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sexta-feira, junho 04, 2021

'Otto fica lá posando como o pai da medicina e humilhando mulheres', diz Bolsonaro

por Mauricio Leiro

'Otto fica lá posando como o pai da medicina e humilhando mulheres', diz Bolsonaro
Foto: Reprodução / Youtube

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou suas falas contra o senador Otto Alencar (PSD) e criticou sua atuação durante a CPI da Covid. Bolsonaro participou de sua live, nesta quinta-feira (3), ao lado do ministro da educação Milton Ribeiro.

 

"Eu não politizei isso. Quem diz para não tomar e não dá alternativa são eles. O Marcos Do Val recomendou ao Otto. Otto fica lá posando como o pai da medicina. Humilhando mulheres. Ameaçando de prender lá quem não responde sim ou não para o Renan Calheiros. Eu não aceitaria ser convocado por Renan Calheiros. Aceitar convite ou Otto. Três marmanjos. O Omar Aziz que conhece tudo de saúde, investigado no seu estado. Renan Calheiros. Ficam lá maltratando pessoas, que falam o contrário. A Nize [Yamaguchi] e a Mayra [Pinheiro]...", comentou o presidente. 

 

Bolsonaro comentou que a CPI tinha uma “chance ímpar” de discutir sobre o tratamento imediato. "Poderia falar de lockdown da Argentina. É de fazer inveja de Hugo Chávez. Está perdendo a chance de ser útil.  A pessoa que não dá o tratamento é um canalha. Eu tomei o remédio. Me sinto mal há poucas semanas. Quase 200 pessoas lá da presidência, tomaram aquele remédio. Esperar sentir falta de ar para procurar médico. Vou pagar com a mesma moeda. O comprovadamente científico é usar um tubo? Isso virá à tona, milhares de pessoas poderiam estar vivas", disse.

Bahia Notícias

Denunciado, Queiroz quer ser deputado federal e comenta: 'boa ideia'


Denunciado, Queiroz quer ser deputado federal e comenta: 'boa ideia'
Foto: Reprodução

O policial Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota), investigado por operar um esquema de “rachadinha” no gabinete, faz planos para a eleição de 2022 e anunciou para interlocutores que pretende disputar uma vaga a deputado federal. Segundo a colunista do UOL, Juliana Dal Piva, ele também aguarda o movimento do presidente Jair Bolsonaro que ainda não escolheu por qual partido vai disputar a reeleição. 

 

Procurado, Queiroz escreveu diretamente à coluna que considera uma "boa ideia". Na mensagem enviada, ele disse: "obrigada por me informar sobre possível candidatura a dep federal (sic), pois nem eu mesmo sabia dessa pretensão. Mas, sabe, você me deu uma boa ideia". É a primeira vez que ele responde diretamente, sem intermédio de sua defesa, a um veículo de imprensa desde a entrevista concedida ao SBT em dezembro de 2018.

 

Queiroz foi colocado em liberdade pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em março deste ano. Ele e a mulher tiveram a prisão decretada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, no ano passado, durante as investigações sobre desvio de salários no antigo gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Com isso, Queiroz foi preso na casa de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, em junho do ano passado.

 

Depois, o ex-assessor e a mulher, Márcia Aguiar, ficaram oito meses em prisão domiciliar. Ele ainda ficou um mês preso em Bangu e ela passou um mês foragida até que a defesa obteve um habeas corpus.

 

Assim que obteve a liberdade, Queiroz retomou sua rotina de alinhamento com a família Bolsonaro e de postagens favoráveis ao clã nas redes sociais. Ele também tem feito acenos defendendo as mesmas posições do presidente Jair Bolsonaro. No dia em que se vacinou, por exemplo, Queiroz postou "look down já mais" (sic). 

Bahia Noticia

Não existe nepotismo em pagamento a parentes, diz presidente do Patriota


por Thiago Resende|Folhapress

Não existe nepotismo em pagamento a parentes, diz presidente do Patriota
Foto: Reprodução/RedeTV

O presidente do Patriota, Adilson Barroso, nega que haja nepotismo no partido, apesar de o jornal Folha de S.Paulo mostrar que ao menos dez parentes dele receberam remuneração da sigla nos últimos anos.
 

