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quinta-feira, janeiro 31, 2019

Três dias após operação, Bolsonaro segue com visitas restritas e sem poder conversar


Jair Bolsonaro despacha do Hospital Albert Einstein
Bolsonaro apenas assinou os decretos, sem levantar da cama
Deu em O Globo
Três dias após a cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia, o presidente Jair Bolsonaro continua com visitas restritas no Hospital Albert Einstein. Apesar do impedimento, ele se recupera bem, de acordo com boletim médico divulgado na tarde desta quinta-feira. No comunicado, a equipe de médicos diz que Bolsonaro, um dia após ter deixado a UTI, já faz caminhadas fora do quarto em que está internado.
“O excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, internado no Hospital Israelita Albert Einstein desde 27 de janeiro, mantém boa evolução clínica, sem febre ou outros sinais de infecção”, afirma o boletim.
SEM VISITAS – O comunicado diz também que “por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas”. “Não há disfunções orgânicas e os exames laboratoriais estão estáveis. Continua em jejum oral, recebendo os nutrientes por via endovenosa.”
Ainda de acordo com o boletim,  “estão sendo mantidas as medidas de prevenção de trombose venosa e realizados exercícios respiratórios, de fortalecimento muscular e um período de caminhada fora do quarto”.
Bolsonaro foi operado na última segunda-feira para retirar a bolsa de colostomia implantada após a facada sofrida em setembro, durante atividade de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG). A cirurgia durou sete horas. Nas primeiras 48h de recuperação, o vice Hamilton Mourão assumiu interinamente a presidência. Desde às 9h desta quarta-feira, Bolsonaro reassumiu o ofício com a promessa de despachar de dentro do Albert Einstein durante o período pós-operatório, que deve durar cerca de 10 dias.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Conforme era previsível, Bolsonaro reassumiu a Presidência açodadamente. Ele precisa se recuperar por inteiro, porque a operação foi muito delicada. Ainda não pode receber visitas nem conversar, para evitar formação de gases que prejudiquem a recuperação. Tudo isso era sabido, mas o Planalto fez questão de inventar um super-herói que estaria pronto para governar 48 horas depois de uma cirurgia de alto risco, mesmo que isso não fosse verdade. Em Brasília, o porta-voz Rego Barros disse que Bolsonaro recebeu um assessor e assinou alguns decretos, mas as visitas continuam proibidas e as conversas devem ser evitadas. O que o governo ganha com essas bobagens? Nada. Apenas reforça a teoria conspiratória de que Mourão quer derrubar Bolsonaro, fato que nada tem de verdadeiro. (C.N.)

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