Vicente Limongi Netto
Amo Brasília. Quem não gosta de Brasília são seus infelizes governantes. Perto de completar 59 anos, tornou-se uma cidade comum, igual às outras. Em alguns aspectos, até pior. Crimes, assaltos, feminicídios, roubos, sequestros, assassinatos são constantes. Em todo canto. Faz tempo que o brasiliense não tem mais sossego, paz nem tranquilidade. O desemprego aumenta. O transporte coletivo é tenebroso. Os hospitais e prontos-socorros humilham o cidadão. As escolas são medonhas. Verdadeiros pardieiros. Viadutos caindo e inseguros. As cidades satélites são sujas e esburacadas.
Segurança, só se for nas mansões dos ricos, que mesmo assim não escapam da fúria dos marginais.
SAUNA OU FORNO – Os Postos de Polícia que ainda restam mais parecem saunas ou fornos micro-ondas, com dois ou três guardinhas de plantão, sem viaturas nem armas apropriadas.
Portanto, a meu ver, é uma colossal balela, um escárnio, os tolos encherem a boca para falar do céu bonito de Brasília. Dos encardidos projetos de Lúcio Costa e de Oscar Niemeyer, como se os brasilienses comessem concreto e cimento com arroz e feijão.
Brasília chega aos 59 anos feia e velha. Seus administradores, cada vez mais insensíveis, demagogos e incompetentes, estão se lixando para os graves problemas da população, embora botem uma banca danada e tentam posar de operosos. Morro de rir. Sei quem eles são.