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segunda-feira, outubro 04, 2021

Ciro e Lupi reúnem-se com Datena para discutir as alianças políticas para 2022

Publicado em 4 de outubro de 2021 por Tribuna da Internet

Ciro Gomes janta com Datena e discute alianças para 2022

Ciro Gomes e Datena já são amigos há bastante tempo

Cássia Miranda
Estadão

O apresentador José Luiz Datena e o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes deram um segundo passo nas conversas sobre a possibilidade de o jornalista ser vice do pedetista na disputa presidencial de 2022. Na noite de anteontem, os dois jantaram na capital paulista. O encontro ocorreu horas depois de Ciro ser hostilizado na Avenida Paulista, durante manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Este foi o primeiro encontro presencial de Ciro e Datena após o apresentador ser convidado, no mês passado, para se filiar ao PDT pelo presidente nacional da sigla, Carlos Lupi – que também participou do jantar, assim como a mulher de Ciro, Giselle Bezerra.

FUTURO DO BRASIL – Datena se solidarizou com Ciro pelo episódio da Paulista. De acordo com interlocutores, eles conversaram sobre o futuro do Brasil e possíveis alianças.

Em julho, Datena se filiou ao PSL, e foi lançado pela sigla que elegeu Jair Bolsonaro em 2018 como pré-candidato à Presidência em 2022. No entanto, após o avanço na negociação pela fusão entre DEM e PSL, o apresentador estaria se sentindo “desconfortável” na legenda, segundo disse Lupi ao Estadão.

“Ele quer esperar essas definições internas (para definir a filiação)”, disse o presidente do PDT. Segundo Lupi, a expectativa é de que Datena tome uma decisão até o fim de novembro, ainda que eles não tenham definido uma data para a resposta.

O QUE FOR MELHOR – Em setembro, Lupi disse ao Estadão/Broadcast ter dado ao apresentador a opção de concorrer ao governo de São Paulo ou a uma cadeira no Senado pelo Estado. A proposta foi mantida no jantar. Conforme o dirigente, Datena “topa o que for melhor para o projeto do Ciro”.

Procurado, Datena não havia respondido à reportagem até a publicação desta matéria.

Na tarde de domingo, em coletiva virtual de imprensa, Ciro minimizou os ataques recebidos durante ato na Avenida Paulista e propôs uma “trégua de Natal” entre a oposição em nome do impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O ex-ministro mandou um recado ao PT, partido com o qual mantém uma relação de forte rivalidade desde a eleição de 2018. O pedetista classificou o episódio como “bobagenzinha” e disse “não ter nada a ver” com a chamada “terceira via” da disputa presidencial do ano que vem.

Amigo de Bolsonaro, secretário da Pesca faz turismo grátis em Dubai recebendo diárias

Publicado em 4 de outubro de 2021 por Tribuna da Internet

Jorge Seif na praia, em Dubai

Jorge Seif, curtindo em Dubai, às custas dos contribuintes

Bruno Góes
O Globo

Amigo e figurinha fácil nas lives do presidente Jair Bolsonaro, o secretário da Pesca, Jorge Seif, usou suas redes sociais no fim de semana para registrar a agenda de “trabalho-passeio” em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Animado com o país do Golfo, Seif gravou vídeo na praia, fez piada com tubarão — seu “animal predileto”—, e transmitiu momento de confraternização com Renzo Gracie, lutador de MMA.

Mestre em jiu-jitsu, Gracie exaltou a inclusão do peixe em sua dieta, mas o brinde foi com uma cerveja gelada.

“TRABALHO-PASSEIO” – Deslumbrado com a feira internacional Expo Dubai, local em que o Brasil montou um pavilhão, Seif tratou o evento como “top demais”. Só havia uma falha: o calor. Segundo ele, parecido com o de Bangu, bairro mais quente do Rio de Janeiro.

— Estamos trabalhando, não estamos passeando, promovendo o turismo da Amazônia. Lógico que isso aqui, naturalmente, é um trabalho-passeio, né? Não adianta negar e ficar de sacanagem. Tu vem para um lugar desse, vê um lugar desse… é top demais — disse Seif, ao caminhar pelo local da exposição e gravar uma live.

Segundo a agenda do secretário, Seif embarcou em São Paulo no dia 30, à 1h25, rumo a Dubai. Na comitiva do governo, além dele, outras autoridades se deslocaram com o objetivo de “promover o país”: o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o presidente da Embratur, Carlos Brito, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e os prefeitos de Maceió (AL), JHC, e de Balneário Camboriú (SC), Fabrício Oliveira.

