Ministro atribui alta mortalidade à deficiência no atendimento da forma hemorrágica da doença
BELO HORIZONTE - Durante o lançamento da campanha nacional de mobilização contra a dengue, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu ontem que o País vive uma nova epidemia da doença e classificou como "injustificável" e "inadmissível" o número de 121 mortes registradas nos primeiros nove meses deste ano. Segundo Temporão, o alto índice de óbitos significa deficiência no atendimento à forma hemorrágica da doença. Conforme dados do Ministério da Saúde, de janeiro a setembro deste ano, o País registrou 481,3 mil casos da doença, o que representa um aumento de quase 50% em relação ao ano passado.
O ministro informou que deste total, 1.076 pessoas contraíram a dengue hemorrágica, principalmente nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Maranhão. No quadro comparativo com 2006 do número de casos notificados, a região Sul foi a que apresentou maior curva ascendente (828,16 %), seguida por centro-oeste (99,95%), norte (31,34%), nordeste (30,43%) e sudeste (19,81%).
No Sudeste, o crescimento do número de casos foi puxado pelos estados do Rio de Janeiro (75,64%) e São Paulo (20,75%) - com um total de 64.310 notificações até setembro, contra 53.259 no mesmo período do ano passado. Minas e Espírito Santo apresentaram resultado negativo, -5,22% e -27,92%, respectivamente.
"É uma epidemia e essa epidemia é preocupante", disse Temporão, citando a dificuldade de se combater o mosquito transmissor aedes aegypti e o vírus por sua variedade de sorotipos, o que "coloca obstáculos" ao desenvolvimento de uma vacina. "Infelizmente, essa vacina não está no horizonte próximo", destacou o ministro, que antes de lançar a campanha se reuniu com especialistas em Belo Horizonte.
Temporão chamou a atenção também para a capacidade de transmissão do mosquito transmissor. "Continua dando uma surra na gente do ponto de vista prático".
Por isso, a preocupação mais imediata, salientou, é tentar zerar o número de mortes. "O índice que nós alcançamos é inadmissível, o que demonstra um problema de atendimento, uma fragilidade da organização do sistema de saúde".
CDs
O ministro anunciou iniciativas como a distribuição de um caderno de atenção básica com informações sobre a dengue para todas as equipes do Saúde da Família e uma parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CRF) para o envio de 300 mil CD-ROMs aos médicos do País.
"Chamando a atenção para a gravidade da doença, para a abordagem clínica, a situação epidemiológica, sinais e sintomas, abordagem terapêutica. É um processo de educação continuada em que todos os médicos, independente de suas especialidades, receberão em sua residência esse material".
Mobilização
Com o tema "Combater a dengue é um dever meu, seu e de todos. A dengue pode matar", a campanha deste ano será veiculada de forma regionalizada, com jingles em ritmos diferenciados - samba, hip-hop, forró, entre outros. A campanha começa nas rádios e TVs do Sudeste e Centro-Oeste e vai até o dia 24 de novembro. No Sul e Norte, será veiculada de 4 de novembro a 16 de dezembro. No Nordeste será veiculada até março de 2008.
Temporão pregou mobilização e cobrou "postura obsessiva" da população nos procedimentos cotidianos de combate à doença, como eliminar locais de água parada, colocar areia nos vasos de planta, cobrir bem tonéis e caixas d'água, entre outros. O ministro também criticou o que chamou de passividade em relação à doença, seja dos populares ou mesmo dos agentes de saúde.
"A população tem uma boa informação, mas ela fica esperando que alguém resolva o problema para ela", disse, avaliando que o problema também está no agente de saúde, que "orienta pouco, ensina pouco". "A postura tinha de ser mais pedagógica".
Fonte: Tribuna da Imprensa
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quarta-feira, outubro 17, 2007
Por uma Ótica Diferente
Arnaldo Jabor, com sua ironia inteligente mas de uma crítica amarga, faz uma analise do affaire Mônica Veloso por uma nova ótica
MÔNICA NUA: TRIUNFO DA VÊNUS DO ATRASO
Esgotou tudo nas bancas. Todo mundo quis ver a Mônica Veloso nua. Qual a razão deste espantoso sucesso? A principal talvez seja porque a única verdade nua e crua que apareceu até agora foi Mônica, em meio a uma caatinga embrenhada de mentiras. Mônica foi o único bem declarado de Calheiros, que apareceu de fato. Até então tínhamos visto bois magros, cheques falsos, açougues suspeitos, frases vagas, envelopes fantasmas, laranjas analfabetos, matadouros remotos; mas, agora não. Este bem ele teve, ali, patente, bonita.Em revistas de sacanagem, com as mulheres nuas, buscamos nos excitar. Tiazinha (recorde até agora), Feiticeira, eram usadas para nossos vícios secretos. Na nudez de Mônica, não - mais além da excitação, do 'voyeurismo', fomos investigar uma nudez 'política', como se algum segredo não revelado nos inquéritos ainda pudesse aparecer nos meandros de sua carne.
Também queríamos entender algo sobre Renan, imaginar suas relações de amor. Renan está presente ali, ao lado dela. Como terá ele percorrido aquele corpo? Foi falso, foi verdadeiro? O que houve de sincero, de manipulação?Notem que nas poses de Mônica há uma discrição não provocativa. Examinando suas fotos, vemos uma sensualidade contida, um sorriso ingênuo, como num coquetel onde ela, estranhamente... estivesse nua. Suas poses buscam uma elegância que faça contraste com o escândalo que a revelou. Ela não quer que nos excitemos; quer que a entendamos. Seu sorriso levemente encabulado pede compreensão para o proveito que, afinal de contas, ela tirou de seu drama. Um detalhe fascinante é o coraçãozinho tatuado em seu bumbum. Em geral, ali se desenham flechas 'punks', facas, grafites do diabo... No bumbum de Mônica, há um coração romântico, emanando guirlandas de rosas, quase um sagrado coração religioso.Alguns românticos devem ter pensado: 'Sim, para além das maracutaias, há também a mágica milagrosa do amor...'É inevitável comparar Mônica Veloso a Monica Lewinsky - esta sim que, no mais catastrófico 'blow job' da história, mudou o mundo. Clinton cometeu um pecado contra a verdade da pureza protestante. Não se apropriou de nada; ao contrário, não deixou Lewinsky entrar - ela ficou fora de seu corpo. O crime de Clinton, que quase o derrubou, foi a mentira. Renan caiu porque achava (e acha) que agiu dentro da Verdade (sim, de uma 'verdade' em que seus aliados acreditam), que agia com plenos e legítimos direitos patrimoniais.Mônica Veloso fazia parte do patrimônio de Renan, considerado normal e ético, na melhor tradição das oligarquias nordestinas: fazendas, esposa oficial, prédios, simbiose com empreiteiras, milhões guardados e amante bonita.Renan nos provocava uma fascinação quase invejosa. Há, no brasileiro médio, o sonho voraz de tudo ter, de ter nascido pobre como ele em Muricy e de, apesar de um estágio no PC do B, ter amealhado imensa fortuna. Quantos outros Renans nós invejamos, quando folheamos avidamente Caras e Quem, babando por iates, palácios, carrões, viagens, amantes, quantos?A verdade é que invejávamos Renan. Renan foi um homem de sucesso. Seu erro foi ter se achado invulnerável. Renan errou porque além de tudo queria também ser considerado honesto. Renan teve erros parecidos com o de Collor, que aliás, ele inventou. Collor errou ao trair a 'alma do negócio', que é o segredo. Collor agiu à luz do dia, com seu fiel PC (que hoje seria apenas considerado um cleptomaníaco...). Renan também foi descuidado, confiante em sua impunidade total. Sem dúvida, era querer demais. Além de tudo que amealhou, não dava para desejar perdão, prestígio impoluto, impunidade... Foi demais. E não esqueçamos que ele não fez isso por onipotência ou desmesura ('hybris', como diziam os gregos), não. Ao se defender por 150 dias, acreditava realmente em seu direito de fazer tudo que fez, de trabalhar para empreiteiras, de favorecer grupos, de manipular regimentos, de ameaçar políticos. Não há consciência de erro em homens como ele. No mundo dos negócios políticos, no parlamento, muitos deputados e senadores talvez tenham até mais malandragens do que ele. Mas Renan errou ao querer nos fazer engolir tudo como sendo o exercício de legítimos direitos tradicionais, por ter acreditado numa jurisprudência nordestina de que fazem parte até em grau mais grave alguns acusadores de Alagoas e outros Estados próximos. Renan lutou como um herói ideológico para si mesmo e para homens como o Almeida Lima, o Jucá, até o próprio João Lira.Os pelotões patrimonialistas, os exércitos oligárquicos encaram o Atraso como um desejo, um projeto, uma bandeira. Se a democracia se impuser, se a transparência prevalecer, que será das famílias oligárquicas? Como vão vicejar as fazendas imaginárias, as certidões falsificadas, os rituais das defraudações, as escrituras e contratos superfaturados? Que será da indústria da seca, não só da seca do solo, mas a seca mental, onde a estupidez e a miséria são cultivadas para o serviço da burguesia política?Mônica Veloso nua é o nascimento de uma Vênus do Atraso, a apoteose triunfal que surge ao final de um processo que vai ficar na História do País como um avanço, um progresso: - apesar da ópera-bufa, já sabemos como funciona a sordidez de nosso processo político oficial, como é difícil modernizar o País.
