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segunda-feira, outubro 18, 2010

Ônibus com alunos da Apae cai de ponte e deixa 11 mortos

Folha de S.Paulo

Um acidente com um ônibus que levava jovens da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para participar de uma competição deixou 11 mortos e 22 feridos ontem.

Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, o ônibus perdeu o freio quando trafegava sobre uma ponte na MG-451, bateu em outro ônibus que vinha à frente e caiu de uma altura de cerca de dez metros, próximo à margem do rio Araçuaí.

As 11 vítimas ficaram presas nas ferragens e morreram na hora. Os feridos, entre eles o motorista, foram levados para os hospitais da região. A maioria deles recebeu alta ontem mesmo.

O acidente aconteceu por volta da 1h05 de domingo, próximo a Carbonita (432 km de Belo Horizonte). O ônibus havia saído no sábado de Montes Claros, onde acontece uma etapa dos Jogos do Interior de Minas Gerais, e voltava para Ipatinga (231 km de Belo Horizonte).

O ônibus pertence à empresa Translima e foi fretado por licitação pela prefeitura de Ipatinga. A reportagem não conseguiu contato com a empresa.

Fonte: Agora

Fotos do Dia

Regina Fiorezzi, 24 anos, faz sucesso no site Morango A bela já morou em 18 países e mora na Itália há 5 anos Polícia Ambiental prende 14 suspeitos com mais de 200 pássaros na zona leste
Dilma Rousseff e José Serra participam de debate RedeTV!/ Folha em São Paulo Joalheria Pubijou é assaltada no Shopping Center Norte Dagoberto comemora um de seus gols na vitória são-paulina por 4 a 3 sobre o Santos

Leia Notícias do seu time


Plano deve oferecer consulta ilimitada

Livia Wachowiak Junqueira
do Agora

O plano de saúde não pode limitar o número de sessões com fonoaudiólogos e fisioterapeutas do beneficiário. A 1ª Vara Cível de Catanduva determinou, por meio de liminar (decisão provisória), que o consumidor deve ser atendido enquanto o tratamento for necessário para curar a doença. Cabe recurso.

Um bebê, beneficiário agregado do plano São Domingos, precisou desses dois tipos de tratamento por tempo indeterminado, mas a operadora ofereceu apenas seis consultas anuais, segundo dados do processo. O pai da criança, então, procurou a Justiça.

O juiz do caso entendeu que as cláusulas que limitam o tratamento de doenças cobertas pelo plano devem ser anuladas. "Quando o consumidor fica em desvantagem, a cláusula é considerada abusiva", disse o advogado Julius Conforti, especializado em planos de saúde.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora

Peça já a aposentadoria para ter benefício maior

Paulo Muzzolon
do Agora

Os trabalhadores que já atingiram os 35 anos de contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no caso dos homens, ou 30 anos, no caso das mulheres, já podem pedir a aposentadoria para escapar de um desconto maior no valor do benefício.

Em dezembro entra em vigor a nova tabela do fator previdenciário --índice que reduz o benefício de quem se aposenta mais cedo.

A tabela muda com a divulgação da expectativa de vida da população, medida pelo IBGE. Como a expectativa de vida está aumentando, estima-se que a nova tabela seja ainda mais prejudicial para o segurado. Assim, quem se aposentar antes da mudança poderá evitar uma redução maior no valor do benefício.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agor

Defeito em produto tem prazo para ser informado

Pedido para troca de uma compra que apresente problemas deve ser feito em até 30 ou 90 dias, dependendo do tipo do bem adquirido

| Alexandre Costa Nascimento

O direito de reclamar de produtos defeituosos é assegurado e garantido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas tem prazo de validade. Por isso, é preciso ficar atento aos prazos de prescrição para reivindicar a troca de produtos que apresentem defeitos de fabricação – chamados tecnicamente de vícios de origem.

Independentemente de culpa, fabricantes, produtores, importadores e vendedores respondem pelos defeitos apresentados. O consumidor, porém, deve questioná-los sobre problemas de fácil constatação em um prazo de 30 dias para produtos e serviços não duráveis. No caso de produtos duráveis, o prazo é de 90 dias, contados a partir da efetiva entrega do produto. Já para os chamados vícios ocultos, o prazo de prescrição só começa a contar a partir da identificação do problema. Se o prazo expirar, só mesmo um acordo negociado ou uma decisão judicial pode resolver o impasse, mesmo que fique evidente o defeito do produto.

Carro com problema

O vigilante Carlos de Souza Carvalho comprou um carro zero quilômetro da marca Ford, modelo Fiesta Hatch, na concessionária Ford Metropolitana, em Curitiba, em junho de 2009. No período de um ano, o proprietário conta que deu 11 entradas na concessionária – todas documentadas com as ordens de serviço – para resolver problemas com o automóvel, de defeitos na pintura ao cinto de segurança. Segundo o consumidor, os problemas nunca foram totalmente sanados. “Quando eu vi que a garantia do automóvel iria acabar sem que o carro tivesse sido consertado, recorri ao Procon. Na audiência de conciliação assinamos um acordo em que a concessionária se comprometia a resolver todos os problemas estendendo a validade da garantia em mais um ano”.

O termo de compromisso nº10218/2010 contou com a assinatura de um representante da Ford – fabricante do veículo –, de um representante da concessionária Ford Metropolitana, do próprio consumidor e de um representante do Procon.

Após o acordo, o consumidor levou o carro para a concessionária no dia 21 de julho, relatando a existência de 21 problemas. Mas, dez dias depois de retirar o carro da oficina, Carvalho alega que o veículo voltou a apresentar os mesmos defeitos e que a concessionária teria se negado a receber o carro para um novo conserto dentro da garantia estipulada.