Em busca de uma legenda para 2022, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), negocia a filiação ao Patriota.
 

As prestações de contas da sigla relativas aos anos de 2017 a 2020 mostram que foram destinados R$ 1,1 milhão de dinheiro público da legenda ao presidente do Patriota e para ao menos dez familiares, incluindo a atual mulher, a ex-mulher, irmãos, filha, cunhada e sobrinhos.
 

"Eu tenho poucos [parentes nos cargos]. Se eu tiver dois, três, quatro parentes no elo de um partido nacional, é muito. E, mesmo assim, está dentro da lei. O partido político, apesar de receber fundo público, é de direito privado e, portanto, não existe nepotismo", disse Barroso.
 

Ele também rebateu as acusações de que promoveu um golpe ao convocar às pressas uma convenção nacional para segunda (31), quando foi anunciada a filiação do senador Flávio Bolsonaro (RJ) e aprovado convite para que Jair Bolsonaro se filie à legenda.
 

O presidente da legenda indicou que quem for contra o presidente deverá sair.
 

Segundo Barroso, o Patriota é um partido de centro-direita. "Não é um partido de direita, para não dizerem que é um partido de extrema- direita".
 

*
 

PERGUNTA - Como foi o encontro com o presidente?
 

ADILSON BARROSO - Estive com o presidente da República hoje [terça-feira, 1º] e fui convidá-lo a participar do Patriota.
 

Ele é muito leal ao grupo dele. Ele pediu um tempo e vai sentar com todo o pessoal desse grupo. Eles vão se entender sobre o assunto e o presidente me dará uma resposta entre 15 a 20 dias.
 


 

Como começou essa negociação para tentar filiar o Bolsonaro?
 

AB - [Começou] com o Flávio. Eu fui atrás do Flávio. Encontrei com ele nos corredores do Congresso. Apresentei a possibilidade de ele se filiar ao Patriota.
 

Não tratamos já da filiação do presidente Bolsonaro, mas eu disse que eu conseguiria aprovar um convite a ele [Bolsonaro] depois ou, se não der certo tudo isso, o Patriota ainda estaria pronto para apoiar a campanha dele. Logo depois ele [Flávio] saiu do Republicanos e veio para nosso partido.
 


 

Qual a sua expectativa após a conversa com Bolsonaro?
 

AB - Eu estou otimista. Tenho a certeza de que hoje o Patriota é o melhor partido para o presidente.
 

O nome Patriota foi ele [Bolsonaro] que pediu, em 2017, quando ele tinha 3% nas pesquisas [de intenção de voto à Presidência]. Não tratamos de exigências. Não veio me pedir nada, só mesmo tempo para conversar com pessoas próximas a ele.
 


 

Por que é o melhor partido para ele?
 

AB - Porque ele já confia na nossa equipe, em nós; confia em mim, no partido. O Patriota se chamava Partido Ecológico Nacional, PEN. E mudou porque ele [Bolsonaro] que deu esse nome. Grande parte do estatuto atual foi ele e o grupo dele que fizeram, revisaram, e aprovamos em 2017. Então é o melhor por tudo isso, e porque agora o filho dele já está no partido e acredita nesse projeto.
 


 

Há meses, Bolsonaro indica que quer ir para um partido no qual ele tenha controle e possa abrigar seu grupo político. Se Bolsonaro se filiar, o que vai acontecer nos diretórios regionais? Bolsonaro terá total controle?
 

AB - Esse assunto não entrou na pauta. Acho que entrará quando já estivermos próximos da palavra final do presidente Bolsonaro.
 

Mas, se tiver alguém em algum lugar que não tem habilidade para perseverar, para fazer o Patriota crescer, essa pessoa tem de deixar a vaga. E continua quem tem essa habilidade.
 


 

O Patriota recebeu muitos políticos do MBL (Movimento Brasil Livre), que abandonou Bolsonaro. O que vai acontecer com eles?
 

AB - Se eles são contra o Bolsonaro, eles são a favor de quem, né? Isso é incrível. Hoje quem está contra o Bolsonaro ajuda o Lula a voltar. Eu não conversei com eles [MBL] ainda e o Bolsonaro não veio ainda. Temos que aguardar.
 


