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segunda-feira, fevereiro 21, 2022

Macron fala com Putin sobre "evitar grande conflito"




Presidente francês conversou com o líder russo por quase duas horas neste domingo, e ambos concordaram que uma solução diplomática precisa ser encontrada para a crise. Macron também falou com o presidente ucraniano.

O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou por quase duas horas ao telefone com o líder russo, Vladimir Putin, na tarde deste domingo (20/02). A pauta foi a crise na região leste da Ucrânia, em mais uma tentativa de Macron de resolver o conflito diretamente com Putin por meios diplomáticos.

Macron e Putin concordaram quanto à "necessidade de facilitar uma solução diplomática para a crise atual e fazer de tudo para alcançá-la", divulgou o governo francês. O presidente da Rússia teria concordado em trabalhar para dar início a um cessar-fogo na região, segundo informou o gabinete de Macron.

Devido a essa perspectiva, os ministros das relações exteriores da França e da Rússia devem se reunir nos próximos dias, com a possibilidade de promoverem uma cúpula de alto nível com Rússia, Ucrânia e aliados ocidentais para estabelecer uma nova ordem de segurança na Europa, afirmou o governo francês, que classificou a ligação como "os últimos e necessários esforços para evitar um grande conflito na Ucrânia".

De acordo com a versão do governo russo do telefonema, Putin culpou Kiev pela escalada militar no leste da Ucrânia e concordou em "intensificar os esforços para encontrar soluções por meios diplomáticos".

Moscou também disse que as próximas conversações devem ocorrer no formato Normandia, isto é, com representantes de Rússia e Ucrânia, sob a moderação da França e da Alemanha.

Assim que finalizou a chamada com Putin, Macron ligou para o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, que se disse aberto ao diálogo com Moscou, um dia após o governo de Kiev ter declarado que não responderia ao que conceituou de "provocações" da Rússia no leste da Ucrânia.

No Twitter, Zelenski publicou que ele e Macron discutiram a "necessidade e as possíveis formas de desescalada imediata [das tensões quanto a um possível conflito]".

Antes dos telefonemas, Zelenski havia proposto se encontrar com Putin a fim de buscar uma solução diplomática para a crise.

A Rússia insiste que não tem a intenção de atacar a Ucrânia. O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse que "não faria sentido a Rússia atacar alguém", e insistiu para que o Ocidente "aja com razão".

"Vamos lembrar que, ao longo da história, a Rússia nunca atacou ninguém. E a Rússia, que sobreviveu a tantas guerras, é o último país da Europa que quer debater ou mesmo dizer a palavra 'guerra'", disse Peskov à emissora estatal Rússia 1.

Ocidente segue questionando russos

Durante a Conferência de Segurança de Munique, que ocorre anualmente na cidade alemã, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, questionou se a Rússia busca de fato o diálogo: "Não podemos oferecer para sempre uma trégua enquanto a Rússia realiza testes de mísseis e continua a acumular tropas. Uma coisa é certa: se houver mais agressão militar, reagiremos com sanções maciças", declarou Michel.

O Secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse à rede CNN neste domingo que "tudo o que estamos vendo sugere que isso é muito sério, que estamos à beira de uma invasão [da Ucrânia]. Mas até que os tanques e os aviões estejam realmente em movimento, usaremos cada oportunidade e cada minuto que tivermos para ver se a diplomacia ainda pode convencer o presidente Putin de não levar isso adiante".

Neste domingo, o presidente americano, Joe Biden, reuniu-se com o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos para discutir a ameaça de guerra na Ucrânia. Na sexta-feira, Biden afirmou que acredita que Putin já tenha decidido invadir o país do Leste Europeu.

'Kamala Harris, vice-presidente dos EUA: "Estamos falando de uma possibilidade de guerra real na Europa"

Em Munique, antes de retornar para o encontro com o Conselho de Segurança Nacional, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse que espera que a uma invasão à Ucrânia possa ser evitada: "Nós não apenas preferimos, mas sim desejamos e acreditamos que isso é do interesse de todos, que [essa crise] tenha um fim diplomático. Estamos falando de uma possibilidade de guerra real na Europa".

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que é hora de o Ocidente implementar pelo menos parte de suas sanções contra a Rússia: "A Rússia tem que ser detida neste momento", insistiu Kuleba.

A declaração do ministro, durante a Conferência de Segurança de Munique, ocorreu logo depois que Rússia e Belarus anunciaram que vão continuar com os exercícios militares perto das fronteiras ucranianas.

Em entrevista à rede britânica BBC, o primeiro-ministro, Boris Johnson, declarou que Putin pode não estar pensando de maneira lógica. Por isso, ameaças com sanções podem não ser suficientes para detê-lo. Ainda assim, os Estados Unidos e o Reino Unido, em caso de invasão à Ucrânia, devem impedir empresas russas de fazer negócios em dólares e libras esterlinas, o que, segundo Johnson, atingiria a Rússia "muito duramente".

'Região de Donbass, no leste da Ucrânia, estaria presenciando os piores bombardeios dos últimos anos'

Donbass vê os piores bombardeios dos últimos anos

Separatistas apoiados pela Rússia em Donbass, no leste da Ucrânia, afirmaram que as forças ucranianas mataram dois civis.

O incidente teria ocorrido em Pionorskoye, na autoproclamada república popular de Lugansk, informou um porta-voz da agência de notícias russa Interfax neste domingo.

As forças do governo ucraniano e os rebeldes pró-russos relataram o aumento dos bombardeios nos últimos dias.

Kiev, por outro lado, divulgou que dois militares ucranianos morreram devido a ferimentos sofridos com os bombardeios, enquanto outros quatro militares foram feridos.

Neste sábado, os líderes de Lugansk e Donetsk ordenaram uma mobilização militar completa no sábado.

Washington e outros aliados ocidentais dizem que a aparente explosão de violência na região poderia fazer parte de um pretexto russo para invadir a Ucrânia.

Final da Champions League na Rússia

Marcada para 28 de maio em São Petersburgo, na Rússia, a final da Liga dos Campeões da Europa, a Champions League - competição que reúne os maiores clubes de futebol do continente -, segue marcada para o mesmo local.

A UEFA, que coordena a competição, informou que, até o momento, não há planos de alterar o local da final da disputa. Mas que seguirá monitorando a crise entre Rússia, Ucrânia e o Ocidente.

Deutsche Welle

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