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domingo, fevereiro 03, 2019

Bolsonaro desobedece aos médicos, tem vômito e náuseas, passa a usar sonda


O presidente Jair Bolsonaro durante a internação no hospital Albert Einstein Foto: HANDOUT / REUTERS
Bolsonaro fez questão de reassumir ainda sem ter condições
Gustavo Schmitt e Cleide CarvalhoO Globo
Após apresentar quadro de náuseas e vômito , o presidente Jair Bolsonaro (PSL) teve que usar uma sonda nasogástrica para drenar líquido acumulado no estômago. Bolsonaro foi submetido ao procedimento na tarde deste sábado, quinto dia após a cirurgia para retirada da bolsa de colostomia.
O presidente permanece internado, sem dor ou febre, e com exames normais, segundo informação do último boletim médico divulgado pelo hospital Albert Einstein.
DIZ A EQUIPE – No boletim médico, o hospital informa que Bolsonaro continua com sonda nasogástrica devido ao episódio de náuseas e vômito. Segue também em jejum e com nutrição parenteral exclusiva.
Especialistas afirmam que esse tipo de sintoma é normal após uma cirurgia do aparelho digestivo, como a que Bolsonaro foi submetido. É causado pela falta de movimento peristálticos do intestino (contrações do intestino) e é chamado de íleo paralítico. A sonda é usada para esvaziar o estômago e dar mais tempo para que o intestino se recupere e volte a ter movimentos.
PERÍODO CRUCIAL – Procurado pelo Globo, o coloproctologista Marcos Hyppolito afirmou que o período entre o quinto e o sétimo dia deste tipo de cirurgia, de religamento de alças de intestino, é muito importante na recuperação. “É quanto os médicos podem saber se a junção das partes do intestino deu certo. Os movimentos peristálticos do intestino podem ser auscultados pelos médicos” – explica.
Hyppolito afirma que, caso seja necessário, os médicos costumam pedir exame de tomografia do abdômen e da pelve para verificar a junção das alças do intestino e se há sub- oclusão. O exame pode detectar se houve deiscência (abertura da sutura) ou aderências, que podem causar distensão abdominal e acúmulo da alimentação, que podem resultar em dor abdominal,  febre e vômitos.
DESOBEDIÊNCIA – O presidente Jair Bolsonaro levou uma bronca da equipe médica que o acompanha neste sábado. O motivo foi uma reunião por meio de videoconferência realizada nesta sexta-feira com o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno.
A chamada dos médicos ainda foi além. Bolsonaro chegou a receber recomendação para não ver TV, mas desobedeceu. Acabou acompanhando a sessão para a escolha do presidente do Senado nesta tarde.
E também foi proibido de ver o jogo do Palmeiras, seu time do coração, mas estava assistindo a partida, segundo seu filho Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Fica demonstrado que foi um risco Bolsonaro ter reassumido a Presidência sem recuperar as menores condições de fazê-lo. Rebelde, ele parece não ter assessoria ou não ouvir os assessores, que jamais poderiam ter concordado com uma decisão de tamanho risco, que os médicos não recomendaram nem jamais autorizariamUm cirurgia que durou nove horas não é uma brincadeira. 
C.N) 