“REUNIÃO COM PAÍSES” – Ao caminhar pelo pavilhão do Brasil, Seif elogiou diversas vezes as relações diplomáticas do Brasil com os Emirados Árabes Unidos. O objetivo era falar da atuação do Brasil na região e a possibilidade de fechar novos negócios. Seif não deu detalhes sobre possíveis acordos, mas afirmou que teve reunião “com vários países” e que o Brasil já era o quarto produtor de tilápia no mundo.

— (Está) um calor, eu sou de Bangu, quem conhece sabe que o inferno é embaixo. E esses dias eu estive no Tocantins, que é calor para caramba. Agora, o calor de Dubai, pelo amor de Deus. É legal pra caramba, mas o calor desanima qualquer caboclo — descreveu Seif.

Na praia, Seif também falou aos seguidores nas redes sociais. Paramentado com uma camisa de manga comprida, com estampa da bandeira do Brasil, o secretário apareceu devidamente protegido contra os raios UV.

aDora tubarão – “Como saber se tem ou não tubarão na água? As pessoas têm medo. Vocês sabem que eu adoro tubarão, meu animal predileto. Sou fã do bicho. E aí, eu vou ensinar para vocês uma fórmula fácil. Chega aqui (perto d’água), vem para cá: molhou a mão na água. — Seif lambe os dedos molhados — Botou na boca. É salgada. Tem tubarão! Cuidado que o tubarão vai te pegar! Selva!

Questionado pelo GLOBO sobre a agenda do secretário, o Ministério da Agricultura, responsável pela secretaria de Seif, informou que “o pavilhão inaugural do Brasil na Expo Dubai foi sobre a Amazônia, região que concentra, só no Amazonas, 130 mil pescadores brasileiros e que tem na pesca uma atividade econômica relevante”.

AGENDA OFICIAL – “O Secretário teve reuniões bilaterais com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, para fomentar a exportação de pescados com Emirados Árabes, e com a área de turismo de pesca esportiva. O país já tem uma infraestrutura pronta e preparada para turistas estrangeiros, mas recebe poucos visitante (menos que Argentina, Caribe e até Alasca)”.

Em outro momento de descontração, Seif registra um encontro informal com o lutador Renzo Gracie. “Pessoal, Renzo Gracie, mito. Mito, não, esse é só um (Bolsonaro). Lenda do nosso MMA. Orgulho nacional, Renzo, você vai confessar para mim qual é o segredo. Por que nunca perdeu para ninguém?”

Renzo então levanta uma cerveja long neck e diz: “Eu como peixe todo dia!”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Pela forma de se expressar, imediatamente se constata tratar-se de um completo cafajeste, totalmente desclassificado, que se tornou membro do governo sabe-se lá como. Seu diálogo com Renzo Gracie mais parece uma conversa entre Debi e Lóide. É uma vergonha para o Brasil. E quem paga o salário desse imbecil somos nós, os contribuintes. (C.N.)


O gestor municipal perde a oportunidade de cravar seu nome com honra ao mérito nos anais da história de Jeremoabo.











 
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 Fui um dos privilegiados de conhecer essa beleza natural quando estava conservada, na época em que o Coronel Joãos Sá e seus familiares residiam nesse Casarão, nessa mansão com todos os seus luxuosos móveis. 

Não foram  poucas as ocasiões em que tive a oportunidade de visitar o Coronel João Sá, e ser agraciado com aquele saboroso lanche.

Salvo melhor juízo e se a memória não me falha, a última vez que ali compareci foi num carnaval num Bloco Carnavalesco comandado pelo finado Moacir; naquele tempo era permitido o uso de lança-perfume.

Hoje sinto tristeza e indignação quando vejo fotos do abandono de uma das mais importantes riquezas da cultura e historia de Jeremoabo, abandonada e jogada no lixo.

Aliás não era para causar surpresa, já que esse é o triste final de tudo de grandioso que já existiu em Jeremoabo.

O atual prefeito de Jeremoabo está perdendo a única oportunidade de ser o patrocinador da maior obra que poderia ficar cravada na história de Jeremoabo para a eternidade; que era aproveitar a oportunidade de instalar o maior ponto turístico, cultural e histórico do município de Jeremoabo,  construindo a Escola em Tempo Integral programada pelo governo do Estado da Bahia. 

