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sexta-feira, março 08, 2019

Líderes aliados afirmam que o vídeo obsceno criou uma crise desnecessária


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José Nelto, líder do Podemos, faz críticas à atitude de Bolsonaro
Leo Cavalcanti e Rodolfo CostaCorreio Braziliense
O presidente Jair Bolsonaro inseriu o governo no centro de uma crise que pode até atrapalhar a articulação política pela aprovação da reforma da Previdência. A publicação do chefe do Palácio do Planalto de um vídeo obsceno em uma rede social gerou mal-estar entre líderes dispostos a compor a base aliada. O sentimento de alguns é de que o capital político do presidente vem se reduzindo. Na prática, está em jogo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) encaminhada pelo governo pode ser aprovada no Congresso. O risco de Bolsonaro se enfraquecer, entretanto, dificulta a possibilidade de passar uma reforma nos moldes pretendidos pelo Planalto.
A insatisfação de congressistas em relação a Bolsonaro não é recente. Na reunião de líderes com o presidente, na última terça-feira, deputados alertaram para o risco de o presidente tratar a imprensa como inimiga e criar um clima de “Fla-Flu” com parlamentares da oposição, o “nós contra eles”.
EQUILÍBRIO – A manifestação do pesselista nas redes sociais só reforça a ideia de que o aviso entrou por um ouvido e saiu pelo outro. “O chefe de Estado tem que ser o equilíbrio da nação, e não alguém que vai provocar e dividi-la”, criticou o deputado José Nelto (Podemos-GO), líder da legenda na Câmara.
O controverso vídeo publicado por Bolsonaro repercutiu mal. Os líderes, termômetros do clima em suas respectivas bancadas, expressam a preocupação. “Como dar crédito a um presidente que divide a nação? A cada dia que passa, o governo fica mais refém do Congresso. O governo está sem articuladores e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se cacifa para ser o fiador da reforma. Se continuar falando bobagem, o presidente vai perder liderança e não terá aliado que vai elevar o capital político”, analisou Nelto.
COMUNICAÇÃO – A avaliação central dos líderes é de que Bolsonaro precisa construir uma comunicação de Estado, e não dividir o país. “O presidente parece que ainda está em campanha, o que não é adequado. É preciso colocar a Previdência como prioridade, e não desviar o foco entre conservadores e progressistas”, analisou o deputado Daniel Coelho (PPS-PE), líder do partido na Câmara.
O deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA), líder da legenda, endossa o coro. “É preciso se engajar no debate da Previdência e tratá-la como prioridade, e não arranhar um produto nosso, que é o carnaval”, criticou.
A polêmica não contamina a equipe econômica de Bolsonaro, mas redobrará o trabalho do ministro da Economia, Paulo Guedes. Na última semana, os líderes pediram que o presidente seja o “garoto propaganda” da reforma da Previdência. Depois da controvérsia, a avaliação da base aliada é de que caberá ao núcleo econômico convencer a sociedade. “Bolsonaro está em desprestígio não apenas com os parlamentares, mas também com os governadores”, afirmou um líder.
CONSELHEIRO – Entre aliados, a avaliação é de que o Planalto será “governado” pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. O ministro, responsável pela gestão de crise do governo, se reuniu ontem com Bolsonaro. Para congressistas, será ele o responsável por aconselhar o presidente e resgatar o prestígio com o Parlamento.
O Planalto saiu em defesa do presidente. Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência acusa o vídeo publicado por Bolsonaro de crime contra os “valores familiares e as tradições culturais do carnaval”. Comunica ainda que o presidente não quis criticar o carnaval de forma genérica e que, além dele, as imagens “escandalizam grande parte da sociedade”.
A ideia de Bolsonaro em publicar o vídeo foi se passar por um “homem do povo” com a mesma opinião do “grande eleitorado”, aponta um interlocutor. Algo próximo ao que os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor faziam.
ESTRATÉGIA DE RISCO – Marqueteiros e consultores políticos ouvidos pelo Correio alertam, contudo, para uma estratégia arriscada do capitão reformado. “É como se ele não tivesse tirado a camisa de candidato”, considera Carlos André Machado, diretor do Instituto Opinião Política, que faz pesquisas eleitorais e de avaliação de governos.
Por mais cedo que possa ser para avaliar ou mesmo identificar a estratégia de Bolsonaro, as ações são feitas a partir de monitoramento de redes sociais, que tem limites para análise de impacto e plano mais efetivo dos movimentos do presidente.
Para Machado, por mais que Bolsonaro esteja incomodado com as críticas de foliões, o foco agora é a reforma da Previdência. “Assim, o tempo é que vai dizer como o governo vai se movimentar para mostrar estratégia”, ponderou.
REDE DE PROTEÇÃO – Como no período eleitoral, Bolsonaro fala para o próprio grupo de apoiadores, que o defende no mundo digital, mas não amplia tal rede de proteção. Isso complica quando a reação parece vir de reações emocionais por causa de críticas.
Especialista em campanha digital e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP), Marcelo Vitorino diz que ainda é cedo para maiores julgamentos e até mesmo para prever como o governo sobreviverá a crises, mas não há dúvidas de que o que está em jogo é a credibilidade.
“Não creio que tudo seja uma estratégia para algo. Há nas mensagens componentes de livre manifestação. O tempo é quem vai dizer se isso é uma estratégia que possa ser prejudicial”, sintetiza.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A melhor estratégia para Bolsonaro é ficar calado e mostrar serviço. Por exemplo, se demitir o ministro do Turismo, vai ganhar pontos positivos. Como reluta em demitir, está perdendo pontos. Simples assim. (C.N.)

