Por: Correio da Bahia
Instabilidade política do prefeito de Salvador gera descontentamento no partido
João Henrique conseguiu desagradar a gregos e troianos com seu comportamento
As demonstrações de inconsistência e indecisão do prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PDT), nos últimos dias, levaram integrantes do diretório estadual do partido a ameaçar romper com ele, caso recuasse mais uma vez para submeter-se às chantagens do PT e partidos aliados para apoiar a candidatura petista de Jaques Wagner.
A possibilidade de um racha foi amplamente discutido nos corredores da sede da legenda, durante a reunião da executiva estadual, anteontem. Pedetistas de todas as estirpes não esconderam um profundo descontentamento com o comportamento político instável de João Henrique.
Após declarar apoio público ao ex-deputado Jaques Wagner (PT), durante a penúltima visita do presidente Lula à Bahia, o prefeito voltou atrás, em menos de dez dias, e lançou o nome de seu pai, o ex-governador João Durval Carneiro como pré-candidato de seu partido. O problema apontado por diversos aliados é que o gestor agiu de forma repentina, sem consultar nenhum integrante dos partidos que pertencem a sua base de sustentação.
Anteontem, em mais um capítulo desastrado protagonizado pelo clã dos Carneiros, o ex-governador anunciou a retirada da candidatura ao governo do estado, devido às pressões do PT. Conforme o próprio João Durval admitiu em carta enviada ao presidente da executiva estadual do partido, deputado Severiano Alves, ele estaria fora da disputa por temer retaliação do governo federal e do PT contra a administração de seu filho João Henrique.
"É incrível como ele (João Henrique) está conseguindo demonstrar tanta fragilidade em tão curto espaço de tempo. Por isso, não podemos cruzar os braços diante dos despautérios praticados por ele e fazer de conta que nada está acontecendo. Até porque, ele está descumprindo todas as determinações da executiva do partido", disse um vereador.
Segundo essa fonte, o PDT não pode ficar refém do PT. "E tudo isso provocado pela possibilidade do PDT lançar uma candidatura própria. Por isso, não vamos apoiar, assim, o petista Jaques Wagner. Somos uma legenda que possui lutas históricas. Não vamos nos curvar diante de quaisquer pressões".
Ontem, o presidente estadual do PDT, deputado federal Severiano Alves, disse que conversou por telefone com o prefeito João Henrique Carneiro. O gestor, segundo o parlamentar, garantiu que vai respeitar a decisão da executiva nacional do partido e não vai apoiar a candidatura do ex-deputado Jaques Wagner (PT) ao governo do estado. "Ele me disse, inclusive, que está totalmente de acordo com as decisões tomadas ontem pela executiva estadual do PDT", declarou.
Na reunião de ontem, o PDT decidiu que terá candidato ao governo do estado, mesmo que ele não seja o ex-governador João Durval, ou que poderá apoiar o postulante de um outro partido considerado aliado - a aliança com o PT, formal ou informal, está definitivamente descartada, como foi aprovado por unanimidade pela executiva pedetista. O PDT também decidiu que quem pode negociar alianças pelo partido é Severiano Alves, com o objetivo de livrar o prefeito das pressões e chantagens petistas.
O PDT ainda espera que João Durval reveja a decisão de desistir da candidatura. Severiano Alves afirmou ainda que o ex-governador não comunicou ao partido a vontade de ser candidato ao Senado. "Não teremos candidato ao Senado". O parlamentar disse que vai enviar uma carta a João Durval rebatendo os argumentos utilizados pelo ex-governador para renunciar à candidatura - o pai de João Henrique comunicou o partido da desistência através de carta.
"Vou argumentar na carta que os motivos alegados pelo ex-governador não são satisfatórios. Ele disse que o PDT não tem estrutura partidária, o que não é verdade, pois conquistamos essa estrutura com a vitória de João Henrique. Aliás, essa questão da falta de estrutura o PT também tentou usar em 2004 para que não lançassemos João Henrique candidato ao govenro municipal. Além disso, vou dizer ao ex-governador que o governo federal não tem mais como retaliar Salvador. Não mais do que já está retaliando", salientou.
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