Deu no G1
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, cobrou do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ‘dignidade para defender a vacina CoronaVac’ e agilidade do Itamaraty para viabilizar a vinda de matéria-prima da China para dar continuidade à produção do imunizante contra a Covid-19. A fórmula é a única sendo aplicada até o momento na população brasileira.
A declaração foi dada na manhã desta terça-feira, dia 19, em um evento em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que também teve a participação do governador João Doria (PSDB) “Se a vacina agora é do Brasil, o nosso presidente tenha a dignidade de defendê-la e de solicitar, inclusive, apoio, pro seu Ministério de Relações Exteriores na conversa com o governo da China. É o que nós esperamos”, disse Dimas Covas.
TEMOR – O Brasil tem seis milhões de doses prontas da vacina que pode ser fabricada pelo Butantan. Os imunizantes distribuídos aos estados desde segunda-feira, dia 18, vieram do país asiático, sede da farmacêutica Sinovac, parceira do instituto ligado ao governo de São Paulo. O temor é que, sem o insumo, as doses da Coronavac acabem ainda neste mês. Secretários estaduais da Saúde disseram nesta segunda-feira que há risco de o primeiro lote, em alguns estados, só durar uma semana.
O princípio ativo para a produção da vacina é importado da China. O Brasil tem enfrentado dificuldade para a aquisição. Na sede do Butantan, há, ainda, outras 4,8 milhões de doses fabricadas no Brasil, que aguardam a liberação da Anvisa. Sem os insumos a produção pode parar.
“Então, essa demora com relação à vinda dessa matéria-prima, eu espero que fique agilizada agora com a aprovação de uso emergência pela Anvisa, porque agora é outro status, né? E pela própria incorporação da vacina ao Programa Nacional de Imunização”, disse o diretor do Butantan.