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segunda-feira, setembro 07, 2020

Judiciário, Ministério Público e carreiras federais concentram supersalários no serviço público


TRIBUNA DA INTERNET | Pressão por reajuste salarial evidencia as disparidades no serviço público
Charge do Dum (Arquivo Google)
Flavia LimaOmbudsman da Folha
No dia 25, reportagem da Folha apontou que servidores públicos no Brasil concentram 6 das 10 ocupações mais bem pagas do país. O subtítulo dizia que um ajuste abriria espaço no Orçamento.
“Fala-se em servidores, mas, quando se vai ao texto, encontramos uma pequena casta do Judiciário e o pináculo do Executivo. É constrangedor”, disse um leitor. “Há uma longa discussão sobre o tema, e, sinceramente, concordo que há salários muito altos no serviço público tendo em vista a renda média do País. Mas essa discussão precisa ser mais bem qualificada”, afirmou outro.
ASSUNTO REPISADO – Não é de hoje que o jornal aborda as distorções no universo dos servidores públicos relacionadas aos altos salários pagos, sobretudo na comparação com o setor privado. Muitas vezes, no entanto, escolhe uma abordagem simplista e acusatória do tema. “Servidores”, o “setor público” ou “funcionários do Estado” formariam um grupo de marajás que arruinaria as finanças do país.
O mais curioso é que o estudo no qual se baseia a reportagem faz o oposto do que seria uma generalização. A partir de dados do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) de 2018, o levantamento, feito pela FGV Social, consegue apontar com precisão que Ministério Público e membros do Poder Judiciário ficam com 3 das 5 ocupações mais bem pagas do país. Servidores federais, como diplomatas, além de funcionários do Banco Central e de auditores fiscais, figuram entre os 10 mais bem pagos.
DEBATE AMPLO – De fato, supersalários não parecem razoáveis. E é por isso que os dados poderiam ter servido para uma discussão mais alentada tanto sobre onde, dentro do serviço público, se localizam esses supersalários (MP, Judiciário, serviço federal) como sobre o retorno que trazem para a sociedade, a fim de entender se se justificam.
Comparar o funcionalismo do Brasil com o de outros países e procurar saber por que parece ser tão difícil mexer com esses interesses são caminhos para aprofundar a análise.
O texto, porém, esgota o achado — quem compõe, afinal de contas, o topo da pirâmide no serviço público — em um único parágrafo.
MASSA UNIFORME – No restante, parece defender agenda única: volta a tratar servidores públicos como uma massa uniforme, contrastando o peso da folha de salários estatal com a necessidade de controlar as contas públicas e de ampliar a ajuda aos mais vulneráveis no pós-pandemia.
E reitera, sem ouvir voz divergente, que vantagens como estabilidade no cargo e salários mais altos justificariam a aplicação de mecanismos temporários de redução de 25% de remuneração e da correspondente jornada de trabalho em caso de descumprimento do limite de gastos públicos.
O raciocínio, com ares de revanche, parece ser este: se o setor privado foi sacrificado, por que não o setor público?
COMPENSAÇÃO – Ocorre que, no setor privado, a proposta de redução dos salários feita em razão da pandemia foi acompanhada de uma compensação para salários mais baixos.
Faria sentido propor um corte linear dos salários do serviço público? Como a redução da oferta de segurança pública, educação, saúde e pesquisa sobre o coronavírus atenderia o interesse público?
Essa discussão não foi feita. A necessidade de redução da folha de pagamentos do serviço público da União, dos estados e dos municípios parece ser um fim em si, sem que isso gere outras reflexões.
LAGO SUL – O estudo revela que, dentro do Distrito Federal, unidade da Federação com a maior renda média mensal, o Lago Sul tem renda pelo menos três vezes maior do que a de municípios inteiros com maior renda.
Ao mesmo tempo, indica também que, proporcionalmente, há mais pessoas ganhando salário mínimo entre os servidores municipais do país do que entre os empregados domésticos no setor privado — profissionais cujos salários, na média, são baixos.
Daí a imprecisão de qualquer frase que comece com “servidores no Brasil”. As generalizações serviriam a quem?
CATEGORIA AMPLA – Não aos leitores. Servidor público é uma categoria ampla que inclui de desembargadores a auxiliares de limpeza. Ter em mãos um raio-X da elite e perder a oportunidade de explorá-lo em nome de fustigar essa entidade abstrata (o “servidor público”) favorece ou o desmantelamento irrefletido, ou esse topo da pirâmide.
O debate em torno dos desafios da máquina pública, das muitas ineficiências, além dos supersalários e dos efeitos que eles têm sobre o orçamento público, tem muita relevância. A forma como essa discussão geralmente é feita pela imprensa, porém, deixa a desejar.
A cobertura jornalística tem que identificar essas assimetrias não como forma de atingir indistintamente servidores públicos, mas com foco na melhora da qualidade dos serviços prestados à população. Aqui, o interesse não pode ser pura e simplesmente economizar. Do contrário, parece birra ou desinteresse de quem nunca usou o serviço.