Também queríamos entender algo sobre Renan, imaginar suas relações de amor. Renan está presente ali, ao lado dela. Como terá ele percorrido aquele corpo? Foi falso, foi verdadeiro? O que houve de sincero, de manipulação?Notem que nas poses de Mônica há uma discrição não provocativa. Examinando suas fotos, vemos uma sensualidade contida, um sorriso ingênuo, como num coquetel onde ela, estranhamente... estivesse nua. Suas poses buscam uma elegância que faça contraste com o escândalo que a revelou. Ela não quer que nos excitemos; quer que a entendamos. Seu sorriso levemente encabulado pede compreensão para o proveito que, afinal de contas, ela tirou de seu drama. Um detalhe fascinante é o coraçãozinho tatuado em seu bumbum. Em geral, ali se desenham flechas 'punks', facas, grafites do diabo... No bumbum de Mônica, há um coração romântico, emanando guirlandas de rosas, quase um sagrado coração religioso.Alguns românticos devem ter pensado: 'Sim, para além das maracutaias, há também a mágica milagrosa do amor...'É inevitável comparar Mônica Veloso a Monica Lewinsky - esta sim que, no mais catastrófico 'blow job' da história, mudou o mundo. Clinton cometeu um pecado contra a verdade da pureza protestante. Não se apropriou de nada; ao contrário, não deixou Lewinsky entrar - ela ficou fora de seu corpo. O crime de Clinton, que quase o derrubou, foi a mentira. Renan caiu porque achava (e acha) que agiu dentro da Verdade (sim, de uma 'verdade' em que seus aliados acreditam), que agia com plenos e legítimos direitos patrimoniais.Mônica Veloso fazia parte do patrimônio de Renan, considerado normal e ético, na melhor tradição das oligarquias nordestinas: fazendas, esposa oficial, prédios, simbiose com empreiteiras, milhões guardados e amante bonita.Renan nos provocava uma fascinação quase invejosa. Há, no brasileiro médio, o sonho voraz de tudo ter, de ter nascido pobre como ele em Muricy e de, apesar de um estágio no PC do B, ter amealhado imensa fortuna. Quantos outros Renans nós invejamos, quando folheamos avidamente Caras e Quem, babando por iates, palácios, carrões, viagens, amantes, quantos?A verdade é que invejávamos Renan. Renan foi um homem de sucesso. Seu erro foi ter se achado invulnerável. Renan errou porque além de tudo queria também ser considerado honesto. Renan teve erros parecidos com o de Collor, que aliás, ele inventou. Collor errou ao trair a 'alma do negócio', que é o segredo. Collor agiu à luz do dia, com seu fiel PC (que hoje seria apenas considerado um cleptomaníaco...). Renan também foi descuidado, confiante em sua impunidade total. Sem dúvida, era querer demais. Além de tudo que amealhou, não dava para desejar perdão, prestígio impoluto, impunidade... Foi demais. E não esqueçamos que ele não fez isso por onipotência ou desmesura ('hybris', como diziam os gregos), não. Ao se defender por 150 dias, acreditava realmente em seu direito de fazer tudo que fez, de trabalhar para empreiteiras, de favorecer grupos, de manipular regimentos, de ameaçar políticos. Não há consciência de erro em homens como ele. No mundo dos negócios políticos, no parlamento, muitos deputados e senadores talvez tenham até mais malandragens do que ele. Mas Renan errou ao querer nos fazer engolir tudo como sendo o exercício de legítimos direitos tradicionais, por ter acreditado numa jurisprudência nordestina de que fazem parte até em grau mais grave alguns acusadores de Alagoas e outros Estados próximos. Renan lutou como um herói ideológico para si mesmo e para homens como o Almeida Lima, o Jucá, até o próprio João Lira.Os pelotões patrimonialistas, os exércitos oligárquicos encaram o Atraso como um desejo, um projeto, uma bandeira. Se a democracia se impuser, se a transparência prevalecer, que será das famílias oligárquicas? Como vão vicejar as fazendas imaginárias, as certidões falsificadas, os rituais das defraudações, as escrituras e contratos superfaturados? Que será da indústria da seca, não só da seca do solo, mas a seca mental, onde a estupidez e a miséria são cultivadas para o serviço da burguesia política?Mônica Veloso nua é o nascimento de uma Vênus do Atraso, a apoteose triunfal que surge ao final de um processo que vai ficar na História do País como um avanço, um progresso: - apesar da ópera-bufa, já sabemos como funciona a sordidez de nosso processo político oficial, como é difícil modernizar o País.
Fonte: prosa&política
Ejaculações diárias melhoram qualidade de espermatozóide, diz estudo
Homens com problemas de fertilidade deveriam fazer sexo todos os dias para aumentar as chances de engravidar as parceiras, apontou um estudo realizado por pesquisadores australianos.
A descoberta contraria estudos anteriores, que defendem que casais com dificuldades de engravidar devem se abster de sexo durante vários dias para aumentar a quantidade de espermatzóide antes de tentar a concepção.
Mas de acordo com uma equipe de cientistas da Universidade de Sidney, a abstenção sexual pode resultar em espermatozóides de má qualidade.
Os pesquisadores analisaram 42 homens cujos espermatozóides tinham uma forma anormal quando observados em microscópio.
Inicialmente, os estudiosos pediram aos voluntários que ejaculassem diariamente durante sete dias e compararam esses espermas com amostras colhidas depois de três dias de abstinência.
Radicais livres
Os pesquisadores constataram que, dos 42 participantes, 37 apresentaram espermas menos deformados ao ejacularem diariamente.
O líder da pesquisa, David Greening, apresentou os detalhes do estudo durante a conferência anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva.
Greening explicou que os espermatozóides acumulados durante dias apresentaram mais deformações porque teriam ficado expostos a radicais livres durante o tempo em que ficaram estocados nos epidídimos, pequenos canais estreitos localizados nos testículos.
"Os resultados deste estudo piloto mostram que aumentar o número de ejaculações pode reduzir as deformações dos espermatozóides, supostamente por reduzir o tempo em que ficam expostos aos radicais livres”.
Para Allen Pacey, secretário da Sociedade Britânica de Fertilidade, “a abstinência do sexo resulta numa maior quantidade de espermas, mas prejudica a qualidade”.
“Esta pesquisa mostra que ao colocar os homens num regime de ejaculação diária, é possível reduzir as deformações dos espermazóides”.
A descoberta contraria estudos anteriores, que defendem que casais com dificuldades de engravidar devem se abster de sexo durante vários dias para aumentar a quantidade de espermatzóide antes de tentar a concepção.
Mas de acordo com uma equipe de cientistas da Universidade de Sidney, a abstenção sexual pode resultar em espermatozóides de má qualidade.
Os pesquisadores analisaram 42 homens cujos espermatozóides tinham uma forma anormal quando observados em microscópio.
Inicialmente, os estudiosos pediram aos voluntários que ejaculassem diariamente durante sete dias e compararam esses espermas com amostras colhidas depois de três dias de abstinência.
Radicais livres
Os pesquisadores constataram que, dos 42 participantes, 37 apresentaram espermas menos deformados ao ejacularem diariamente.
O líder da pesquisa, David Greening, apresentou os detalhes do estudo durante a conferência anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva.
Greening explicou que os espermatozóides acumulados durante dias apresentaram mais deformações porque teriam ficado expostos a radicais livres durante o tempo em que ficaram estocados nos epidídimos, pequenos canais estreitos localizados nos testículos.
"Os resultados deste estudo piloto mostram que aumentar o número de ejaculações pode reduzir as deformações dos espermatozóides, supostamente por reduzir o tempo em que ficam expostos aos radicais livres”.
Para Allen Pacey, secretário da Sociedade Britânica de Fertilidade, “a abstinência do sexo resulta numa maior quantidade de espermas, mas prejudica a qualidade”.
“Esta pesquisa mostra que ao colocar os homens num regime de ejaculação diária, é possível reduzir as deformações dos espermazóides”.
Fonte: BBCBrasil
terça-feira, outubro 16, 2007
TSE impõe fidelidade partidária a senadores, governadores, prefeitos e presidente
RENATA GIRALDIda Folha Online, em Brasília
Por unanimidade, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu estender a fidelidade partidária para os ocupantes de cargos majoritários --presidente da República, governadores, senadores e prefeitos. Seis ministros do TSE seguiram o voto do relator, Carlos Ayres Britto, que recomendou a retirada do mandato de quem trocar de legenda após ser eleito por outro partido.
"A soberania do voto popular é exercida para sufragar candidatos partidários, não avulsos", disse o relator. "Não se pode negar o óbvio: neste tipo de competição homem a homem, candidato a candidato, o prestígio individual tende a suplantar o partidário."
Ayres Britto entende que o mandato pertence ao partido e não ao político eleito. Votaram com ele os ministros José Delgado, Ari Pargendler, Caputo Bastos, Gerardo Grossi e Cezar Peluso, além do presidente do tribunal Marco Aurélio Mello.
Mello já havia dito que era favorável à aplicação da regra da fidelidade partidária para todos os políticos --sejam eles eleitos pelo sistema proporcional ou majoritário.
No começo do mês, STF validou uma decisão do TSE e reconheceu a aplicação da fidelidade partidária para os eleitos pelo sistema proporcional --deputados estaduais, federais e vereadores.
O STF entendeu que a regra é válida desde 27 de março --data de julgamento do TSE, que impôs a fidelidade partidária. No entanto, ressaltou ressaltou que os parlamentares terão amplo direito de defesa para argumentarem os motivos que os levaram a mudar de legenda.
Aplicação
Semelhante ao que foi definido para deputados e vereadores, a determinação do TSE terá apenas caráter administrativo e indica o entendimento do tribunal sobre a fidelidade partidária. Esse entendimento, contudo, não será aplicada imediatamente a nenhum caso concreto.
Para os majoritários, a data de aplicação deverá ser fixada pelo STF. O julgamento de hoje não fez referência a isso.
Questionamentos
Os ministros do TSE responderam a uma consulta do deputado Nilson Mourão (PT-AC) que perguntou se "os partidos e coligações têm o direito de preservar a vaga obtida pelo sistema eleitoral majoritário, quando houver pedido de cancelamento de filiação ou de transferência do candidato eleito por um partido para outra legenda".
A expectativa é que o TSE aprove na próxima semana resolução disciplinando a tramitação desses processos. Como o definido pelo STF, os políticos terão amplo direito de defesa. Para argumentar a mudança de legenda, os "infiéis" poderão justificar perseguição política e descumprimento do partido de seu programa.
Para o presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, a aplicação da regra da fidelidade partidária deve valer para todos os políticos ---sejam eleitos pelo sistema proporcional ou majoritário.
Fonte: Folha Online
Por unanimidade, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu estender a fidelidade partidária para os ocupantes de cargos majoritários --presidente da República, governadores, senadores e prefeitos. Seis ministros do TSE seguiram o voto do relator, Carlos Ayres Britto, que recomendou a retirada do mandato de quem trocar de legenda após ser eleito por outro partido.
"A soberania do voto popular é exercida para sufragar candidatos partidários, não avulsos", disse o relator. "Não se pode negar o óbvio: neste tipo de competição homem a homem, candidato a candidato, o prestígio individual tende a suplantar o partidário."
Ayres Britto entende que o mandato pertence ao partido e não ao político eleito. Votaram com ele os ministros José Delgado, Ari Pargendler, Caputo Bastos, Gerardo Grossi e Cezar Peluso, além do presidente do tribunal Marco Aurélio Mello.
Mello já havia dito que era favorável à aplicação da regra da fidelidade partidária para todos os políticos --sejam eles eleitos pelo sistema proporcional ou majoritário.
No começo do mês, STF validou uma decisão do TSE e reconheceu a aplicação da fidelidade partidária para os eleitos pelo sistema proporcional --deputados estaduais, federais e vereadores.
O STF entendeu que a regra é válida desde 27 de março --data de julgamento do TSE, que impôs a fidelidade partidária. No entanto, ressaltou ressaltou que os parlamentares terão amplo direito de defesa para argumentarem os motivos que os levaram a mudar de legenda.
Aplicação
Semelhante ao que foi definido para deputados e vereadores, a determinação do TSE terá apenas caráter administrativo e indica o entendimento do tribunal sobre a fidelidade partidária. Esse entendimento, contudo, não será aplicada imediatamente a nenhum caso concreto.
Para os majoritários, a data de aplicação deverá ser fixada pelo STF. O julgamento de hoje não fez referência a isso.
Questionamentos
Os ministros do TSE responderam a uma consulta do deputado Nilson Mourão (PT-AC) que perguntou se "os partidos e coligações têm o direito de preservar a vaga obtida pelo sistema eleitoral majoritário, quando houver pedido de cancelamento de filiação ou de transferência do candidato eleito por um partido para outra legenda".
