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quarta-feira, outubro 06, 2010

Deputado mais votado proporcionalmente promete abrir mão de salários e benefícios Milton Júnior e Leandro Kleber


Do Contas Abertas

Ao todo, apenas 11 novos deputados federais no Brasil mantêm o “segredo” de como se conquistar mais de 10% dos votos em seus estados. Antônio Reguffe (PDT-DF), por exemplo, é o candidato à Câmara dos Deputados proporcionalmente mais votado do Brasil, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. Com 266 mil votos, ele contou com a preferência de um a cada cinco eleitores do Distrito Federal (18,95%). Aos 39 anos, o candidato, apadrinhado pelo senador reeleito Cristovam Buarque (PDT-DF), se consagrou na Câmara Distrital em Brasília, onde atua desde 2006. Na Câmara Federal, Reguffe promete abrir mão dos principais atrativos para aqueles que sonham com uma vaga no Congresso – 14º e 15º salários, auxílio-moradia, passagens aéreas e verba indenizatória.

Em entrevista ao Contas Abertas, Reguffe conta que ficou surpreso com o percentual dos votos válidos no DF. “Nem no meu melhor sonho eu poderia imaginar ser o deputado mais bem votado no país. Não tenho palavras para descrever o que eu senti e a única coisa que posso demonstrar como gratidão é fazer um mandato honesto e decente, além de cumprir absolutamente tudo que prometi durante a campanha”, afirma o carioca de 39 anos.

Reguffe foi eleito deputado distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2006. No legislativo local, onde 26 deputados e suplentes foram investigados pelo Ministério Público Federal por suspeita de corrupção no escândalo do mensalão do DEM, o parlamentar colecionou desafetos ao abrir mão dos 14º e o 15º salários, de 14 dos 23 assessores e da verba indenizatória. Como deputado federal ele promete: “vou adotar as mesmas medidas em meu gabinete. Vou abrir mão dos salários extras (14º e 15º salários), do auxílio-moradia, da cota de passagem aérea e não pretendo usar um centavo sequer da verba indenizatória”, garante.

Além de reduzir os próprios gastos, o deputado pedetista pretende propor uma mudança política profunda. “Hoje, há uma crise na nossa democracia representativa. É preciso mudar esse modelo político. É preciso diminuir a distância entre representantes e representados”, acredita. Reguffe diz ainda que trabalhará com rigor na fiscalização dos gastos públicos e apresentará, ainda, projetos para propor o voto facultativo, a proibição de doações privadas e a instituição do financiamento exclusivamente público de campanha, o fim da reeleição para cargos executivos, o limite de uma única reeleição para cargos legislativos, dentre outros.

A estratégia da campanha, na avaliação do candidato, foi simples, mas cheia de entusiasmo. “Minha campanha foi simples, sem sequer ter uma pessoa remunerada, sem comitê de campanha, sem carro de som, sem um centavo de empresários e sem caixa dois. Fiz uma campanha simples, mas com muito entusiasmo e muita dedicação”.

Durante a entrevista, Reguffe também falou sobre críticas a respeito do seu antigo programa "Ideias com Reguffe", na TV Apoio, onde ele teria aceitado recursos públicos e realizado campanha antecipada para distrital. “Eu apresentei este programa durante cinco anos e meio, antes de ser distrital. A maioria esmagadora dos anúncios era da iniciativa privada, mas também tinha anúncios de governo. Mesmo assim, jamais misturei a parte editorial com a parte comercial, tanto que continuava questionando e batendo no governo à época. Aliás, isso deveria ser motivo de elogio e não de crítica”, explica o candidato, que é formado em economia e jornalismo.

Sobre a propaganda antecipada, Reguffe diz que deixou o programa em 2006, antes mesmo do prazo exigido pela lei. “A legislação eleitoral exigia que nós deixássemos o programa 70 dias antes das eleições, e eu deixei antes da convenção do partido, porque a partir do momento em que eu me colocava como candidato, já não me achava mais isento para apresentar o programa. Embora não houvesse nenhuma ilegalidade em continuar apresentando, eu tomei essa postura que, para mim, era a mais ética”, afirma.