Aproveitaria a oportunidade e implantava um museu anexo a uma biblioteca.

"Temos que nos contentar com Mateus 7.6 " "Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão."

 Em toda essa narrativa o menos culpado é o perfeito, além de não ser de Jeremoabo desconhece a cultura e a educação, avisou que gastou R$ 10.000,000,00(dez milhões) para se eleger; sendo que a culpa maior é do próprio povo devido a sua omissão e falta der cidadania, reforçado pela inércia e ineficácia da Câmara de Vereadores, que só sabem balança a cabeça em apoio aos desmandos do gestor.

É triste, seria até hilariante se não fosse doloroso e repugnante a tamanha insensatez e despreparo.


João Sá: MDR deve repassar R$ 2,6 milhões para construir casas atingidas por inundações


João Sá: MDR deve repassar R$ 2,6 milhões para construir casas atingidas por inundações
Foto: Jairo Santos Silva / Leitor BN

Uma verba de R$ 2,6 milhões destinada a construção de 43 residências na cidade de Coronel João Sá, no Semiárido Nordeste II, deve ser repassada ao município pelo governo federal, através do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).  A decisão foi publicada na edição desta segunda-feira (4) do Diário Oficial da União, e vem após o município sofrer com um inundação após a barragem do Quati, em Pedro Alexandre, se romper (relembre). 

 

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho o investimento "reforça o papel da Defesa Civil Nacional em atender as populações atingidas por desastres naturais. Garantir moradia para essas pessoas que perderam suas casas é importante para que elas possam retomar suas vidas de maneira adequada", disse. 

 

De acordo com o governo federal, anteriormente, o MDR já havia autorizado a liberação de recursos para o mesmo fim para outras cidades. Foram R$ 58,2 milhões para a construção de 540 moradias destinadas às famílias removidas de áreas com risco de deslizamento de terra em Guarujá (SP) e Osasco (SP), além de outros R$ 9,4 milhões para o erguimentos de 129 residências em Rio Casca (MG).

 

Cerca de dois anos após o rompimento de uma barragem em Pedro Alexandre, no interior da Bahia, os moradores de Coronel João Sá ainda não tiveram suas casas reconstruídas. (veja aqui).

 

O ministério informou ainda que para solicitar recursos federais para ações de defesa civil, os estados e municípios afetados por desastres naturais devem ter decretado situação de emergência ou estado de calamidade pública. Em seguida, o reconhecimento federal deve ser solicitado ao MDR, por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

Bahia Notícias

Aras vai ao STF para limitar Defensorias e pode afetar acesso dos mais pobres ao Judiciário

por Julia Chaib e Matheus Teixeira | Folhapress

Aras vai ao STF para limitar Defensorias e pode afetar acesso dos mais pobres ao Judiciário
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Augusto Aras, protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal) um total de 22 processos que visam derrubar uma legislação federal de 1994 e outras normas estaduais que concedem às Defensorias Públicas o poder de requisitar documentos de órgãos públicos.
 

Para o defensor público-geral da União, Daniel Macedo, Aras age de maneira "perversa" ao apresentar ao STF essas ações que limitam a atuação de defensores de todo o país.
 

Ao jornal Folha de S.Paulo Macedo classificou a medida da PGR como o maior risco ao trabalho da instituição nas últimas décadas e disse que o pedido de Aras à corte, caso tenha sucesso, pode "fechar as portas" do Judiciário para a população mais pobre.
 

A tese de defensores de todo país é que a instituição já sofre com baixo contingente de pessoal e a imposição de uma limitação desta natureza praticamente inviabilizaria a prestação de serviço.
 

Como há uma estrutura precária das defensorias estaduais e em nível federal, restringir a busca por documentos para subsidiar os processos demandaria muito tempo na fila de espera por essas informações.
 

Assim, a missão constitucional da instituição de defender a população mais pobre ficaria prejudicada.
 

"Existe uma frase da ministra Cármen Lúcia que tem mais de uma década: a quem interessa enfraquecer a Defensoria? Porque nós não almejamos o poder. Nós não queremos ser um novo Ministério Público", diz Macedo.
 

"Essa posição do MPF é perversa em relação à Defensoria. Essas ações em âmbito nacional vêm com o intuito de enfraquecer a Defensoria Pública. E enfraquecendo a Defensoria se fecha portas de acesso ao Poder Judiciário."
 

