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domingo, junho 06, 2021

É precoce apostar num vencedor na eleição de 2022 sem saber quem estará na final


Charge do Benett (Folha)

Carlos Pereira
Estadão

Em pesquisa do Datafolha, realizada nos dias 20 e 21 de janeiro de 2021, foi perguntado “quem estaria fazendo mais pelo Brasil no combate ao coronavírus: o presidente Jair Bolsonaro ou o governador de São Paulo, João Doria”. Uma maior parcela, 46%, escolheu o governador Doria.

Mesmo diante dos desgastes provenientes dos sucessivos erros na gerência da pandemia, que levaram à morte mais de 456 mil vítimas da covid-19, 28% das pessoas ainda atribuíram ao presidente Bolsonaro o papel mais relevante no combate da pandemia.

RESULTADOS ESTRANHOS – Esses resultados são contraintuitivos, especialmente quando se observa que das 40 milhões de pessoas (19% da população) que já se vacinaram com a primeira dose ou das 20 milhões (9,5%) que se vacinaram com as duas doses, em torno de 65% receberam a vacina Coronavac, 33% a da AstraZeneca e 2% a da Pfizer.

Ou seja, sem a tenacidade do governador Doria e da eficiência do Instituto Butantan, apenas 6,6% da população teria sido vacinada até o momento com a primeira dose e somente 3% com as duas doses.

Por mais inusitado que possa parecer, em vez de almoçar com o governador Doria do PSDB e ajudá-lo em uma campanha de nacionalização de seu nome, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (presidente de honra do PSDB) preferiu almoçar com o ex-presidente Lula.

VÁRIOS CANDIDATOS -Além de Doria, o PSDB possui pelo menos dois outros pré-candidatos à Presidência para as eleições de 2022: o senador pelo Ceará, Tasso Jereissati, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Pelo que se sabe, FHC também não convidou nenhum deles para almoçar nem os consultou sobre a pertinência do convite recebido para encontrar Lula.

A suposta justificativa de FHC para o encontro com Lula seria a necessidade de juntar forças em prol da “frágil” e “indefesa” democracia brasileira, que estaria sob ameaça iminente de quebra institucional com Bolsonaro. Para derrotar Bolsonaro em 2022, FHC já anunciou que votaria no petista no segundo turno e que também se arrependia de não ter votado em Haddad em 2018.

Estudiosos de governos populistas argumentam que, se a quebra da democracia não ocorrer num primeiro mandato, certamente ocorrerá num segundo.

TUDO SE JUSTIFICARIA –  Como Bolsonaro já deu inúmeras demonstrações do seu pouco apreço pelos procedimentos institucionais e valores democráticos, tudo se justificaria para evitar tal catástrofe. Afinal de contas, como diria o sociólogo francês Raymond Aron, a política “não é jamais uma luta entre o bem e o mal, mas entre o preferível contra o detestável”.

Entretanto, de acordo com a última pesquisa do Datafolha, Lula derrotaria facilmente Bolsonaro por 55% a 32%. Bolsonaro também perderia no segundo turno para Ciro Gomes (48% a 36%) e empataria tecnicamente com Doria (40% a 39%).

Seu governo é rejeitado por 45% da população; apenas 24% o aprovam. Para piorar, 54% dos eleitores dizem que não votariam na sua reeleição de jeito nenhum. Isso ainda sem levar em conta os efeitos negativos da CPI da Covid.

EVIDENTE FRAGILIDADE – Diante desses números desastrosos, fica evidente a fragilidade do presidente. É, portanto, no mínimo precoce que o centro democrático busque alianças ou sinalize apoio a alternativas supostamente “menos ruins” ou “menos preferíveis” no momento em que Bolsonaro dá sinais de perda expressiva de competitividade eleitoral.

Ceder ao argumento de que o governo Bolsonaro, especialmente a sua reeleição, representaria uma ameaça de ruptura democrática é pura chantagem contra uma candidatura do centro democrático. E o que é pior, significa se fiar em um salvador da pátria, com um contencioso moral para lá de questionável cujo partido levou o País para a pior recessão econômica da história, como o único capaz de derrotá-lo.