sábado, fevereiro 02, 2019

Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado

Oponente de Renan Calheiros recebeu 42 dos 77 votos computados


O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), de 41 anos, foi eleito presidente do Senado Federal neste sábado. Membro do baixo clero do Congresso e candidato sustentado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), essa será a primeira vez que ele ocupa o cargo. A votação acabou com 42 votos a favor dele e apenas cinco para Renan Calheiros (MDB-AL), seu principal oponente, que retirou sua candidatura no meio do processo, classificado por ele como anti-democrático. Os outros votos foram divididos assim: 13 votos para Esperidião Amim (PP-SC), três para Fernando Collor (PROS-AL), oito para Álvaro Coronel (PSD-BA) e seis para José Reguffe (Sem partido–DF).
O Senado retomou neste sábado a sessão de eleição que foi interrompida no dia anterior, e uma reviravolta se seguiu após a outra. Por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal,  Antonio Dias Toffoli, ainda na madrugada, a votação passou a ser secreta e a condução dos trabalhos foi atribuída ao senador José Maranhão (MDB-PB), que é o mais idoso do Senado. O processo ocorreu por volta das 16h00, mas teve de ser repetido. A urna recebeu uma cédula a mais, e os senadores optaram por refazer a votação. Durante o segundo procedimento, Renan Calheiros (MDB) disse que seu principal adversário, Davi Alcolumbre (DEM-AP), "virou Golias" e se retirou da disputa.
As determinações de Toffoli pelo voto secreto atenderam aos pedidos feitos pelos partidos MDB e Solidariedade, que se queixaram de que as decisões tomadas na noite de sexta-feira, quando uma votação no plenário determinou voto aberto para a eleição da presidência, iam contra o regimento interno da Casa e contra a Constituição.
O movimento do STF havia sido uma vitória de Renan, que buscava presidir a Casa pela quinta vez, em oposição ao grupo de Davi Alcolumbre (DEM-AP), apoiado por Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil do Governo Bolsonaro. Os aliados avaliavam que uma votação secreta favoreceria Renan, já que há campanha nas redes sociais contra o alagoano, investigado na Operação Lava Jato, réu em outros processos e símbolo da "velha política".
Em tese, o presidente Jair Bolsonaro se apresentou como neutro na disputa. Ele já fez acenos a Renan, que nesta sexta foi visto exibindo proximidade do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente e investigado por improbidade administrativa no Ministério Público do Rio. Por isso, a eleição no Senado era vista como decisiva para testar o poder de articulação de Onyx, uma variável importante na tramitação do pacote de reformas econômicas prometidas pelo Planalto.
Na sessão deste sábado, após decidirem que cumpririam a decisão do STF, os senadores entraram em acordo para que a votação fosse em cédula, não no painel eletrônico. Os que defendiam o sigilo do voto queriam escondê-lo a todo custo. E os que eram favoráveis ao voto aberto queriam mostrar a cédula para fotógrafos e cinegrafistas, antes de as depositarem na urna.

Três candidatos desistem de concorrer para tentar evitar vitória de Renan no Senado


Deu em O Globo
Os senadores Simone Tebet (MDB-MS), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Major Olímpio (PSL-SP) abriram mão de suas candidaturas a presidente do Senado, para tentar evitar a vitória de Renan Calheiros (MDB-AL). O objetivo é reduzir o número de candidaturas de oposição a Renan, que é favorito, para concentrar os votos contrários num nome que seja capaz de derrotá-lo.
Simone Tebet declarou votou oficialmente em Davi Alcolumbre (DEM-AP), considerado o principal opositor a Renan. No grupo de pré-candidatos contra o alagoano, Tebet e Alcolumbre eram considerados os mais fortes para enfrentá-lo.
ESTRATÉGIA – O grupo se reuniu nas horas anteriores à eleição e desenharam alguns cenários na disputa com Renan. Combinaram de “sentir o clima” do plenário antes de abrir a estratégia.
— Não tenho problema nenhum em declinar da minha candidatura a favor do senador Davi Alcolumbre, como fez o senador Alvaro Dias, como fez o Major Olímpio, porque nós estamos unidos na nossa diferença — disse. — A Presidência nunca foi um fim em si mesmo. Para mim, o mais importante é recuperarmos a credibilidade desta Casa perante a sociedade brasileira, que clama por renovação e alternância de poder.
Com isso, restam seis candidatos: além de Renan e Davi, também concorrem Fernando Collor (PROS-AL), José Reguffe (Sem partido-DF), Angelo Coronel (PSD-BA),  Esperidião Amin (PP-SC).
SEM CULPA — Eu não quero ser acusado depois de ser responsável pela eleição de Renan Calheiros — disse Alvaro Dias. — Não sou candidato a presidente do Senado. Retiro meu nome — concluiu.
Ele disse que se candidatou não por ambição, mas para ser porta-voz da “ideia da mudança”. Também se colocou contra o que chamou de “velha política”, prática que, segundo o senador, teria sido avalizada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a votação secreta para a escolha do presidente do Senado.

