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quarta-feira, janeiro 06, 2021

Ministra Rosa Weber, do STF, nega habeas corpus para desembargadora Lígia Ramos


Ministra Rosa Weber, do STF, nega habeas corpus para desembargadora Lígia Ramos
Magistrada continuará em carceragem no DF | Foto: Reprodução/ Alô Alô Bahia

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus para a desembargadora Lígia Ramos, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Presa no Núcleo de Custódia da Polícia Militar, no Distrito Federal, a magistrada pediu para que a prisão preventiva dela fosse convertida em domiciliar.

A defesa alegou ao STF que Lígia corria risco de contrair Covid-19 caso continuasse na unidade. Em manifestação, o Ministério Público Federal (MPF) anexou ao processo indícios de que a desembargadora testou positivo para coronavírus em novembro e omitiu a informação das autoridades, para obter o habeas corpus (leia aqui). Os advogados negam e dizem que o exame que teria atestado a contaminação da magistrada pelo Sars-CoV-2 foi um falso positivo.

 

Na decisão, Rosa Weber afirmou não identificar “situação de fato que justifique o cumprimento da medida cautelar em ambiente distinto do local atual de custódia” por não haver indicativo de que o núcleo de custódia está sendo negligente com as medidas para prevenir a disseminação do vírus.

 

A ministra também justificou que já há pedido semelhante da defesa nas mãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ), “mais próxima das provas e dos fatos” e, portanto, competente para analisar a questão.

 

Em nota, a defesa de Lígia Ramos afirmou ter “convicção de que a ilegalidade da prisão será reconhecida quando o habeas corpus for julgado pelo relator do processo no Supremo Tribunal Federal”. E acrescentou: “A decisão da ministra Rosa Weber de indeferir o pedido se deu em caráter liminar, e portanto, não é definitiva. Ressalta-se também que a decisão não aborda a legalidade da prisão preventiva da desembargadora.”

 

Lígia foi presa nas 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, deflagradas em 14 de dezembro. Ela é acusada de integrar esquema de venda de sentenças no TJ-BA e de atuar para destruir provas de seu envolvimento nos crimes. 

Bahia Notícias

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