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quinta-feira, junho 02, 2022

Vagabundo




'Não podemos generalizar', disse Bolsonaro sobre a ação criminosa da PRF em SE

Por Mariliz Pereira Jorge (foto)

Jair Bolsonaro ficou fulo da vida quando questionado sobre a ação da PRF no episódio de tortura e assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe. Deu chilique básico de gente autoritária, disse que será feita justiça "sem exageros". Não faço ideia do que seja "justiça sem exageros", mas pelo visto é mandar os diretores dispensados da corporação para uma temporada nos EUA.

Genivaldo foi asfixiado em uma viatura. Tudo filmado por uma enorme plateia, mas as perguntas que incomodam Bolsonaro são culpa da mídia que "sempre tem um lado, o da bandidagem". "Não podemos generalizar", disse. Sobre a ação criminosa da polícia, só silêncio. A passada de pano habitual de quem defende que a ditadura deveria ter matado 30 mil.

Senhor Jair, não posso falar por todos, mas há fartos indícios de que a "mídia" queira ver marginal na cadeia. Prova disso, o senhor não sai do noticiário. Então é o senhor que não pode generalizar. Eu, por exemplo, tenho horror a bandidagem, mas não acredito que bandido bom seja bandido morto. Muito menos quem é inocente.

Bandido bom é bandido processado, julgado e condenado. Espero que seja esse o seu destino, de seus filhos e da penca de políticos canalhas que o cercam. Tudo "dentro das quatro linhas da Constituição". Sem exageros, sem tortura, sem sprayzinho de pimenta ou cano de escapamento na cara, mas em cana.

Bandido para o senhor é qualquer pobre, preto, considerado vagabundo pela polícia. O que não falta é bandido de terno, imunidade parlamentar e Deus da boca pra fora. O senhor ficaria horrorizado em saber que tem vagabundo que usa dinheiro público para comer gente, desvia pagamento de funcionário para o próprio bolso, interfere na PF, prevarica, difama o sistema eleitoral, vaza informações sigilosas para atacar o TSE. Veja só, tem vagabundo que se elege presidente e não trabalha.

É bandido da pior espécie, mas não vamos generalizar.

Folha de São Paulo

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