Enquanto não assume a cadeira federal, o candidato mais bem votado do país diz que pretende cumprir com as obrigações na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Quando assumir o posto federal, garante que continuará fazendo sua parte, mas acredita não ter forças para conseguir influenciar os colegas a seguir o seu exemplo.

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Marina...vc se pintou?

"Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”, escreve Maurício Abdalla, professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.
Eis o artigo.
“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável,Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como dizLeonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilmacontra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globonunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.

Padre e bispos da CNBB-SP cometeram crime eleitoral

Padre e bispos da CNBB-SP cometeram crime eleitoral

Integrantes de ala ultra-conservadora da Igreja Católica distribuíram panfleto na saída de missas e fizeram proselitismo contra a candidata Dilma Rousseff, no dia da eleição. O bispo de Jales, Demétrio Valentini, denunciou que integrantes da Regional Sul da CNBB, entre eles o bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga (foto) articularam trama para induzir os fiéis a acreditar que o panfleto expressava posição da CNBB, o que foi negado pela direção da entidade. “A nossa instituição foi instrumentalizada politicamente com a conivência de alguns bispos”, denunciou o bispo de Jales. Prática constitui crime eleitoral punível com detenção de seis meses a um ano.

O padre Paulo Sampaio Sandes, articulado com o bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga, e um grupo de outros integrantes da ala ultra-conservadora da Igreja Católica cometeram crime eleitoral no domingo (3), dia da realização do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil. Conforme matéria de Maria Inês Nassif, publicada no jornal Valor Econômico (04/10/2010), Sandes, Gonzaga e outros elementos distribuíram propaganda eleitoral e fizeram proselitismo em espaço público valendo-se de sua condição de religiosos contra a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, que, na avaliação dos citados, seria contrária aos “valores cristãos”.

Esse tipo de prática é expressamente proibido pela legislação eleitoral brasileira. O panfleto distribuído pelos religiosos no dia da eleição é assinado pelos bispos Dom Nelson Westrupp, Dom Benedito Beni dos Santos e Dom Airton José dos Santos.

O artigo 37, da Lei n° 9.504, proíbe esse tipo de manifestação em bens de uso comum. O parágrafo 4°, do referido artigo, inclui os templos religiosos nesta categoria:

“Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pela Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil e também aqueles a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada”.


E o artigo 39, da mesma lei, afirma que:

“Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR”:

(…)

II – a distribuição de material de propaganda política, inclusive volantes e outros impressos, ou a prática de aliciamento, coação ou manifestação tendentes a influir na vontade do eleitor.

II – a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna

III – a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos, mediante publicações, cartazes, camisas, bonés, broches ou dísticos em vestuário.

III – a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos.


A matéria relata que, no dia da eleição, o padre Paulo Sampaio Sandes expôs na homilia o suposto veto da Igreja Católica brasileira a Dilma e a todos os candidatos do PT. Segundo informa Maria Inês Nassif, o padre Paulo faz parte de uma congregação tradicional que é contra, entre outras coisas, o aborto, a união civil de homossexuais e a adoção de crianças por casais de homossexuais. Na saída da missa, o padre distribuiu uma carta onde a regional da CNBB pede aos fies que não votem em candidatos que defendem o aborto, nomeando os candidatos petistas. Não foi um caso isolado.

O bispo de Jales, Demétrio Valentini (foto), denunciou que integrantes da Regional Sul, contando com a conivência de alguns bispos, articularam uma trama para induzir os fiéis paulistas a acreditarem que a CNBB nacional tinha imposto um veto aos candidatos do PT nessas eleições, o que é negado pela direção da entidade. “Estamos constrangidos, pois a nossa instituição foi instrumentalizada politicamente com a conivência de alguns bispos”, disse Valentini ao Valor.

A Regional Sul 1, que abrange as dioceses do Estado de São Paulo, recomendou que às paróquias que distribuíssem o “Apelo aos Brasileiros”, que acusa o PT de ser parceiro do “imperialismo demográfico representado por fundações norteamericanas” e de “apoiar o aborto”. Apesar do desmentido da CNBB nacional, o documento foi distribuído em diversas igrejas de São Paulo, causando, segundo a opinião de diversos analistas e da maioria dos meios de comunicação um considerável prejuízo à candidata.