Não só o PSDB, mas o centro democrático como um todo, precisam encarar seriamente o desafio de encontrar uma alternativa competitiva que rejeite as duas opções polares existentes e se coloque no jogo. Não é possível apostar num placar antes de colocar o time em campo.


Promotora Cobra cadeiras, toldos e gradis nas agências bancárias de Paulo Afonso. enquanto isso em Jeremoabo apenas aglomerações e o COVID-19 agradecendo.

https://pa4.com.br/wp-content/uploads/2021/06/Recomendacao-005-2021-cumprimento-decreto-municipal-COVID-19-1.pdf 

Justiça Eleitoral rejeita recurso e ex-prefeito de Tapauá permanece inelegível

 Sexta, 28 Maio 2021 14:51


O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) rejeitou recurso apresentado pelo ex-prefeito de Tapauá, José Bezerra Guedes, mantendo a decisão de o tornar inelegível por oito anos. O julgamento foi realizado no último dia 20/05. O desembargador Márcio André Lopes Cavalcante manteve, ainda, a aplicação de multa no valor de R$ 20 mil.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral teve início em outubro de 2020, com a instauração de procedimento administrativo para apurar a admissão de funcionários no Executivo Municipal em período vedado pela Lei Eleitoral. A medida foi tomada em razão do "aumento público e notório" de servidores nos órgãos públicos do município de Tapauá.
"Realizamos uma ampla análise no portal da transparência, chegando ao número de 418 servidores naquela situação, o que configura conduta vedada ao agente público e, cumulativamente, abuso de poder político. Em razão de tal fato e com base nos elementos angariados no procedimento, o Ministério Público ingressou com a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), pedindo a condenação do senhor José Bezerra Guedes, candidato à reeleição à época, pela prática de abuso de poder político e prática de conduta vedada", resume o Promotor de Justiça Bruno Batista.
As contratações temporárias não foram precedidas de regular processo administrativo, não observaram os requisitos da lei de regência (Lei 7.783/89) e nem foram publicadas nos órgãos oficiais do município. Não bastasse, foi celebrado contrato temporário até mesmo com pessoa que se encontrava custodiada na Delegacia de Polícia local, que chegou inclusive a receber salário, conforme documentação apresentada pelo MPAM à Justiça Eleitoral.

https://www.mpam.mp.br/

Nota da redação deste Blog - Em Jeremoabo não nada disso não, o mínimo que o prefeito praticou de ilegalidade foi  contratar  uma empresa para intermediar a os serviços de apoio a mão de obra “Atividade Meio”. A empresa que executa os serviços é a empresa Uniservice – Cooperativa de Trabalho de Serviço, cujo processo já encontra-se na Procuradoria do Ministério do Trabalho para apurar essa suposta ilegalidade, isso sem falar em contratações individuais às vésperas da eleição.



Ex-prefeito de Caucaia é

 condenado por abuso de

 poder e fica inelegível por 

8 anos

A decisão contra Naumi Amorim foi proferida pelo

 Tribunal Regional Eleitoral (TRE Ceará)


Naumi Amorim, prefeito de Caucaia / Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Exclusivo.  O ex-prefeito de Caucaia, Naumi Amorim, está inelegível pelo período de oito anos por abuso de poder. A decisão foi proferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE Ceará).

De acordo com o parecer do Ministério Público Eleitoral, os perfis institucionais da Prefeitura de Caucaia no Facebook e no Instagram foram usados para a prática de “ilícitos eleitorais” no período da pré-campanha – entre 29 de maio a 5 de julho do ano passado.

De acordo com o órgão, verificou-se uma série de fotos e vídeos onde Naumi sempre era o foco, “tendo em vista o aparecimento exacerbado da imagem”.

“Em praticamente todas as publicidades, ganha relevo o nome e a imagem do prefeito, em alguns momentos ofuscando até mesmo a própria Administração Municipal Local”, destacou a juíza Kamile Moreira Castro, do TRE Ceará.