Outro lado

O diretor da Ford Metropolitana, Paulo Bordin, contesta a versão do cliente e nega que a concessionária tenha se recusado a aceitar a entrada do carro na concessionária. “Ao retirar o carro da oficina o proprietários conferiu que todos os serviços foram executados e assinou um documento atestando que o veículo estava em perfeitas condições. Como o carro ainda está na garantia e pode ser consertado sem custos para o cliente”, afirma. Segundo Bordin, o acordo foi cumprido integralmente.

O consumidor, por sua vez, alega estar sendo prejudicado. “Até reconheço que eles tentaram arrumar o carro, mas, se depois de 12 tentativas, o carro ainda tem os mesmos problemas, o que significa é que ele não tem conserto”, reclama.

Carvalho entrou com uma ação no Juizado Especial Cível buscando uma solução para o seu caso. Ele reivindica a troca do veículo por outro da mesma marca e modelo que não apresente defeitos ou o cancelamento do negócio com o reembolso dos valores já pagos. A Ford Metropolitana diz que vai aguardar o posicionamento da Justiça.

O advogado especialista em Direito do Consumidor, Luiz An­­tônio Gomes Araújo, ressalta que, uma vez decorrido o prazo para contestação – de 90 dias para o caso de veículos – não há como o cliente reivindicar a troca por outro veículo.

Fonte: Gazeta do Povo

Dilma e Serra trocam farpas em debate na Rede TV

Encontro foi promovido pela Rede TV e pelo jornal Folha de São Paulo. Entre os temas debatidos estiveram privatização, drogas e educação

| G1 / Globo.com

Os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) participaram na noite deste domingo (10), em São Paulo, de mais um debate eleitoral. O encontro foi promovido pela Rede TV e pelo jornal Folha de São Paulo.

O debate foi dividido em cinco blocos. No primeiro, os candidatos responderam a uma pergunta feita pelo mediador sobre as qualidades e os defeitos de seu adversário. Ainda no primeiro bloco, cada candidato fez uma pergunta para o outro, tendo o que fez a pergunta o direito a réplica e o que respondeu o direito a tréplica.

No segundo bloco, cada um fez duas perguntas ao outro. No terceiro bloco, os candidatos responderam a uma pergunta cada feita por jornalistas da Folha de São Paulo e da Rede TV. No quarto bloco, os candidatos novamente fizeram duas perguntas cada para o adversário. No último bloco, os presidenciáveis tiveram três minutos cada para suas considerações finais.

Temas

O encontro, que durou cerca de duas horas, abordou os seguintes temas: qualificação profissional, escolas técnicas, privatizações, segurança nas fronteiras, combate às drogas, infraestrutura, denúncias de corrupção, saúde, educação, políticas para deficientes físicos e emprego.

Um dos temas que teve destaque nos debates novamente foi a privatização de empresas públicas. Dilma iniciou o tema ainda no primeiro bloco questionando sobre um veto que teria acontecido por uma agência paulista à venda de uma empresa de distribuição de gás que atua no estado à Petrobras.

Serra afirmou que este assunto não dependeria do governo de São Paulo e que a agência tinha liberdade e autonomia para questionar a compra. Dilma voltou ao tema dizendo que os problemas para a compra mostravam que o adversário poderia desejar privatizar outras empresas ou riquezas, como o petróleo do pré-sal.

O tucano partiu então ao ataque. Ele acusou o governo federal de fazer loteamento em empresas públicas e destacou a privatização da telefonia feita no governo Fernando Henrique Cardoso. Serra afirmou ainda que com sua subida nas pesquisas as ações da Petrobras teriam se valorizado.

O combate às drogas e o tratamento de dependentes químicos foi outro tema que opôs os candidatos. Serra afirmou que o governo brasileiro era conivente com a Bolívia e que não pressionava o presidente Evo Morales a combater o tráfico de drogas. O tucano afirmou que não há combate ao tráfico de drogas e armas nas fronteiras.

Dilma afirmou que foi investido mais em segurança no governo Lula do que no anterior. Ela destacou investimentos na Polícia Federal e a criação da Força Nacional de Segurança Pública.

Serra falou também sobre o tratamento de dependentes e afirmou que o governo federal não investiu nessa área. Ele destacou a realização de clínicas em São Paulo e o apoio às comunidades terapêuticas. Dilma ironizou o trabalho de Serra na área das clínicas, que atendem a 300 pacientes. Segundo ela, levaria um século para tratar os dependentes de São Paulo com o que já foi feito em São Paulo.

Jornalistas perguntam

No terceiro bloco, as perguntas das jornalistas trouxeram as denúncias de corrupção para o debate. O tucano foi questionado sobre o ex-diretor de engenharia Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, que é suspeito de desviar recursos que seriam de caixa dois da campanha de Serra. O ex-diretor nega as acusações.

Serra afirmou que não houve o problema de desvio de recursos de sua campanha. Ele afirmou que quando se divulgou que ele tinha dito não conhecer o ex-diretor é porque perguntaram pelo apelido, que ele não conhecia.

No caso de Dilma, a pergunta foi sobre o escândalo de tráfico de influência na Casa Civil que levou Erenice Guerra a deixar o cargo de ministra. A repórter perguntou como a candidata seria capaz de escolher ministros.

Dilma afirmou que Erenice errou e que ela não concordava com a contratação de amigos e parentes para cargos públicos. A petista destacou que o caso está sendo investigado pela Polícia Federal.

