Fernanda chagas
A corrida eleitoral ganha corpo a cada dia. Além da definição das chapas majoritárias, os postulantes travam uma verdadeira guerra em prol da ampliação do leque de alianças. No embate, que está apenas começando, o PMDB do deputado federal Geddel Vieira Lima sai na frente. Pela primeira vez na disputa pelo governo, o peemedebista já reúne dez partidos em sua chapa (PR, PRTB, PSC, PTB, PPS, PRP, PMN, PTdoB e PSDC). E, pelo andar da carruagem, deverá emplacar mais um na próxima semana. Apesar de não confirmado oficialmente, rumores dão conta de que o PTC vai oficializar na terça-feira, às 11 horas, sua entrada na coligação. O presidente nacional da sigla, Daniel Tourinho, deverá estar presente. De acordo com o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, o partido trabalha de forma intensa neste sentido. “E muito em breve outras forças políticas se integrarão ao projeto de construir uma nova alternativa de governo para a Bahia”. Reiterou ainda que para eles não existe partido grande nem pequeno. “Todos são parceiros. São irmãos e como irmãos serão tratados. Aqui não existe coligação de primeira e de segunda”. O PT, do governador Jaques Wagner, também está reunindo vários partidos em torno do seu projeto de reeleição. Até o momento, já conta com o apoio do PP, PSB, PCdoB, PRB, PTB e PDT. No rol dos pretensos aliados estariam o PHC e o PSL, embora o último esteja ainda com dúvidas em relação ao DEM. LEGISLAÇÃO - Contudo, em meio aos “casamentos e divórcios”, consequentemente, o sinal vermelho se acende para alguns deputados e até mesmo vereadores. Como exemplo, é possível citar os parlamentares ligados aos nanicos como o PMN e PTdoB, antes governistas e agora oposição. Segundo a lei eleitoral, quem integrar uma coligação terá que segui-la de forma integral e irrevogável. Se for constatada infidelidade, na época das convenções, as legendas podem, por lei, negar o direito à reeleição. Nas Câmaras não é diferente. De acordo com o advogado especialista em Direito Eleitoral Ademir Ismerim, a Lei 9.504/97 prevê a impugnação da candidatura para quem fizer campanha para outra coligação. Esta condição, segundo ele, persiste em qualquer cargo que o “infiel” for disputar. Com isso, inevitavelmente, figuras como Maria Luíza Laudano (PTdoB), Maria Luíza Carneiro (PSC) e Getúlio Ubiratan (PMN) terão que repensar seus posicionamentos contrários às siglas que abrigam. Laudano chegou a cogitar não migrar para a oposição, conforme nova orientação do PTdoB. Oliveira foi ainda mais longe e afirmou que nada o fará votar contra o governo. “Quando me filiei ao PRP, Jorge Aleluia (presidente da sigla) me disse que não iria interferir na posição dos deputados. Se for pressionado a mudar de posição, acionarei a Justiça para fazer valer o compromisso firmado por Aleluia”, disparou. Fonte: Tribuna da Bahia