“Verifica-se que o então prefeito e candidato representado (Naumi) valeu-se de sua condição de gestor municipal de Caucaia para desvirtuar a finalidade da publicidade institucional da Prefeitura, beneficiando sua candidatura”, afirma a magistrada.

A juíza ressaltou que se a publicidade institucional deixa de possuir caráter educativo, informativo ou de orientação social, “resta caracterizado e provado o abuso de poder”.

A magistrada pontou ainda a distribuição de uma cartilha produzida com dinheiro público, “contendo inúmeras referências ao nome do prefeito, candidato à reeleição, além de fazer maciça veiculação da imagem em eventos junto à população”.

“Há forte probabilidade da efetiva influência no desequilíbrio do pleito quando foram distribuídos na cidade 10 mil exemplares da propaganda irregular, correspondente a quase 45% dos votos válidos para o cargo de prefeito e um terço do eleitorado, ainda mais quando alcançou-se pouco mais deste quantum para a eleição”.

https://www.focus.jor.br/ex-prefeito-de-caucaia-e-condenado-por-abuso-de-poder-e-fica-inelegivel-por-8-anos/

Documento interno da PMPE compromete toda a cadeia de comando da instituição na ação que deixou duas pessoas cegas no Recife. Ex-Comandante Geral é citado três vezes como ordenador da ação. Governador, em entrevistas, atribui culpa a policiais subalternos

 Posted: 05 Jun 2021 01:29 PM PDT

https://www.blogdanoeliabrito.com/

Foto: ARTHUR SOUZA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


 "Este oficial recebeu novamente uma ligação do Coordenador do COPOM (Maj PM XXX), informando que a determinação do Comandante Geral da PMPE era dispersar todos os manifestantes que estavam presentes naquele local. Assim, a Tropa de CHOQUE fez o deslocamento em direção aos manifestantes para tentar com a ação de presença dispersá-los, porém sem êxito, pois os manifestantes começaram a arremessar pedras e paus contra o policiamento, que para resguardar a integridade do efetivo", reporta documento interno da PM obtido pelo Blog da Noelia Brito.

Documento interno do Comando Geral da Polícia Militar de Pernambuco, em poder do Blog da Noelia Brito, revela que um dos oficiais de campo que atuaram na repressão à manifestação contra Bolsonaro, no dia 29 de maio, ao relatar as ocorrências daquele dia, ao Subcomandante do BPCHOQUE, informou ter recebido ordens dos superiores hierárquicos para dispersar a manifestação.

Dirigindo-se ao superior hierárquico, no Documento denominado "Comunicação de Intervenção CDC", lançado no SEI do Governo de Pernambuco, ainda no dia 29 de maio, dia da ocorrência, o oficial informa o seguinte: "recebi ligação telefônica por volta das 10h20mim do Comandante do Batalhão de Choque (XXX), o qual me informou que por determinação do Sr. Coronel PM (XXX), Diretor Adjunto da DIRESP, os pelotões Alfa e Bravo deveriam ficar a postos para acionamento, pois já havia a determinação do Exmº Sr. Comandante Geral da PMPE para fazer deslocamento para a Praça do Derby entrar em contato com o Comandante do policiamento local e realizar a dispersão de uma manifestação de militantes com aproximadamente 300 (trezentas) pessoas, que estavam em flagrante descumprimento ao Decreto Estadual sobre a COVID-19."

Em seguida o oficial reporta que "Após instantes ao exposto acima, recebemos a determinação do acionamento da Tropa de CHOQUE pelo Comandante do Batalhão, ratificando para este oficial as ordens recebidas de escalões superiores para a dispersão (Diretor Adjunto da Diresp)."

E prossegue: "Ao chegar com a Tropa de CHOQUE na praça do Derby, entrei em contato o Maj PM (XXX), via telefone, onde fui informado por ele, que a determinação do Comando Geral da PMPE era para fazer a dispersão da manifestação em virtude da aglomeração que poderia alastrar ainda mais a Pandemia que assola nosso Estado, contudo já havia o deslocamento de grande parte dos militantes em passeata em direção à Av. Conde da Boa Vista, não sendo necessário a intervenção naquele momento, da Tropa de CHOQUE para a dispersão devido ao deslocamento dos manifestantes."