Candidato pergunta para candidato

No quarto bloco, a educação foi um dos temas abordados. Dilma questionou o tucano sobre os índices da educação no estado de São Paulo, onde ele foi governador.

Serra respondeu dizendo que São Paulo teve o maior avanço no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb), que é aplicado pelo Ministério da Educação. O tucano afirmou ainda que a gestão federal na área estava ruim e que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estava desmoralizado, fazendo referência ao vazamento de provas em 2009.

Dilma, em sua réplica, afirmou que os números de São Paulo no Ideb não refletem a realidade porque um dos critérios é a aprovação dos alunos e no estado há a “progressão automática” dos alunos mesmo que eles não tenham aprendido. A candidata destacou ainda que o DEM, partido da coligação de Serra, entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Prouni, que dá bolsa em universidades privadas.

Serra retomou o tema destacando sua ação de colocar duas professoras no primeiro ano para melhorar a alfabetização das crianças. Ele também enfatizou a premiação por mérito que é paga aos funcionários de escolas bem avaliadas. Dilma rebateu criticando a situação dos professores no estado de São Paulo. Um dos ataques da petista foi ao fato de quase metade dos professores do estado não tem escola fixa e ficam mudando de local de trabalho.

Considerações finais

Dilma foi a primeira a fazer suas considerações finais. Ela destacou sua participação no governo Luiz Inácio Lula da Silva. “Tenho a honra de ser apoiada e representar o governo do maior presidente que este pais já teve, que é o presidente Lula”. A candidata falou também de suas prioridades no governo e se disse preparada para ser presidente.

Serra começou suas considerações finais destacando sua origem. “Vim de família pobre, gente trabalhadora, graças à escola publica cheguei aonde cheguei, foi dentro minha família que eu aprendi valores”. O tucano disse ainda que em toda sua vida pública procurou agir como servidor e afirmou que deseja fazer um governo de união nacional.

Veja como foi:

<a href="http://www.coveritlive.com/mobile.php/option=com_mobile/task=viewaltcast/altcast_code=ef00eb0b1d" >Dilma x Serra: Comente o debate da Rede TV</a>

Fonte: Gazeta do Povo

Internet vira central de boataria

Menos conhecida da população, Dilma Rousseff é alvo principal de informações incorretas ou distorcidas. Serra também sofre ataques

Caroline Olinda e Rosana Félix
Dilma Rousseff

Michel Temer [vice de Dilma] seria satanista

Desde o início de 2009 corre um e-mail que diz que o candidato vice de Dilma Rousseff, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), seria satanista. De acordo com o e-mail, Temer seria o verdadeiro pai de um líder evangélico, que teria se envolvido no passado com uma corrente satânica. Em julho de 2009, em entrevista à revista RollingStones, Temer disse ter conhecimento dos e-mails e atribuiu o boatos a “algum inimigo”.

Leia a matéria completa.

José Serra

Assessor da campanha de Serra teria fugido com R$ 4 milhões da campanha. O dinheiro seria de caixa 2

Matéria da revista IstoÉ publicada em agosto mostrou que Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de Engenharia da Dersa, empresa de economia mista vinculada à Secretaria dos Transportes de São Paulo, teria arrecadado, informalmente, R$ 4 milhões para a campanha do tucano José Serra e fugido com o dinheiro. De acordo com a reportagem, a informação teria sido confirmada por dirigentes tucanos, como o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge. Na semana que passou, o PT paulista entrou com uma representação no Ministério Público para que fosse apurado o caso. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-diretor da Dersa negou que tenha arrecadado recursos para a campanha de Serra. O candidato tucano também negou as acusações.

Leia a matéria completa.

Campo livre para campanha política, a internet também se transformou na eleição deste ano em uma central de boatarias e de versões distorcidas de notícias. Quem nunca recebeu um e-mail com alguma “revelação” terrível sobre o passado de Dilma Rousseff (PT)? Ou não leu algo na rede prevendo um futuro tenebroso para o país caso José Serra (PSDB) seja eleito presidente?

Os boatos, em especial, ganham terreno na medida em que o eleitorado não conhece bem o candidato. Sob esse aspecto, o presidenciável tucano leva vantagem sobre a petista. “A identidade da Dilma é des­­conhecida para a maioria da população. E a imagem que ela passa tem a ver com a reputação”, observa a relações-públicas Célia Retz, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e especialista em opinião pública.

De fato, o alvo preferido da boataria que corre na rede até agora tem sido Dilma Rousseff (PT). O número de e-mails contrários a ela é muito maior do que os que fazem campanha contra o presidenciável tucano. De acordo com Geraldo Tadeu Monteiro, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), a candidata petista está pagando o preço de nunca ter disputado uma eleição. “O passado conta, e por isso é natural que seja vasculhado. Mas deve ser dentro das regras de uma boa discussão política”, pondera.

Porém nem todas as informações que correm na rede a respeito dos candidatos estão dentro dessa boa discussão política destacada por Monteiro. Muitas são infundadas e espalham mentiras. Como no caso do texto que informa que Dil­ma não poderia entrar nos Estados Unidos porque teria participado do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbri­­ck, na década de 1960. A ex-ministra, na verdade, não participou da ação e não existe qualquer impedimento a sua entrada nos Estados Unidos ou em qualquer outro país.

Outras mensagens on-line conseguem sair da rede e pautar até mesmo o debate político. Caso do aborto, que se transformou num dos principais focos de discussão dos presidenciáveis neste segundo turno, mas já era tema de e-mails e vídeos na internet desde a primeira etapa do pleito. Muitos dos textos que tratam do posicionamento de Dilma e Serra a respeito do as­­sunto têm um fundo de verdade. De fato, Dilma já defendeu a descriminalização da prática e Serra foi quem assinou a norma técnica que prevê o procedimento que deve ser adotado pelo SUS nos casos de aborto previstos pela legislação.

