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segunda-feira, fevereiro 14, 2022

TSE envia às Forças Armadas 700 páginas de explicações sobre o sistema de urna eletrônica

Publicado em 14 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet

TSE envia respostas a representante das Forças Armadas sobre dúvidas técnicas de sistema de votação

Bolsonaro usa a urna eletrônica para tumultuar as eleições

Ricardo Brito
IstoÉ/Reuters

A Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou ao representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições respostas às dúvidas técnicas que haviam sido apresentadas sobre o sistema eletrônico de votação no país.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira, dia 14, pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, em comunicado oficial à imprensa.

DIZ A NOTA – Segundo o tribunal, haviam sido apresentadas durante o recesso do Judiciário 80 perguntas específicas para se “compreender o funcionamento das urnas eletrônicas, sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades”.

“As questões, de natureza técnica, foram respondidas detalhadamente pela Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE em um documento com 69 páginas e três anexos, somando pouco mais de 700 páginas. Contudo, a íntegra do documento não foi divulgada por estar sob sigilo a pedido dos autores das perguntas”, informou o TSE, em nota.

Na sexta-feira passada, o TSE – sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro – já havia rebatido o chefe do Executivo. Ele chegou a falar, em uma live na quinta-feira, que o tribunal não havia se pronunciado sobre vulnerabilidades no sistema de votação apontadas pelas Forças Armadas, voltando seu discurso novamente a colocar em dúvida o sistema eleitoral eletrônico.

PERGUNTAS TÉCNICAS – O TSE deixou claro, entretanto, tanto na semana passada quanto nesta segunda-feira, que o questionamento foi de natureza técnica.

Bolsonaro, que no ano passado defendeu o voto impresso, por questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas chegando a insinuar que não aceitaria o resultado de eleições, que não ocorressem de maneira “limpa”, havia amenizado o tom após uma crise institucional.

As perguntas que vazaram para a imprensa demonstram que o representante do Ministério da Defesa na Comissão de Transparência, formada pelo TSE, nada entende do sistema eletrônico de eleição.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Para se precaver das queixas de Bolsonaro, o TSE decidiu contratar o general reformado Fernando de Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa, para dirigir a equipe responsável pela eleição deste ano. A contratação, aceita pelo militar, representa um habeas corpus preventivo para neutralizar a estratégia eleitoreira de Jair Bolsonaro. (C.N.)


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