A expectativa é que o TSE aprove na próxima semana resolução disciplinando a tramitação desses processos. Como o definido pelo STF, os políticos terão amplo direito de defesa. Para argumentar a mudança de legenda, os "infiéis" poderão justificar perseguição política e descumprimento do partido de seu programa.
Para o presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, a aplicação da regra da fidelidade partidária deve valer para todos os políticos ---sejam eleitos pelo sistema proporcional ou majoritário.
Fonte: Folha Online
Operação da Receita e PF prende 40 por fraude de R$ 1,5 bi
LORENNA RODRIGUESda Folha Online, em Brasília
A Operação Persona, da Polícia Federal e Receita Federal, prendeu pelo menos 40 pessoas em três Estados do país, suspeitas de participarem do esquema de fraudes em importações. Foram expedidos mandados de prisão para outras quatro pessoas que estão sendo procuradas, segundo a PF. Os suspeitos devem aos cofres públicos R$ 1,5 bilhão entre impostos não pagos e multas.
Entre as empresas envolvidas na investigação está a norte-americana Cisco, gigante do setor de telecomunicações. Alguns de seus representantes legais, entre eles o presidente da Cisco no Brasil, Pedro Ripper, estão presos.
A Cisco foi procurada pela reportagem, mas até o momento não se posicionou.
Além da Cisco, mais de 30 empresas teriam participado do esquema, de acordo com a Polícia Federal. A operação foi iniciada depois da denúncia de um ex-funcionário de uma das empresas. A PF apreendeu US$ 290 mil e R$ 240 mil, além de R$ 10 milhões em mercadorias, 18 veículos e um jato comercial.
Divulgação
Pedro Ripper, atual presidente da Cisco no Brasil, pode ser um detidos pela PF
Entre os presos estão diretores e presidentes de outras empresas e seis auditores da Receita Federal. Foi pedida a prisão de 44 pessoas, 28 em São Paulo, quatro em Campinas, dois em Ilhéus (BA), dois no Rio de Janeiro e oito em Salvador (BA). Outros cinco brasileiros poderão ser detidos nos Estados Unidos a pedido da polícia brasileira.
Os acusados poderão responder por crime de interposição fraudulenta em importações (omissão do verdadeiro importador), ocultação de patrimônio, crime de descaminho (fraude no pagamento de tributos), sonegação fiscal, falsidade ideológica e material, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva, dependendo da participação no esquema.
EsquemaSegundo a Receita, o esquema de fraudes foi criado por empresários brasileiros para beneficiar a Cisco, multinacional americana, líder mundial no segmento de serviços e equipamentos de alta tecnologia para redes corporativas, para internet e para telecomunicações. A Polícia Federal não informou os nomes dos envolvidos.
A operação é resultado de dois anos de investigações, conforme a Receita, que indicaram fraudes em importações, ocultação de patrimônio, descaminho, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva.
Nos últimos cinco anos, o grupo teria importado de maneira fraudulenta, segundo a Receita, aproximadamente US$ 500 milhões em valores declarados de produtos para a multinacional americana e um volume mensal de 50 toneladas de mercadorias, o que pode gerar lançamentos tributários no montante de R$ 1,5 bilhão.
Laranjas
O esquema previa a ocultação do real importador, do solicitante e dos reais beneficiários, segundo a Receita. Por meio de off-shores sediadas em paraísos fiscais --Panamá, Bahamas e Ilhas Virgens Britânicas-- e com quadro societário composto por pessoas de baixo poder aquisitivo (os laranjas), as importações eram solicitadas pelo cliente final à multinacional. Desta forma, segundo a Receita, a organização conseguia reduzir tributos, quebrar a cadeia de IPI, burlar aos controles da Aduana brasileira.
A fraude também incluía operações comerciais simuladas, em notas fiscais falsas ou inexistentes, subfaturamento das importações que levavam a situações de importações a custo zero e concessão de descontos que atingiam até 100% do valor das mercadorias. As ações visavam impedir a cobrança dos tributos.
Na cadeia de importação, havia dirigentes brasileiros da multinacional americana e de sua distribuidora em São Paulo, de onde conseguiam "abastecer o mercado nacional com produtos sem industrializá-los e sem participar formalmente de qualquer processo de importação", conforme a Receita.
Fonte: Folha Online
A Operação Persona, da Polícia Federal e Receita Federal, prendeu pelo menos 40 pessoas em três Estados do país, suspeitas de participarem do esquema de fraudes em importações. Foram expedidos mandados de prisão para outras quatro pessoas que estão sendo procuradas, segundo a PF. Os suspeitos devem aos cofres públicos R$ 1,5 bilhão entre impostos não pagos e multas.
Entre as empresas envolvidas na investigação está a norte-americana Cisco, gigante do setor de telecomunicações. Alguns de seus representantes legais, entre eles o presidente da Cisco no Brasil, Pedro Ripper, estão presos.
A Cisco foi procurada pela reportagem, mas até o momento não se posicionou.
Além da Cisco, mais de 30 empresas teriam participado do esquema, de acordo com a Polícia Federal. A operação foi iniciada depois da denúncia de um ex-funcionário de uma das empresas. A PF apreendeu US$ 290 mil e R$ 240 mil, além de R$ 10 milhões em mercadorias, 18 veículos e um jato comercial.
Divulgação
Pedro Ripper, atual presidente da Cisco no Brasil, pode ser um detidos pela PF
Entre os presos estão diretores e presidentes de outras empresas e seis auditores da Receita Federal. Foi pedida a prisão de 44 pessoas, 28 em São Paulo, quatro em Campinas, dois em Ilhéus (BA), dois no Rio de Janeiro e oito em Salvador (BA). Outros cinco brasileiros poderão ser detidos nos Estados Unidos a pedido da polícia brasileira.
Os acusados poderão responder por crime de interposição fraudulenta em importações (omissão do verdadeiro importador), ocultação de patrimônio, crime de descaminho (fraude no pagamento de tributos), sonegação fiscal, falsidade ideológica e material, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva, dependendo da participação no esquema.
EsquemaSegundo a Receita, o esquema de fraudes foi criado por empresários brasileiros para beneficiar a Cisco, multinacional americana, líder mundial no segmento de serviços e equipamentos de alta tecnologia para redes corporativas, para internet e para telecomunicações. A Polícia Federal não informou os nomes dos envolvidos.
A operação é resultado de dois anos de investigações, conforme a Receita, que indicaram fraudes em importações, ocultação de patrimônio, descaminho, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva.
Nos últimos cinco anos, o grupo teria importado de maneira fraudulenta, segundo a Receita, aproximadamente US$ 500 milhões em valores declarados de produtos para a multinacional americana e um volume mensal de 50 toneladas de mercadorias, o que pode gerar lançamentos tributários no montante de R$ 1,5 bilhão.
Laranjas
O esquema previa a ocultação do real importador, do solicitante e dos reais beneficiários, segundo a Receita. Por meio de off-shores sediadas em paraísos fiscais --Panamá, Bahamas e Ilhas Virgens Britânicas-- e com quadro societário composto por pessoas de baixo poder aquisitivo (os laranjas), as importações eram solicitadas pelo cliente final à multinacional. Desta forma, segundo a Receita, a organização conseguia reduzir tributos, quebrar a cadeia de IPI, burlar aos controles da Aduana brasileira.
A fraude também incluía operações comerciais simuladas, em notas fiscais falsas ou inexistentes, subfaturamento das importações que levavam a situações de importações a custo zero e concessão de descontos que atingiam até 100% do valor das mercadorias. As ações visavam impedir a cobrança dos tributos.
Na cadeia de importação, havia dirigentes brasileiros da multinacional americana e de sua distribuidora em São Paulo, de onde conseguiam "abastecer o mercado nacional com produtos sem industrializá-los e sem participar formalmente de qualquer processo de importação", conforme a Receita.
Fonte: Folha Online
STJ aplica o princípio da insignificância para caso de tentativa de furto de desodorante
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aplicou o princípio da insignificância para conceder habeas-corpus à mulher condenada por tentativa de furto de um frasco de desodorante no valor de R$ 9,70, de um estabelecimento comercial de São Paulo. O entendimento do ministro relator Felix Fischer foi acompanhado pelos demais ministros. Em 2003, V.M. tentou furtar no interior de um estabelecimento comercial, um frasco de desodorante que foi recuperado pelos empregados do estabelecimento. Em decorrência desse fato, ela foi condenada pela prática dos crimes de furto e tentativa que prevê reclusão de um a quatro anos de reclusão e multa. Em defesa da ré a Defensoria Pública apontou a excepcionalidade do caso, dado o irrisório valor do bem, assim como a simplicidade do fato. O habeas-corpus chegou ao STJ contra o acórdão da 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que deu parcial provimento à apelação interposta pela defesa de V.M., mas somente para reduzir a pena. Assim, a 13ª Câmara Criminal do TJ/SP manteve as razões da sentença condenatória, afastando a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância. Inconformada com o entendimento do TJ/SP a Defensoria Pública recorreu ao STJ, requerendo o reconhecimento do constrangimento ilegal decorrido da condenação da paciente. Para tal, baseou-se na tipicidade da conduta da ré alegando que "a tentativa de subtração de um desodorante não importou em qualquer prejuízo ao patrimônio da vítima", visto a irrelevância econômica e o fato de ter o estabelecimento comercial recuperado o produto (mesmo que a restituição do bem não descaracterize o crime). A Defensoria sustentou que a tentativa do furto aconteceu de forma simples e em circunstâncias que não que não evidenciaram especial dolo ou potencial de criminoso na conduta de V. Os ministros concederam à unanimidade o habeas-corpus.
Fonte: STJ
Nosso comentário:
São fatos iguais a esse que não consigo entender: uma mulher por tentativa de furto de um frasco de desodorante no valor de R$ 9.70 só consegue se livrar da cadeia após impetrar um hábeas-corpus perante o STJ, enquanto o ex-prefeito aqui de Jeremoabo/Bahia, se apropria ou desvia indevidamente dos cofres públicos da Prefeitura Municipal de Jeermoabo/Bahia mais de um milhão de reais, e até agora tira uma de pregador da moralidade zombando de todos os honestos; pois continua usufruindo da impunidade, e o pior, dizem que vai ser candidato a prefeito.
São fatos iguais a esse que não consigo entender: uma mulher por tentativa de furto de um frasco de desodorante no valor de R$ 9.70 só consegue se livrar da cadeia após impetrar um hábeas-corpus perante o STJ, enquanto o ex-prefeito aqui de Jeremoabo/Bahia, se apropria ou desvia indevidamente dos cofres públicos da Prefeitura Municipal de Jeermoabo/Bahia mais de um milhão de reais, e até agora tira uma de pregador da moralidade zombando de todos os honestos; pois continua usufruindo da impunidade, e o pior, dizem que vai ser candidato a prefeito.