Em resposta às críticas de Olavo de Carvalho, o vice Mourão lhe manda ‘beijinhos’


O vice-presidente Hamilton Mourão foi irônico ao comentar as declarações de Olavo Carvalho Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
O vice Mourão é uma reserva moral do país e precisa ser respeitado
Karla GambaO Globo
Nas últimas semanas o vice-presidente Hamilton Mourão virou alvo principal de críticas de Olavo de Carvalho, guru intelectual dos bolsonaristas, em suas redes sociais. Em sua conta no Facebook, Olavo faz seguidos posts comentando falas do vice-presidente, a quem já chamou de “inimigo do presidente e de seus eleitores” e disse que ele “não estava bem da cabeça”.
Apesar das duras críticas vindas de alguém que tem referência com o público e o eleitor que o elegeu, Mourão tem evitado rebatê-las. Nesta quinta-feira, perguntado pelo Globo se ele se incomodava com as declarações de Olavo de Carvalho, Mourão riu e respondeu: “Beijinhos, pô” — disse Mourão em tom irônico, negando-se a fazer comentários sobre o tema.
PROTAGONISMO – Desde que assumiu a presidência interinamente pela primeira vez — no final de janeiro, quando Jair Bolsonaro viajou à Davos para participar do Fórum Econômico Mundial — o vice-presidente Hamilton Mourão ganhou visibilidade e assumiu um protagonismo importante dentro do governo. 
Se por um lado o presidente Jair Bolsonaro pouco fala com a imprensa e nem sempre emite opiniões sobre assuntos que estão na pauta do dia, por outro lado, Mourão não se omite a falar sobre nada. Suas opiniões fortes e muitas vezes contrárias às do próprio presidente Bolsonaro dividiram opiniões e geraram polêmicas nas redes. 
DIZ CARVALHO – A contrariedade de Olavo de Carvalho, o guru dos bolsonaristas, em relação ao vice-presidente da República, o levou a declarar arrependimento pelo apoio em Mourão, o que ele próprio classificou como uma “burrada” e disse que não se cansaria de pedir desculpas, conforme uma postagem feita no último dia 5 de março:
“O maior erro da minha vida de eleitor foi apoiar o general Mourão. Não cessarei de pedir desculpas por essa burrada” — afirmou Olavo de Carvalho em seu Facebook.  Em outras postagens recentes, Olavo se refere aos comentários de Mourão como “a ética mourânica”. Em um comentário um seguidor pergunta: “A ética mourânica é uma ética comunista, prof. Olavo de Carvalho?” e ele responde, em letras maiúsculas: “Não. É uma ética de MALUCO”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Existem grandes diferenças entre os dois: enquanto Hamilton Mourão se tornou uma estrela em ascensão, hoje Olavo de Carvalho é uma estrela cadente, que vem sendo seguidamente desmascarado, desde que o jornalista Gilberto Dimenstein escreveu em seu blog artigos demolidores sobre o “filósofo”. Mourão é uma reserva moral deste país e como tal deve ser respeitado. Desde os governos de Juscelino Kubitschek, com João Goulart, e de João Figueiredo, com Aureliano Chaves, não se via um vice-presidente com tamanho protagonismo. Quanto a Olavo de Carvalho não é mais nada, apenas um zero à esquerda, como se dizia antigamente. (C.N.)

