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sábado, fevereiro 19, 2022

Sete sinais do golpe que Bolsonaro gostaria de dar se não se reeleger




Por Ricardo Noblat (foto)

Em seu discurso de despedida da presidência do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Luís Roberto Barroso apontou pelo menos 7 “ações concretas e preocupantes” de Bolsonaro contra a democracia brasileira ao longo dos seus três anos de governo, cada uma mais grave do que a outra. E registrou:

“Não foram apenas exaltações verbais à ditadura e à tortura”.

As ações concretas listadas pelo ministro:

Comparecimento a manifestação na porta do comando do Exército, na qual se pedia a volta da ditadura militar e o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal;

Desfile de tanques de guerra na Praça dos Três Poderes, com claros propósitos intimidatórios;

Ordem para que caças sobrevoassem a Praça dos Três Poderes, com a finalidade de quebrar as vidraças do Supremo Tribunal Federal, em ameaça a seus integrantes, como revelado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Raul Jungmann;

Comparecimento à manifestação de 7 de Setembro com ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal e ameaças de não mais cumprir decisões judiciais;

Pedido de impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal em razão de decisões judiciais que desagradavam;

Ameaça de não renovação de concessão de emissora que faz jornalismo independente;

Agressões verbais a jornalistas e órgãos de imprensa, entre outras.

Sem citar o nome de Bolsonaro, o ministro aplicou-lhe duas poderosas estocadas ao dizer:

“Num mundo que assiste preocupado à ascensão do populismo extremista e autoritário, rescendendo a fascismo, a preservação da democracia e o respeito às instituições passaram a ser ativos valiosos, indispensáveis para quem queira ser um ator global relevante. Não é de surpreender que dirigentes brasileiros não sejam hoje bem-vindos em nenhum país democrático e desenvolvido do mundo. E, nos eventos multilaterais, vagam pelos corredores e calçadas sem serem recebidos”.

“Uma das estratégias das vocações autoritárias é procurar desacreditar o processo eleitoral, fazendo acusações falsas e propagando o discurso de que ‘se eu não ganhar, houve fraude’. Trata-se de repetição mambembe do que fez Donald Trump nos Estados Unidos, procurando deslegitimar a vitória inequívoca do seu oponente e induzindo multidões a acreditar na mentira”.

Por fim, Barroso mandou um recado a quem possa interessar:

“A imprensa profissional é um dos antídotos contra esse mundo da pós-verdade e dos fatos alternativos, disfarces para a mentira e as notícias fraudulentas.”

Gostaria de acrescentar alguma coisa à fala do ministro? Fique à vontade.

Jornal Metrópoles

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