Correu, bateu, matou e juíza mandou soltar
Gustavo Moreno/Especial para o CB
Timponi (D) deixa o cárcere no departamento de Polícia Especializada-->
Paulo César Timponi, o motorista que provocou a morte de três mulheres na Ponte JK, e já esteve preso na Papuda por tráfico de droga, está livre outra vez. Testemunhas afirmam que ele participava de um pega no momento da tragédia, 10 dias atrás. Timponi fugiu do local sem prestar socorro às vítimas. No carro que dirigia, a polícia encontrou bebida alcoólica, cocaína e maconha. Ontem, a desembargadora Sandra de Santis, do Tribunal de Justiça do DF, determinou que ele fosse libertado. “É uma vergonha para o Brasil”, indignou-se Luiz Cláudio Vasconcelos, marido de uma das mulheres mortas no acidente. Ao saber da soltura, o Ministério Público denunciou Timponi por homicídio doloso triplamente qualificado e entrou com pedido de prisão preventiva.
Fonte: Correioweb
Timponi (D) deixa o cárcere no departamento de Polícia Especializada-->
Paulo César Timponi, o motorista que provocou a morte de três mulheres na Ponte JK, e já esteve preso na Papuda por tráfico de droga, está livre outra vez. Testemunhas afirmam que ele participava de um pega no momento da tragédia, 10 dias atrás. Timponi fugiu do local sem prestar socorro às vítimas. No carro que dirigia, a polícia encontrou bebida alcoólica, cocaína e maconha. Ontem, a desembargadora Sandra de Santis, do Tribunal de Justiça do DF, determinou que ele fosse libertado. “É uma vergonha para o Brasil”, indignou-se Luiz Cláudio Vasconcelos, marido de uma das mulheres mortas no acidente. Ao saber da soltura, o Ministério Público denunciou Timponi por homicídio doloso triplamente qualificado e entrou com pedido de prisão preventiva.
Fonte: Correioweb
Idéias que levam ao inferno
Postado por Luiz Weis
Com um reparo, peço licença para assinar embaixo da coluna de André Petry, que acabo de ler no Blog do Noblat, "Dane-se a rabacuada", na Veja desde hoje nas bancas. A sua matéria de capa, a propósito, sobre Tropa de Elite, explica o sucesso do filme porque trata bandido como tal e mostra - já não sem tempo, acrescento - que consumidor de droga é sócio do tráfico.
O artigo de André é um dos tais que me deixam pê da vida - não com ele, mas comigo, por eu não ter tido antes a idéia de cobrar do Brasil, como faz primorosamente o colunista, o fato de se instalarem juizados especiais nos aeroportos, em socorro dos passageiros, mas não nas portas da escolas, em socorro das mães que varam a noite na fila das matrículas, nem nos hospitais públicos, em socorro dos desventurados que deles para sobreviver - literalmente.
"A indigência da desigualdade de tudo – de tratamento, de vida, de renda – produz a indigência do resto todo", escreve André. "Tal como, para ficar na bizarrice da semana, a miséria do debate sobre o apresentador Luciano Huck e o rapper Ferréz. Uma discussão rasteira, pois é de obviedade gritante que reclamar da bandidagem é um claro convite à civilidade e defender o banditismo é uma regressão à barbárie. Discussões desse nível fazem até banqueiro sonhar com a volta da luta de classes, que ao menos organizava as idéias em categorias morais."
Tendo eu próprio reclamado mais de uma vez neste blog da indigência do debate que envolve Huck, Ferréz, outros articulistas e não poucos autores das cartas que a Folha vem publicando sobre o caso, vamos ao reparo:
Concordo que "defender o banditismo é uma regressão à barbárie", mas discordo de que reclamar da bandidagem é - apenas e necessariamente - "um claro convite à civilidade".
Pode ser também, e de há muito tem sido em setores da mídia - incluída a publicação em que os escritos de André costumam ser uma rara ilha de decência - uma "regressão à barbárie".
Depende de como se reclama.
Faz décadas que ratinhos e ratazanas de rádio e TV proclamam que bandido bom é bandido morto, enunciado cujo sentido é de uma obviedade gritante, e escarnecem dos defensores dos direitos humanos, tratando-os como cúmplices da bandidagem, ou, no mínimo, inocentes úteis ao crime.
À vociferante escumalha que prega a regressão à barbárie como política de segurança pública, somem-se, inumeráveis andares de respeitabilidade acima, os jornais e revistas nos quais, em editoriais e artigos assinados, a expressão direitos humanos frequentemente vem precedida do desqualificativo "chamados" ou "assim chamados". O Estadão é um dos que incorrem nesse delito moral.
A mídia não faz mais do que a obrigação - no exercício de um dos papéis que traz colados à pele - ao provocar, mediar e ampliar o debate público sobre tudo aquilo que, vai sem dizer, merece ser debatido publicamente por ser do interesse coletivo.
É também de uma obviedade gritante, principalmente quando rebentam diante de nós alguns dos mais bárbaros exemplos de criminalidade e violência urbana - esta última nem sempre de autoria de criminosos profissionais - que a mídia está em dívida com a construção da civilidade no Brasil, ao não se fazer suficiente porta-voz do que a sociedade tem de melhor nessa matéria vital: aqueles que, sem embargo de exigir a prevenção apta e a punição incomplacente do crime, denunciam as condições desumanas a que o sistema policial, judicial e penitenciário submetem os delinquentes, com as consequências sabidas.
Em outras palavras, sentou praça na opinião pública uma trevosa dicotomia entre os que acham que bandido deve ser tratado como tal - o subentendido dispensa descrições - e os que acham que bandido deve ser tratado antes de mais nada como vítima das escabrosas injustiças sociais no país.
Jornalistas e publicações jornalísticas que se considerem comprometidos com a civilidade têm de bater na tecla de que, cada qual ao seu modo, ambas as proposições só conduzem a um lugar ainda pior do que o proverbial beco sem saída no enfrentamento da delinquência: o inferno sem saída da selvageria do cotidiano nacional.
Fonte: Observatório da Imprensa
Com um reparo, peço licença para assinar embaixo da coluna de André Petry, que acabo de ler no Blog do Noblat, "Dane-se a rabacuada", na Veja desde hoje nas bancas. A sua matéria de capa, a propósito, sobre Tropa de Elite, explica o sucesso do filme porque trata bandido como tal e mostra - já não sem tempo, acrescento - que consumidor de droga é sócio do tráfico.
O artigo de André é um dos tais que me deixam pê da vida - não com ele, mas comigo, por eu não ter tido antes a idéia de cobrar do Brasil, como faz primorosamente o colunista, o fato de se instalarem juizados especiais nos aeroportos, em socorro dos passageiros, mas não nas portas da escolas, em socorro das mães que varam a noite na fila das matrículas, nem nos hospitais públicos, em socorro dos desventurados que deles para sobreviver - literalmente.
"A indigência da desigualdade de tudo – de tratamento, de vida, de renda – produz a indigência do resto todo", escreve André. "Tal como, para ficar na bizarrice da semana, a miséria do debate sobre o apresentador Luciano Huck e o rapper Ferréz. Uma discussão rasteira, pois é de obviedade gritante que reclamar da bandidagem é um claro convite à civilidade e defender o banditismo é uma regressão à barbárie. Discussões desse nível fazem até banqueiro sonhar com a volta da luta de classes, que ao menos organizava as idéias em categorias morais."
Tendo eu próprio reclamado mais de uma vez neste blog da indigência do debate que envolve Huck, Ferréz, outros articulistas e não poucos autores das cartas que a Folha vem publicando sobre o caso, vamos ao reparo:
Concordo que "defender o banditismo é uma regressão à barbárie", mas discordo de que reclamar da bandidagem é - apenas e necessariamente - "um claro convite à civilidade".
Pode ser também, e de há muito tem sido em setores da mídia - incluída a publicação em que os escritos de André costumam ser uma rara ilha de decência - uma "regressão à barbárie".
Depende de como se reclama.
Faz décadas que ratinhos e ratazanas de rádio e TV proclamam que bandido bom é bandido morto, enunciado cujo sentido é de uma obviedade gritante, e escarnecem dos defensores dos direitos humanos, tratando-os como cúmplices da bandidagem, ou, no mínimo, inocentes úteis ao crime.
À vociferante escumalha que prega a regressão à barbárie como política de segurança pública, somem-se, inumeráveis andares de respeitabilidade acima, os jornais e revistas nos quais, em editoriais e artigos assinados, a expressão direitos humanos frequentemente vem precedida do desqualificativo "chamados" ou "assim chamados". O Estadão é um dos que incorrem nesse delito moral.
A mídia não faz mais do que a obrigação - no exercício de um dos papéis que traz colados à pele - ao provocar, mediar e ampliar o debate público sobre tudo aquilo que, vai sem dizer, merece ser debatido publicamente por ser do interesse coletivo.
É também de uma obviedade gritante, principalmente quando rebentam diante de nós alguns dos mais bárbaros exemplos de criminalidade e violência urbana - esta última nem sempre de autoria de criminosos profissionais - que a mídia está em dívida com a construção da civilidade no Brasil, ao não se fazer suficiente porta-voz do que a sociedade tem de melhor nessa matéria vital: aqueles que, sem embargo de exigir a prevenção apta e a punição incomplacente do crime, denunciam as condições desumanas a que o sistema policial, judicial e penitenciário submetem os delinquentes, com as consequências sabidas.
Em outras palavras, sentou praça na opinião pública uma trevosa dicotomia entre os que acham que bandido deve ser tratado como tal - o subentendido dispensa descrições - e os que acham que bandido deve ser tratado antes de mais nada como vítima das escabrosas injustiças sociais no país.
Jornalistas e publicações jornalísticas que se considerem comprometidos com a civilidade têm de bater na tecla de que, cada qual ao seu modo, ambas as proposições só conduzem a um lugar ainda pior do que o proverbial beco sem saída no enfrentamento da delinquência: o inferno sem saída da selvageria do cotidiano nacional.
Fonte: Observatório da Imprensa
Tolerância zero com a incivilidade
Postado por Luiz Weis
Quem de nós já não ouviu o reparo: “Com todo esse horror acontecendo por aí, você vai criar caso só por isso?”
Pois é. Com todo esse horror acontecendo por aí – incluída a previsível mortandade nas estradas no último feriado – quem é o editor que vai criar caso para que o órgão de mídia em que trabalha dê mais espaço, com frequência, para os “pequenos assassinatos” do cotidiano?
Penso na infinidade de delitos cometidos contra o próximo, de caso pensado ou por dar de ombros, pelos infelizmente muitos brasileiros que, não vivendo do crime, contribuem com a sua delinquência anti-social para piorar o inferno do dia-a-dia.
O cidadão que sonega impostos delinque contra a sociedade, mas de forma indireta. Reduz a possibilidade de o Estado – possibilidade, escrevi – de prestar mais e melhores serviços ao conjunto dos contribuintes
O motorista que quase – para ficar no quase – atropela o pedestre que ousou cruzar a rua, na faixa, quando sinal se abriu para ambos, comete um delito que fere mais, porque concreto e imediato, do que o do sonegador.
O descumprimento das leis que existem para dar direitos iguais aos diversos espécimes que coabitam na selva urbana só muito raramente rende notícia.
O pouco-caso da mídia com a incivilidade brasileira contribui para aumentar a tolerância das pessoas diante do que devia indigná-las. A tolerância com o que alguns, cinicamente, chamam de “pecadilhos”, não resulta de alguma propensão para pegar leve. Resulta da sensação difusa de impotência em face dos nossos podres.