Fonte: Gazeta do Povo

domingo, outubro 17, 2010

Lula afirma que elite é preconceituosa e tem medo de Dilma

A presidenciável petista Dilma Rousseff realizou um comício em Belo Horizonte,  neste sábado (16), acompanha do presidente Lula e do vice-presidente .... Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação

Dilma Rousseff (PT) realizou um comício em Belo Horizonte, neste sábado (16), acompanha do presidente Lula e do vice-presidente José Alencar
Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação


Juliana Prado
Direto de Belo Horizonte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve o tom de duras críticas à "elite" brasileira durante comício realizado neste sábado (16), em Belo Horizonte. Ao lado da candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, ele participou de um comício na região central da capital mineira. No evento, em um discurso breve, mas cheio de ataques, ironizou os "ricos" do bairro das Mangabeiras, de onde saiu a carreata da presidenciável. "Eu percebi lá nas Mangabeiras, onde mora o povo mais rico de Belo Horizonte, pessoas fazendo gestos contra nós. Fico constrangido porque foram estas também que mais ganharam dinheiro no meu governo", alfinetou.

Segundo Lula, essas mesmas pessoas não conseguiram superar o preconceito contra o fato de um metalúrgico ter sido eleito presidente do Brasil e fazer pelo País o que ele conseguiu fazer. Lula disse que, além de preconceito, a elite tem medo de apostar em uma mulher para governar a nação. Ao discursar para milhares de populares reunidos na Praça Sete, ele se dirigiu a Dilma ainda em tom de provocação: "Aqui, Dilma, a gente pode ver a diferença entre a elite e o povo. É com esse povo e para ele que você irá governar".

O presidente disse que a campanha, a partir de agora, não pode ter trégua e exaltou a mineiridade dos presentes. "Mineiro que é mineiro não atrai o seu torrão". Na tentativa de empolgar a plateia, ele ainda sugeriu que, a cada dia, um bairro de Belo Horizonte realize uma carreata como a deste sábado. "O que vimos hoje aqui não pode parar. Precisamos eleger a primeira presidente nascida em BH".

Alencar
Mesmo abatido e muito debilitado, o vice de Lula, José Alencar (PRB), participou de todo o percurso da carreata, que durou mais de uma hora e meia, no mesmo veículo que conduzia Lula e a presidenciável petista. Ele também abriu o comício de Dilma pedindo voto no segundo turno na "mulher mais votada na história do Brasil". Segundo ele, "a vitória de Dilma no Estado tem que ser confirmada com a força do povo de Minas Gerais".

A atenção da coordenação de campanha da ex-ministra com os votos no segundo maior colégio eleitoral do País redobrou com a investida de José Serra (PSDB) no Estado. A estratégia do grupo é minar a possível influência que o ex-governador Aécio Neves (PSDB) pode ter ao pedir votos no Estado para o presidenciável tucano. Para isso, além de manter uma agenda intensa em Minas, a intenção é trazer Dilma à capital ao menos duas vezes mais até 31 de outubro.

Especial para Terra

Polícia Federal apreende panfletos anti-Dilma em gráfica de SP

montagem, gráfica, panfletos PT, 619x464 e 195x146. Foto: Vagner Magalhães/Terra

A apreensão, que contou com dois caminhões, foi realizada de portas fechadas
Foto: Vagner Magalhães/Terra

Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

A Polícia Federal iniciou, na manhã deste domingo (17), a apreensão dos panfletos anti-Dilma encontrados ontem em uma gráfica no bairro de Cambuci, região central de São Paulo. Os folhetos atacam o PT e estão creditados à Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Dois caminhões chegaram até o local para apreender o material. A polícia não permitiu, no entanto, que fossem feitas imagens dos veículos sendo carregados. Foi preciso que cada caminhão entrasse na gráfica de uma vez, já que a garagem era estreita e a apreensão foi realizada de portas fechadas, sob guarda de três viaturas da Polícia Militar.

O advogado da campanha de Dilma Rousseff (PT), Pierpaolo Bottini, argumentou, no pedido de liminar, encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral, que os panfletos são propaganda irregular e solicitou uma apuração criminal por difamação, além de uma investigação da origem do recurso financeiro para impressão dos folhetos.

A liminar foi concedida ontem à noite, no entanto, como não é permitida a apreensão durante a madrugada, a PF só pôde dar início à tarefa às 6h de hoje. Cerca de 30 militantes do partido fizeram uma campana e passaram a noite em frente a gráfica, para garantir que os panfletos não fossem retirados de lá pelos donos do estabelecimento.

Paulo Ogawa, dono da gráfica, afirmou que lá dentro havia cerca de 1 milhão de panfletos. Ele revelou que o pedido foi de 2 milhões e 100 mil, sendo que 1 milhão foram distribuídos no primeiro turno das eleições.

Entenda o caso
A carta, intitulada "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", pede que nas próximas eleições os eleitores deem seus votos somente a candidatos ou candidatas de partidos contrários à descriminalização do aborto. A carta lembra que o PT manifestou apoio incondicional ao terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto. Esse material seria distribuído neste domingo em igrejas dos bairros do Paraíso e da Barra Funda, em São Paulo, e na cidade de Guarulhos.

O pai do dono da gráfica, Paulo Ogawa, afirmou que os folhetos foram solicitados pela Mitra Diocesana de Guarulhos.