Mourão desconhece pressões para ser discreto e faz uma maratona de entrevistas


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Mourão atua como se fosse o “relações-públicas” do governo
Mônica BergamoFolha
As pressões para que o vice-presidente, general Hamilton Mourão, adote postura mais discreta e silenciosa não surtiram efeito. Só na próxima semana ele dará entrevista para os seguintes veículos: Bloomberg, Wall Street Journal e RTP (Rádio e Televisão de Portugal). Na semana seguinte, Mourão falará com a revista The Economist e com a agência de notícias Reuters.
Na quinta-feira (dia 1º), ele deu entrevista ao jornal El País —em espanhol, língua que, como o inglês, o vice-presidente fala com fluência.
GENTILEZA – Mourão tem atendido todos os veículos com gentileza. Ele inclusive mandou instalar uma sala para os repórteres que cobrem a vice-presidência, com ar-condicionado, café, água e tomadas para que recarreguem computadores e celulares.
A postura é oposta à do entorno mais próximo de Jair Bolsonaro, que ataca quase diariamente a mídia crítica ao governo. Na quinta-feira (dia 31), por exemplo, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, disse que “grande parte da imprensa” mente, manipula e “cria discórdias que não existe (sic)”.
Ainda Mourão: na terça-feira (dia 5), o vice-presidente viaja a São Paulo. Ele vai visitar Bolsonaro no hospital.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bolsonaro e os filhos, que se julgam uma família imperial, ainda não perceberam a extraordinária importância do vice Hamilton Mourão. Ele age, com muita maestria, como se fosse relações-públicas do governo, e está se saindo muito bem. Tratar bem os jornalistas não custa nada e faz muito bem ao governo. O vice-presidente está dando uma preciosa lição à família Bolsonaro. (C.N.)

Euclides da Cunha: Fazenda é denunciada por maus tratos a cerca de 800 jumentos


Euclides da Cunha: Fazenda é denunciada por maus tratos a cerca de 800 jumentos
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Uma fazenda em Euclides da Cunha, no nordeste baiano, foi denunciada por maus tratos contra jumentos. Segundo a prefeitura da cidade, a propriedade mantinha cerca de 800 animais sob condições degradantes. Conforme o G1, uma vistoria identificou os problemas após denúncia encaminhada à gestão local. Um laudo divulgado pelo prefeito Luciano Pinheiro (PDT) detalha que os jumentos não tinham água e alimentação adequadas.

O problema acometia tanto animais adultos como filhotes recém-nascidos. Segundo a prefeitura, os jumentos estavam fracos, abatidos e mal se aguentavam em pé. Ainda segundo a vistoria, os animais deveriam ser mantidos na propriedade temporariamente até seguirem para um abatedouro, mas, estavam há mais de 60 dias no local.

Funcionários da propriedade teriam informado que, além dos 800 jumentos encontrados vivos, outros 200 também teriam sido levados para o local, mas morreram ao decorrer dos 60 dias. Na propriedade, foi encontrada uma cova improvisada, com dezenas de corpos de jumentos.
Bahia Notícias

Justiça manda INSS incluir auxílio-doença nas aposentadorias por idade

Sábado, 02 de Fevereiro de 2019 - 09:20


por Clayton Castelani | Folhapress
Justiça manda INSS incluir auxílio-doença nas aposentadorias por idade
Foto: Reprodução / Mix Vale
A 6ª Vara Previdenciária Federal de São Paulo decidiu provisoriamente que benefícios por incapacidade sejam contados como carência para as aposentadorias do INSS.

A decisão, válida para todo o país, atende ao pedido de liminar apresentado em ação civil pública movida pelo IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).

A carência é o período obrigatório de 180 contribuições mensais -15 anos- efetivamente pagas para o órgão previdenciário. Ao cumprir a carência, o segurado pode se aposentar por idade, desde que complete 60 anos (mulheres) ou 65 anos (homens).

Para ser aproveitado na carência, o período de afastamento por doença precisa estar intercalado com contribuições.

"Isso quer dizer que o segurado que recebe alta da perícia médica da Previdência precisa fazer ao menos mais um recolhimento ou ter voltado a trabalhar com carteira assinada", explica a presidente do IBDP, Adriane Bramante.

Para o INSS, os benefícios por incapacidade, como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez, somente são contados como tempo de contribuição para segurados que já completaram a carência.