O que se espera da imprensa não é que incursione, uma vez na vida, outra na morte, pelo vasto terrritório das atitudes que em países mais decentes não passariam em branca núvem. Reportagem no Estado de hoje, por exemplo, mostra que em São Paulo os valets de bares, restaurantes e congêneres deixam os carros da clientela em fila dupla, ou sobre faixas para pedestres e em outros locais onde é proibido estacionar, em vez de levá-los ao estacionamento mais próximo, como determina a lei.
Quem acha que isso é coisinha à toa merece viver como aqui se vive.
Mas uma denúncia só não faz verão. Comportamentos claramente inaceitáveis – embora a imensa distância das barbaridades que ensanguentam o espaço nos cadernos metropolitanos dos diários – merecem destaque compatível com a sua incidência e com a carga de desrespeito aos direitos do cidadão que trazem em si.
Noticiar para alertar, educar e, ao fim e ao cabo, reprimir, é também papel da imprensa. Jornal que se puser a fazer isso costumeiramente decerto receberá, com o passar do tempo, enxurradas de cartas de leitores contando, eles também, as agruras que os prepotentes lhes causam.
Ponha-se passar do tempo nisso e quem sabe, apenas quem sabe, a mídia poderá dar partida ao círculo virtuoso que tanta falta faz à maioria que silencia por achar que, “com todo esse horror acontecendo por aí”, é perda de tempo reclamar do que acaba parecendo tão pouco.
Lembram-se da “tolerância zero” que diminuiu a delinquência em Nova York? Por que não, a começar da mídia, tolerância zero com a incivilidade?
Fonte: Observatório da imprensa
Quem de nós já não ouviu o reparo: “Com todo esse horror acontecendo por aí, você vai criar caso só por isso?”
Pois é. Com todo esse horror acontecendo por aí – incluída a previsível mortandade nas estradas no último feriado – quem é o editor que vai criar caso para que o órgão de mídia em que trabalha dê mais espaço, com frequência, para os “pequenos assassinatos” do cotidiano?
Penso na infinidade de delitos cometidos contra o próximo, de caso pensado ou por dar de ombros, pelos infelizmente muitos brasileiros que, não vivendo do crime, contribuem com a sua delinquência anti-social para piorar o inferno do dia-a-dia.
O cidadão que sonega impostos delinque contra a sociedade, mas de forma indireta. Reduz a possibilidade de o Estado – possibilidade, escrevi – de prestar mais e melhores serviços ao conjunto dos contribuintes
O motorista que quase – para ficar no quase – atropela o pedestre que ousou cruzar a rua, na faixa, quando sinal se abriu para ambos, comete um delito que fere mais, porque concreto e imediato, do que o do sonegador.
O descumprimento das leis que existem para dar direitos iguais aos diversos espécimes que coabitam na selva urbana só muito raramente rende notícia.
O pouco-caso da mídia com a incivilidade brasileira contribui para aumentar a tolerância das pessoas diante do que devia indigná-las. A tolerância com o que alguns, cinicamente, chamam de “pecadilhos”, não resulta de alguma propensão para pegar leve. Resulta da sensação difusa de impotência em face dos nossos podres.
O que se espera da imprensa não é que incursione, uma vez na vida, outra na morte, pelo vasto terrritório das atitudes que em países mais decentes não passariam em branca núvem. Reportagem no Estado de hoje, por exemplo, mostra que em São Paulo os valets de bares, restaurantes e congêneres deixam os carros da clientela em fila dupla, ou sobre faixas para pedestres e em outros locais onde é proibido estacionar, em vez de levá-los ao estacionamento mais próximo, como determina a lei.
Quem acha que isso é coisinha à toa merece viver como aqui se vive.
Mas uma denúncia só não faz verão. Comportamentos claramente inaceitáveis – embora a imensa distância das barbaridades que ensanguentam o espaço nos cadernos metropolitanos dos diários – merecem destaque compatível com a sua incidência e com a carga de desrespeito aos direitos do cidadão que trazem em si.
Noticiar para alertar, educar e, ao fim e ao cabo, reprimir, é também papel da imprensa. Jornal que se puser a fazer isso costumeiramente decerto receberá, com o passar do tempo, enxurradas de cartas de leitores contando, eles também, as agruras que os prepotentes lhes causam.
Ponha-se passar do tempo nisso e quem sabe, apenas quem sabe, a mídia poderá dar partida ao círculo virtuoso que tanta falta faz à maioria que silencia por achar que, “com todo esse horror acontecendo por aí”, é perda de tempo reclamar do que acaba parecendo tão pouco.
Lembram-se da “tolerância zero” que diminuiu a delinquência em Nova York? Por que não, a começar da mídia, tolerância zero com a incivilidade?
Fonte: Observatório da imprensa
Mesa manda Conselho de Ética abrir quinto processo contra Renan
Desta vez, senador alagoano é acusado de ter pedido a assessor para espionar dois parlamentares da oposição
Rosa Costa
O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), terá de responder a uma nova representação no Conselho de Ética. Nesse quinto processo, ele é acusado de ter usado um servidor da Casa, o ex-assessor Francisco Escórcio, conhecido como Chiquinho, para espionar a vida de dois senadores de oposição, Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).A iniciativa de investigá-lo, cinco dias após haver se afastado do comando do Senado, foi tomada por cinco dos seis integrantes da Mesa Diretora, na primeira reunião convocada pelo senador Tião Viana (PT-AC) na condição de presidente interino. A denúncia foi apresentada na semana passada pelo DEM e PSDB. Tião esclareceu que a Mesa se limitou a examinar o pedido dos partidos, sem entrar no mérito da acusação.Demóstenes e Perillo confirmaram o conteúdo de reportagem da revista Veja, segundo a qual Escórcio teria conversado em Goiânia com dois advogados sobre a melhor maneira de criar uma situação que comprometesse os senadores, adversários de Renan. Uma das alternativa examinadas, na ocasião, foi a de instalar uma câmera de vídeo em um hangar, para tentar filmar Demóstenes e Perillo usando jatinhos particulares de empresários da região.ARAPONGAGEMLigado à família Sarney e ao próprio Renan, Chiquinho exerceu o mandato de senador em duas ocasiões, como suplente de dois titulares ligados ao senador José Sarney (PMDB-AP), Alexandre Costa e Bello Parga, ambos do então PFL, hoje DEM.Quando a denúncia veio à tona, Renan se encarregou de afastá-lo temporariamente. Mas mudou de idéia, decidindo pela exoneração, após perceber que a medida paliativa não ajudava na sua defesa.Inicialmente, a suposta tentativa de arapongagem foi motivo da criação de uma comissão de sindicância, ligada à primeira-secretaria do Senado. Com a decisão tomada pela Mesa, o primeiro-secretário, Efraim Morais (DEM-PB), suspendeu esse trabalho. Explicou que a medida passou a ser “inócua”, diante do encaminhamento da representação ao conselho.A denúncia reforça as suspeitas de que Renan estaria se valendo do cargo de presidente do Congresso para utilizar a máquina e servidores do Senado a seu favor. Como nas representações anteriores, o advogado-geral da Casa, Alberto Cascais, apresentou um parecer sugerindo o engavetamento do caso, alegando tratar-se simplesmente de informações da imprensa. O senador tucano Papaléo Paz (AP) se absteve, justificando o procedimento pela sua condição de filiado a um dos partidos autores da denúncia.REPRESENTAÇÕESA primeira denúncia contra Renan, de ter contas pagas por um lobista, foi arquivada pelo plenário do Senado no mês passado, por 40 votos a 35, em sessão secreta. A segunda suspeita que pesa contra o presidente licenciado é de ter supostamente intercedido em favor da empresa Schincariol na negociação de dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Receita Federal. A cervejaria comprou uma fábrica do irmão de Renan, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por um preço tido como acima do valor de mercado.O terceiro processo se refere à denúncia de que o parlamentar teria usado laranjas na compra de duas rádios e um jornal em seu Estado, em parceria com o empresário João Lyra, ex-aliado e hoje desafeto, que contou detalhes do caso à Veja.A quarta denúncia é de que o lobista Luiz Carlos Coelho arrecadaria dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB, favorecendo Renan. Ele alega que não cometeu nenhuma irregularidade, assim como a Schincariol e os demais citados
Fonte: Estado de Sao Paulo
Rosa Costa
O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), terá de responder a uma nova representação no Conselho de Ética. Nesse quinto processo, ele é acusado de ter usado um servidor da Casa, o ex-assessor Francisco Escórcio, conhecido como Chiquinho, para espionar a vida de dois senadores de oposição, Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).A iniciativa de investigá-lo, cinco dias após haver se afastado do comando do Senado, foi tomada por cinco dos seis integrantes da Mesa Diretora, na primeira reunião convocada pelo senador Tião Viana (PT-AC) na condição de presidente interino. A denúncia foi apresentada na semana passada pelo DEM e PSDB. Tião esclareceu que a Mesa se limitou a examinar o pedido dos partidos, sem entrar no mérito da acusação.Demóstenes e Perillo confirmaram o conteúdo de reportagem da revista Veja, segundo a qual Escórcio teria conversado em Goiânia com dois advogados sobre a melhor maneira de criar uma situação que comprometesse os senadores, adversários de Renan. Uma das alternativa examinadas, na ocasião, foi a de instalar uma câmera de vídeo em um hangar, para tentar filmar Demóstenes e Perillo usando jatinhos particulares de empresários da região.ARAPONGAGEMLigado à família Sarney e ao próprio Renan, Chiquinho exerceu o mandato de senador em duas ocasiões, como suplente de dois titulares ligados ao senador José Sarney (PMDB-AP), Alexandre Costa e Bello Parga, ambos do então PFL, hoje DEM.Quando a denúncia veio à tona, Renan se encarregou de afastá-lo temporariamente. Mas mudou de idéia, decidindo pela exoneração, após perceber que a medida paliativa não ajudava na sua defesa.Inicialmente, a suposta tentativa de arapongagem foi motivo da criação de uma comissão de sindicância, ligada à primeira-secretaria do Senado. Com a decisão tomada pela Mesa, o primeiro-secretário, Efraim Morais (DEM-PB), suspendeu esse trabalho. Explicou que a medida passou a ser “inócua”, diante do encaminhamento da representação ao conselho.A denúncia reforça as suspeitas de que Renan estaria se valendo do cargo de presidente do Congresso para utilizar a máquina e servidores do Senado a seu favor. Como nas representações anteriores, o advogado-geral da Casa, Alberto Cascais, apresentou um parecer sugerindo o engavetamento do caso, alegando tratar-se simplesmente de informações da imprensa. O senador tucano Papaléo Paz (AP) se absteve, justificando o procedimento pela sua condição de filiado a um dos partidos autores da denúncia.REPRESENTAÇÕESA primeira denúncia contra Renan, de ter contas pagas por um lobista, foi arquivada pelo plenário do Senado no mês passado, por 40 votos a 35, em sessão secreta. A segunda suspeita que pesa contra o presidente licenciado é de ter supostamente intercedido em favor da empresa Schincariol na negociação de dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Receita Federal. A cervejaria comprou uma fábrica do irmão de Renan, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por um preço tido como acima do valor de mercado.O terceiro processo se refere à denúncia de que o parlamentar teria usado laranjas na compra de duas rádios e um jornal em seu Estado, em parceria com o empresário João Lyra, ex-aliado e hoje desafeto, que contou detalhes do caso à Veja.A quarta denúncia é de que o lobista Luiz Carlos Coelho arrecadaria dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB, favorecendo Renan. Ele alega que não cometeu nenhuma irregularidade, assim como a Schincariol e os demais citados
Fonte: Estado de Sao Paulo
Cadela salva dona mas é TRUCIDADA
Por Marcela Duarte 16/10/2007 às 16:12
Cadela luta com pit bulls para salvar a vida da dona, Vera Lúcia, que ficou inconsolável ao saber da morte de Pretinha: ?Ela lutou bravamente?, lembrou.