"Por volta das 11h30 o Cap PM (XXX) (Oficial de Supervisão) chegou ao local e incorporou na Tropa de CHOQUE, neste mesmo momento, recebi uma ligação do Maj PM (XXX), Coordenador do COPOM, me informando que a determinação do Comandante Geral da PMPE era para que: se os manifestantes avançassem em direção à Praça do Diário, era para a Tropa de CHOQUE realizar a dispersão via CDC, usando os meios dispostos", relata, ainda, o mesmo oficial.

 Ainda segundo o relato: "12. Diante disto, como já havia a Ordem de Dispersão por parte do Comando Geral da PMPE e a Tropa de CHOQUE já estava sendo hostilizada sofrendo agressões injustificadas, iniciou-se o processo de dispersão os manifestantes agressores do local, com utilização escalonada de força dos materiais de menor potencial ofensivo e com as técnicas e táticas de controle de distúrbios civis (CDC)".

 "Este oficial recebeu novamente uma ligação do Coordenador do COPOM (Maj PM XXX), informando que a determinação do Comandante Geral da PMPE era dispersar todos os manifestantes que estavam presentes naquele local. Assim, a Tropa de CHOQUE fez o deslocamento em direção aos manifestantes para tentar com a ação de presença dispersá-los, porém sem êxito, pois os manifestantes começaram a arremessar pedras e paus contra o policiamento, que para resguardar a integridade do efetivo", reporta.

"Destarte, fizemos o deslocamento paralelo aos manifestantes e chegamos na Praça do Diário por volta das 11h10. No local, a Tropa de CHOQUE foi posta na Av. Guararapes, por ser um local de fácil dispersão para os manifestantes (em caso de intervenção) e por ser mais seguro para os transeuntes que passavam no local. 8. Por volta das 11h30 o Cap PM XXX (Oficial de Supervisão) chegou ao local e incorporou na Tropa de CHOQUE, neste mesmo momento, recebi uma ligação do Maj PM XXX, Coordenador do COPOM, me informando que a determinação do Comandante Geral da PMPE era para que: se os manifestantes avançassem em direção à Praça do Diário, era para a Tropa de CHOQUE realizar a dispersão via CDC, usando os meios dispostos", revela o relatório.

Os nomes dos oficiais de patentes inferiores foram suprimidos para atender pedido de nossa fonte, já que a finalidade da divulgação é demonstrar que as versões dando conta de que não houve ordem superior para a dispersão e de que a ação teria sido iniciativa pessoal desses oficiais é, no mínimo, questionável. 

A versão de que a dispersão teria sido iniciativa pessoal dos policiais em campo tem sido sustentada pelo governador Paulo Câmara e pelo ex-secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, em entrevistas. Sobre o caso, o ex-comandante geral da PMPE ainda não se pronunciou.

Experiente advogado, com trânsito no ambiente policial, ouvido pelo Blog da Noelia Brito, asseverou que será inevitável o chamamento do Cel Vanildo Maranhão ao seio da investigação. Como testemunha ou investigado. "Aposto nessa última hipótese", disse ele. 

Com a palavra o governador Paulo Câmara, o ex-secretário Antônio de Pádua e o ex-comandante geral da PM, coronel Vanildo Maranhão.

 

 





Doria deu um exemplo de fraqueza ao permitir e depois proibir jogos da Copa América

Publicado em 5 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que disse que vai vetar projeto aprovado pela Alesp que autoriza venda de bebida nos estádios paulistas

João Doria é a imagem da indecisão, já não sabe se vai ou se fica 

J.R.Guzzo
Estadão

De duas uma: ou a decisão inicial do governador João Doria de aceitar a disputa de jogos da Copa América em São Paulo estava certa ou estava errada. Não há, realmente, uma terceira possibilidade. Se estava certa, não há motivo para proibir os jogos agora – e fazer exatamente o contrário do que ele havia decidido. Se estava errada, por que o governador não pensou no que estava dizendo antes de mudar, cinco minutos depois, o que tinha acabado de resolver?