Ao Supremo, porém, Aras afirmou que não condiz com a Constituição legislações que permitem aos defensores requisitar certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações e demais providências necessárias à sua atuação.
 

Segundo o procurador-geral, como advogados privados não têm esse poder, defensores públicos também não deveriam poder obrigar autoridades públicas a expedir documentos e fornecer informações.
 

Para sustentar sua tese, o procurador-geral cita julgamento de 2010 em que o STF derrubou uma lei do Rio de Janeiro que concedia poder de requisição à Defensoria em relação a órgãos públicos e empresas privadas.
 

"Não se há de dotar o defensor público da possibilidade de requisitar de entidade particular o que nenhum outro advogado poderia fazer", disse Cármen Lúcia antes de afirmar que a condição de defensor não torna o profissional em um "super advogado".
 

Nos bastidores, porém, defensores têm tentado convencer os ministros do STF que a tese de Aras não se sustenta. Primeiro, porque, segundo eles, o julgamento de mais de uma década atrás foi mais centrado na questão da requisição de informações junto a empresas privadas.
 

Segundo, porque em 2014 o Congresso aprovou uma emenda à Constituição para aperfeiçoar o trabalho da Defensoria e mudou a realidade jurídica da instituição em relação a quatro anos antes, quando o Supremo discutiu o tema.
 

Para o defensor-público da União, caso o STF concorde com os argumentos de Aras, será impossível concretizar a determinação incluída na Constituição em 2014 que prevê alcance nacional à instituição.
 

"A DPU está sujeita a uma emenda constitucional que estabelece que onde houver comarca ou seção judiciária federal, deverá haver um defensor público federal", afirma.
 

Macedo, porém, diz que a ordem já é impraticável, mesmo com o poder de requisição, devido ao orçamento do órgão, que, segundo ele, é insuficiente para que se realize as alterações necessárias para mobilizar um defensor em cada local.
 

Uma das principais questões que dificultam a ampliação do órgão é o teto de gastos, que impede o aumento de investimentos.
 

Hoje, segundo pesquisa realizada pela Defensoria Pública da União e Defensorias estaduais, mais de 86 milhões de pessoas não acessam os serviços jurídicos e de assistência oferecidos pelo órgão. Deste total, 78 milhões são economicamente vulneráveis com renda de até três salários mínimos.
 

De acordo com a pesquisa, 125,6 milhões de pessoas, cerca de 59% da população, têm potencial acesso aos serviços jurídico-assistenciais oferecidos pela DPU.
 

A razão para que falte acesso aos serviços do órgão é a falta de defensores nas seções judiciárias espalhadas pelo país. Segundo o levantamento, somente 80 subseções são atendidas pela DPU, o que representa 28,7% do total no país.
 

Para conseguir cumprir o que determina a emenda constitucional, seria necessário aumentar o orçamento da DPU. Para isso, ele defende que o órgão seja excetuado do cumprimento da lei que estabelece o teto de gastos.
 

"Eu entendo que a emenda do teto é insustentável. Vai ficar insustentável. Não queremos furar o teto para aumentar subsídio. A gente quer ser excepcionado do teto", afirmou Macedo.
 

Há uma série de ações no Supremo que pedem a suspensão do teto de gastos para a Defensoria.
 

Segundo colocado na lista tríplice elaborada na DPU, Macedo foi alçado ao cargo de defensor público-geral com o apoio da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos ) e é da Igreja Batista.
 

Macedo, porém, afirma que a sua atuação à frente da defensoria é laica e que o seu objetivo é "evitar os extremos".

Bahia Notícias

Diretor da Hapvida usou tese de Nise Yamaguchi para convencer médicos a prescrever cloroquina


A médica Nise Yamaguchi em depoimento à CPI da Covid, no Senado

Nise Yamaguchi defendia a cloroquina sem base sólida

Johanns Eller
O Globo

No auge da primeira onda da Covid-19 no Brasil, médicos da operadora de saúde Hapvida que foram coagidos a prescreverem hidroxicloroquina para pacientes com sintomas gripais receberam um longo material em defesa da droga atribuídos à médica Nise Yamaguchi. A pressão para que funcionários da rede, que atua principalmente nas regiões Norte e Nordeste, prescrevessem a hidroxicloroquina foi revelada pelo GLOBO na última sexta-feira.