Dona chora cadela trucidada por pit bulls
Vera Lúcia Lima, 36 anos, chorou ontem a morte da cadela Pretinha, que há três anos era o xodó da família. Na noite de domingo, a pequena vira-lata salvou Vera do ataque de dois pit bulls em frente à casa da dona, na SQ 3, Quadra 9, Parque Nápolis, na Cidade Ocidental. Vera sofreu apenas um arranhão na perna porque acabou tropeçando em pedaços de madeira ao pegar um bastão para bater nos cachorros e tentar salvar a cadela das garras do casal de pit bulls. Pretinha foi levada para o veterinário. A cadela passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de ontem. A família de Vera Lúcia assistia ao jogo da Seleção Brasileira de Futebol, quando a mulher foi ao portão para falar com uma vizinha. Ao sair, ela viu os cachorros correrem em sua direção. ?Nessa hora, Pretinha, que estava dentro de casa, correu e partiu para cima deles. Ela lutou bravamente?, lembrou a dona. Enquanto a cadela brigava com os pit bulls, um vizinho pegou uma escada de madeira e começou a bater nos cães. ?Eu também peguei uns pedaços de madeira, mas não adiantou. Eles não paravam de morder?, lamentou Vera. Só um milagre Os cachorros fugiram quando Pretinha já estava ferida. A vira-lata foi levada para o veterinário, mas os ferimentos eram graves demais. ?Ela teve perfuração no pulmão e cortes na barriga e no pescoço. Em caso de cães de pequeno porte só um milagre para escapar de ferimentos tão graves?, disse o veterinário Jailson Cabral Júnior. ?Isso é um absurdo. Na nossa rua temos várias crianças. Minha irmã está viva por conta da Pretinha. Esses cachorros não podem ficar soltos. É preciso cuidado?, comentou, revoltado, o irmão de Vera, o fotógrafo José Tadeu Lima, 36 anos. Os pit bulls são de uma vizinha de Vera. A mulher mora na quadra há um ano e, desde então, seus cães amedrontam a vizinhança. A também moradora Maria do Amparo de Souza Barbosa, 37 anos, já teve uma galinha d?angola e oito patos mortos pelos cachorros. Os vizinhos tentaram falar com a dona dos animais ontem, mas ela não apareceu em casa. Os pit bulls foram escondidos. A casa da dona dos cachorros é cercada por um muro de alvenaria e portão de ferro. Mas, segundo os vizinhos, os animais costumam ficar soltos dentro do lote. O veterinário Jailson Cabral Júnior disse que, mensalmente, atende em média quatro cachorros atacados por outros de grande porte. ?A maioria dos ataques são de pit bulls. É uma raça bem agressiva?, resumiu o médico. De acordo com a secretária Municipal de Saúde, Vanessa Cabral, técnicos do órgão e fiscais de Postura da Secretaria de Administração da Cidade Ocidental estiveram na casa da dona dos cachorros para notificá-la. Editor: Samanta Sallum // samanta.sallum@correioweb.com.br Subeditores: Ana Paixão, Roberto Fonseca, Valéria Velasco e-mail: cidades@correioweb.com.br Tels. 3214-1180 ? 3214-1181
Email:: cidades@correioweb.com.br URL:: http://www.correioweb.com.br/
Fonte: CMI Brasil
Cadela luta com pit bulls para salvar a vida da dona, Vera Lúcia, que ficou inconsolável ao saber da morte de Pretinha: ?Ela lutou bravamente?, lembrou.
Dona chora cadela trucidada por pit bulls
Vera Lúcia Lima, 36 anos, chorou ontem a morte da cadela Pretinha, que há três anos era o xodó da família. Na noite de domingo, a pequena vira-lata salvou Vera do ataque de dois pit bulls em frente à casa da dona, na SQ 3, Quadra 9, Parque Nápolis, na Cidade Ocidental. Vera sofreu apenas um arranhão na perna porque acabou tropeçando em pedaços de madeira ao pegar um bastão para bater nos cachorros e tentar salvar a cadela das garras do casal de pit bulls. Pretinha foi levada para o veterinário. A cadela passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de ontem. A família de Vera Lúcia assistia ao jogo da Seleção Brasileira de Futebol, quando a mulher foi ao portão para falar com uma vizinha. Ao sair, ela viu os cachorros correrem em sua direção. ?Nessa hora, Pretinha, que estava dentro de casa, correu e partiu para cima deles. Ela lutou bravamente?, lembrou a dona. Enquanto a cadela brigava com os pit bulls, um vizinho pegou uma escada de madeira e começou a bater nos cães. ?Eu também peguei uns pedaços de madeira, mas não adiantou. Eles não paravam de morder?, lamentou Vera. Só um milagre Os cachorros fugiram quando Pretinha já estava ferida. A vira-lata foi levada para o veterinário, mas os ferimentos eram graves demais. ?Ela teve perfuração no pulmão e cortes na barriga e no pescoço. Em caso de cães de pequeno porte só um milagre para escapar de ferimentos tão graves?, disse o veterinário Jailson Cabral Júnior. ?Isso é um absurdo. Na nossa rua temos várias crianças. Minha irmã está viva por conta da Pretinha. Esses cachorros não podem ficar soltos. É preciso cuidado?, comentou, revoltado, o irmão de Vera, o fotógrafo José Tadeu Lima, 36 anos. Os pit bulls são de uma vizinha de Vera. A mulher mora na quadra há um ano e, desde então, seus cães amedrontam a vizinhança. A também moradora Maria do Amparo de Souza Barbosa, 37 anos, já teve uma galinha d?angola e oito patos mortos pelos cachorros. Os vizinhos tentaram falar com a dona dos animais ontem, mas ela não apareceu em casa. Os pit bulls foram escondidos. A casa da dona dos cachorros é cercada por um muro de alvenaria e portão de ferro. Mas, segundo os vizinhos, os animais costumam ficar soltos dentro do lote. O veterinário Jailson Cabral Júnior disse que, mensalmente, atende em média quatro cachorros atacados por outros de grande porte. ?A maioria dos ataques são de pit bulls. É uma raça bem agressiva?, resumiu o médico. De acordo com a secretária Municipal de Saúde, Vanessa Cabral, técnicos do órgão e fiscais de Postura da Secretaria de Administração da Cidade Ocidental estiveram na casa da dona dos cachorros para notificá-la. Editor: Samanta Sallum // samanta.sallum@correioweb.com.br Subeditores: Ana Paixão, Roberto Fonseca, Valéria Velasco e-mail: cidades@correioweb.com.br Tels. 3214-1180 ? 3214-1181
Email:: cidades@correioweb.com.br URL:: http://www.correioweb.com.br/
Fonte: CMI Brasil
Mulher 'faz 78% do trabalho doméstico no Brasil'
As mulheres fazem 78% do trabalho doméstico no Brasil, revelou um estudo de pesquisadores noruegueses.
Em média, uma brasileira dedica 33,5 horas por semana – quase 5 horas diárias – a afazeres como cozinhar e limpar a casa, de acordo com o estudo. Já os homens dedicam pouco mais de 10 horas a tarefas domésticas.
As brasileiras só ficam atrás das chilenas, que gastam 38,3 horas por semana nas tarefas domésticas, contra 9,3 horas gastas por seus pares chilenos.
A pesquisa analisou a realidade de 17,5 mil casais de pessoas entre 25 e 65 anos, casados ou que vivem juntos, e que responderam em 2002 à pesquisa social internacional (ISSP, na sigla em inglês), uma espécie de censo social mundial.
Os pesquisadores da Universidade Stavanger e do Instituto de Sociologia de Bergen, na Noruega, colocaram lado a lado os resultados referentes a 34 países desenvolvidos e em desenvolvimento.
As conclusões foram publicadas na versão online da European Sociological Review.
Razões
Em média, as mulheres desempenham 73% do trabalho doméstico – mas no Japão, essa proporção chega a 91%.
Enquanto as japonesas passam em média 27 horas por semana debruçadas sobre os afazeres da casa, os japoneses gastam apenas 2,5 horas – o equivalente a menos de meia-hora por dia.
O estudo afirma que a quantidade de trabalho feminino é determinada principalmente pelo grau de autonomia dado às mulheres, enquanto o trabalho dos homens varia de acordo com a dinâmica das atividades econômicas.
Os países em que as mulheres menos trabalham em casa são a Noruega (menos de 12h por semana), a Finlândia (12 horas por semana) e a França (12,2 horas por semana).
Mas, entre estes países, os homens franceses são os que trabalham menos – 3,7 horas por semana, acima apenas dos japoneses. A divisão de trabalho na França é parecida com a do Brasil, com as mulheres sendo responsáveis por 77% das responsabilidades do lar.
Na Noruega, os homens trabalham 4,3 horas por semana – deixando para a mulher 73% do tempo dedicado aos trabalhos domésticos. Já na Finlândia, os homens passam quase 6 horas com essas atividades – 67% do tempo gasto pelo casal.
Os países onde a relação é mais balanceada (em todos a mulher responde por 64% do tempo gasto) são a Letônia (18,5 horas para mulheres, 11 horas para os homens), Polônia (20 horas para as mulheres, 12 horas para os homens) e Filipinas (24 horas para as mulheres, 13 horas para os homens).
Fonte: BBC Brasil
Em média, uma brasileira dedica 33,5 horas por semana – quase 5 horas diárias – a afazeres como cozinhar e limpar a casa, de acordo com o estudo. Já os homens dedicam pouco mais de 10 horas a tarefas domésticas.
As brasileiras só ficam atrás das chilenas, que gastam 38,3 horas por semana nas tarefas domésticas, contra 9,3 horas gastas por seus pares chilenos.
A pesquisa analisou a realidade de 17,5 mil casais de pessoas entre 25 e 65 anos, casados ou que vivem juntos, e que responderam em 2002 à pesquisa social internacional (ISSP, na sigla em inglês), uma espécie de censo social mundial.
Os pesquisadores da Universidade Stavanger e do Instituto de Sociologia de Bergen, na Noruega, colocaram lado a lado os resultados referentes a 34 países desenvolvidos e em desenvolvimento.
As conclusões foram publicadas na versão online da European Sociological Review.
Razões
Em média, as mulheres desempenham 73% do trabalho doméstico – mas no Japão, essa proporção chega a 91%.