Errar é humano, claro, e voltar atrás nos erros é uma excelente virtude. Mas no caso da Copa América em São Paulo o governador conseguiu o oposto: arrependeu-se de ter feito um acerto e optou pelo erro. Conseguiu o mais difícil, que era separar com sucesso o joio do trigo – mas, imediatamente em seguida, jogou fora o trigo para ficar com o joio.

QUESTÃO DE LÓGICA – Doria, num primeiro momento, fez a única coisa que deveria ter feito: não tem nenhum sentido, disse ele, proibir os jogos da Copa América em São Paulo, com estádios fechados, enquanto se permite com a maior tranquilidade do mundo que sejam disputados os jogos do Campeonato Brasileiro. Parabéns.

Mas, no Brasil de hoje, as “autoridades locais” não gostam de acertar – e quanto por acaso acertam, voltam para trás, correndo, e caem de novo na sua vidinha de sempre. Resumo da ópera, neste caso: enquanto Brasil e Argentina, por exemplo, jogam em Goiânia, ou qualquer outro lugar onde o exercício da lógica continua legal, Corinthians e Chapecoense jogam em São Paulo. Pelo que deu para entender da decisão final de Doria, o primeiro jogo é um “mau exemplo”. Já o segundo ninguém saberia dizer o que é.

PROIBIÇÃO DE TUDO – O governador, mais uma vez, deixou o Estado de São Paulo ser governado não por quem foi eleito para executar essa tarefa – ele mesmo – mas pelo comitê de “cientistas” que administra a covid. Cedeu, na verdade, à confederação nacional pela proibição de tudo, por tempo indeterminado, e de preferência até o Dia do Juízo Final.

Ela é reforçada, no caso, pelo coletivo dos comentaristas de futebol, que há mais de um ano está recebendo remuneração sem sair de casa e, ao mesmo tempo, não quer que haja jogos – ainda que o público não possa entrar nos estádios. (Com público, então, acham que o futebol seria genocídio direto na veia.)

A covid, com o tempo e a vacinação em massa, dá sinais de que pode estar cedendo. É de se esperar, em troca, um esforço permanente para resistir à melhoria –  e manter tudo igual nos comissariados que mandam no país sem terem recebido um único voto, nas CPIs da vida e no mundo do “home office”.

Alto Comando do Exército deu aval à decisão sobre Pazuello, para evitar uma crise ainda maior

Publicado em 6 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Justificativa de Pazuello sobre recusa de vacinas da Pfizer revoltou pessoas em rede social(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Nas redes sociais Pazuello se tornou um dos brasileiros mais odiados

Felipe Frazão
Estadão

A decisão do comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, de livrar de punição o general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, por participar de manifestação favorável ao presidente Jair Bolsonaro recebeu o respaldo de integrantes da alta cúpula da Força Terrestre. Para eles, Paulo Sérgio tentou estancar o que poderia ser uma crise maior e resultar na segunda troca de comando em dois meses.

O gesto de subserviência do Exército ao desejo do presidente, porém, despertou preocupações de que o comando possa ceder novamente em outros tipos de pressões de Bolsonaro.

FICOU SEM SAÍDA – A opção por isentar Pazuello é individual e exclusiva do comandante do Exército. O general Paulo Sérgio, porém, consultou o Alto Comando antes, num sinal de busca de consenso e respaldo. Embora não fosse unanimidade entre os generais de quatro estrelas, a decisão não foi nem será contestada pela cúpula verde-oliva.

Segundo um oficial, “o silêncio é fruto da disciplina” que eles desejam preservar e ajudar a recuperar a instituição de um grande dano de imagem. Os generais estão desconfortáveis com o desfecho permissivo, mas ponderam que o comandante ficou sem saída e “qualquer solução seria ruim”.

O Exército comunicou oficialmente o arquivamento do caso, mas pouco explicou acerca do entendimento do comandante-geral. E nem cogita fazê-lo, segundo oficiais consultados pela reportagem. Generais que despacham no Forte Caxias, no entanto, explicaram, sob anonimato, algumas das razões para o desfecho do caso.