Os mesmos panfletos já haviam circulado entre fiéis no primeiro turno das eleições. No feriado do último dia 12, eles ainda foram distribuídos em Aparecida (SP) e Contagem (MG).

Redação Terra

Leia a íntegra da carta que Marina Silva enviará a Dilma e Serra

Foto: Agência Estado

A senadora Marina Silva durante a leitura da carta onde defende sua neutralidade no segundo das eleições presidenciais, durante convenção do PV em São Paulo


A carta da senadora do PV aponta os motivos que levaram a presidenciável do PV a optar pela neutralidade política no 2° turno

iG São Paulo | 17/10/2010 18:37

A senadora do PV Marina Silva (AC) declarou neste domingo neutralidade em relação a corrida presidencial e decidiu, junto com o partido, não apoiar nenhum dos dois candidatos que desputam o segundo turno. A decisão foi anunciada na convenção do partido, que ocorreu nesta tarde em São Paulo, onde Marina leu uma carta endereçada a Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

Veja a íntegra da carta de Marina Silva:

"Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República

São Paulo, 17 de outubro de 2010

Prezada Dilma Roussef,
Prezado José Serra,
Agradeço, inicialmente, a deferência com que ambos me honraram ao manifestar interesse em minha colaboração e a atenção que dispensaram às propostas e ideias contidas na "Agenda para um Brasil Justo e Sustentável" que nós, do Partido Verde, lhes enviamos neste segundo turno das eleições presidenciais de 2010.

Embora seus comentários à Agenda mostrem afinidades importantes com nosso programa, gostaríamos que avançassem em clareza e aprofundamento no que diz respeito aos compromissos. Na verdade, entendemos que somos o veículo para um diálogo de ambos com os eleitores a respeito desses temas. Nesse sentido, mantemo-nos na posição de mediadores, dispostos a continuar colaborando para que esse processo alcance os melhores resultados.

Aos contatos que tivemos e aos documentos que compartilhamos, acrescento esta reflexão, que traz a mesma intenção inicial de minha candidatura: debater o futuro do Brasil.

Quero afirmar que o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência, reafirmando ideias e propostas, é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro.

Já disse algumas vezes que me sinto muito feliz por, aos 52 anos, estar na posição de mantenedora de utopias, como os brasileiros que inspiraram minha juventude com valores políticos, humanos, sociais e espirituais. Hoje vejo que utopias não são o horizonte do impossível, mas o impulso que nos dá rumo, a visão que temos, no presente, do que será real e terreno conquistado no futuro.

É com esse compromisso da maturidade pessoal e política e com a tranquilidade dada pelo apreço e respeito que tenho por ambos que ouso lhes dirigir estas palavras.

Quando olhamos retrospectivamente a história republicana do Brasil, vemos que ela é marcada pelo signo da dualidade, expressa sempre pela redução da disputa política ao confronto de duas forças determinadas a tornar hegemônico e excludente o poder de Estado. Republicanos X monarquistas, UDN X PSD, MDB X Arena e, agora, PT X PSDB.

Há que se perguntar por que PT e PSDB estão nessa lista. É uma ironia da História: dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira, para quebrar a dualidade existente à época de suas formações, se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas consequências.

Ambos, ao rejeitarem o mosaico indistinto representado pelo guarda-chuva do MDB, enriqueceram o universo político brasileiro criando alternativas democráticas fortes e referendadas por belas histórias pessoais e coletivas de lutas políticas e de ética pública.

Agora, o mergulho desses partidos no pragmatismo da antiga lógica empobrece o horizonte da inadiável mudança política que o país reclama. A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz e o debate de projetos capazes de reconhecer e absorver com naturalidade as diferentes visões, conquistas e contribuições dos diferentes segmentos da sociedade, em nome do bem-comum.

A permanência dessa dualidade destrutiva é característica de um sistema politico que não percebe a gravidade de seu descolamento da sociedade. E que, imerso no seu atraso, não consegue dialogar com novos temas, novas preocupações, novas soluções, novos desafios, novas demandas, especialmente por participação política.

Paradoxalmente, PT e PSDB, duas forças que nasceram inovadoras e ainda guardam a marca de origem na qualidade de seus quadros, são hoje os fiadores desse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites.

Esse pragmatismo, que cada um usa como arma, é também a armadilha em que ambos caem e para a qual levam o país. Arma-se o eterno embate das realizações factuais, da guerra de números e estatísticas, da reivindicação exclusivista de autoria quase sempre sustentada em interpretações reducionistas da história.

Na armadilha, prende-se a sociedade brasileira, constrangida a ser apenas torcida quando deveria ser protagonista, a optar por pacotes políticos prontos que pregam a mútua aniquilação.

Entendo, porém, que o primeiro turno de 2010 trouxe uma reação clara a esse estado de coisas, um sinal de seu esgotamento. A votação expressiva no projeto representado por minha candidatura e de Guilherme Leal sinaliza, sem dúvida, o desejo de um fazer político diferente.

Se soubermos aproveitá-la com humildade e sabedoria, a realização do segundo turno, tendo havido um terceiro concorrente com quase 20 milhões de votos, pode contribuir decisivamente para quebrar a dualidade histórica que tanto tem limitado os avanços políticos em nosso país.

Esta etapa eleitoral cria uma oportunidade de inflexão para todos, inclusive ou principalmente para vocês que estão diante da chance de, na Presidência da República, liderar o verdadeiro nascimento republicano do Brasil.

Durante o primeiro turno, quando me perguntavam sobre como iria compor o governo e ter sustentação no Congresso Nacional, sempre dizia que, em bases programáticas, iria governar com os melhores de cada partido. Peço que vejam na votação concedida à candidatura do PV algo que ultrapassa meu nome e que não se deixem levar por análises ligeiras.