 

A convenção que aprovou o convite à filiação de Bolsonaro foi parar no TSE [nesta quarta-feira, o ministro Edson Fachin rejeitou o pedido de anulação da convenção que havia sido apresentado pelos adversários de Barroso]. Há diversos questionamentos sobre a reunião e o partido está rachado. O que aconteceu?
 

AB - Seria muito bom termos a união, mas só há união em lugares como Cuba e China. Em local democrático, a união vem da decisão da maioria.
 

O estatuto do partido está lá no TSE e ele deu autonomia a essa convenção. Eu não destituí ninguém. Eu cumpri o dever estatutário que eles me delegaram.
 

Se quiserem me tirar da presidência do partido, eles devem esperar até o ano que vem [quando termina o mandato e há previsão de nova eleição para o comando da sigla].
 


 

A ala adversária te acusa de ter feito um golpe para aprovar o convite a Bolsonaro sem que houvesse debate. Que golpe?
 

AB - Eles dizem que eu troquei os delegados. Esse seria o golpe. Mas dentro do estatuto está previsto que eu posso trocar os delegados dentro do meu mandato. Eles mesmos aprovaram isso.
 

Lúcifer, quando morava no céu, tentou golpear Deus. Ele achava que tinha muito poder. Mas depois foi mandado para baixo com seus anjos, com seus seguidores.
 

Da mesma forma, eles [ala adversária no Patriota] achavam que tinham esse poder. E não contavam com isso. Eles mesmos me autorizaram.
 


 

Quem ficaria na presidência do partido se Bolsonaro se filiar?
 

AB - Não adianta sofrer por antecedência. É um cargo que exige muito trabalho. Acho que ele [Bolsonaro] já tem muito trabalho no governo.
 

Para esse cargo no partido, ele precisa de alguém de confiança. E ele confia em mim.
 


 

O que mudou no estatuto após a convenção desta segunda-feira? Foi para abrir caminho para Bolsonaro e o grupo dele?
 

AB - O partido era muito concentrado talvez em duas pessoas, em mim e no Ovasco [Altimari, vice-presidente do Patriota]. Agora o partido terá bem mais membros.
 

Todos os presidentes estaduais poderão votar nas próximas convenções. O Flávio, como líder do partido no Senado, inclusive votou nessa mudança.
 


 

Qual o objetivo?
 

AB - Eu fiz democracia interna no partido, porque, para o presidente Bolsonaro vir, não podemos ter um partido concentrado em mim ou em outra pessoa.
 

Agora, as indicações para diretórios estaduais precisam ser aprovadas numa reunião com diretórios municipais. Antes, bastava uma convenção interna entre poucos membros. É bem mais democrático.
 

A ideia é fazer um partido que possa crescer e no futuro possa ter suas variações de líderes.
 


 

Por que há um grupo no Patriota que é contra a filiação do Bolsonaro ou que defende uma negociação mais lenta sobre os termos desta aliança? Há receio de perda de poder nos estados?
 

AB - Acredito que eles tenham outra ideologia. Ou eles queriam me tirar da presidência antes da hora.
 


 

As prestações de contas do Patriota mostram que foram feitos pagamentos a ao menos dez de seus familiares.
 

AB - Não tem nada ilegal. Nada ilegal feito no partido. Eu jamais contrataria alguém que não fosse formado naquela área, técnico, que não fosse bom e que não desse resultado.
 

Minha equipe é reduzida. Aliás, eu tenho poucos parentes dentro do partido. Não tenho muito, não. Eles exercem suas funções e exercem bem, senão não seríamos o partido que mais cresce.
 

Como eu iria prosperar se só tenho gente que não tem resultado?
 


 

Há alguns anos, o sr. foi contra parentes em cargos do partido. O que mudou? O que motivou essa escolha?
 

AB - Eu tenho poucos [familiares nos cargos]. Se eu tiver dois, três, quatro parentes no elo de um partido nacional, é muito. E, mesmo assim, está dentro da lei.
 

O partido político, apesar de receber fundo público, é de direito privado e, portanto, não existe nepotismo.
 

