Essa era a gestão que pretendia continuar administrando o dinheiro público em Jeremoabo. Ainda assim, há quem insista em dizer que uma "nova luz" ou um "novo líder" surgiu na cidade. Só mesmo Deus para intervir.
O cenário quevocê descrevo do que irá acontecer logo mais em Jeremoabo é um reflexo de práticas administrativas que, infelizmente, ainda ocorrem em várias regiões. A prática de demitir servidores contratados no final de cada ano para evitar o pagamento de direitos como o 13º salário e férias expõe a vulnerabilidade desses trabalhadores e a fragilidade das normas de contratação na administração pública local.
A questão vai além da mera redução de despesas, pois, ao demitir e recontratar de maneira recorrente, cria-se uma dependência quase forçada entre os trabalhadores e os gestores, onde muitos aceitam a incerteza e a falta de direitos pela promessa (ou esperança) de serem recontratados no próximo ano. Essa “dança de cadeiras” anual é prejudicial, não só para os funcionários que vivem na instabilidade, mas também para a qualidade dos serviços oferecidos à população, já que a rotatividade prejudica a continuidade de projetos e programas públicos.
Neste ano, a situação ganha contornos ainda mais preocupantes, dado o uso político do emprego temporário. A obrigatoriedade de participação em eventos de campanha, com a promessa de recontratação, coloca em jogo a liberdade e a dignidade do trabalhador. A alegação de demissão por “ordem da justiça” soa mais como uma desculpa para mascarar escolhas políticas. E, ao mesmo tempo, a incorporação de parentes e amigos via concurso público, em detrimento de contratados, revela um favorecimento típico de gestões comprometidas com benefícios próprios.
"Foi Hitler que em 1925 no seu livro Mein Kampf escreveu o princípio cardinal da propaganda nazi: “As massas serão mais facilmente vítimas de uma grande mentira que de uma pequena”, e isto é ainda válido nos dias de hoje".
O paralelo que você faço com a frase de Hitler é significativo, destacando como a manipulação da verdade – ou a construção de uma narrativa conveniente para o poder – pode controlar a percepção das pessoas. Esse tipo de manipulação, aliada a práticas de exclusão e exploração, mostra que, mesmo em tempos de transparência e acesso à informação, ainda há espaço para a opressão e o descaso.