Já nas aposentadorias por tempo de contribuição, que não têm idade mínima, o trabalhador pode, por exemplo, utilizar o tempo de afastamento para cumprir o período de recolhimentos necessário para receber o benefício, que é de 30 ou 35 anos, para mulheres e homens, respectivamente.

Nessa situação, o direito é reconhecido sem a necessidade de intervenção da Justiça. Basta fazer o pedido diretamente ao INSS.

Na maior parte do país, segurados que, com base na nova decisão judicial, decidirem contar períodos de incapacidade como carência precisarão recorrer à Justiça.

O INSS só realiza essa contagem administrativamente para moradores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde o direito foi reconhecido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). A restrição a esses estados ocorre porque, ao julgar o caso, o STJ limitou os efeitos da decisão à área atendida pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

A situação no Sul do país pode indicar que a decisão da Justiça Federal paulista poderá, mais adiante, ser limitada à área de atuação do TRF-3, ou seja, a São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Decisão liminar semelhante já foi aplicada no TRF-2 (Rio de Janeiro e Espírito Santo), mas o INSS não cumpre a ordem nos postos porque ainda está recorrendo.

A AGU (Advocacia-Geral da União), por meio da Procuradoria-Regional Federal da 3ª Região, informou que foi intimada da decisão nesta sexta-feira (1º). A procuradoria da AGU disse que irá apresentar os recursos cabíveis a fim de cassar a decisão.
Bahia Notícias

Feira: Trabalhadores da Saúde vão à Câmara exigir 'CPI' sobre prefeitura e cooperativas

Sábado, 02 de Fevereiro de 2019 - 09:40


Feira: Trabalhadores da Saúde vão à Câmara exigir 'CPI' sobre prefeitura e cooperativas
Foto: Ney Silva / Acorda Cidade
Um grupo de trabalhadores da área de saúde de Feira de Santana fez uma manifestação nesta sexta-feira (1°), cobrando investigação sobre as cooperativas que atuam na saúde local. O protesto ocorreu na Câmara de Vereadores. Segundo o Acorda Cidade, o grupo era formado por enfermeiras, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, entre outros trabalhadores. Ao site, a enfermeira Milena Oliveira Coutinho cobrou a abertura de inquérito de uma “CPI” municipal – que na Câmara Federal seria uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

Conforme a enfermeira, a prefeitura se valeu das cooperativas para não chamar aprovados em um concurso público. Segundo relato, foram aprovados 104 enfermeiros, 120 técnicos de enfermagem e 44 assistentes sociais no último concurso. Ouvido também pelo site, o vereador Roberto Tourinho manifestou apoio aos trabalhadores da saúde e informou que vai dar entrada na próxima segunda-feira (4) em um requerimento para instalação de uma CPI para investigar a relação da prefeitura com as cooperativas.