ESCALADA DA CRISE – Uma das justificativas é que aplicar uma punição a Pazuello soaria como reprimenda ao presidente, o comandante supremo das Forças Armadas. Pazuello não tinha registro de transgressões anteriores e estava ao lado de Bolsonaro, o que poderia ser interpretado, numa versão bastante controversa mesmo entre militares, como autorização para se manifestar.

Segundo auxiliares diretos, Paulo Sérgio teria servido como uma espécie de anteparo à iminente escalada de crise. Se punisse Pazuello, a contragosto do presidente, correria o risco de ser desautorizado e ter de entregar o cargo, abrindo espaço para Bolsonaro nomear alguém ainda mais obediente, no estilo Pazuello, em seu lugar.

Na prática, o comandante atendeu Bolsonaro, que não queria ver seu novo secretário de Estudos Estratégicos advertido ou repreendido. A decisão surpreendeu oficiais no Quartel-General, pois havia uma inclinação a punir, aplicando o Estatuto dos Militares e o Regimento Disciplinar do Exército. “Há vitórias e vitórias”, disse um general da ativa.

CONSTRANGIMENTO – Apesar da sensação de derrota e do clima de constrangimento geral, oficiais que despacham no Forte Caxias descartam a possibilidade de renúncias no Alto Comando. A próxima reunião, prevista para ocorrer entre 21 e 25 de junho, discutirá promoções já programadas no generalato, o que vai acarretar em alterações na composição da cúpula verde-oliva.

General intendente de três estrelas, topo da carreira, Pazuello já era considerado um “caso perdido”, por quem não valeria a pena o risco de ampliar a crise com o Palácio do Planalto. Agora, há no QG a expectativa que ele se dedique de vez à política e afaste-se do Exército, onde estava sem função específica desde março, quando foi demitido do ministério. Nas palavras de um oficial de alta patente, Pazuello não reunia mais “condições mínimas” de voltar a posições de comando perante a tropa.

Ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, o general de Exército da reserva Maynard de Santa Rosa considerou a decisão adequada. Para ele, o “incidente” foi provocado por Bolsonaro.

ARMAÇÃO DE BOLSONARO – “Não é justo transferir para o Exército a responsabilidade de julgar um incidente de natureza política insignificante para a Instituição. O Pazuello é um militar em final de carreira, que foi empregado em cargo político e não representa a Força. O incidente foi provocado pelo presidente da República, provavelmente, por ser do seu interesse”, disse Santa Rosa.

“Houve um ataque frontal à disciplina e à hierarquia, princípios fundamentais à profissão militar. Mais um movimento coerente com a conduta do presidente da República e com seu projeto pessoal de poder. A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições”, afirmou o envergonhado general de Exército da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo. “A união de todos os militares com seus comandantes continua sendo a grande arma para não deixar a política partidária, a politicagem e o populismo entrarem nos quartéis.”

A GRANDE DÚVIDA – O desfecho do caso fez lideranças políticas questionarem se as Forças Armadas teriam aderido de vez ao governo Jair Bolsonaro e até que ponto os militares de alta patente estariam dispostos a ceder às vontades de seu comandante-em-chefe.

A dúvida se impôs pelo fato de o Exército ter deixado passar uma transgressão disciplinar praticada em público, fartamente documentada, e para a qual existe proibição expressa nas normas militares, rompendo com os pilares de disciplina e hierarquia.

Essas questões também rondam a cabeça de oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A grande preocupação é o que fazer em casos futuros de indisciplina. Com a proximidade das eleições e o acirramento da polarização política, almirantes dão como certo que haverá novas participações de militares em atos de viés político, a favor e contra o presidente. Há preocupação com dificuldade de punir transgressões similares no futuro, pelo “precedente Pazuello”, e abrir rachas nas bases aéreas, distritos navais e divisões de exército.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Excelente matéria. Discute o que realmente interessa: até que ponto a impunidade de Pazuello significa que as Forças Armadas apoiarão Bolsonaro numa tentativa de golpe de Estado? A pergunta é relevante, porque a eleição de 2022 já está perdida por Bolsonaro, seja para Lula da Silva ou para a terceira via. (C.N.)