Fundo bilionário para os Estados motiva a briga entre Rodrigo Maia e Paulo Guedes

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Nani Humor: POR QUE O POVO MAIA DESAPARECEUIdiana Tomazelli e Jussara Soares (Estadão) /  Charge do Nani
A discussão sobre os recursos de um fundo bilionário de desenvolvimento regional é um dos principais motivos da briga entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Nos bastidores, Guedes avalia que há uma nova tentativa de “sangrar” os cofres da União e a ida de Maia ao Recife, na quinta-feira, 3, para tratar da reforma tributária com secretários de Fazenda do Nordeste, foi interpretada pelo ministro como um gesto nesse sentido.
PAPEL DE MAIA – No encontro, ocorrido pela manhã, o presidente da Câmara assumiu o papel de “árbitro” da discussão. À noite, após receber a proposta de reforma administrativa do governo Jair Bolsonaro, em Brasília, Maia anunciou o rompimento com Guedes, sob o argumento de que o ministro proibiu o diálogo dele com a equipe econômica.
O desejo de Estados do Norte e do Nordeste de usar uma parcela do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para irrigar o polêmico fundo de desenvolvimento regional abriu uma série de divergências na reforma tributária. Cálculos de governos estaduais indicam repasses de cerca de R$ 480 bilhões, em dez anos.
Secretários da Fazenda do Sul e do Sudeste avaliam, porém, que o dinheiro acabaria beneficiando apenas o Norte e o Nordeste, que reúnem bancadas relevantes no xadrez político do Congresso. Juntas, essas regiões têm 48 de 81 senadores e quase metade da Câmara – 216 dos 573 deputados.
DIVIDIR O PAÍS – “Não pode se vender a ideia de uma separação do País em dois blocos”, afirmou o secretário da Fazenda do Paraná, Renê Garcia Júnior. “Maia disse que o Congresso vai arbitrar. Mas o mais importante foi que ele concordou com o fundo. Sem o fundo, não tem como se fazer a reforma tributária, pois não vai ter mais benefícios fiscais. Como se vai viabilizar empresas no Norte e Nordeste? O grande mercado consumidor está no eixo Sudeste e Sul”, observou o secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha.
A tentativa de evitar uma nova fatura para a União, na compensação a Estados e municípios, foi um dos argumentos usados por Guedes para cortar a “ligação direta” entre técnicos da Economia e Maia. A interlocutores, o ministro tem dito que o governo não pode abrir brechas para criar “outra Lei Kandir”, que previa compensações da União a Estados pela desoneração do ICMS nas exportações e acabou se transformando em uma disputa judicial bilionária. O acordo, fechado apenas este ano, prevê repasse de R$ 65,6 bilhões entre 2020 e 2037.
MAIOR DESGASTE – Na prática, ao escancarar o confronto com Guedes e revelar até mesmo que um almoço com integrantes da equipe econômica havia sido cancelado, Maia manifestou um sentimento cada vez mais comum no governo.
As reclamações que se estendem pela Esplanada e reverberam no Palácio do Planalto são de que o ministro Guedes e seus secretários tentam impor uma agenda sem considerar os cálculos políticos do próprio presidente Jair Bolsonaro, que já desenha a sua estratégia para o projeto da reeleição, em 2022.
Guedes tem acumulado reveses nas últimas semanas e, embora ninguém no governo se arrisque a dizer que ele está de saída, a avaliação é a de que os sinais de desgaste são inequívocos.
DISCORDÂNCIAS – O homem que foi apelidado na campanha eleitoral de “Posto Ipiranga”, termo usado como sinônimo de que teria autonomia total, passou a ser contestado sem cerimônia. Embora Bolsonaro ainda diga que o apoio a Guedes é irrestrito, as decisões políticas têm demonstrado o contrário.
Em conversas reservadas, auxiliares do Planalto e ministros admitem discordâncias entre a vontade de Bolsonaro e a de Guedes, que afirma não caber a ele fazer as contas que possam afetar a popularidade do governo. As principais críticas no Planalto são as de que a Economia age sem acertar os ponteiros com os demais órgãos e ministérios, muitas vezes contrariando a determinação política do presidente e a orientação jurídica do governo.
A reforma administrativa enviada na quinta ao Congresso é citada como exemplo do descompasso entre o governo Bolsonaro e “o governo Guedes.” Prometida desde a campanha, a proposta ficou pronta no fim do ano passado, mas foi engavetada justamente porque atingia os atuais servidores, apesar da recomendação do presidente para que isso não ocorresse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– O desgaste de Guedes é coisa antiga. Na verdade, o presidente Bolsonaro não gostou de nenhuma das propostas de Guedes para as reformas da Previdência, do Sistema Tributário e da Administração Pública. Mas não substituiu os projetos porque não sabia como modificá-los e deixou as bombas no colo de Rodrigo Maia. A situação é essa. (C.N.)

