Eduardo BresciniO Globo
O governo Jair Bolsonaro tem a pior avaliação para o início de um governo eleito desde a redemocratização segundo os dados da pesquisa Ibope, contratada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quarta-feira. De acordo com os dados, 35% consideram a gestão ótima ou boa, 31% como regular e 27% como ruim ou péssimo. Primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura militar, Fernando Collor tinha 45% de avaliação ótima ou boa, em maio de 1990, Fernando Henrique registrou 41% em março de 1995, Luiz Inácio Lula da Silva ficou com 51% em março de 2003 e Dilma Rousseff registrou 56% em março de 2011.
COMPARAÇÕES – A avaliação do governo Bolsonaro só é melhor do que do início das gestões Itamar Franco (34% em janeiro de 1993) e Michel Temer ( 4% em setembro de 2016), dois presidentes que assumiram após um processo de impeachment. O governo atual tem avaliação positiva pior do que Lula tinha ao iniciar o segundo mandato em 2007, 49%, mas melhor que Fernando Henrique (22% em março de 1999) e Dilma Rousseff (12% em março de 2011) após suas reeleições.
A pesquisa Ibope aponta que 51% aprovam a maneira de Bolsonaro governar, enquanto 40% desaprovam e 9% não sabem ou não responderam. Foram 51% também os que disseram confiar no presidente, enquanto 45% disseram não confiar e 4% não souberam ou não responderam.
Para 51% dos entrevistados o governo atual é melhor do que a gestão de Michel Temer, 31% consideram igual, 13% acham pior e 5% não souberam ou não responderam.
PRÓS E CONTRAS – A pesquisa atual mostra que 45% acreditam que o restante da gestão Bolsonaro será ótima ou boa e 23% que será ruim ou péssima. Antes da posse, em dezembro do ano passado, a pesquisa CNI-Ibope aponta que 64% dos entrevistados acreditavam que a gestão Bolsonaro seria ótima ou boa e 14% esperavam um governo ruim ou péssimo.
O gerente-executivo Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, afirma que o fato de Bolsonaro ter a pior avaliação de início de um governo eleito decorre da própria forma com que o presidente chegou ao Planalto. Ele observa que o percentual atual de ótimo e bom, 35%, é próximo do que Bolsonaro tinha em pesquisas às vésperas do primeiro turno.
— Isso faz parte de como ele foi eleito. Se olhar as intenções de voto antes do segundo turno está parecido. Aquelas pessoas que não estavam engajadas desde o início com a sua agenda e votaram como voto de confiança a ele ainda não estão convencidos que seus anseios serão atendidos — afirmou Fonseca.
SEGURANÇA – De acordo com o levantamento a área de segurança pública é a mais bem avaliada da gestão atual, com 57% de aprovação e 40% de desaprovação. Entre as áreas apontadas, na econômica a “taxa de juros” é a que tem maior desaprovação, com 57%, ante 33% de aprovação.
O Ibope realizou uma outra pesquisa em março, sem ter sido contratada pela CNI. Naquele levantamento, 34% consideravam o governo ótimo ou bom, 34% regular e 24% ruim ou péssimo.
O Ibope entrevistou 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 12 e 15 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança da amostra é de 95%.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A avaliação até que foi boa, para um governo que até agora só tomou duas medidas acertadas – o fim da contribuição sindical obrigatória, que vai pôr fim à república sindicalista de Dirceu e Lula, e a extinção dos conselhos e outros órgãos inúteis que inflam a máquina estatal. A terceira medida acertada, o pacote anticrime, todo mundo sabe que é da cota de Sérgio Moro. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A avaliação até que foi boa, para um governo que até agora só tomou duas medidas acertadas – o fim da contribuição sindical obrigatória, que vai pôr fim à república sindicalista de Dirceu e Lula, e a extinção dos conselhos e outros órgãos inúteis que inflam a máquina estatal. A terceira medida acertada, o pacote anticrime, todo mundo sabe que é da cota de Sérgio Moro. (C.N.)