Muita gente não entende esta diferença, inclusive uma parcela considerável dos servidores públicos. Se você perguntar a um servidor municipal quem é o patrão dele, certamente ele dirá que é o Prefeito. Ou o Governador no casos dos servidores estaduais, ou ainda o Presidente da República no caso dos servidores federais.
Este tipo de confusão ocorre principalmente pelo pouco conhecimento do papel do servidor público e de sua importância na prestação de serviços públicos. Embora tenhamos Direito Administrativo como matéria básica na maioria dos concursos públicos, vejo que as administrações pecam nos cursos e palestras de integração e acolhimento de novos servidores, ao não abordarem este tema com a devida importância que ele merece, ou seja, mostrar ao ingressante o que é ser servidor público, a diferença entre o trabalhador do setor privado e um trabalhador do setor público, ou ainda, a diferença em gerar o lucro financeiro e gerar o lucro social.
Ele precisa entender que o agente político que está chefiando o Poder Executivo, está nesta condição temporariamente, ou seja, é o chefe que o verdadeiro patrão escolheu para cumprir um mandato temporário e definido, ao passo que, o cidadão é permanente e ao mesmo tempo financiador e potencial usuário dos serviços públicos.
O servidor efetivo fica e o servidor comissionado e os agentes políticos vão embora ao final da legislatura de quatro anos, ainda mais agora com o fim da reeleição. Sendo assim, o servidor efetivo precisa lembrar que muitas ações e leis que o mandatário promovo e consegue aprovar em sua gestão, irão gerar reflexos em futuras administrações, daí a importância de o servidor ser vigilante e se opor a medidas que podem ser danosas para o futuro, situações em que o autor da medida vai embora e os reflexos terão que ser resolvidos pelos efetivos que ficam.
Portanto, não tenha medo de bater de frente com seu chefe temporário quando tiver certeza que as medidas adotadas por ele serão nocivas ao longo do tempo, é um dever do servidor denunciar as arbitrariedades e ilegalidades praticadas pelos mandatários, seja em que nível de governo for, porque o servidor trabalha para a sociedade e busca defender os interesses individuais e coletivos dos cidadãos dentro da lei.
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Nota da redação deste Blog - Infelizmente em Jeremoabo ainda existe muita gente desinformada que pensa ser o prefeito o dono da cidade, o ente que está acima da lei e tudo pode.
A pandemia através da vacina veio mostrar que o prefeito é apenas um servidor público temporário, nem efetivo é.
Foi a vacina quem veio demonstrar que o direito do prefeito termina onde começa o direito do cidadão, como exemplo simples e concreto temos o " fura fila", agente político que furar a fila da vacinação de imediato será processado e terá que prestar contas para a justiça.
Outra coisa que ficou demonstrado foi que o grito do povo e ensurdecedor, não deixa a Justiça dormir, como exemplo, temos os casos dos furas filas, e de autoridades omissas que estão tendo que prestar contas para a justiça, a exemplo o Ministro da Saúde.
Encerro sugerindo que esse artigo sirva de exemplo para o o povo de Jeremoabo, que lutem por seus direitos, parem de ser avestruz, botem a boca no trombone.