Não existem alternativas e a democracia é o lado certo a apoiar na Venezuela


O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, discursa na Assembleia Nacional após sua volta ao país
Se houver eleições, Juan Guaidó vai ter muitos outros concorrentes
Guga ChacraO Globo
Os críticos de Donald Trump dizem que o petróleo e outros interesses econômicos dos EUA são a razão de ele apoiar uma transição para a democracia na Venezuela. Pode até ser. Independentemente dos motivos, no entanto, é positivo que o governo americano esteja contra e não a favor de ditaduras, ao contrário do suporte ao repugnante e sanguinário regime da Arábia Saudita.
O mesmo vale para Jair Bolsonaro. O brasileiro adotou o lado certo na crise da Venezuela ao defender o fim da ditadura de Nicolás Maduro. Seria grave se apoiasse um ditador, como fez ao saudar ditaduras da América Latina, inclusive ao chamar de estadista o autocrata pedófilo Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai por 35 anos.
LADO CERTO – Apoiar o jovem Juan Guaidó é estar do lado certo da História. Trump e Bolsonaro, por mais que se critiquem algumas ou muitas de suas políticas e tuítes imaturos, corretamente se posicionaram ao lado dele. O líder opositor da Venezuela, reconhecido como presidente por uma série de países, não é um populista de extrema direita ou esquerda. É um político centrista ou, no máximo, de centro-direita como Mauricio Macri, da Argentina. Longe de ter posicionamentos radicais como Viktor Orbán da Hungria.
Suas declarações são moderadas e em nenhum momento pregou a violência para derrubar o regime chavista de Maduro. O líder da oposição venezuelana organiza protestos pacíficos como observamos no seu retorno ao país. Ao deixar a Venezuela para ir para a Colômbia, muitos, inclusive eu, acharam que ele poderia se enfraquecer caso fosse preso ao retornar a Caracas. Mas Guaidó regressou, e de forma triunfal. A ditadura não teve força para prendê-lo, e milhares o receberam em comício na capital venezuelana.
OUTROS CANDIDATOS – Caso Maduro venha a ser derrubado, Guaidó tem todos os direitos de ser um dos candidatos a presidente. Embora seja uma figura nova na cena política da Venezuela, conseguiu se impor e certamente tem condições de ser um dos candidatos e mesmo se eleger. Não está claro, porém, como ele lidará com seu mentor, Leopoldo López, presidente de seu partido, Vontade Popular. Atualmente em prisão domiciliar, López sempre teve a ambição de disputar a Presidência da Venezuela.
As opções não se restringem a Guaidó e López. Se eleições democráticas fossem convocadas, Henrique Caprilles, que já disputou o cargo de presidente contra Hugo Chávez e Maduro, poderia se lançar novamente pelo centro. Haveria possivelmente candidatura de ao menos um chavista anti-Maduro na esquerda e também de figuras mais à direita e mesmo extrema direita no espectro político da Venezuela. Não seria muito distinto das eleições da França ou mesmo do Brasil.
SEM O CHANCELER – Apoiar Maduro apenas porque Trump e Bolsonaro são contra é um enorme equívoco e contribui para perpetuação da tragédia pela qual passa a Venezuela.
No caso brasileiro, corretamente o comando da estratégia para a crise em Caracas foi retirado do inexperiente e ideológico chanceler Ernesto Araújo e passado para o vice-presidente general Hamilton Mourão e setores mais preparados das Forças Armadas e do próprio Itamaraty.