Esses votos não são uma soma indistinta de pendores setoriais. Eles configuram, no seu conjunto, um recado político relevante. Entendo-os como expressão de um desejo enraizado no povo brasileiro de sair do enquadramento fatalista que lhe reservaram e escolher outros valores e outros conteúdos para o desenvolvimento nacional.

E quem tentou desqualificar principalmente o voto evangélico que me foi dado, não entendeu que aqueles com quem compartilho os valores da fé cristã evangélica, vão além da identidade espiritual. Sabem que votaram numa proposta fundada na diversidade, com valores capazes de respeitar os diferentes credos, quem crê e quem não crê. E perceberam que procurei respeitar a fé que professo, sem fazer dela uma arma eleitoral.

Os exemplos de cristãos como Martin Luther King e Nelson Mandela e do hindu Mahatma Ghandi mostram que é possível fazer política universal com base em valores religiosos. São inspiração para o mundo. Não há porque discriminar ou estigmatizar convicções religiosas ou a ausência delas quando, mesmo diferentes, nos encontramos na vontade comum de enfrentar as distorções que pervertem o espaço da política. Entre elas, a apropriação material e imaterial indevida daquilo que é público, seja por meio de corrupção ou do apego ao poder e a privilégios; a má utilização de recursos e de instrumentos do Estado; e o boicote ao novo.

Assim, ao contrário de leituras reducionistas, o apoio que recebi dos mais diversos setores da sociedade revela uma diferença fundamental entre optar e escolher. Na opção entre duas coisas pré-colocadas e excludentes, o cidadão vota "contra' um lado, antes mesmo de ser a favor de outro. Na escolha, dá-se o contrário: o voto se constrói na história, na ampliação da cidadania, na geração de novas alternativas em uma sociedade cada vez mais complexa.

A escolha, agora, estende-se a vocês. É a atitude de vocês, mais que o resultado das urnas, que pode demarcar uma evolução na prática política no Brasil. Podemos permanecer no espaço sombrio da disputa do poder pelo poder ou abrir caminho para a política sustentável que será imprescindível para encarar o grande desafio deste século, que é global e nacional.

Não há mais como se esconder, fechar os olhos ou dar respostas tímidas, insuficientes ou isoladas às crises que convergem para a necessidade de adaptar o mundo à realidade inexorável ditada pelas mudanças climáticas. Não estamos apenas diante de fenômenos da natureza.

O mega fenômeno com o qual temos que lidar é o do encontro da humanidade com os limites de seus modelos de vida e com o grande desafio de mudar. De recriar sua presença no planeta não só por meio de novas tecnologias e medidas operacionais de sobrevivência, mas por um salto civilizatório, de valores.

Não se trata apenas de ter políticas ambientais corretas ou a incentivar os cidadãos a reverem seus hábitos de consumo. É necessária nova mentalidade, novo conceito de desenvolvimento, parâmetros de qualidade de vida com critérios mais complexos do que apenas o acesso crescente a bens materiais.

O novo milênio que se inicia exige mais solidariedade, justiça dentro de cada sociedade e entre os países, menos desperdício e menos egoísmo. Exige novas formas de explorar os recursos naturais, sem esgotá-los ou poluí-los. Exige revisão de padrões de produção e um fortíssimo investimento em tecnologia, ciência e educação.

É esse, em síntese, o sentido do que chamamos de Desenvolvimento Sustentável e que muitos, por desconhecimento ou má-fé, insistem em classificar como mera tentativa de agregar mais alguns cuidados ambientais ao mesmo paradigma vigente, predador de gente e natureza.

É esse mesmo Desenvolvimento Sustentável que não existirá se não estiver na cabeça e no coração dos dirigentes políticos, para que possa se expressar no eixo constitutivo da força vital de governo. Que para ganhar corpo e escala precisa estar entranhado em coragem e determinação de estadista. Que será apenas discurso contraditório se reduzido a ações fragmentadas logo anuladas por outras insustentáveis, emanadas do mesmo governo.

E, finalmente, é esse o Desenvolvimento Sustentável cujos objetivos não se sustentarão se não estiver alicerçado na superação da inaceitável, desumana e antiética desigualdade social. Esta é ainda a marca mais resistente da história brasileira em todos os tempos, em que pesem os inegáveis avanços econômicos dos últimos 16 anos, que nos levaram à estabilidade econômica, e das recentes conquistas sociais que tiraram da linha da pobreza mais de 24 milhões de pessoas e elevaram à classe média cerca de 30 milhões de pessoas.

A sociedade, em sua sábia intuição, está entendendo cada vez mais a dimensão da mudança e o compromisso generoso que ela implica, com o país, com a humanidade e com a vida no Planeta. Os votos que me foram dados podem não refletir essa consciência como formulação conceitual, mas estou certa de que refletem o sentimento de superação de um modelo. E revelam também a convicção de que o grande nó está na política porque é nela que se decide a vida coletiva, se traçam os horizontes, se consolidam valores ou a falta deles.

Essa perspectiva não foi inventada por uma campanha presidencial. Os votos que a consagram estão sendo gestados ao longo dos últimos 30 anos no Brasil, desde que a luta pela reconquista da democracia juntou-se à defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no campo e na floresta.

Parte importante da nossa população atualizou seus desafios, desejos e perspectivas no século 21. Mas ainda tem que empreender um esforço enorme e muitas vezes desanimador para ser ouvida por um sistema político arcaico, eleitoreiro, baseado em acordos de cúpula, castrador da energia social que é tão vital para o país quanto todas as energias de que precisamos para o nosso desenvolvimento material.