A oncologista, que depôs na CPI da Covid em junho, atuou como consultora informal do Ministério da Saúde e desponta como uma das principais defensoras do remédio, que não é eficaz contra a doença.

TRATAMENTO PRECOCE – A apresentação, intitulada “Evidências científicas sobre o uso precoce da cloroquina no combate à Covid-19”, consta de trocas de mensagens entregues à equipe da coluna por médicos que ainda trabalham na Hapvida.

Ela foi distribuída em julho de 2020 pelo diretor de emergências da Hapvida, Alexandre Wolkoff, em um grupo de WhatsApp voltado para orientações médicas.

O documento, que tem 33 slides, ressalta em uma das telas que  “Prevent Senior, Hapvida e planos do sistema Unimed, dentre outros planos de saúde”, defendiam o uso do medicamento no tratamento da Covid.

DADOS FALSOS – A apresentação distribuída aos médicos com o nome de Nise Yamaguchi reserva um slide para cada rede, destacando argumentos para a defesa do chamado tratamento precoce. No caso da Prevent Senior, o slide diz que 5.400 pacientes receberam a hidroxicloroquina e que, destes, nenhum faleceu. Apenas 128 teriam sido internados depois de receber o remédio. Hoje se sabe que a rede paulista ocultou óbitos por Covid-19, fraudou prontuários e distribuiu o remédio sem o consentimento de diversos pacientes.

Desde maio, a Hapvida reviu e abandonou a orientação de uso da cloroquina (leia nota abaixo), mas naquele momento o plano não só recomendava seu uso como fornecia treinamentos para os médicos aplicarem a cloroquina nos tratamentos contra a Covid e  impunha metas de distribuição aos pacientes.

Como mostrou a coluna, em junho, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do ministério, Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”, tentou tornar obrigatório o uso de cloroquina para a Covid no SUS – e acabou impedida pelo Tribunal de Contas da União.

GESTÃO DE PAZUELLO – Nessa época, também foi ampliada a indicação da cloroquina para gestantes e crianças. Em abril, uma nota técnica aprovada por Pazuello já autorizava a adoção do medicamento no combate ao coronavírus.

A reportagem procurou Nise Yamaguchi e a questionou sobre o material. Até o fechamento deste texto, a médica não confirmou e nem negou a autoria da apresentação. Também não respondeu se prestou consultoria a uma das redes privadas a respeito da hidroxicloroquina. Nós também perguntamos à Hapvida se a dra. Nise Yamaguchi participou de algum curso ou treinamento da empresa. A assessoria de imprensa afirmou que não.

O arquivo não é datado, mas foi gerado em 2 de julho de 2020, quatro dias antes de ser compartilhado no grupo interno da Hapvida. A data coincide com as investidas do governo federal em prol da cloroquina. Nessa época, o ministro era o general Eduardo Pazuello.

ESTUDOS SUPERADOS – Os slides atribuídos a Nise Yamaguchi também enumeram estudos que, àquela altura, já tinham sido questionados amplamente na comunidade científica internacional. Entre eles, o conduzido por Didier Raoult, em Marselha, na França, que neste ano reconheceu que o remédio não é eficaz contra o coronavírus.

Outro trabalho usado na apresentação é o do ucraniano Vladimir Zelenko, um obscuro médico radicado nos Estados Unidos que fez chegar sua tese ao então presidente americano, Donald Trump, que a abraçou por influência do então aliado Rudy Giuliani. O discurso enfático de Trump a favor da cloroquina viria a influenciar um de seus mais importantes aliados, Jair Bolsonaro

Embora a autoria do documento não seja confirmada, a própria atividade de Nise Yamaguchi nas redes sociais indicam que Raoult e Zelenko foram grandes fontes de inspiração para o embasamento da oncologista na defesa do tratamento precoce. O ucraniano, inclusive, é próximo de Nise.

MENSAGEM DO UCRANIANO – A médica fez questão de destacar em uma rede social, em julho de 2020, um texto em sua defesa que teria sido assinado por Zelenko.

“Tenho colaborado com a Dra. Nise Yamaguchi do Brasil. Ela é uma liderança excepcional e tem salvado milhares de pessoas da Covid-19”, diz trecho da mensagem.

Em nota enviada à reportagem, a Hapvida reconheceu ter defendido e disseminado o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, porém não indica mais a prescrição de cloroquina  “por não haver comprovação científica de sua efetividade”.