Lava-Jato teme que STF mude regras para descriminalizar a prática do caixa dois


Resultado de imagem para caixa dois chargesJuliana CastroO Globo
Um caso pautado para julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 13 de março está preocupando os procuradores que atuam nas forças-tarefas da Lava-Jato. Os ministros da Corte vão definir se caixa dois e corrupção devem ser julgados em conjunto pela Justiça comum, como tem acontecido, ou pela Justiça Eleitoral. O entendimento dos procuradores é de que, caso o Supremo entenda que a atribuição é da Justiça Eleitoral, isso representará um revés para a Lava-Jato.
O caso foi pautado por conta de um recurso, chamado agravo regimental, apresentado por Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio, e seu braço-direito, o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ). O relator é o ministro Marco Aurélio.
ODEBRECHT – Pedro Paulo e Paes são alvo de investigação por corrupção e recebimento de recursos de caixa dois da Odebrecht após delações feitas pelos executivos da empreiteira. Os dois negam as acusações.
Um dos pontos levantados no pedido de Paes e Pedro Paulo é que os relatos dos delatores da empreiteira relacionam-se a supostas doações eleitorais feitas de maneira ilícita, de modo que a competência para isso, no caso de não ser mantida no Supremo (porque Pedro Paulo tem foro privilegiado), seria da Justiça Eleitoral do Rio.
Os procuradores da Lava-Jato no Rio afirmam que uma eventual decisão no Supremo Tribunal Federal determinando que caixa dois e corrupção devem ser julgados em conjunto pela Justiça Eleitoral vai abalar as investigações relativas ao ex-governador Sérgio Cabral, que poderia solicitar que seus casos fossem julgados pela instância eleitoral e não mais pela Justiça Federal.
DIZ A PROCURADORIA— “Sérgio Cabral acaba de confessar os crimes de caixa dois e corrupção. Seria um absurdo que todos os crimes praticados por ele fossem julgados pela Justiça Eleitoral, que não tem estrutura adequada para processar crimes tão complexos. Seria bem vantajoso para políticos que praticaram crimes como os de Cabral se no julgamento do STF ficar definido que os crimes conexos aos crimes eleitorais também sejam julgados pela Justiça Eleitoral” — afirmou o procurador Sérgio Pinel, um dos integrantes da força-tarefa da Lava-Jato no Rio.
Em parecer, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirma ser irrazoável o entendimento de que a Justiça Eleitoral tem competência para processar e julgar crimes federais conexos a crimes eleitorais, por conta da complexidade dos crimes federais, como os apurados na Operação Lava-Jato.
ESPECIALIZAÇÃO – Raquel Dodge salienta que eles exigem, “para o seu bom enfrentamento, não apenas estrutura adequada, mas, também, profissionais especializados”.
Na semana passada, procuradores das forças-tarefas da Lava-Jato no Rio, São Paulo, Paraná e Distrito Federal se reuniram com Raquel Dodge e o julgamento do dia 13 foi um dos pontos abordados no encontro. Os procuradores também trocaram informações que estão ocorrendo nos estados.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– A perspectiva é uma incógnita. Como dizia o juiz Moro antes de ser ministro, caixa dois é um crime grave, porque atenta contra a representação popular, ou seja, é uma agressão à democracia. Mas o Supremo virou uma salada maluca, ninguém sabe o que os onze luminares podem concluir. O voto decisivo deve ser de Alexandre Moraes. Como ele foi nomeado por Michel Temer, que é tríplice-coroado em matéria de caixa dois, pode ser que a amizade fale mais alto. Vamos aguardar. (C.N.)

Ambulância de Jeremoabo fica no prego no meio do mato por falta de combustível.






Antes de iniciar esta matéria quero em primeiro lugar fazer uma pergunta aos puxa-sacos que andam reclamando quando publico neste Blog mostrando a realidade ao povo:

Você acharia correto a senhora sua mãe ou mesmo sua esposa ou  amante, ir parir na cidade de Petrolina, ou melhor, submeter-se a um parto Cesário, e ao retornar à cidade de Jeremoabo, ficar empancada no meio da estarda e do mato, isso porque faltou gasolina na ambulância?