Criada com fins militares, a internet fortalece a democracia e impede que o Brasil seja uma nova ditadura

Publicado em 6 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Resultado de imagem para censura na internet charges

Charge do Jota, reproduzida do Google

Charge do Jota, reproduzida do Google

Carlos Newton

A internet é uma benção para a Humanidade, significa a consagração da cidadania. Foi criada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no final dos anos 60, e se tornou essa força libertária incomparável, incontrolável e incomensurável. Temos de agradecer esse avanço à famosa Guerra Fria, que felizmente voltou à moda, devido ao avanço socioeconômico da China de Xi Jinping e ao renascimento da Rússia de Vladimir Putin.

No mundo, a hegemonia de uma nação é sempre sinistra, é preciso haver equilíbrio de forças políticas. Aliás, este é o grande segredo da vida – o equilíbrio.

DEPARTAMENTO DE DEFESA – Quem deu a partida no projeto da internet foi o Departamento de Defesa dos EUA. A proposta inicial, idealizada pela Arpa (Advanced Research and Projects Agency), era financiada pela Nasa e pelo Pentágono. O objetivo era criar uma rede que fosse capaz de armazenar dados e resistir a uma destruição parcial – caso houvesse, por exemplo, um ataque nuclear russo.

Após anos de pesquisas e testes, a Arpanet (rede da Arpa) entrou em operação em 1969, interligando quatro instituições da Costa Oeste – as universidades de Los Angeles, Santa Bárbara e Utah, e o Instituto de Pesquisa de Stanford.

AVANÇO DEMOCRÁTICO – Menos de 50 anos depois, a internet já dominava o mundo e estava destinada a conduzir a um aperfeiçoamento absurdo do sistema democrático. Em consequência, todos os regimes ditatoriais estão com seus dias contados, porque não conseguirão controlar nem conter a web indefinidamente.

Outro resultado inevitável será a purificação do capitalismo, pressionado pela necessidade de avanço da justiça social. É só uma questão de tempo.

Retrocessos de conquistas sociais, como o fenômeno hoje vivido no Brasil, são apenas episódicos, pontos fora da curva do mundo moderno, que inexoravelmente caminha para a universalização do Estado de Bem-Estar Social, já em adiantada fase de consolidação nos países nórdicos que adotam o socialismo democrático – Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca e Islândia.

UM MUNDO MELHOR – Pensadores pós-modernos, como o francês Thomas Piketty e o britânico Paul Mason, vislumbram esse aperfeiçoamento da democracia que conduzirá a humanidade a um mundo muito melhor no final deste século, embora a civilização sempre se desenvolva mediante avanços e recuos. Na verdade, o importante é que haja mais conquistas do que retrocessos. Apenas isso.

Apesar de a internet ser essencialmente libertária, ainda é muito rara a existência de espaços abertos ao livre debate. A quase totalidade dos sites e blogs tem vinculações claras, sempre defendem interesses específicos e boicotam abertamente as teses contrárias.

Aqui mesmo na Tribuna da Internet enfrenta-se o problema do sectarismo político-ideológico. Não há respeito às opiniões alheias, comentaristas se ofendem e até se ameaçam, alguns ficam tão agastados que desistem de participar da troca de ideias, preferem se afastar, embora continuem a ler o blog.

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P.S. –
 Para avaliar a importância da internet, basta imaginar o que seria do Brasil nas mãos de um déspota como Jair Bolsonaro, que chefia uma família lombrosiana, de criminosos natos, e que conta com o apoio das Forças Armadas e das Forças Auxiliares, como PMs e Bombeiros. Ora, se não houvesse internet para desmentir as fake news dessa gente e os militares brasileiros fossem menos preparados, este país já estaria mergulhado numa nova ditadura, com toda certeza. Ou você ainda tem alguma dúvida? (C.N.)

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