ERA TUDO MENTIRA – Mas em julho de 2020, época em que a apresentação em defesa da cloroquina foi distribuída nos grupos de WhatsApp pelo diretor de emergências, já havia estudos sólidos indicando que o remédio não era eficaz no combate à Covid-19.

Um dos principais ensaios clínicos, realizado no Brasil no primeiro semestre de 2020, apontou inclusive para os riscos do uso da droga em pacientes cardíacos.

Mesmo assim, a Hapvida se engajou diretamente na promoção do remédio e na coerção de seus médicos ainda neste ano, como indicam mensagens também obtidas pela reportagem.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esse tipo de informação mostra que Bolsonaro não estava sozinho nem foi o inventor dessa farsa da cloroquina. O problema é que ele não soube recuar. Parece que em seu dicionário não existem palavras que possam expressar “desculpem, eu errei”. Ele não tem essa grandeza, por isso insiste no negacionismo suicida. (C.N.)


Guedes e Campos Neto devem ser investigados por offshores, diz Mauro Menezes

 

Guedes e Campos Neto devem ser investigados por offshores, diz Mauro Menezes
Foto: Bahia Notícias

As informações reveladas pela ‘Pandora Papers’, investigação feita por diversos veículos de comunicação ao redor do mundo, incluindo o Brasil, sobre as empresas offshore em paraísos fiscais do ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, precisa ser investigado, na opinião de Mauro Menezes, o ex-presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, entre os anos de 2016 e 2018.

 

Para ele, mesmo que Guedes e Campos tenham informado que possuíam esse tipo de empreendimento fora do país, é no mínimo questionável, do ponto de vista ético, que eles mantivessem esse tipo de negócio. “O fato dele ter revelado não constitui um salvo conduto ou uma carta branca para fazer o que quiser como ministro”, disse Menezes em entrevista ao Bahia Notícias.

 

A Comissão de Ética Pública é um órgão vinculado ao presidente e atua como instância consultiva do presidente e ministros em matéria de ética pública. O colegiado, que hoje tem seis membros, é responsável entre outras atribuições, pela apuração de condutas de ocupantes de cargos da alta administração do Poder Executivo.

 

Além disso, Menezes elogiou a iniciativa da bancada de oposição da Câmara dos Deputados e do Ministério Público que já se posicionaram em favor de que tanto o ministro quanto o presidente do Banco Central prestem esclarecimentos. Além deles, o procurador-geral da Republica (PGR) Augusto Aras, adiantou que vai pedir esclarecimentos a Guedes sobre as offshores (veja mais).

 

“Os documentos terão que ser apresentados e terá quer ser feito esse cotejo para que se estabeleça uma eventual relação causa e efeito para que determine a ilicitude do ministro de estado que pode configurar inclusive um ato de improbidade administrativa”. Clique aqui e leia a entrevista completa!

Mauro Menezes

por Jade Coelho / Anderson Ramos

Mauro Menezes
Fotos: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

As informações reveladas pela ‘Pandora Papers’, investigação feita por diversos veículos de comunicação ao redor do mundo, incluindo o Brasil, sobre as empresas offshore em paraísos fiscais do ministro da Economia Paulo Guedes e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, precisam ser investigadas, na opinião de Mauro Menezes, o ex-presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, entre os anos de 2016 e 2018.

 

Para ele, mesmo que Guedes e Campos tenham informado que possuíam esse tipo de empreendimento fora do país, é no mínimo questionável, do ponto de vista ético, que eles mantivessem esse tipo de negócio. “O fato dele ter revelado não constitui um salvo conduto ou uma carta branca para fazer o que quiser como ministro”, disse Menezes em entrevista ao Bahia Notícias.

 

A Comissão de Ética Pública é um órgão vinculado ao presidente e atua como instância consultiva do presidente e ministros em matéria de ética pública. O colegiado, que hoje tem seis membros, é responsável entre outras atribuições, pela apuração de condutas de ocupantes de cargos da alta administração do Poder Executivo.

 

Além disso, Menezes elogiou a iniciativa da bancada de oposição da Câmara dos Deputados e do Ministério Público que já se posicionaram em favor de que tanto o ministro quanto o presidente do Banco Central prestem esclarecimentos. Além deles, o procurador-geral da República (PGR) Augusto Aras adiantou que vai pedir esclarecimentos a Guedes sobre as offshores (veja mais).

