Paulo, disse que Jair Bolsonaro não participa da COP26, evento da ONU, para evitar pedradas contra o seu governo, expressão usada para focalizar protestos generalizados.

A atitude de Bolsonaro deixa o país muito mal no julgamento internacional sobre as medidas que deveria ter tomado e não tomou contra os desmatamentos, as queimadas e em relação aos fatos que produziram o aumento do carbono na atmosfera. Mourão disse ver lógica no comportamento presidencial porque senão em Glasgow todo mundo poderia criticar Bolsonaro. Mas assinalou que haverá uma equipe bem estruturada representando o Brasil na reunião.

ESCAPISMO – Estarão o ministro Joaquim Leite, do Meio Ambiente, Fábio Faria, Comunicações, e Bento Albuquerque, Minas e Energia. Na minha opinião, optando pelo escapismo, Bolsonaro agravou a situação brasileira no contexto internacional. Mourão, de acordo com a Folha, disse que as restrições voltam-se contra o governo por ser da direita e também em função de uma disputa econômica.

A maioria das pessoas que possuem maior consciência ambiental são de esquerda. Mas tem também a questão econômica, através da qual países produtores tentam prejudicar o agronegócio brasileiro tentando dizer que ele decorre do desmatamento da Amazônia, o que não é verdade. Hamilton Mourão disse ainda que o Brasil em Glasgow defenderá o que considera um interesse nacional com as armas da diplomacia. O vice-presidente Hamilton Mourão é também o chefe do Conselho da Amazônia, órgão do governo brasileiro contra o desmatamento.

PRECATÓRIOS –  Reportagem de Ranier Bragon, Thiago Resende e Danielle Brant, Folha de S. Paulo deste sábado, analisa a falta de número que a base do governo na Câmara revelou impedindo a votação do projeto de emenda constitucional que parcela e atrasa o pagamento dos precatórios judiciais. São apontados como fatores  a traição de correligionários do governo e a falta de liderança que vem causando as ausências. Como no caso das emendas constitucionais para a aprovação são necessários 308 votos a favor, as ausências representam claramente uma posição contrária à medida e não se pode, a meu ver, citar traições como motivo, pois em muitos casos trata-se de uma questão de consciência.

Não foi a ministra Flávia Arruda, secretária do governo, que falhou. Ela, de fato, foi indicada ao cargo por Valdemar Costa Neto do PL que se empenha para que Jair Bolsonaro se filie à legenda. Deputados do PL podem estar obtendo vantagens da sua adesão ao bloco de Centro. Mas é preciso considerar também a hipótese de que uma expressiva parcela de parlamentares não aprova o adiamento dos precatórios por uma questão de consciência e também em consequência de pressão de eleitores.

DÉCADAS DE ESPERA  – Os precatórios são dívidas do governo e do INSS que resultam de ações ajuizadas em médias há trinta anos. Portanto, os autores destas ações que se tornaram vitoriosas definitivamente esperam há três décadas para receberem os resultados. Não tem cabimento que depois de uma espera dessa dimensão, o governo resolva adiar novamente o pagamento e protelá-lo sem previsão de qualquer prazo.

As dívidas do governo são assim. O governo cobra, sobretudo por intermédio do Imposto de Renda, pagamentos imediatos. Mas quando tem que pagar, protela de forma absurda. E, no fundo, a aplicação aplicada aos valores perdem para os índices inflacionários reais que se estenderam no caso dos precatórios por uma longa estrada que o governo ameaça agora não ter um horizonte.

 

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