Deu na Folha
O ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, foi libertado da prisão nesta quarta-feira (6), depois de pagar quase R$ 40 milhões em fiança, dando ao executivo um novo ímpeto para elaborar sua defesa contra acusações de má conduta financeira no Japão. O ex-titã da indústria automobilística mundial foi libertado da Casa de Detenção de Tóquio, onde ficou confinado em uma pequena sala sem aquecimento desde que foi preso em 19 de novembro sob acusações de que Ghosn descreveu como “sem mérito”.
O Tribunal Distrital de Tóquio disse que Ghosn pagou a fiança de 1 bilhão de ienes, uma das mais altas do Japão, depois de ter rejeitado um último recurso dos promotores para mantê-lo na cadeia.
COBERTURA – Mais cedo. nesta quarta-feira, um carro da Embaixada da França, onde Ghosn detém a nacionalidade, chegou ao centro de detenção enquanto helicópteros de mídia giravam no céu. Centenas de repórteres, fotógrafos e equipes de TV estavam reunidos do lado de fora da instalação, muitos dos quais tinham acampado durante a noite para garantir posições.
Ghosn, também ex-presidente da Renault e da Mitsubishi Motors, foi libertado sob fiança depois que ele deu garantias de que ele permaneceria em Tóquio, entregaria seu passaporte ao seu advogado e se submeteria a uma extensa vigilância.
Ele concordou em instalar câmeras nas entradas e saídas de sua residência, e está proibido de usar a internet ou enviar e receber mensagens de texto.
ATÉ 15 ANOS – Ghosn também está proibido de se comunicar com as partes envolvidas em seu caso, e permitiu o acesso ao computador apenas no escritório de seu advogado.
Ele enfrenta acusações de violação agravada de confiança e subfaturou sua remuneração em cerca de US $ 82 milhões na Nissan por quase uma década. Se condenado por todas as acusações, ele enfrenta uma sentença máxima de até 15 anos de prisão, disseram os promotores.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As cenas da libertação mostram Ghosn e todos os participantes, como advogados e guardas penitenciários, usando máscaras de cirurgia para não serem reconhecidos. Essa proteção dos guardas e funcionários das prisões foi adotada para que o Japão conseguisse vencer a Yakuza, a máfia mais sanguinária do mundo. Enquanto isso, no Brasil, rola a esculhambação nas penitenciárias, dominadas pelas facções. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As cenas da libertação mostram Ghosn e todos os participantes, como advogados e guardas penitenciários, usando máscaras de cirurgia para não serem reconhecidos. Essa proteção dos guardas e funcionários das prisões foi adotada para que o Japão conseguisse vencer a Yakuza, a máfia mais sanguinária do mundo. Enquanto isso, no Brasil, rola a esculhambação nas penitenciárias, dominadas pelas facções. (C.N.)