O populismo de Bolsonaro, o liberalismo de Guedes e o “patriotismo” dos supermercados

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Alvaro Dias on Twitter: "O ministro Paulo Guedes ainda não desistiu de  recriar a CPMF. Vocês acham que ele vai conseguir emplacar esse novo  imposto? (Charge de Miguel para o Jornal do
Charge do Miguel (Charge Online)
José FucsEstadão
Em meio às divergências cada vez mais explícitas com o ministro Paulo Guedes sobre os rumos da economia, o presidente Jair Bolsonaro parece ter perdido de vez o constrangimento em expor suas inclinações populistas, opostas às ideias liberais de seu comandado.
Foi assim quando Bolsonaro defendeu a continuidade do auxílio emergencial de R$ 600 para os informais, contra a proposta de Guedes de incorporar o benefício ao Renda Brasil, que unificaria os programas sociais do governo, e quando ele impôs a exclusão dos atuais servidores da reforma administrativa à equipe econômica, para evitar uma eventual repercussão negativa da medida contra seus aliados nas eleições municipais.
UM DURO GOLPE – Mas agora, com o pedido para que os donos dos supermercados tenham “patriotismo” e segurem os preços dos alimentos para conter a inflação, o presidente desferiu, talvez, o seu mais duro golpe contra o “Posto Ipiranga”, cujos serviços parecem perder relevância para ele a cada dia.
Nada poderia ser mais distante do liberalismo pregado por Guedes do que atribuir aos empresários uma suposta responsabilidade pela alta dos alimentos, como acontecia nos tempos do Plano Cruzado, em meados dos anos 1980, no governo Sarney.
Guedes foi, inclusive, um dos principais críticos do Cruzado, que tentou debelar a hiperinflação com o congelamento de preços e salários, e sofreu uma represália do governo por isso, com a perda da condição de organização sem fins lucrativos pelo Ibmec, uma escola de formação executiva em finanças que ele controlava.
Na época, cidadãos investidos de súbito civismo, os chamados “fiscais do Sarney”, fechavam supermercados entoando o Hino Nacional e davam voz de prisão a gerentes e empresários acusados de burlar o congelamento. Quando a carne sumiu do mercado, porque os pecuaristas não aceitavam vendê-la pelo preço congelado, o governo determinou à Polícia Federal que realizasse o confisco de bois no pasto em algumas fazendas, para tentar normalizar o abastecimento. A empreitada até levantou a arquibancada, mas deu em nada, como se poderia imaginar.
Fiscais do Bolsonaro – Do jeito que a coisa vai, 34 anos depois, não será surpresa se logo, logo, surgirem por aí os “fiscais do Bolsonaro”, para monitorar os preços nos supermercados. Sua tropa de choque aguerrida cumpriria tal papel de forma “exemplar”.
Também não será surpresa se Paulo Guedes colocar um ponto final em seu “casamento hétero” com Bolsonaro e seguir seu caminho longe de Brasília. É só o que falta para confirmar, para quem ainda tem alguma dúvida, que a tal “conversão” de Bolsonaro ao liberalismo representou, na verdade, um estelionato eleitoral de altíssimo custo para o País.