Toffoli anula voto aberto e determina votação secreta na eleição do Senado


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Renan consegue o sigilo, é favorito, mas poderá até perder
Leandro ColonFolha
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidiu anular decisão do plenário do Senado pelo voto aberto na eleição para a presidência da Casa e determinou que a votação seja secreta. “Declaro a nulidade do processo de votação da questão de ordem submetida ao plenário pelo senador da República Davi Alcolumbre, a respeito da forma de votação para os cargos da Mesa Diretora. Comunique-se, com urgência, por meio expedito, o senador da República José Maranhão, que, conforme anunciado publicamente, presidirá os trabalhos na sessão marcada para amanhã (sábado)”, diz a decisão.
Segundo Toffoli, é preciso respeitar o artigo 60 do regimento do Senado, que determina votação secreta.
O RECURSO – Aliados do senador Renan Calheiros (MDB-AL) entraram à 0h deste sábado (2) com pedido no STF para reverter a votação desta sexta-feira (1º) em que, por 50 votos a 2, decidiu-se que a eleição para presidente do Senado se daria por voto aberto. O pedido é assinado pelo Solidariedade e pelo MDB.
Segundo Toffoli, o plenário do Senado “operou verdadeira metamorfose casuística” no próprio regimento.  “Ainda que tenha ocorrido por maioria, a superação da norma em questão, por acordo, demanda deliberação nominal da unanimidade do plenário, o que não ocorreu naquela reunião meramente preparatória”, diz trecho de sua decisão.
Em janeiro, Toffoli já havia revertido entendimento anterior, do ministro Marco Aurélio, que determinara que a eleição fosse aberta.
TRÊS PEDIDOS – Os aliados de Renan fizeram três pedidos: 1) que o Supremo garantisse o voto secreto, previsto no regimento da Casa; 2) que fosse anulado o processo de votação submetida ao plenário pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que resultou em maioria pelo voto aberto; e 3) que fosse reconhecido que candidatos à presidência do Senado não podem presidir as reuniões preparatórias, “por absoluta incompatibilidade, sob pena de ser declarado o seu impedimento”. O terceiro pedido mirava Alcolumbre. ​
Depois de mais de cinco horas de manobras regimentais, bate-bocas e até o “roubo” da pasta de condução dos trabalhos, a eleição que escolheria o nome que comandará o Senado nos próximos dois anos foi adiada para as 11h deste sábado (2).
O pano de fundo da confusão foi a disputa entre dois grupos pela cadeira: o de Renan, alvo da Lava Jato e presidente do Senado por quatro mandatos, e o do ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM), que tenta emplacar no cargo o até então inexpressivo Davi Alcolumbre (DEM-AP).
ALCOLUMBRE – Único remanescente na antiga Mesa Diretora do Senado, Alcolumbre foi o responsável por conduzir a sessão nesta sexta. Para Toffoli, o fato de Alcolumbre presidir a sessão que alterou o regimento e ser candidato “além de afrontar norma regimental do Senado (art. 50, parágrafo único), a indicar manifesto conflito de interesses, está malferindo os princípios republicanos, da igualdade, da impessoalidade e moralidade”.
“Penso que a submissão pelo presidente interino de questão de ordem versando a forma de votação da eleição da mesa diretora (secreta ou aberta) desrespeitou a decisão que proferi nesta suspensão de segurança”, ressaltou o presidente do STF, em referência à decisão dele de janeiro a favor do voto secreto.
“Desse modo, embora a Constituição tenha sido silente sobre a publicidade da votação para formação da Mesa Diretora (art. 57, § 4o), o regimento interno do Senado Federal dispôs no sentido da eleição sob voto fechado. Algum questionamento pode haver no caso sobre o silêncio constitucional, se teria sido ele intencional, uma vez que, em diversos dispositivos, a Constituição previu de modo expresso o sigilo de votação”, destacou o ministro do Supremo.
CONTRA RENAN – Sabidamente candidato, Alcolumbre não assumiu oficialmente essa condição e comandou manobras para tentar enterrar a candidatura de Renan.
Apesar de o regimento do Senado estabelecer que a eleição é secreta e que era preciso unanimidade para mudar essa previsão, ele exonerou o secretário-geral do Senado, Luiz Bandeira de Melo Filho, aliado de Renan, e colocou em votação proposta de votação aberta —aprovada por 50 dos 81 senadores, com 2 votos contra.
Hábil negociador de bastidores, Renan tem maior chance em votação secreta, já que muitos de seus apoiadores não querem se ver ligados a um senador alvo da Lava Jato e que, para muitos, representa a “velha política”.
JOSÉ MARINHÃO – Ficou acordado que o senador José Maranhão (MDB-PB), o mais velho da Casa e aliado de Renan, deverá conduzir a sessão. Os anti-Renan tentarão manter a decisão de voto aberto.
Maranhão afirmou não concordar com a decisão de Alcolumbre de colocar em votação a possibilidade de voto aberto. “Ele [Alcolumbre] não poderia resolver uma questão dessa natureza, fundamental, numa questão de ordem [questionamentos sobre ritos da sessão]. Você não pode reformar o regimento numa questão de ordem”, disse.
Alcolumbre afirmou, após o adiamento da sessão, que a população tem que se insurgir contra aqueles que não apoiarem a votação aberta.  ​
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Uma sessão vexaminosa. Nada mudou nem mudará. O melhor candidato para presidir era Tasso Jereissati, na minha opinião, mas desistiu. Posso estar enganado, mas Renan não tem maioria, pois 50 senadores foram a favor do voto aberto… (C.N.)

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