Essa é a dura realidade do que aconteceu com uma senhora que se deslocou até a cidade de Petrolina para parir. Lá chegando submeteu-se a um parto Cesariano, até ai vamos dizer que está tudo normal, porém, ao retornar após o ato cirurgião e, talvez até com o recém nascido, submeteu-se a esse doloroso sofrimento e constrangimento, de obrigar-se a permanecer no asfalto e no mato, mais precisamente no lugar denominado Lajes, tudo isso porque faltou combustível na ambulância.

Infelizmente atos degradantes dessa natureza veio acontecer logo no dia da mulher, mesmo assim, com todo esse sofrimento e humilhação, quero parabenizar a todas as mulheres, esperando que fatos dessa natureza jamais acontecerá em Jeremoabo.!!!

Destaque em Saúde: Bilionário morre durante cirurgia de aumento de pênis


Destaque em Saúde: Bilionário morre durante cirurgia de aumento de pênis
Um bilionário de 65 anos morreu enquanto passava por uma cirurgia de aumento de pênis. Ehud Arye Laniado era mercador de diamantes e sofreu uma parada cardíaca durante o procedimento, realizado em uma clínica particular de Paris. Segundo informações do Daily Mail, o problema aconteceu quando um líquido foi injetado no membro do paciente. Leia essa e outras notícias na coluna Saúde!

Foi ato político, diz dupla do 'golden shower' criticado por Bolsonaro


por Anna Virginia Balloussier | Folhapress
Foi ato político, diz dupla do 'golden shower' criticado por Bolsonaro
Foto: Reprodução / Instagram
?Subir num ponto de táxi, dançar ao som de um funk que diz "falei pra minha mãe que eu queria ser mulher", introduzir um dedo no próprio ânus e, depois, receber um jato de urina na nuca.

Protagonizada por dois rapazes no Blocu, cortejo que passou nesta segunda-feira (4) no centro de São Paulo, a cena foi parar na conta de Twitter do presidente Jair Bolsonaro (PSL) como exemplo de depravação carnavalesca.

Mas não foi um fervo de Carnaval, como Bolsonaro deu a entender ao tuitar no dia seguinte que, embora não se sentisse confortável em mostrar a cena, era preciso expor a verdade para a população, já que para o presidente é isso "que tem virado muitos blocos de rua no Carnaval brasileiro".

Tratou-se de um ato político-artístico "planejado com o intuito de comunicar uma mensagem de artistas" que assim se definem: "Não somos homens, somos bixas". É o que diz um manifesto da dupla por trás do número realizado no Blocu, descrito na programação carnavalesca como "um bloco com muito brilho feito para escandalizar e carnavalizar geral".

Eles anteciparam à reportagem o texto, que milita "contra o conservadorismo e contra a colonização dos nossos corpos e nossas práticas sexuais".

"O presidente, frente à enxurrada de críticas nos carnavais de todo país, preferiu produzir outra cortina de fumaça nas redes", dizem os artistas no texto após a repercussão tsunâmica do vídeo.

"Afinal, é mais importante fiscalizar o cu alheio (literalmente) que tratar de administrar o país e dar melhores condições de vida para quem precisa. E nós, a população brasileira, merecemos respeito independente das práticas sexuais, das identidades de gênero, de raça e de classe", continua o manifesto.

Os dois jovens, na casa dos 20 anos, não querem revelar a identidade por medo de represália de apoiadores do presidente, que, após publicar o vídeo, foi criticado por postar conteúdo inapropriado numa conta com mais de três milhões de seguidores e por sugerir que o Carnaval como um todo estava exemplificado na performance dos dois jovens.

Depois o presidente diria, em nota, que "não houve intenção de criticar o Carnaval de forma genérica, mas sim caracterizar uma distorção clara do espírito momesco".

Deletaram suas contas em redes sociais, dizem ter saído da cidade por não ter coragem de sair da rua, por serem facilmente reconhecíveis, e pedem que quaisquer detalhes sobre rotina e biografia sejam omitidos nesta reportagem, para dificultar a identificação deles.

O que topam revelar: a ação no Blocu integra um projeto, a Ediy, que no manifesto é descrita como "uma produtora pornográfica que trabalha a partir de corpos e desejos desviantes". O site será colocado no ar em meses, afirmam.