A pessoa que foi competente para trabalhar e pegar assinatura para criarmos o partido tem de estar com a gente.
 


 

Qual o perfil do Patriota?
 

AB - É um partido de centro-direita. Não é um partido de direita, para não dizerem que é um partido de extrema direita. Não podem dizer que o partido é radical.
 

É um partido também com pessoas que não entendem nada de direita nem esquerda. É um partido que pega tudo.


Bahia Notícia


Nota da redação deste Blog - Só pode ter tomado um curso sobre nepotismo com  o prefeito de Jeremoabo!

Após ser criticado por Bolsonaro, Otto rebate: 'Não sabe diferenciar o real do irreal'

Após ser criticado por Bolsonaro, Otto rebate: 'Não sabe diferenciar o real do irreal'
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

O senador Otto Alencar (PSD-BA) respondeu às críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonado (sem partido) na última quinta-feira (4), numa live realizada no Facebook. O chefe de Estado sugeriu que o parlamentar baiano fica “posando como o pai da medicina” e “humilhando mulheres” (leia mais aqui) – numa referência ao depoimento da médica Nise Yamaguchi, na última terça-feira (1º).

 

Em resposta, Otto afirmou que Bolsonaro é “fraco” e “confuso”. “Quanto às críticas feitas a minha atuação na CPI da Covid, em live, pelo presidente Jair Bolsonaro, reitero o que disse em 3 de abril do ano passado. Meu Deus, como um homem tão fraco, confuso, que não sabe diferenciar o real do irreal e com falsas crenças pode tomar por meio do voto a dianteira em um País tão maravilhoso como o nosso. Triste realidade”, disse, em nota enviada à imprensa.

 

Durante depoimento de Nise, que é defensora do uso dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento precoce contra a Covid-19, Otto, que é médico, confrontou Nise, e chegou a afirmar que ela foi leviana em pontos da defesa do tratamento precoce que, segundo entidades de saúde, não tem eficácia comprovada no combate ao novo coronavírus (leia mais).

Bahia Notícias

Terceiro Turno': Sombra de Bolsonaro racha patriota na Bahia

Terceiro Turno': Sombra de Bolsonaro racha patriota na Bahia
Arte: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

A possibilidade do presidente Jair Bolsonaro se filiar ao partido Patriota, já ventilada nos bastidores, ficou mais próxima ou mais real com a filiação do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, ao partido nesta semana. O chefe do poder Executivo do Brasil está sem um partido para chamar de seu desde 2019, quando deixou o PSL.

 

Mudanças como esta redesenham alianças. Na Bahia, a novidade em relação a Flávio, e a possibilidade de migração do clã Bolsonaro para o Patriota gerou reações das principais lideranças da sigla em Salvador, que até então marcha com o ex-prefeito da capital, ACM Neto, e que, como todo mundo sabe, tem feito críticas ao presidente.

 

Diante disso as jornalistas Ailma Teixeira, Jade Coelho e Mari Leal discutem, no episódio 80 do Terceiro Turno, as reações, mudanças e projeções para o cenário político na Bahia com a possibilidade do clã Bolsonaro integrar o Patriota.
 

Com edição de Paulo Victor Nadal, o podcast está disponível no nosso site todas as sextas-feiras, sempre às 8h10, e nas principais plataformas de streaming: SpotifyDeezerApple PodcastsGoogle PodcastsCastbox e TuneIn.

Mostrando Cristo no oxigênio, “The Economist” diz que o Brasil precisa tirar Bolsonaro

Publicado em 3 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Capa Economist

Capa da The Economist diz que Brasil enfrenta a década perdida

BBC News Brasil

Um relatório especial da revista britânica The Economist, publicado nesta quinta-feira (03/06), afirma que o Brasil vive hoje “sua maior crise desde o retorno à democracia em 1985” e atribui a maior parte dos problemas ao governo do presidente Jair Bolsonaro. A capa do relatório — que contém sete reportagens em 11 páginas — traz uma imagem do Cristo Redentor usando uma máscara de oxigênio e a manchete “On the brink” (“Na beira”).

