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quarta-feira, abril 05, 2006

Em depoimento à PF, Palocci nega envolvimento na violação

Por: Primeira Leitura


22h40 — O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci prestou depoimento nesta terça-feira à Polícia Federal e negou qualquer envolvimento no episódio da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Apesar disso, o ex-ministro foi indiciado pela PF pela violação dos dados bancários do caseiro. De acordo com informações do advogado José Roberto Batochio — que defende Palocci no caso —, o ex-ministro disse ao delegado Rodrigo Carneiro Gomes, que preside o inquérito, que no dia 16 de março recebeu em sua casa o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, por volta das 23h, para tratar da abertura de agências do banco no Japão e nos Estados Unidos. Ao fim da conversa, Mattoso teria aproveitado a oportunidade para mostrar o extrato bancário de Francenildo. Os dois teriam conversado rapidamente sobre o assunto, mas Palocci interrompeu a conversa porque teria outra reunião com seu assessor de imprensa, Marcelo Netto, e com o secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Daniel Goldberg, que o esperavam em outra sala da residência oficial do ministro. Ainda segundo Batochio, Palocci informou à PF que Netto e Goldberg “não viram nem ouviram” nenhuma informação sobre o extrato bancário de Francenildo. Palocci disse ainda que não repassou cópia do documento para ninguém e que não considera crime o fato de ter recebido a informação de Mattoso. O ex-ministro também negou que tenha vazado os dados para a imprensa e disse que se sente injustiçado pelas acusações. O depoimento de Palocci, ainda segundo relato de Batochio, foi tomado pelo delegado da PF na casa do ex-ministro, que ainda ocupa a residência oficial do Ministro da Fazenda, no Lago Sul, em Brasília.
Tasso pode não apoiar reeleição de Lúcio Alcântara no CE 22h16 — O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), pode não apoiar a reeleição do governador tucano do Ceará, Lúcio Alcântara. A decisão seria resultado de um desentendimento entre os dois, iniciado na semana passada, quando o governador decidiu permanecer no cargo e não desincompatibilizar-se para concorrer ao Senado. A proposta para que disputasse uma vaga no Congresso teria sido feita a Alcântara pelo próprio Tasso e pelo ex-ministro Ciro Gomes (PPS), que, juntos, trabalhariam por uma coligação em torno de Cid Gomes (PSB), irmão Ciro. A decisão de Alcântara de permanecer no cargo, sinalizando que deve disputar a reeleição, teria irritado Tasso. O presidente nacional dos tucanos teria, então, retaliado, acusando o governador de aceitar “interferências domésticas” em sua gestão, ruins tanto para o Estado quanto para o PSDB. Em resposta, nesta terça, Alcântara declarou repudiar “insinuações” e disse que “as agressividades políticas extrapolaram” o limite do razoável.
Quércia quer Itamar como candidato do PMDB ao Planalto 21h54 — O presidente estadual do PMDB em São Paulo, Orestes Quércia, quer que o ex-presidente Itamar Franco seja o candidato do partido ao Palácio do Planalto. Quércia passou o dia em articulações com os governadores peemedebistas para conseguir adesões à proposta, que será debatida num encontro da Executiva Nacional da legenda nesta quarta. O presidente do PMDB paulista afirmou já ter conversado com os senadores José Sarney e Pedro Simon (RS), os governadores Jarbas Vasconcelos (PE), Germano Rigotto (RS), Roberto Requião (PR) e Luiz Henrique (SC), que aprovaram a idéia. O próprio Anthony Garotinho, que insiste em manter a pré-candidatura, afirmou que, caso Itamar seja indicado, vai disputar as prévias com o ex-presidente. Consultado por telefone, Itamar teria concordado em discutir o assunto, embora seu plano seja concorrer a uma vaga no Senado, que as pesquisas de intenções de voto já apontam como sua.
Caso Nildo: Ministério Público abre investigação formal 21h33 — O Ministério Público Federal abriu formalmente a investigação sobre a participação do governo no caso da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Em nota divulgada nesta terça, os procuradores da República Gustavo Pessanha Velloso e Lívia Nascimento Tinôco informam que já requisitaram informações da Caixa Econômica Federal, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Receita Federal. Também incluíram na investigação a Serasa e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), órgãos nos quais o governo teria requisitado informações. Na prática, a investigação já estava em curso, como relevam os procuradores, desde o dia 21, em razão de queixa-crime feita pelo caseiro.
Fonte: Primeira Leitura

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