O texto critica a pornografia tradicional, que na visão do duo "encolhe nossa sexualidade [...] com os papéis de gênero machistas e misóginos que enxergam os corpos feminilizados como buracos". Já eles, dizem, estão "ao lado da imoralidade de vidas ditas como irrelevantes e matáveis. Somos os corpos não docilizados da escatologia social".

Já que Bolsonaro ajudou a viralizar o momento, continua o texto, "propomos uma discussão sobre práticas sexuais não hegemônicas e hegemônicas".

"Agradecemos pela divulgação e nos colocamos abertamente a favor do seu impeachment. Os ataques a direitos historicamente conquistados, a licença para matar conferida contra as populações indígenas, invisibilização de populações marginalizadas como nós LGBTTQIAN+, os ataques às mulheres cis e trans e à população negra, quilombola e com diversidade funcional o justificam. Pois estamos sendo mortas e nossos direitos sendo violados", escrevem no manifesto.

O texto termina com a hashtag #goldenshower, referência a um tuíte que Bolsonaro postou na Quarta-Feira de Cinzas perguntando "o que é golden shower?". A expressão em inglês significa o fetiche de urinar na frente de um parceiro ou sobre ele. Urofilia é o termo técnico.

Ao final do manifesto vem uma nota assinada pelos advogados Flavio Grossi e Cynthia Almeida Rosa, que representam os artistas.

Diz o trecho que o vídeo foi tuitado de forma irresponsável e carente de embasamento técnico por Bolsonaro. A performance foi feita de forma articulada e intencional em uma "festa do povo e para o povo, cultivada desde o período colonial, inclusive com notável caráter político, tendo se prestado como veículo da insatisfação popular com seus governantes em muitos momentos", afirmam.

Segundo os defensores, "a performance retratada no dito vídeo está amparada constitucionalmente e qualquer esforço em desqualificá-la, reprimi-la ou reprová-la pode ser enquadrada como ato de censura".

A reportagem questionou um dos integrantes da dupla se ele temia a possibilidade de o ato ser enquadrado como ato obsceno e se os dois se preocuparam com a cena ser vista por menores de idade, uma vez que foi realizada em ambiente público.

Um dos membros respondeu que a responsabilidade, ao compartilhar em sua rede, seria do presidente. E que produção deles não circulava em mídias tradicionais —isso até o tuíte presidencial colocá-la em evidência.

Sobre o receio de que crianças possam ter testemunhado o ato, ele afirma que a exposição para pessoas desinteressadas nesse tipo de arte foi culpa de Bolsonaro, porque o bloco onde eles estavam era declaradamente LGBTQ. Lá, aponta, a performance foi aplaudida.



ÍNTEGRA DA NOTA

"MANIFESTO GOLDEN SHOWER

Ao contrário do que disse o presidente da República, o vídeo que ele tuitou não era "um fervo imoral de carnaval". Era uma performance, ato de cunho artístico, planejado, com intuito de comunicar uma mensagem de artistas. Nossa performance, portanto, é ato político. Um ato contra o conservadorismo e contra a colonização dos nossos corpos e nossas práticas sexuais.

Nós somos a ?Edyi?, uma produtora pornográfica que trabalha a partir de corpos e desejos desviantes. O ?pornoshow é uma prática de performance, dança e pornô contra a pornografia tradicional, que coloniza e encolhe nossa sexualidade. Nossos corpos e desejos dissidentes rompem com os papéis de gênero machistas e misóginos que enxergam os corpos feminilizados como buracos. Nós estamos ao lado da imoralidade de vidas ditas como irrelevantes e matáveis. Somos os corpos não docilizados da escatologia social. Nossos desejos não dialogam com o sistema sexo-produtivo do cis-heterossexismo, masculino e branco. Em tempo: não somos homens, somos bixas.

Apesar de surpresas com a repercussão do registro da nossa performance, a pornoshow, é importante contextualizar a ação que o presidente e sua turma tiveram acesso via Twitter. Ela é uma resposta ao retrocesso moral e institucional que avança desde o dia de sua posse, porque estamos cansadas.