Estou certa de que estamos no momento ao qual se aplica a frase atribuída a Victor Hugo: "Nada é mais forte do que uma idéia cujo tempo chegou".

O segundo turno é uma nova chance para todos. Para candidatos e coligações comprometerem-se com propostas e programas que possam sair das urnas legitimados por um vigoroso pacto social entre eleitos e eleitores. Para os cidadãos, que podem pensar mais uma vez e tornar seu voto a expressão de uma exigência maior, de que a manutenção de conquistas alie-se à correção de erros e ao preparo para os novos desafios.

Mesmo sem concorrer, estamos no segundo turno com nosso programa, que reflete as questões aqui colocadas. Esta é a nossa contribuição para que o processo eleitoral transcenda os velhos costumes e acene para a sustentabilidade política que almejamos.

Como disse, ousei trazer a vocês essas reflexões, mas não como formalidade ou encenação política nesta hora tão especial na vida do pais. Foi porque acredito que há terreno fértil para levarmos adiante este diálogo. Sei disso pela relação que mantive com ambos ao longo de nossa trajetória política.

De José Serra guardo a experiência de ter contado com sua solidariedade quando, no Senado, precisei de apoio para aprovar uma inédita linha de crédito para os extrativistas da Amazônia e para criar subsídio para a borracha nativa. Serra dispôs-se a ele mesmo defender em plenário a proposta porque havia o risco de ser rejeitada, caso eu a defendesse. Com Dilma Roussef, tenho mais de cinco anos de convivência no governo do presidente Lula. E, para além das diferenças que marcaram nossa convivência no governo, essas diferenças não impediram de sua parte uma atitude respeitosa e disposição para a parceria, como aconteceu na elaboração do novo modelo do setor elétrico, na questão do licenciamento ambiental para petróleo e gás e em outras ações conjuntas.

Estou me dirigindo a duas pessoas dignas, com origem no que há de melhor na história política do país, desde a generosidade e desprendimento da luta contra a ditadura na juventude, até a efetividade dos governos de que participaram e participam para levar o país a avanços importantes nas duas últimas décadas.

Por isso me atrevo, seja quem for a assumir a Presidência da República, a chamá-los a liderar o país para além de suas razões pessoais e projetos partidários, trocando o embate por um debate fraterno em nome do Brasil. Sem esconder as divergências, vocês podem transformá-las no conteúdo do diálogo, ao compartilhar idéias e propostas, instaurando na prática uma nova cultura política.

Peço-lhes que reconheçam o dano que a política atrasada impõe ao país e o risco que traz de retrocessos ainda maiores. Principalmente para os avanços econômicos e sociais, que a sociedade brasileira, com justa razão, aprendeu a valorizar e preservar.

Espero que retenham de minha participação na campanha a importância do engajamento dos jovens, adolescentes e crianças, que lhes ofereçam espaço de crescimento e participação. Que acreditem na capacidade dos cidadãos e cidadãs em desejar o novo e mostrar essa vontade por meio do seu voto. Que reconheçam na sociedade brasileira uma sociedade adulta, o que pressupõe que cada eleitor escolha o melhor para si e para o país e o expresse, de forma madura, livre e responsável, sem que seu voto seja considerado propriedade de partidos ou de políticos. Pois, como repeti inúmeras vezes no primeiro turno, o voto não era meu, nem da Dilma, nem do Serra. O voto é e sempre será do eleitor e de sua inalienável liberdade democrática.

Esta é minha contribuição, ao lado das diretrizes de programa de governo que são um retrato do amadurecimento de quase 30 anos de construção do socioambientalistmo no Brasil. Espero que a acolham como ela é dada, com sinceridade. A utopia, mais que sinal de ingenuidade, é mostra de maturidade de um povo cujo olhar eleva-se acima do chão imediato e anseia por líderes capazes de fazer o mesmo.

Que Deus continue guiando nossos caminhos e abençoando nossa rica e generosa nação.

Marina Silva"

PV decide não apoiar candidato a presidente no 2o turno

Por Redação, com Reuters -- de São Paulo

O Partido Verde decidiu neste domingo ficar neutro no segundo turno da eleição presidencial, como desejava a senadora Marina Silva (AC), ex-presidenciável que ficou em terceiro lugar na disputa.

convenção pv em sp, marina (c)

Convenção do Partido Verde realizada em São Paulo que decidiu por neutralidade

Pelas regras do partido, que tomou a decisão em convenção, os filiados têm a opção de apoio a um dos candidatos, mas não podem se utilizar de símbolos da legenda em manifestações públicas.

– O fato de não ter optado por um alinhamento não significa neutralidade. Essa independência é a melhor maneira de contribuir com o povo brasileiro –, disse Marina sobre sua decisão pessoal pouco antes do anúncio do partido.

Participaram da reunião a executiva do partido e integrantes da sociedade civil vinculados à candidatura da senadora.

Marina, que foi do PT por 23 anos, obteve cerca de 20% dos votos válidos no primeiro turno da eleição presidencial em 3 de outubro, contribuindo para levar a disputa para o segundo turno. Ela vinha afirmando que as propostas dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) são muito semelhantes e que sua candidatura buscava uma terceira via.

– Os votos que me foram dados refletem o sentimento de superação de um modelo –, afirmou Marina em carta aberta dirigida a Dilma e Serra na convenção do PV.

Entre os verdes que não ficarão neutros está o deputado Fernando Gabeira, que declarou apoio a Serra, e o deputado Zequinha Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP), que ficará ao lado de Dilma.