Briga de Paulo Guedes com Rodrigo Maia é prejudicial ao governo e ao próprio país


TRIBUNA DA INTERNET | Piada do Ano! Bolsonaro exige de Guedes um  crescimento mínimo de 2% neste ano
Charge do Nani (nanihumor.com)
Pedro do Coutto
Bernardo Caran, Tiago Rezende, Danielle Brant e Daniel Carvalho, publicam reportagem na Folha de São Paulo revelando que nas últimas semanas o prestígio do ministro Paulo Guedes entrou em declínio, sobretudo quando seu projeto de Renda Brasil foi publicamente condenado por Bolsonaro.
Este projeto tinha como objetivo transferir renda de assalariados pobres para outros mais pobres ainda. Exatamente o oposto do que defendia João Maynard Keynes cuja obra Paulo Guedes citou recentemente. Mas não disse a que capítulo da obra se referia, uma vez que Lord Keynes publicou cerca de 30 livros.
Repórteres acrescentam que sua briga com Rodrigo Maia está sendo interpretada como um episódio que prejudica o próprio governo. De fato não tem cabimento na linguagem adulta que um ministro proíba o assessor de Economia Esteves Colnago e o Secretário do Tesouro, Bruno Funchal de se encontrarem para almoçar com o presidente da Câmara dos Deputados.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– O que se estranha é por que Guedes continua no governo, se Bolsonaro não gostou de nenhum dos planos apresentados por ele (Previdência, Sistema Tributário e Administração Público). O mais incrível é que Guedes não é demitido nem pede demissão(C.N.)

Guedes está sendo fritado por alertar Bolsonaro sobre impeachment se descumprir ‘regra de ouro’


Gilmar Fraga: entre frituras e privatizações | GaúchaZHCarlos Newton     Charge do Gilmar Fraga (Gaúcha/Zero Hora)
Jair Bolsonaro é um político que fez carreira com apoio de integrantes das Forças Armadas, Polícias civis e militares e Corpo de Bombeiros. Desde o início, em 1989, na Câmara de Vereadores do Rio dedicou-se praticamente a essa atividade de defender os salários e direitos dessas corporações. Era um parlamentar no estilo de Delfim Neto, Roberto Campos e Lula da Silva, que praticamente não integravam comissões nem apresentavam projetos. Em 28 anos na Câmara, Bolsonaro apresentou apenas meia dúzia de projetos, um deles, importantíssimo, sobre impressão do voto na urna eletrônica, virou lei do tipo vacina e não “pegou”.
A diferença era de que Bolsonaro de vez em quando discursava, fazia apartes desafiadores, enquanto Delfim Netto, Roberto Campos e Lula da Silva fugiam dos microfones das comissões e do plenário.
UM POLÍTICO DE VERDADE – Nessas três décadas, Bolsonaro aprendeu muito sobre o modus operandi dos políticos, aprimorou-se na arte de vender ideias e dizer exatamente o que os outros querem ouvir. Transformou-se num político de verdade, aproveitou um momento em que a política brasileira era “um deserto de homens e ideias”, como dizia Oswaldo Aranha, e lançou-se à Presidência.
Soube captou o sentimento de repulsa à política criado pela Lava Jato, beneficiou-se muito com as indecisões de Ciro Gomes, que sonhava (?) ter apoio do PT, e assim Bolsonaro ganhou uma eleições histórica, sem ter partido, dinheiro e apoio de grandes lideranças, que não acreditavam nele, como o pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC, que lhe negou legenda, inventou Wilson Witzel no Rio de Janeiro e hoje está pregando na cadeia.
Bolsonaro, que tem o nome de Messias, já afirmou diversas vezes que se considera um enviado do Deus. Até aí tudo bem, cada um com a sua crença. O que não pode é querer alterar a realidade. A
gora, o ministro da Economia, Paulo Guedes, caiu em desgraça porque teve a ousadia de avisar Bolsonaro que não se pode quebrar a “regra de ouro” do Orçamento, porque o presidente cometeria crime de responsabilidade e responderia a processo de impeachment.
A “regra de ouro” é o mecanismo constitucional que proíbe o governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes, como salários, benefícios de aposentadoria, contas de luz e outros custeios da máquina pública.
Foi para não descumprir a regra que o governo pediu ao Congresso um crédito suplementar de R$ 248 bilhões para despesas essenciais em 2021 – a serem obtidos com a emissão de títulos do Tesouro.
Guedes cometeu um erro terrível. Bolsonaro não quer ouvir notícias ruins. Daqui para a frente, o ministro vai ser torrado implacavelmente. O erro maior, porém, é do próprio Bolsonaro. Será obrigado a substituir Guedes por um ministro amestrado e complacente que o conduzirá a quebrar a “regra de ouro” e se candidatar ao impeachment antes da ansiada reeleição. E assim la nave va, cada vez mais fellinianamente.
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P.S.
 – O substituto ideal de Guedes seria Henriques Meirelles, que já provou saber enfrentar crises. Mas o presidente não pode convidá-lo, porque Meirelles foi o criador da “regra de ouro” e não aceita descumpri-la. (C.N.)

