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domingo, janeiro 27, 2019

Planalto insiste em montar gabinete no hospital para Bolsonaro despachar após cirurgia


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Hospital vai isolar várias salas para Bolsonaro trabalhar
Guilherme Mazui e Fabiano Costa,G1 — Brasília
A cirurgia a que o presidente Jair Bolsonaro será submetido nesta segunda-feira (28) para retirar a bolsa de colostomia vai alterar a rotina do governo federal nas próximas semanas. Por recomendação médica, Bolsonaro ficará 48 horas desligado das atividades de Estado a partir desta segunda, e o país será comandado interinamente neste período pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
Conforme a previsão médica, Jair Bolsonaro deverá ter condições de retomar as atividades de presidente da República a partir de quarta-feira (30). No entanto, após o afastamento de 48 horas por ordem médica, ele ainda terá que permanecer em São Paulo por até 10 dias para monitoramento. Neste período, Bolsonaro vai trabalhar no próprio hospital em uma espécie de gabinete que foi montado para dar suporte ao presidente. A intenção é que ele consiga receber ministros e se atualizar sobre os assuntos de Estado.
NO HOSPITAL – Ministros viajarão até São Paulo para reuniões no hospital e também manterão contato por telefone com o presidente. Bolsonaro assinará atos formais, como despachos e eventuais sanções de leis, a partir do hospital.
A colostomia é um procedimento que encaminha as fezes e os gases do intestino grosso para uma bolsa fora do corpo, na região abdominal. Com a cirurgia desta segunda-feira, a equipe médica religará as partes do intestino do presidente que estão separadas.
Segundo o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, Hamilton Mourão ficará interinamente no comando da Presidência durante a cirurgia de Bolsonaro e nas 48 horas seguintes ao procedimento.
48 HORAS – O presidente da República comunicou formalmente a Câmara e o Senado sobre a realização da cirurgia. Em mensagem publicada no “Diário Oficial da União” na sexta-feira (25), ele informou que ficará “sob efeito de anestesia geral” durante o procedimento cirúrgico e que o atestado médico o impedirá de exercer a Presidência por 48 horas.
Essa será a segunda passagem de Hamilton Mourão pela Presidência no governo Bolsonaro. Na semana passada, o vice comandou o país de segunda-feira (21) até a madrugada de sexta, no período em que Bolsonaro viajou a Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial.
A previsão é de que Mourão comande uma reunião ministerial na terça-feira (29) no Palácio do Planalto. Bolsonaro costuma reunir o “conselho de governo” uma vez por semana, às terças-feiras. A pauta do encontro desta semana prevê uma apresentação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre governança.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Essa insistência em escantear Mourão é bem esquisita. De início, Bolsonaro nem se licenciaria, apesar de a operação ser de risco, com anestesia geral. Agora, evoluiu para a licença de 48 horas. Na verdade, esses despachos no hospital serão uma pantomima, apenas isso. (C.N.)

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