Fonte: Correio do Brasil

Polêmica do aborto faz bispos racharem

agestado

A discussão da questão do aborto na campanha eleitoral, que está dividindo os católicos por causa do veto de alguns bispos à candidata petista Dilma Rousseff, provocou um racha no episcopado em nível nacional e deverá deixar sequelas na vida da Igreja, seja qual for o resultado do segundo turno, em 31 de outubro. A polêmica terá também reflexos na eleição para a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em maio do próximo ano, quando um grupo conservador, contrário à atual linha de diálogo, tentaria tomar o poder para adotar uma posição mais dura de oposição ao governo. Pelo menos, na hipótese de Dilma vir a ser a vencedora.

A confusão foi armada pelo apoio dado pela direção do Regional Sul 1, que reúne as 41 dioceses de São Paulo, em 26 de agosto, a uma nota intitulada Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras, da Comissão em Defesa da Vida, que recomendava aos eleitores que "independentemente de suas convicções ideológicas ou religiosas", dessem seu voto "somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto".

O autor ou inspirador do texto foi o padre Berardo Graz, da diocese de Guarulhos, cujo bispo, d. Luiz Gonzaga Bergonzini, encampou o manifesto e citou, entre os vetados, o nome de Dilma. Passado o primeiro turno, d. Luiz Gonzaga reiterou sua posição, alegando que, embora a petista tenha feito uma profissão de fé em defesa da vida, não se podia acreditar nela. “Dilma, que se faz agora de santinha para dizer que é contra o aborto, já mudou de opinião três vezes." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Yahoo.Notícias

Dilma mantém frente na etapa final

Pedro do Coutto

Lisboa – Tomando conhecimento da pesquisa do IBOPE que aponta 53 para Dilma e 47 para Serra, e recebendo do editor do site, Carlos Newton, a informação de que levantamento divulgado ontem pelo Datafolha aponta 54 a 46, formo a convicção de que a candidata do PT está resistindo aos embates dos últimos dias e mantém uma vantagem que deve conservar até as urnas de 31 de outubro. As contradições que envolveram sua candidatura, especialmente o escândalo Erenice Guerra estão contidas pelos números estáveis de sua diferença em relação a seu adversário. Ou seja: o abalo causado por sua substituta na Casa Civil parece ter esgotado seus efeitos. Que não foram poucos, uma vez não fossem eles Roussef teria vencido no primeiro turno.

O jornal português O Público revelou na edição de ontem que Dilma estava preparando uma carta aberta ao país definindo de forma decisiva sua posição a respeito do aborto. Não creio que esta questão fosse capaz de lhe tirar votos e não substituí-los por outros pois há correntes que são favoráveis à descriminilização, da mesma forma que existem, no mesmo grau as contrárias. O tema mais profundo e correto entretanto é o de que ninguém é favorável ao aborto. O que se trata é de considerá-lo um crime ou não. São coisas assim muito distintas as que se encontram em causa. O que todos hão de concordar é quanto à necessidade de o país possuir uma sólida política de planejamento familiar.

Se fôssemos defender a prisão das mulheres e dos médicos que praticam o aborto as prisões brasileiras não seriam suficientes para abrigar os condenados. Temos em nosso território uma população carcerária de 400 mil pessoas e a existência de 300 mil mandados de prisão a serem cumpridos. Se adicionarmos a esta realidade a prisão de quem praticou o aborto a situação seria ainda mais caótica do que é. A colocação do tema sob este ângulo é inultrapassável e contestá-la é uma prova de cinismo e ao mesmo tempo de uma farsa oportunista. O tema aborto não dá nem tira votos. Reflete apenas a realidade brasileira. Muito precária. Basta ver o estado das rodovias portuguesas e as nossas.

Enquanto percorremos de Lisboa a Chaves e de Lisboa a Elvas fronteiras norte e sul com a Espanha, sem encontrarmos um desnível sequer, se formos rodar 600 quilômetros no Brasil vamos atestar uma deficiência enorme de nosso lado. Em Portugal o aborto não é crime e a quantidade de sua prática é infinitamente menor do que a verificada em nosso país.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Brasil ajudará afegãos a explorar super-reserva

Agência Estado

O governo brasileiro entrará no mercado trilionário de exploração de recursos minerais no Afeganistão. Uma delegação do Itamaraty retornou de Cabul na semana passada com um pedido oficial do governo afegão de ajudá-los a desenvolver o marco regulatório e o ambiente de negócios para abrir à iniciativa privada reservas intocadas, no valor de US$ 1 trilhão, descobertas pelos EUA no país, em junho.

Em busca de maior independência da Casa Branca, o presidente Hamid Karzai não pretende entregar o tesouro nas mãos dos tradicionais parceiros e seus aliados da Europa, e aposta em alternativas como o Brasil para ajudá-lo a desenvolver a mineração no país e intermediar a corrida ao tesouro afegão.

As reservas de ferro, cobre, cobalto, ouro e, principalmente, lítio - metal raro, usado pela indústria química e farmacêutica e na produção de baterias, laptops e celular - são tão extensas que podem transformar o Afeganistão num polo minerador. Nova reserva de lítio, ainda não confirmada pelo governo afegão, chegaria a US$ 3 trilhões, a maior do mundo, segundo informação do Ministério de Minas afegão ao Itamaraty.

A delegação brasileira, comandada pelo diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ministro Marco Farani, foi recebida em Cabul pelo ministro das Minas, Wahidullah Shahrani. Entre outros acordos, os oficiais discutiram a possibilidade de desenvolver tecnologia brasileira-afegã para produção de bateria de lítio, hoje detida apenas pela China, EUA e Coreia do Sul. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: A Tarde

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