Publicado em 13 de junho de 2022 por Tribuna da Internet
![Fachin envia ofício à Defesa após pressão por auditoria paral](https://jornalggn.com.br/wp-content/uploads/2022/01/jornalggn.com.br-os-abusos-de-sergio-moro-na-lava-jato-edson-fachin-fellipe-sampaio-stf.jpg)
Em três dias, Fachin distribuiu três notas oficiais diferentes
Luana Patriolino
Correio Braziliense
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, respondeu, nesta segunda-feira (13/6), à declaração do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, de que as Forças Armadas se sentem “desprestigiadas” pela Corte por conta do processo eleitoral deste ano. O magistrado pediu “diálogo institucional” e disse ter “elevada consideração” pela FA.
“Renovo […] os nossos respeitosos cumprimentos a vossa excelência [ministro da Defesa], igualmente expressando nossa elevada consideração às Forças Armadas e a todas as instituições do Estado democrático de direito no Brasil”, disse Fachin no documento entregue à Nogueira.
AGRADECIMENTO – O ministro ainda agradeceu as contribuições apresentadas pelas Forças Armadas e disse que o processo eleitoral brasileiro tem contado com a participação de diversos setores da nas etapas de fiscalização do sistema eletrônico.
“Agradeço a apresentação de contribuições ao aprimoramento do processo eleitoral por parte desse Ministério da Defesa, aproveito o ensejo para revitalizar algumas informações sobre os atos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação, reforçando, assim, o necessário diálogo interinstitucional em prol do fortalecimento da democracia brasileira”, afirmou Fachin.
Na última sexta-feira (10), o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao TSE considerações sobre as respostas técnicas apresentadas pelo tribunal sobre as eleições de outubro. No ofício, ele diz que as Forças Armadas estavam sendo menosprezadas pela Corte.
DISSE O GENERAL – “Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE [Comissão de Transparência das Eleições]”, diz o ofício.
Em fevereiro, o TSE reafirmou às Forças Armadas que as urnas eletrônicas são seguras.
A Justiça então quebrou o sigilo dos trabalhos e divulgou as respostas às 80 perguntas com pedidos de informações para compreender o funcionamento das máquinas, provocando ironias sobre o desconhecimento técnico dos militares.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em maio, abruptamente, Fachin informou à Defesa que não haveria mais exame das propostas militares. E a resposta do general Paulo Sérgio Nóbrega não deixou margem a dúvidas. “Por fim, encerro afirmando que a todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores. Eleições transparentes são questões de soberania nacional e de respeito aos eleitores”, foi o recado final do ministro da Defesa.
Ainda cheio de si, no sábado Fachin tentou minimizar as duras palavras do general e distribuiu uma nota com autoelogio, como se fosse escrita por outra pessoa, dizendo que ia “analisar” as afirmações do ofício da Defesa. No domingo, começou a cair na real, e mandou distribuir uma segunda nota, reconhecendo que o TSE aprovara 10 das 15 propostas enviadas pelos militares, quatro delas ainda estavam sob análise e apenas uma fora rejeitada, por excessiva transparência, vejam a desfaçatez.
E na segunda-feira, enfim o presidente do TSE engoliu a ficha e fez essa declaração se humilhando perante o general Paulo Sérgio Nóbrega. E assim afasta-se a ameaça do golpe tipo Viúva Porcina, aquela que foi sem ter sido. E todos viveram felizes para sempre, exceto os fanáticos adoradores de Lula da Silva, que tentam acreditar que ele não cometeu crime algum, que passou 580 dias na cadeia lendo livros e aprimorando a cultura, e que Fachin não tinha alternativa a não ser cancelar as condenações dele… (C.N.)