O presidente, frente à enxurrada de críticas nos carnavais de todo país, preferiu produzir outra cortina de fumaça nas redes. Afinal, é mais importante fiscalizar o cu alheio (literalmente) que tratar de administrar o país e dar melhores condições de vida para quem precisa. E nós, a população brasileira, merecemos respeito independente das práticas sexuais, das identidade de gênero, de raça e de classe.

Já que o presidente nos viralizou, propomos uma discussão sobre práticas sexuais não hegemônicas e hegemônicas. Não esperem que transemos para reprodução, tampouco que nos digam como devemos transar. Não estamos aqui para falar o que é certo, errado, ou impor qualquer coisa. Queremos respeito e direitos iguais.

Agradecemos pela divulgação e nos colocamos abertamente a favor do seu impeachment. Os ataques a direitos historicamente conquistados, a licença para matar conferida contra as populações indígenas, invisibilização de populações marginalizadas como nós LGBTTQIAN+, os ataques às mulheres cis e trans e à população negra, quilombola e com diversidade funcional o justificam. Pois estamos sendo MORTAS e nossos direitos sendo violados.

Mas nós já começamos e não vamos parar. Não daremos nenhum passo atrás. Para encerrar a polêmica sobre o carnaval, estamos de acordo com Leandro Vieira, carnavalesco da vitoriosa Mangueira: “O carnaval é a festa do povo, é cultura popular. Não é o que ele acha que é. Ele devia mostrar para o mundo o carnaval da Mangueira, da arte e da luta.”

#ImpeachmentBolsonaro #goldenshower #pornoLGBT+"



NOTA DOS ADVOGADOS

"O vídeo em que se exibe a prática conhecida como 'golden shower', tuitado de forma irresponsável e carente de embasamento técnico pelo Senhor Presidente da República se trata, na verdade, de uma perfomance artística ocorrida no carnaval de rua, em São Paulo. Os artistas o fizeram de forma articulada, visando um manifesto cultural, dentro dos limites da legalidade.

Cabe alertar o sr. Presidente que o Carnaval é uma festa do povo e para o povo, cultivada desde o período colonial, inclusive com notável caráter político, tendo se prestado como veículo da insatisfação popular com seus governantes em muitos momentos. Estado Democrático de Direito que –ainda– somos, a Carta da República garante, em seu artigo 5º, inciso IX, a liberdade de manifestação cultural e artística. Nesse sentido, é de se ressaltar que a performance retratada no dito vídeo está amparada constitucionalmente e qualquer esforço em? desqualificá-la, reprimi-la ou reprová-la pode ser enquadrada como ato de censura.

Diante da postura incompatível com a solenidade exigida do Presidente da República, que no Brasil acumula as funções de chefe de governo e de chefe de Estado, que infla sentimento de repúdio a LGBTs, e da repercussão dos fatos, os artistas apresentam seu manifesto.

Flavio Grossi e Cynthia Almeida Rosa, advogados, representantes dos artistas"
Bahia Notícias

Brasil de Bolsonaro e a prova que há quem goste de sadomasoquismo político


por Fernando Duarte
Brasil de Bolsonaro e a prova que há quem goste de sadomasoquismo político
Foto: Marcos Corrêa/PR
O brasileiro gosta de sofrer. É trágico ler uma afirmação como essa, mas é verdade. Desde que me entendo por gente, fala-se que precisamos mudar o Brasil através do voto. E, eleição após eleição, tudo continua a mesma coisa. A novidade é que, ao que parece, o sadismo passou a fazer parte do cotidiano. A repercussão do tweet do presidente Jair Bolsonaro sobre obscenidades no Carnaval é uma prova de que o país deixou de ser um vídeo caseiro pornô para uma produção bem sofisticada de sadomasoquismo.

Bolsonaro generalizou uma cena constrangedora de um bloco de Carnaval como se fosse regra. Ao invés de defender a moral e os bons costumes, como pregava até chegar ao Palácio do Planalto, o paladino tornou público um vídeo abjeto. Até mesmo quem não usa o Twitter acabou sendo obrigado a ver a masturbação anal e o “golden shower”. Para não perder o costume, a assessoria do Planalto reformulou a intenção do presidente: a ideia não foi uma crítica ao Carnaval como um todo, mas aos excessos cometidos por uma minoria.