 

“Os documentos terão que ser apresentados e terá quer ser feito esse cotejo para que se estabeleça uma eventual relação causa e efeito para que determine a ilicitude do ministro de estado que pode configurar inclusive um ato de improbidade administrativa”. Confira a entrevista na íntegra:

 

Ontem vieram à tona informações sobre Paulo Guedes e o presidente do Banco Central de terem offshores em paraísos fiscais. A gente sabe que não é crime, mas quando se fala de agentes públicos, temos regras diferentes. Onde é que Paulo Gudes e Roberto Campos Neto erraram? 

Não penso que seja ainda um momento de uma condenação, mas seguramente é o momento de uma investigação. Nós estamos tratando das duas mais importantes autoridades do campo econômico e financeiro do país. Essas autoridades tem o dever de prestar contas, não apenas da politicas que implementam, não apenas das escolhas e das decisões que tomam, mas também tem a obrigação de prestação de contas e de expor ao escrutínio publico e ao controle social a maneira como gerem os seus patrimônios de modo a que não concorram no chamado conflito de interesses. O conflito de interesses é o fenômeno que acomete aqueles administradores ou gestores públicos que transitam entre o publico e o privado de uma maneira imprudente de forma que eventualmente as suas decisões possam vir a beneficia-los, decisões tomadas no exercício dos cargos possam vir a beneficia-los na esfera privada.

 

Muito se fala no artigo 5º do Código, que ele deveria ter informado que teria essa empresa, e ele diz que informou, mas que demorou 2 anos e meio para isso ser julgado e que no final não teve nenhum tipo de recomendação. Teoricamente pelo menos Paulo Guedes não errou, mas ainda assim o senhor defende que isso seja apurado...

Nós não podemos dizer se ele errou ou não. Ele deve ser submetido a investigação. Ao assumir o cargo o fato de que ele tenha revelado propriedade desses recursos depositados num paraíso fiscal, em si, não esgota o assunto. Sugiram elementos novos. Primeiro elemento: a tramitação de um projeto de lei que tinha uma previsão segundo a qual era mera condição de possuidor de recursos em paraísos fiscais deveriam implicar num pagamento de tributos, e consta que o ministros teria se envolvido em diálogos com parlamentares inclusive com o relator da reforma legal sobre o Imposto de Renda e o resultado disse foi a retirada desse dispositivo que o onenaria no seu patrimônio privado, então esse é um fato posterior a revelação de que ele teria em contas em paraísos fiscais. O fato dele ter revelado não constitui um salvo conduto ou uma carta branca para fazer o que quiser como ministro. O artigo 5º da lei 12.813, estabelece que é conflito de interesse tomar qualquer tipo de decisão, que possa beneficiar a si, a sua família ou a sua empresas. Não resta dúvida de que o fato de ter havido informação, até mesmo a Comissão de Ética Pública de ter havido um acatamento ou demora nesse exame. Não exime o ministro Guedes de agora ser confrontado com o benefício que ele possa ter auferido seja em relação a essa alteração legal, seja em adoção de medidas de caráter econômico que vieram a resultar numa elevação muito grande do valor do dólar, portanto a depreciação do valor da moeda nacional com benefício por ser detentor de vultuosos recursos em pais estrangeiro. Além disso, é preciso também ter em conta que a mera detenção de recursos e a movimentação de recursos num paraíso fiscal é bastante questionável para qualquer tipo de autoridade pública. Porque o paraíso fiscal, ele constitui um reduto no qual as pessoas levam os seus recursos para que se consideram a salva da instabilidade econômica do país de origem desses recursos, e mais, que essas pessoas também fiquem aliviadas dos encargos tributários em seu país de origem. Que qualquer pessoa possa até fazer algo do gênero, é até compreensível, mas um homem público, ministro da Fazendo que por sinal é o principal responsável por zelar pela rigidez, pela integridade da arrecadação tributária, pelas contas públicas do país, justamente ele coloca boa parte do seu patrimônio protegido a salvo por uma maneira muito questionável do ponto de vista ética, a salvo das instabilidades econômicas do pais que ele próprio gere. Ele próprio procurar se aliviar e se subtrair do ônus tributários, quando todos nós sabemos que o pacto de uma sociedade tem que ser em torno dos recursos arrecadados pelos entre públicos em benefício da população. Sob o ponto de vista ético, nós temos um problema sério. Mundo afora, questões dos paraísos fiscais, chamados 'tax haven' é um tema muito sério do ponto de visto do combate a corrupção e que muitas vezes estão ligados a lavagem de dinheiro, ao fluxo de capitais clandestinos que mobilizam muitas vezes o mercado de armas e de drogas e assim por diante. O fato de um ministro da fazenda manter recursos num paraíso fiscal nesse montante já é bastante criticado assim como o do presidente do Banco Central. Não podemos ainda condenar Guedes ou Campos Neto pelo fato de manterem recursos num país estrangeiro e até mesmo em paraíso fiscal, mas repito, o fato de até eles informarem isso assim que assumiram os cargos aos órgãos não os eximem de agora serem obrigados a prestar contas aos efeitos de suas decisões ou de suas omissões no exercício do cargo público em relação ao seu interesse privado. Estamos num país que ainda conserva os pilares republicanos. O público e o privado devem ser devidamente discernidos e dissociados, não podem se confundir e nem se misturar. O que estamos vendo é um grande retrocesso nesse quesito sobretudo no governo atual e que essa fronteira tem sido transposta com frequência. Nós temos assistido as autoridades agirem com muita naturalidade no sentido de banalizar, naturalizar a utilização de cargos públicos em fazer dos interesses privados.