“Seus desafios [do Brasil] são assustadores: estagnação econômica, polarização política, ruína ambiental, regressão social e um pesadelo ambicioso. E teve de suportar um presidente que está minando o próprio governo. Seus comparsas substituíram funcionários de carreira. Seus decretos têm forçado freios e contrapesos em todos os lugares”, diz o texto de abertura do relatório assinado pela correspondente do Economist no Brasil, Sarah Maslin.

HORA DE IR EMBORA – No artigo que conclui o relatório — intitulado “Hora de ir embora” — a revista diz que o futuro do Brasil depende das eleições de 2022, e que a prioridade mais urgente do país é se livrar de Bolsonaro.

“Os políticos precisam enfrentar as reformas econômicas atrasadas. Os tribunais devem reprimir a corrupção. E empresários, ONGs e brasileiros comuns devem protestar em favor da Amazônia e da constituição”, diz a revista. “Será difícil mudar o curso do Brasil enquanto Bolsonaro for presidente. A prioridade mais urgente é votar para retirá-lo do poder.”

A revista não sugere qual candidato seria o mais indicado para governar o Brasil. “As pesquisas sugerem que Lula ganharia em um segundo turno [contra Bolsonaro]. Mas, à medida que a vacinação e a economia se recuperam, o presidente pode retomar terreno. Lula deve mostrar como a forma de [Bolsonaro de] lidar com a pandemia custou vidas e meios de subsistência, e como ele governou para sua família, não pelo Brasil. O ex-presidente deve oferecer soluções, não saudades.”

‘DÉCADA DE DESASTRES’ – A publicação afirma que o Brasil já enfrentava uma “década de desastres” antes mesmo da chega do presidente ao poder, mas que agora o país está retrocedendo — com Bolsonaro e com a pandemia de covid-19.

“Antes da pandemia, o Brasil sofria de uma década de problemas políticos e econômicos. Com Bolsonaro como médico, o Brasil agora está em coma.”

A Economist argumenta que Bolsonaro não deu um golpe de Estado — como alguns temiam que pudesse acontecer —, mas possui instintos autoritários que enfraqueceram as instituições democráticas brasileiras, com suas constantes agressões.

INSTITUIÇÕES FRACAS – “Muitos especialistas disseram que as instituições brasileiras resistiriam a seus instintos autoritários. Até agora, eles provaram estar certos. Embora Bolsonaro diga que seria fácil realizar um golpe, ele não o fez. Mas, em um sentido mais amplo, os especialistas estavam errados. Seus primeiros 29 meses no cargo mostraram que as instituições do Brasil não são tão fortes quanto se pensava e se enfraqueceram sob suas agressões.”

A revista diz que Bolsonaro encerrou a investigação da Lava Jato após acusações feitas contra seus filhos — beneficiando “políticos corruptos e grupos criminosos organizados” —, não promoveu mais reformas significativas desde a reforma da Previdência de 2019 e causou danos à Floresta Amazônica, por se solidarizar com madeireiros, mineiros e fazendeiros que promovem o desmatamento.

“Ele levou uma motosserra para o Ministério do Meio Ambiente, cortando seu orçamento e forçando a saída de pessoal competente. A redução do desmatamento requer um policiamento mais firme e investimento em alternativas econômicas. Nenhum dos dois parece provável.”

CRÍTICAS AO PT – Em outra reportagem, a revista afirma que depois de uma “geração de progresso”, a mobilidade social está desacelerando no país. Segundo a revista, anos de políticas voltadas para o controle da inflação e diminuição da pobreza foram seguidos por uma “década de políticas ruins e sorte pior ainda”.

A revista critica as gestões do PT por investirem pouco em infraestrutura, abandonarem reformas pró-negócios e por adotarem políticas semelhante à substituição de importação. Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, também so criticados.

“Guedes se gabava de que seriam feitas reformas para simplificar o código tributário, reduzir o setor público e privatizar empresas estatais ineficientes. No entanto, o espírito reformista se mostrou fugaz. Bolsonaro não é muito liberal. Seu desgosto por reformas duras tornou fácil para o Congresso ignorar a agenda de Guedes.”


