Publicado em 3 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet
Deu no Correio Brazilense
Agência Estado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre a Petrobras e, na manhã desta quinta-feira, durante entrevista à Rede RDR de rádio do Paraná, prometeu que, se eleito, vai acabar com a paridade internacional de preços da estatal.
“Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado. É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina”, disse o petista.
MAIS ATAQUES – O ex-presidente também voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL), que lhe faz ataques contundentes, dizendo que “o ladrão quer voltar ao local do crime”.
Na entrevista à rádio, Lula afirmou que o atual chefe do Executivo perdeu o poder de governar e está “de quatro para o Congresso”.
“Um presidente tem que saber conversar, articular e lidar com os partidos políticos. Um presidente não se rende como Bolsonaro se rendeu. Ele entregou para a Câmara cuidar do Brasil, enquanto ele fica sentado na biblioteca do Palácio do Alvorada contando mentira”, criticou.
FALSO CAPITALISMO – Afirmando que o País está “quebrado” devido a atual gestão, o ex-presidente destacou que “não há capitalismo em um país em que não há capital”.
“Nós esperávamos um Brasil desenvolvido em 2022, com 200 anos da independência. E chegamos aqui com uma crise sanitária e um presidente irresponsável”, declarou.
Na esteira de alianças, Lula afirmou ainda estar comprometido no Paraná a apoiar Roberto Requião (PR) para o governo do Estado e atuará para que o PT faça o mesmo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula é inculto, indigno e inconveniente, mas entende de política eleitoral como ninguém. Enquanto os demais candidatos se perdem em abobrinhas, Lula vai direto ao que interessa. Sabe que a política de preços da Petrobras é suicida e antinacional. Até menos os mais empedernidos neoliberais entendem que é preciso conter os preços dos combustíveis e, consequentemente, a inflação. Com os preços sob controle, o país volta a rodar com mais intensidade e o desenvolvimento é consequência. Isso é apenas o óbvio. (C.N.)