Enquanto as japonesas passam em média 27 horas por semana debruçadas sobre os afazeres da casa, os japoneses gastam apenas 2,5 horas – o equivalente a menos de meia-hora por dia.
O estudo afirma que a quantidade de trabalho feminino é determinada principalmente pelo grau de autonomia dado às mulheres, enquanto o trabalho dos homens varia de acordo com a dinâmica das atividades econômicas.
Os países em que as mulheres menos trabalham em casa são a Noruega (menos de 12h por semana), a Finlândia (12 horas por semana) e a França (12,2 horas por semana).
Mas, entre estes países, os homens franceses são os que trabalham menos – 3,7 horas por semana, acima apenas dos japoneses. A divisão de trabalho na França é parecida com a do Brasil, com as mulheres sendo responsáveis por 77% das responsabilidades do lar.
Na Noruega, os homens trabalham 4,3 horas por semana – deixando para a mulher 73% do tempo dedicado aos trabalhos domésticos. Já na Finlândia, os homens passam quase 6 horas com essas atividades – 67% do tempo gasto pelo casal.
Os países onde a relação é mais balanceada (em todos a mulher responde por 64% do tempo gasto) são a Letônia (18,5 horas para mulheres, 11 horas para os homens), Polônia (20 horas para as mulheres, 12 horas para os homens) e Filipinas (24 horas para as mulheres, 13 horas para os homens).
Fonte: BBC Brasil
Câmara de Aracruz devolve mais R$ 1,5 milhão à prefeitura
O presidente da Câmara de Vereadores de Aracruz, Vani Boschetti (PMDB), devolveu ao prefeito Ademar Devens (PMDB) mais R$ 1,5 milhão da sobra orçamentária de 2007. Até o final do ano ele devolverá mais recursos, sendo, no mínimo, R$ 500 mil. O dinheiro deverá ser aplicado pela prefeitura na construção de uma escola e creche no bairro Morobá. A entrega foi feita após a sessão da última segunda-feira (8) e acompanhada por moradores da comunidade.
Nesta legislatura, os vereadores de Aracruz já devolveram à prefeitura R$ 7.682.970,52, sendo R$ 2.526.683,84 em 2005, na gestão de Ronaldo Cuzzuol (PMDB); R$ 3.656.286,69 em 2006, na administração de André Carlesso (PP); e agora mais R$ 1,5 milhão, por Vani Boschetti. “A conquista é importante porque o atual orçamento da Câmara caiu de R$ 14,5 milhões para R$ 8.280.000,00, representando 6% da arrecadação municipal”, destaca Boschetti.
Fonte: Folha do Litoral
Nesta legislatura, os vereadores de Aracruz já devolveram à prefeitura R$ 7.682.970,52, sendo R$ 2.526.683,84 em 2005, na gestão de Ronaldo Cuzzuol (PMDB); R$ 3.656.286,69 em 2006, na administração de André Carlesso (PP); e agora mais R$ 1,5 milhão, por Vani Boschetti. “A conquista é importante porque o atual orçamento da Câmara caiu de R$ 14,5 milhões para R$ 8.280.000,00, representando 6% da arrecadação municipal”, destaca Boschetti.
Fonte: Folha do Litoral
PMDB baiano virá forte para eleição de 2008
Acostumado com as lutas, o PMDB, nascido do antigo MDB, enfrentou a ditadura, encampou as Diretas Já, liderou a Constituinte de 1988, e sempre teve em seus quadros lideranças como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Itamar Franco, Pedro Simon ou Chico Pinto. Como entender, então, um partido ser dono desse imenso cabedal político, e nunca conseguir chegar ao poder máximo do País? Seria um erro de estratégia, ou opção pela província? Agora, após o encerramento do prazo das filiações partidárias, sabe-se a olho nu que foi o PMDB o partido que mais cresceu na Bahia. Resta saber com que capilaridade ele vai para a disputa de 2008 e como chegará em 2010. Diante de tanta história, o legado que ficou do velho MDB é muito grande. Nem mesmo a mensagem ética de um Pedro Simon, misturada com a postura enlamaçada de um Renan Calheiros, consegue impedir a sua brilhante trajetória. Por isso, dizer que o PMDB, hoje, ainda é o maior e o que possui a história mais bonita entre os partidos brasileiros, é fato. Mas nem por isso pode-se esconder que ele viveu uma crise após a febre do Plano Cruzado, em 1986, quando elegeu 22 dos 23 governadores do País. Na Bahia, esta crise acentuou-se mais após o governo e a saída de Waldir Pires, com conseqüências durante toda a década de 1990, período em que o PMDB baiano sempre teve um tamanho inferior ao nacional. Segundo Lúcio Vieira Lima, presidente do diretório estadual, “isso foi fruto da queda da sublegenda e do surgimento do pluripartidarismo, que possibilitaram o surgimento de outros partidos”. Mas, se neste período o PMDB baiano passou por dificuldades, as suas lideranças souberam ter paciência para alavancá-lo mais adiante. O divisor de águas começou quando o hoje ministro Geddel Vieira Lima, filho do ex-deputado Afrísio Vieira Lima, galgou o primeiro mandato para a Câmara Federal, onde ocupou importante função no governo de Fernando Henrique Cardoso. Dissidentes do carlismo, os Vieira Lima resolveram enfrentar o então poderoso Antonio Carlos Magalhães. Nestes embates Geddel ganhou espaço, transformando-se na maior liderança peemedebista baiana, com grande influência no plano nacional. “O PMDB pode ser considerado o partido responsável pela queda do carlismo”, avaliou Lúcio Lima. Assim, reconhecer, hoje, que o PMDB é o maior partido da Bahia, é óbvio. Quem quiser avaliar o seu crescimento e a sua nova estrutura para enfrentar as próximas eleições, nem precisa recorrer às lideranças, vereadores, prefeitos ou deputados que se filiaram nos últimos 12 meses. Para não ter dúvidas, basta usar a cabeça, ou uma máquina de calcular, e fazer as contas. Segundo Lúcio Vieira Lima, em 2004 o PMDB elegeu 29 prefeitos na Bahia (o TRE informa que foram vinte), atrás do PFL (hoje DEM), com 155, o PL (hoje PR), com 65, e o PP, com 56. Hoje, o PMDB possui cerca de 130 prefeitos e mais de mil vereadores filiados no Estado. Tomando como parâmetro estas filiações, houve um crescimento do partido de quase 450% em relação a 2004. Atualmente, além de Salvador, a 3ª maior cidade brasileira, o PMDB administra também municípios importantes em diferentes regiões da Bahia. No Recôncavo e região Metropolitana: Cachoeira, Vera Cruz e Madre de Deus; no Norte/Nordeste: Euclides da Cunha, Juazeiro e Campo Formoso; na Chapada Diamantina: Jacobina, Morro do Chapéu e Irecê; No Oeste: Livramento de Nossa Senhora, Bom Jesus da Lapa e Brumado; e no Sudoeste/Sudeste/Sul: Itapetinga, Ubaitaba e Jaguaquara. Para quem gosta de fazer uma continha, é bom ir se acostumando, pois não foram somente prefeitos e vereadores que se filiaram à legenda peemedebista nos últimos meses. No rol deste crescimento também vieram quatro deputados federais de outras legendas: Marcelo Guimarães Filho (DEM), Colbert Martins e Raimundo Veloso (PPS) e Sérgio Brito (PDT). Na verdade, em 2006 o PMDB elegeu para a Câmara Federal apenas Geddel Vieira Lima. Mas, graças aos 287 mil votos que ele recebeu (o 3º mais votado no Estado), a coligação PMDB/PSB/PPS/PV elegeu, além de outros, Edson Duarte (PV) com baixa votação, e depois abriu vaga para o desconhecido Edigar Mão Branca, também do PV, com a ida de Geddel para o ministério do presidente Lula. Mas, se a bancada federal cresceu 400%, na Assembléia Legislativa não foi diferente. Em 2006, o PMDB elegeu seis deputados estaduais, mas, hoje, já conta com dez, incluindo os quatro que aderiram depois: Arthur Maia, Capitão Fábio, Maria Luiza e Reinaldo Braga. Isso, sem falar dos dois deputados que não se filiaram em respeito à decisão do Supremo sobre a fidelidade partidária, mas que seguirão a orientação peemedebista, mesmo continuando no DEM: Carlos Gaban e Mizael Neto. (Por Evandro Matos)
"Crescimento é fruto de muito trabalho"
“O partido tem este tamanho hoje como conseqüência do trabalho que fizemos nós últimos anos. Um partido que não é escravo e que sabe ser governo”, declarou, da Bélgica (Europa), onde se encontrava em missão de governo, o ministro Geddel Vieira Lima, o principal responsável pelo crescimento do PMDB baiano. Mas, para se saber qual a real musculatura do partido, é importante lembrar que os peemedebistas estão com bandeiras desfraldadas nas esferas do poder político municipal, estadual e federal. Em Salvador, além de oferecer abrigo para o prefeito João Henrique, o partido controla as secretarias de Transporte e Infra-Estrutura, Sesp e Fazenda. O presidente peemedebista, Lúcio Vieira Lima, concorda que a presença de Geddel no ministério ajuda a atrair filiados, “mas o crescimento não é de agora. O PMDB é um partido que se caracteriza por proteger os seus quadros, honra seus compromissos e mantém a sua coerência. Com isso, ele vai atraindo a simpatia do eleitorado”. No plano estadual, os peemedebistas controlam as secretarias de Infra-Estrutura e da Indústria e Comércio, e órgãos importantes que compõem as estruturas municipal e estadual como Sudic, Ebal, CBPM, Derba e Agerba. Além disso, o vice-governador Edmundo Pereira também pertence ao PMDB, “um homem do interior”, como ele mesmo se define, e que tem colaborado para que o partido chegue aos grotões mais distantes da Bahia. “Vejo o crescimento do partido como uma coisa natural”, disse. Mas é no plano federal, com a presença do ministro Geddel Vieira Lima no comando do Ministério da Integração Nacional, onde se encontra a maior referência do partido, seja no aspecto da sua liderança, seja no aspecto atrativo das verbas que a pasta controla, que tem uma política voltada para a região nordestina. Talvez por isso Geddel venha sendo vítima de ciúmes de alguns, que comentam discretamente o crescimento do PMDB baiano. (Por Evandro Matos)
Bandeira em 410 municípios