O estrago está feito. A liturgia do cargo já foi há muito tempo deixada de lado e sob aplausos de muitos eleitores. Para essa parcela do Brasil, pouco importa se Bolsonaro é presidente ou não. O que importa é essa suposta “simplicidade”, que está mais próxima de falta de senso do que de respeito pela responsabilidade de comandar uma nação. Agora, que Inês é morta, o jeito é juntar os cacos e esperar que o país não degringole ao ponto de que o dedo no ânus no vídeo ou a urina na cabeça não se torne rotina para quem não gosta das práticas.

Falar em impeachment de Bolsonaro é prematuro e inconsequente. Nem o mais otimista dos brasileiros achava que ele se adequaria ao cargo como tantos outros que o antecederam. Gostem ou não, ele foi eleito presidente da República e é preciso deixá-lo exercer a função, ainda que o faça mal e porcamente. O compartilhamento de um vídeo como aquele é ridículo, como também é ver um presidente com a camisa falsa de um time numa reunião protocolar. Ou saber que um filho cujos dotes intelectuais são questionados por aliados tem mais poder do que ministros. Ou até mesmo admitir que redes sociais fazem mais pressão sobre um chefe de Estado do que a maturidade de ter vozes dissonantes participando de um órgão consultivo.

O Carnaval é um momento propício para críticas. Qualquer pessoa que passou por uma esfera de poder público sabe disso. Bolsonaro não se acostumou ainda e preferiu desviar o foco para um vídeo escatológico, que o aproxima de parte do eleitorado dele e apenas afasta ainda mais os adversários. Como a proposta dele é unir o Brasil, talvez a união pela rejeição seja um viés a ser explorado.

Nada do que aconteceu até agora surpreende. Afinal havia um quê de masoquismo no movimento “quanto pior, melhor” que se pregava antes do impeachment de Dilma Rousseff ou após Michel Temer assumir o Planalto. Agora, mais do que nunca, está mais claro que há quem goste de sofrer. Quem diria que "Brasileirinhas" chegaria a ter um tom documental sobre o momento que vivemos. Em resumo, estamos lascados...

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (8) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior, Irecê Líder FM, Clube FM e RB FM.
Bahia Notícias

Feira: Professores do município decretam greve por tempo indeterminado

Sexta, 08 de Março de 2019 - 07:40


por Francis Juliano
Feira: Professores do município decretam greve por tempo indeterminado
Foto: Divulgação / APLB-Feira
Professores da rede municipal de Feira de Santana entram em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (11). Os docentes decidiram pela paralisação em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (7). Segundo a presidente do sindicato dos docentes local [APLB-Feira], Marlede Oliveira, desde novembro não há diálogo com o prefeito Colbert Martins Filho sobre as reivindicações.

“Primeiro, enviamos um ofício. Depois, tivemos com o prefeito no dia 27 de novembro. Ele pediu 15 dias para responder. Só que a gente vai lá na prefeitura e não tem resposta. Por isso não tivemos outra alternativa senão decretar a greve para buscar essa audiência com ele”, disse ao Bahia Notícias. Na pauta, os professores cobram reformulação do plano de carreiras. “Para se ter ideia, esse plano ainda em vigor é de 1992 quando o pai do atual prefeito [Colbert Martins] era quem estava na prefeitura”, acrescenta Oliveira.

Além da atualização do Plano de Carreira Unificado, o sindicato cobra aumento de 4,17% do piso salarial de 2019, reajuste da Função Gratificada [atualmente, os diretores recebem R$ 146 pela função] e reabertura das negociações sobre precatórios, autorização para pagamento de dívidas judiciais, do Fundef [fundo de educação que vigorou até 2006 e virou Fundeb]. Os docentes também pedem o restabelecimento do convênio com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) para a formação profissional, o Profuncionário.  

Como parte das atividades, os professores da rede municipal fazem na manhã desta sexta-feira (8) uma passeata em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A concentração ocorre a partir das 8h na Praça do Nordestino. 
Bahia Notícias

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