Depois de Pazuello ser poupado, o perigo agora é Bolsonaro pensar (?) que manda nos militares

 Publicado em 4 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Se tentar dar o golpe militar, Bolsonaro será o primeiro a ser preso

Carlos Newton

Conforme já explicamos aqui na Tribuna, não existe vazamento em assuntos do Alto Comando do Exército. A única vez que isso aconteceu foi no governo João Goulart, quando Helio Fernandes publicou um documento carimbado de “Confidencial” e a República estremeceu. Jango mandou processar Helio Fernandes no Supremo, porque se recusou a revelar sua fonte. Se fosse condenado, pegaria 4 anos de prisão. Foi uma decisão apertadíssima e o jornalista Fernandes ganhou por 5 votos a 4, numa época em que ainda havia juízes em Berlim, digo, em Brasília.

O vazamento da informação foi assumido publicamente pelo general Cordeiro de Farias, contra a vontade de Helio Fernandes, isso num tempo em que ainda havia generais em Berlim, digo, em Brasília. E não sofreu punição, porque Henrique Lott já havia se reformado e o Exército não tinha mais líder.

A HISTÓRIA SE REPETE – Como os marxistas acreditam que a História somente se repete como farsa, agora o general Pazuello também não foi punido, mas estará para sempre no anedotário nacional, que é uma condenação muito maior do que ser advertido pelo comando. Mas essa não foi a primeira farsa na repetição de casos de generais rebeldes que transgrediram as regras militares e deixaram de ser punidos.

Antecipamos aqui, desde o início, que Pazuello não seria punido, devido aos precedentes de impunidade do general Hamilton Mourão, em passado muito recente.

Em 2015, quando estava à frente do Comando do Sul, Mourão esculhambou a presidente Dilma Rousseff, que disse ter sido torturada no regime militar, e aproveitou para elogiar o coronel torturador e assassino Brilhante Ustra. Mourão não foi punido. O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, apenas trocou o cargo dele, mas o manteve no Alto Comando do Exército.

NOVA TRANSGRESSÃO – Em 2017, já no governo Temer, Mourão vestiu a farda de gala e fez palestra na Maçonaria de Brasília, onde defendeu a possibilidade de uma nova intervenção militar. E mais uma vez não foi punido. Simplesmente pediu passagem para a reserva e foi presidir o Clube Militar, de onde só saiu quando se elegeu vice-presidente. Ora, um Exército que não pune um encrenqueiro como Mourão, por que iria punir uma puxa-saco como Pazuello? Não faz o menor sentido.

Agora, a especulação da imprensa é sobre o que pode acontecer daqui para a frente. Vem aí muita conversa fiada, porque pode acontecer tudo, ou pode não acontecer nada.

É claro que existe um risco. O presidente Bolsonaro pode pensar (?) que a decisão do Alto Comando significa que ele não somente manda no Exército, como pode fazer o que bem entender, porque o ministro da Defesa, Braga Netto, é uma espécie de Pazuello com quatro estrelas.

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P.S. – 
É somente esse o perigo que corremos, porque, se houver confusão, o Exército então dará o golpe, mas expulsará Bolsonaro do Planalto-Alvorada, pois todo mundo sabe que capitão não manda em general de verdade. (C.N.)

ABI propõe a Bolsonaro que demita Salles no sábado, Dia Mundial do Meio Ambiente


Ricardo Salles passando a boiada

Charge do J. Bosco (O Liberal)

Carlos Newton

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa, jornalista Paulo Jerônimo, enviou uma carta-aberta ao presidente Jair Bolsonaro, propondo que ele demita o ministro Ricardo Salles no próximo sábado, 5 de junho, por ser Dia Mundial do Meio Ambiente.

O texto de Paulo Jerônimo, encaminhado ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira, dia 3, é do seguinte teor:

Pelo fato de o tema não ser considerado relevante pelo seu governo, talvez V. Ex.ª não tenha conhecimento de que o próximo sábado, dia 5 de junho, foi declarado pela Organização das Nações Unidas o Dia Mundial do Meio Ambiente.

A iniciativa da ONU teve como objetivo chamar a atenção para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais de nosso planeta.

