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quinta-feira, março 28, 2019

Marcela Temer pede ao juiz a devolução de bens apreendidos pela Polícia Federal


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Marcela reclama que seus bens não podiam ser levados
José Carlos Werneck
A ex-primeira-dama Marcela Temer, através de seus advogados, protocolou na Justiça Federal um pedido para reaver bens que foram apreendidos durante a Operação Descontaminação, que prendeu, na semana passada, o ex-presidente da República Michel Temer. Ela solicitou ao juiz federal Marcelo Bretas que devolva um iPhone, um iPad e um talão de cheques, além de um contrato de locação.
No pedido, seus advogados sustentam que os referidos bens são de “uso exclusivo” de Marcela Temer, que não é investigada na Operação e, desse modo, a Polícia Federal “extrapolou” os limites fixados pelo juiz no mandato de busca e apreensão, por ele expedido.
LAVA JATO – A Descontaminação é um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que objetiva apurar suspeitas de propinas milionárias na construção da Usina Angra 3.
“A despeito da clareza solar da restrição imposta ao cumprimento da medida as pessoas investigadas e suas pessoas jurídicas, é certo que a Autoridade Policial à frente do cumprimento da ordem judicial extrapolou os limites fixados por Vossa Excelência e, expressamente, constantes do mandado de busca e apreensão”, disseram os advogados Leonardo Peret, Átila Machado e Luiz Castro.
ACUSADOS – O ex-presidente foi preso na quinta-feira da semana passada e libertado, nesta segunda-feira, por determinação do desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2a Região, em decisão que igualmente reverteu a prisão de outros sete acusados na operação, entre os quais o ex-ministro Wellington Moreira Franco, das Minas e Energia, e o coronel reformado João Baptista Lima Filho, amigo pessoal de Michel Temer.
Na casa de Temer, a Polícia Federal apreendeu pendrives, celulares, agendas, papéis manuscritos, fitas cassetes, revólveres e espingardas, além de um cartão de aniversário para o filho do ex-presidente, enviado pelo empresário Vanderlei de Natale, que é investigado na mesma operação e a quem a Lava Jato atribui o crime de lavagem de dinheiro.

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