Procuradores da Lava Jato saem em defesa de Deltan Dallagnol às vésperas de julgamento no Conselhão do MP


CNMP retomará a análise de processo disciplinar relacionado a Dallagnol
Deu no G1
A Lava Jato no Paraná defendeu, neste domingo, dia 6, manifestações do procurador da República Deltan Dallagnol. Além disso, convocou colegas a acompanhar análise de processo disciplinar sobre Dallagnol. Por meio de nota, o Ministério Público Federal (MPF) ressaltou que o caso não envolve a atuação de Dallagnol em processos da Lava Jato.
“O pedido é para que Deltan seja punido pelo CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público] por manifestações realizadas em redes sociais, a exemplo de postagem em que ele se posicionou a favor do voto aberto para a escolha do Presidente do Senado”, diz um trecho da nota.
PROCESSO DISCIPLINAR – Na sexta-feira, dia 4, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a retomar a análise de um processo disciplinar relacionado a Dallagnol. Na prática, ao tomar a decisão, Gilmar Mendes suspendeu a decisão do ministro Celso de Mello, que havia paralisado a análise do caso.
“Essas manifestações de Deltan, como outras feitas, são em defesa da causa anticorrupção, em defesa da sociedade. A alegação de que isso seria uma falta funcional já foi apresentada à Corregedoria do Ministério Público Federal, analisada e rechaçada. Mesmo assim, o caso foi novamente apresentado para julgamento perante o CNMP”, diz outro trecho da nota.
A ação é de relatoria de Celso de Mello, mas o ministro está em licença médica. Por isso, o processo foi encaminhado pelo STF para o gabinete de Gilmar Mendes. A sessão de julgamento no CNMP será às 9h de terça-feira, dia 8. Na nota, o MPF convida a todos, “e em especial aos colegas do Ministério Público brasileiro” para assistir à sessão, que será transmitida na internet. Veja o link.
INFRAÇÃO – “Independentemente do resultado da sessão do CNMP na próxima terça-feira, seguimos acreditando que todos os membros do MP jamais desanimarão da virtude ou terão vergonha da honestidade”, finalizou o MPF na nota. A ação contra Dallagnol foi apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) e discute se o procurador cometeu infração disciplinar por suposta tentativa de interferência na disputa pela presidência do Senado em postagens sobre o parlamentar em rede social.
Em documento enviado ao Supremo, a defesa de Dallagnol afirmou que há irregularidades no andamento do processo, entre as quais não ter sido assegurado o amplo direito de defesa. Quando Celso de Mello suspendeu a análise do caso, o CNMP retirou o processo da pauta de julgamentos (relembre no vídeo abaixo).
SAÍDA DA LAVA JATO – Dallagnol anunciou em 1º de setembro que estava deixando a força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Ele era coordenador da operação e a chefiou desde quando a Lava Jato começou, em 2014. “Depois de anos de dedicação intensa à Lava Jato, eu acredito que agora é hora de me dedicar de modo especial pra minha família”, afirmou.
Dallagnol contou que a filha, de 1 ano e 10 meses, apresentou sinais de regressão no desenvolvimento e que, por isso, precisaria dedicar mais tempo a ela. Quem vai assumir as funções de Dallagnol é o procurador da República Alessandro José Fernandes de Oliveira. Dallagnol negou que a saída dele tenha ligação com pressões relacionadas à atuação da força-tarefa.

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