Duas razões fazem do Brasil um personagem presente quando se trata hoje de meio ambiente em qualquer debate: o fato de termos em nosso território a maior parte da Amazônia, tido como o pulmão do mundo; e a política criminosa que vem sendo desenvolvida pelo governo brasileiro desde que V. Ex.ª assumiu a Presidência.

O desmatamento – que ganha contornos nunca antes vistos – é de tal monta que parece ser uma política deliberada, o que, se verdadeiro, seria um crime inominável.

Forçoso é reconhecer, por questão de honestidade, que a ABI não tem muita esperança de que algo relevante mude na política ambiental brasileira antes de 2023, quando assumirá o novo presidente.

Até lá, talvez tenhamos que nos conformar em fazer críticas, protestar e conviver com um fato vergonhoso: sempre que se debater meio ambiente no plano internacional, um país será apontado unanimemente como vilão. Este país é o Brasil.

De qualquer forma, mesmo sem grande expectativa de que nossa sugestão seja aceita, aproveitamos o Dia Mundial do Meio Ambiente para propor a V. Ex.ª que exonere o ministro Ricardo Salles.

Sim, demita esse ministro que disse ser preciso aproveitar a pandemia para “passar a boiada” e avançar na extinção das normas de preservação do meio ambiente.

Como é de conhecimento de V. Ex.ª, desde o início de seu governo ele sofria pesadas críticas devido ao seu desempenho. Mas, agora, as coisas são mais graves. O ministro enfrenta também denúncias de corrupção.

Salles é alvo de pedido de um inquérito por parte da Procuradoria Geral da República, órgão de seu governo, que fique claro. É suspeito de praticar advocacia administrativa, dificultar a fiscalização ambiental e embaraçar a investigação de infração que envolve crimes de uma organização criminosa.

A denúncia foi firmada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, e enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Sua relatora é a ministra Cármen Lúcia, tem como base a notícia-crime enviada pelo ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva ao Supremo. A acusação se relaciona com a maior apreensão de madeira da história do Brasil. Foram 226.763 metros cúbicos de madeira, num valor estimado seria de R$ 129 milhões. Segundo o delegado, teria havido interferências indevidas do ministro para proteger os criminosos.

Ricardo Salles é investigado também em outra ação no STF, pelo ministro Alexandre de Moraes, relacionada com a facilitação de exportação ilegal de madeira.

Assim, presidente, mesmo sabendo que os temas que mais lhe agradam são de outra natureza, sugerimos a V. Ex.ª esse gesto em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente: a demissão do ministro Ricardo Salles.

Tite: Jogadores da seleção brasileira que atuam na Europa não querem disputar Copa América.

 





Os jogadores da seleção brasileira se reuniram com Tite, a comissão técnica do treinador e com integrantes da diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para discutir se participam ou não da Copa América, que será disputada no país. A informação é de Bruno Cassucci, no Globo Esporte.

Segundo a Rádio Gaúcha, os atletas que atuam na Europa pediram para não jogar a competição, em consequência dos números elevados de casos e mortes por Covid-19 e o risco que o torneio pode oferecer à população.




Durante coletiva, na noite desta quinta-feira (3), Tite confirmou que estão ocorrendo “conversas internas” na seleção. Porém, não comentou sobre o desejo dos atletas.“Temos uma opinião muito clara e fomos lealmente, numa sequência cronológica, eu e Juninho, externando ao presidente qual a nossa opinião. Depois, pedimos aos atletas para focarem apenas no jogo contra o Equador.

Na sequência, eles solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta. A partir daí a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos externar isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa Data Fifa as situações vão ficar claras. Depois desses dois jogos, vou externar a minha posição”, disse Tite.

Insistência

Os repórteres insistiram com questionamentos sobre o assunto, mas o treinador não revelou mais detalhes.

“Não estou abrindo mão das respostas e estou colocando os fatos, com discernimento e sensatez que tenho. É muito importante a Copa América. Mas mais importante é o nosso jogo amanhã. É jogarmos bem, porque vamos ser cobrados, inclusive com o nosso torcedor. Ele cobra nossa posição. Temos posição clara. Mas deixa a nossa cabeça voltada para o jogo de amanhã. Entendo todos vocês e também entendo que é importante essa posição e não estou me eximindo”, acrescentou Tite.

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