 

A oposição na Câmara já entrou com pedido para que seja investigado pelo Ministério Público. Além disso a Comissão de Ética, quais outros órgãos podem intervir ?

Acho que é um bom começo. O Ministério Público dispõe de ferramentas para proceder a investigações, talvez haja diligências a serem determinadas pelo Ministério Público, no campo da investigação policial. Os documentos terão que ser apresentados e terá quer ser feito esse cotejo para que se estabeleça uma eventual relação causa e efeito para que determine a ilicitude do ministro de estado que pode configurar inclusive um ato de improbidade administrativa. A Lei nº 12.813 no seu artigo 5º estabelece essas hipóteses que não podem ser verificadas no exercício dos cargos públicos por ministros de estado e autoridades como o presidente do Banco Central, que são cargos de natureza especial. Havendo cometimento dessas condutos proibidas, a própria Lei nº 12.813 no seu artigo 12, estabelece que estaremos diante de ato de improbidade previsto na lei 8.429, então o Ministério Público e a Comissão de Ética Pública poderão de fato examinar a transgressão do Código de Conduta da alta administração federal como também da Lei de Conflito de Interesse da 12.813. Muitos têm comentado a respeito do Código de Conduta da alta administração federal no sentido de que o ministro Guedes teria em conformidade do Código de Conduta ao informar a existência desses investimentos em paraíso fiscais. Trata-se de meia verdade. De fato se ele fez, ele cumpriu o que dele se esperava quando assumiu o cargo, mas essa obrigação não esgotou os seus deveres. Ele tem deveres que são permanentes e que devem ser objeto de corejo e de crivo até o final do exercício do seu cargo. É que entre o Código de Conduta, a ele de conflito de interesse para verificar a ocorrência de desvio dessa natureza. 

Bahia Notícias

TCM julga procedente termo de ocorrência contra prefeito de Barra da Estiva

 

TCM julga procedente termo de ocorrência contra prefeito de Barra da Estiva
Foto: Reprodução / Lay Amorim - Achei Sudoeste

O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) julgou procedente o termo de ocorrência formulado contra o prefeito de Barra da Estiva, João Machado Ribeiro (PP), pelo pagamento de R$ 90.739,82 em juros e multas, com danos ao erário, decorrentes do atraso no adimplemento de obrigações previdenciárias junto ao INSS nos exercícios de 2017 e 2018.

 

Durante a sessão desta quinta-feira (30), o relator do processo, conselheiro substituto Ronaldo Sant’Anna, multou o prefeito em R$ 2,5 mil. O conselheiro Fernando Vita apresentou voto divergente, incluindo na decisão a determinação de ressarcimento aos cofres municipais da quantia de R$ 90.739,82 e a formulação de representação ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

 

O conselheiro substituto Ronaldo Sant’Anna, considerou não  justo nem razoável a imputação de ressarcimento da importância despendida com o pagamento de juros e multas por atraso na quitação de obrigações previdenciárias junto ao INSS. No seu entendimento, “o adimplemento intempestivo dessas obrigações resulta, em não raras oportunidades, não de estrita má-fé, mas de planejamento orçamentário financeiro inadequado e insuficiência de recursos”, disse. O gestor poderá recorrer da decisão.

Bahia Notícias

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