“A avaliação do momento é muito positiva, porque o partido tem história e representa o estuário de expectativa para prefeitos e lideranças”, definiu o ministro Geddel Vieira Lima, avaliando o que representa o partido na Bahia, atualmente. Dos 417 municípios baianos, o PMDB fincou uma bandeira em 410, com diretórios organizados e gente preparada para disputar as próximas eleições. “Não criamos diretórios em todos os municípios porque não quisemos. O ideal era estruturar o partido com gente que estará disputando a eleição para prefeito ou vereador. Filiar por filiar, nós não fizemos”, revelou, entusiasmado, o presidente Lúcio Vieira Lima. Em 2008, o partido deverá disputar as eleições com candidaturas fortes nas principais cidades baianas. Em Salvador (João Henrique), Feira de Santana (Colbert Martins), Juazeiro (Mizael Aguilar), Irecê (Juracy Dourado), Ilhéus (Raimundo Veloso), Itabuna (Capitão Fábio), Itapetinga (a definir), Jequié (Luis Amaral ou Joaquim Caíres), Vitória da Conquista (Reitor Abel), Brumado (a ser definido pelo vice-governador Edmundo Pereira), Barreiras (Antônio Henrique), Alagoinhas (Jucélio Carmo), Euclides da Cunha (Rosângela de Abreu), Jacobina (Rui Macedo), Cachoeira (Fernando Antonio Pereira), Bom Jesus da Lapa (a ser definido pelo deputado Arthur Maia), entre outras. Mas, com toda essa musculatura, será que o partido teria outros ingredientes importantes para enfrentar as próximas eleições? Para o presidente do partido, Lúcio Vieira Lima, sim. Mesmo sem querer quantificar, ele arriscou: “Nós deveremos eleger cerca de 200 prefeitos em 2008”. Bem, aí cabe uma nova conta. Para quem elegeu 29 prefeitos em 2004, estaria, quatro anos depois, dando um salto de crescimento de 690%. Se tudo vale quanto pesa, como ficaria este gigante após as eleições de 2008? Dois anos depois, em 2010, acontecerão novas eleições para a Assembléia Estadual, Câmara Federal, o Senado, a presidência da República e, especialmente, para o governo do Estado. Admitindo-se estes números, como ter um time desse porte e não botar em campo para jogar? “Um dos princípios do PMDB é costumar respeitar a fila. E quem está na frente da fila é o governador Jaques Wagner”, explicou Lúcio, negando uma possível candidatura do ministro Geddel Vieira Lima para o governo do Estado. “Agora, se o governador Jaques Wagner for candidato a presidente, o PMDB é postulante a ter candidatura própria”, concluiu. Entenderam? Se Wagner for candidato, o PMDB apóia; se não, o PMDB bota o time em campo.(Por Evandro Matos)
Marcos Medrado quer investigar Sobradinho
Ainda esta semana, o deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PDT em Salvador, Marcos Medrado, terá uma audiência com o presidente da Companhia Hidroelétrica do São Francisco para apurar as denúncias feitas pela imprensa de que o reservatório do Lago de Sobradinho perdeu 62% da sua capacidade em apenas seis meses, em virtude da falta de água nas regiões sul e sudeste. E o mais grave, afirma o deputado, é que a própria Chesf reconhece que não é somente pela falta de chuvas que houve esta queda brusca da reserva de água em Sobradinho, mas também pela necessidade da geração de maior quantidade de energia por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel) conforme explica Edson Gonçalves, assessor da gerência da Chesf em Sobradinho - “quanto mais se gera energia, mais água se gasta”. A população precisa saber o que realmente está acontecendo, se foi o consumo do Nordeste que aumentou ou se Sobradinho teve de transferir energia para outras áreas do País. “O governo federal precisa ser transparente com a população e com os segmentos geradores de emprego e impostos, tais como indústria e comércio, e não confiar somente nas chuvas, porque o reservatório só está com 38% da sua capacidade.” Diante desse quadro por ele considerado altamente preocupante, é que o deputado Marcos Medrado questiona, também, a realização das obras de transposição do Rio São Francisco. A pergunta é a seguinte, afirma Medrado: nas circunstâncias em que se encontra o Rio São Francisco, há condições, é prudente, é viável se tirar água do Velho Chico para outros estados?
Fonte: Tribuna da Bahia
"Crescimento é fruto de muito trabalho"
“O partido tem este tamanho hoje como conseqüência do trabalho que fizemos nós últimos anos. Um partido que não é escravo e que sabe ser governo”, declarou, da Bélgica (Europa), onde se encontrava em missão de governo, o ministro Geddel Vieira Lima, o principal responsável pelo crescimento do PMDB baiano. Mas, para se saber qual a real musculatura do partido, é importante lembrar que os peemedebistas estão com bandeiras desfraldadas nas esferas do poder político municipal, estadual e federal. Em Salvador, além de oferecer abrigo para o prefeito João Henrique, o partido controla as secretarias de Transporte e Infra-Estrutura, Sesp e Fazenda. O presidente peemedebista, Lúcio Vieira Lima, concorda que a presença de Geddel no ministério ajuda a atrair filiados, “mas o crescimento não é de agora. O PMDB é um partido que se caracteriza por proteger os seus quadros, honra seus compromissos e mantém a sua coerência. Com isso, ele vai atraindo a simpatia do eleitorado”. No plano estadual, os peemedebistas controlam as secretarias de Infra-Estrutura e da Indústria e Comércio, e órgãos importantes que compõem as estruturas municipal e estadual como Sudic, Ebal, CBPM, Derba e Agerba. Além disso, o vice-governador Edmundo Pereira também pertence ao PMDB, “um homem do interior”, como ele mesmo se define, e que tem colaborado para que o partido chegue aos grotões mais distantes da Bahia. “Vejo o crescimento do partido como uma coisa natural”, disse. Mas é no plano federal, com a presença do ministro Geddel Vieira Lima no comando do Ministério da Integração Nacional, onde se encontra a maior referência do partido, seja no aspecto da sua liderança, seja no aspecto atrativo das verbas que a pasta controla, que tem uma política voltada para a região nordestina. Talvez por isso Geddel venha sendo vítima de ciúmes de alguns, que comentam discretamente o crescimento do PMDB baiano. (Por Evandro Matos)
Bandeira em 410 municípios
“A avaliação do momento é muito positiva, porque o partido tem história e representa o estuário de expectativa para prefeitos e lideranças”, definiu o ministro Geddel Vieira Lima, avaliando o que representa o partido na Bahia, atualmente. Dos 417 municípios baianos, o PMDB fincou uma bandeira em 410, com diretórios organizados e gente preparada para disputar as próximas eleições. “Não criamos diretórios em todos os municípios porque não quisemos. O ideal era estruturar o partido com gente que estará disputando a eleição para prefeito ou vereador. Filiar por filiar, nós não fizemos”, revelou, entusiasmado, o presidente Lúcio Vieira Lima. Em 2008, o partido deverá disputar as eleições com candidaturas fortes nas principais cidades baianas. Em Salvador (João Henrique), Feira de Santana (Colbert Martins), Juazeiro (Mizael Aguilar), Irecê (Juracy Dourado), Ilhéus (Raimundo Veloso), Itabuna (Capitão Fábio), Itapetinga (a definir), Jequié (Luis Amaral ou Joaquim Caíres), Vitória da Conquista (Reitor Abel), Brumado (a ser definido pelo vice-governador Edmundo Pereira), Barreiras (Antônio Henrique), Alagoinhas (Jucélio Carmo), Euclides da Cunha (Rosângela de Abreu), Jacobina (Rui Macedo), Cachoeira (Fernando Antonio Pereira), Bom Jesus da Lapa (a ser definido pelo deputado Arthur Maia), entre outras. Mas, com toda essa musculatura, será que o partido teria outros ingredientes importantes para enfrentar as próximas eleições? Para o presidente do partido, Lúcio Vieira Lima, sim. Mesmo sem querer quantificar, ele arriscou: “Nós deveremos eleger cerca de 200 prefeitos em 2008”. Bem, aí cabe uma nova conta. Para quem elegeu 29 prefeitos em 2004, estaria, quatro anos depois, dando um salto de crescimento de 690%. Se tudo vale quanto pesa, como ficaria este gigante após as eleições de 2008? Dois anos depois, em 2010, acontecerão novas eleições para a Assembléia Estadual, Câmara Federal, o Senado, a presidência da República e, especialmente, para o governo do Estado. Admitindo-se estes números, como ter um time desse porte e não botar em campo para jogar? “Um dos princípios do PMDB é costumar respeitar a fila. E quem está na frente da fila é o governador Jaques Wagner”, explicou Lúcio, negando uma possível candidatura do ministro Geddel Vieira Lima para o governo do Estado. “Agora, se o governador Jaques Wagner for candidato a presidente, o PMDB é postulante a ter candidatura própria”, concluiu. Entenderam? Se Wagner for candidato, o PMDB apóia; se não, o PMDB bota o time em campo.(Por Evandro Matos)
Marcos Medrado quer investigar Sobradinho
Ainda esta semana, o deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PDT em Salvador, Marcos Medrado, terá uma audiência com o presidente da Companhia Hidroelétrica do São Francisco para apurar as denúncias feitas pela imprensa de que o reservatório do Lago de Sobradinho perdeu 62% da sua capacidade em apenas seis meses, em virtude da falta de água nas regiões sul e sudeste. E o mais grave, afirma o deputado, é que a própria Chesf reconhece que não é somente pela falta de chuvas que houve esta queda brusca da reserva de água em Sobradinho, mas também pela necessidade da geração de maior quantidade de energia por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel) conforme explica Edson Gonçalves, assessor da gerência da Chesf em Sobradinho - “quanto mais se gera energia, mais água se gasta”. A população precisa saber o que realmente está acontecendo, se foi o consumo do Nordeste que aumentou ou se Sobradinho teve de transferir energia para outras áreas do País. “O governo federal precisa ser transparente com a população e com os segmentos geradores de emprego e impostos, tais como indústria e comércio, e não confiar somente nas chuvas, porque o reservatório só está com 38% da sua capacidade.” Diante desse quadro por ele considerado altamente preocupante, é que o deputado Marcos Medrado questiona, também, a realização das obras de transposição do Rio São Francisco. A pergunta é a seguinte, afirma Medrado: nas circunstâncias em que se encontra o Rio São Francisco, há condições, é prudente, é viável se tirar água do Velho Chico para outros estados?
Fonte: Tribuna da Bahia
Processo de sucessão do TJ-BA será antecipado
O Diário da Justiça publicou o ato do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), concedendo a aposentadoria da desembargadora Lucy Lopes Moreira. Atualmente, ela ocupa o cargo de vice-presidente do Tribunal.
Até o início do próximo mês, o presidente do TJ, Benito de Figueredo também deve se aposentar. Com isso, o processo de sucessão do Tribunal vai ser antecipado.
Isso porque a corte de justiça deve eleger um presidente interino, até a eleição do futuro presidente para o biênio 2008-2010. Dois nomes aparecem como os mais prováveis candidatos a substituir o atual presidente.
São eles os desembargadores Sinésio Cabral Filho e João Pinheiro de Souza, que é o atual corregedor geral de Justiça. Este poderia ser, inclusive, o candidato único à presidência do TJ, se prevalecer o critério de antigüidade, como desembargador.
*Com informações do BATV
Até o início do próximo mês, o presidente do TJ, Benito de Figueredo também deve se aposentar. Com isso, o processo de sucessão do Tribunal vai ser antecipado.
Isso porque a corte de justiça deve eleger um presidente interino, até a eleição do futuro presidente para o biênio 2008-2010. Dois nomes aparecem como os mais prováveis candidatos a substituir o atual presidente.
São eles os desembargadores Sinésio Cabral Filho e João Pinheiro de Souza, que é o atual corregedor geral de Justiça. Este poderia ser, inclusive, o candidato único à presidência do TJ, se prevalecer o critério de antigüidade, como desembargador.
*Com informações do BATV
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