Fonte: Carta Maior

Palhaçada do Genoino

Helio Fernandes

Foi uma liderança importante no PT, presidiu o partido, principalmente antes de chegarem ao Poder. Chamou José Dirceu de “perigoso e confessado stalinista”, recebeu como resposta, “não ligo, você nem sabe o que é isso”, pelo menos existia.

Veio o “mensalão”, o dinheiro na cueca (do irmão), tudo o que o atingiu. Mas não tendo sido cassado, se reelegeu deputado em 2006. Agora, cometeu a tolice de se aliar ao partido de Tiririca, já se sabia que teria mais de 1 milhão de votos. (Teve 1 milhão, 350 mil). E ainda assim Genoino não se elegeu, que derrocada.

CONFIRMAÇÃO DE TIRIRICA

O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do agora deputado “Tiririca”, alegando que ele “é analfabeto”. O juiz INDEFERIU, dizendo, “ele sabe ler e escrever, o pedido não se justifica”.

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

Propostas, já!

Carlos Chagas

Para Dilma Rousseff e José Serra será bobagem ficar atrás dos votos de Marina Silva mais ou menos como um bebê espera a mamadeira, ou seja, chorando. O que estão devendo são propostas de governo. Diretrizes e projetos que não explicitaram como deveriam, na campanha do primeiro turno, tornam-se agora essenciais para o sucesso de um deles, no segundo. Coisa grande, profunda, em condições de mudar a vida de todos nós.

Não deu para o gasto falar na criação de seis mil creches em todo o território nacional, ou prometer o aumento do salário mínimo para 600 reais. Deveriam, os dois candidatos, voltar-se para lições do passado. Getúlio Vargas elegeu-se em 1950 quando pontualmente anunciou a criação da Petrobrás e a ampliação dos direitos trabalhistas. Juscelino Kubitschek, quando sustentou a implantação de Furnas, Três Marias, da Belém-Brasília e da própria nova capital. Aquelas mensagens tiveram começo, meio e fim, envolvidas em slogans como Energia e Transporte ou O Petróleo é Nosso, atingindo a alma do eleitor.

Novos objetivos capazes de sensibilizar a população não faltam, acima e além de ficar prometendo continuar a obra do presidente Lula ou afirmando ser o candidato “Do Bem”.

Que tal anunciar intensa campanha para em quatro anos tornar o Brasil auto-suficiente na produção de trigo para fazermos o nosso próprio pão, em vez de importarmos milhões de toneladas da Rússia? Por que esquecer, como fizeram até agora, a exploração imediata do pré-sal? Seria anacronismo lembrar a importância da volta à estabilidade no emprego e do salário-família, compensação para a redução de impostos nas folhas de pagamento das empresas? Rever as privatizações contrárias à soberania nacional ou demonstrar a oportunidade com que foram feitas? Interligar o país com ferrovias cujas obras, até agora, arrastam-se a passos de tartaruga, servindo apenas para governantes tirarem fotografias? Apresentar um elenco de projetos detalhados para mudar a Constituição e o Código Penal, de forma a não deixar fora da cadeia um só criminoso de colarinho branco?

Essas e outras propostas seriam capazes de eletrizar o eleitorado e decidir uma eleição que promessas capengas e formuladas em pílulas não decidiram no primeiro turno. Será que falta coragem, grandeza ou sensibilidade aos dois candidatos?

SÓ DEPENDE DO SUPREMO

Depende do Supremo Tribunal Federal acabar com a confusão sobre a validade da lei ficha limpa e dar destino aos milhões de votos conquistados por 208 fichas sujas nas eleições de domingo. Basta um ato de vontade para fazer entrar em pauta um dos múltiplos recursos de candidatos que tiveram negados seus registros mas puderam ser votados. Filigranas jurídicas e ausência de prazo para a mais alta corte nacional de justiça dirimir essa dúvida fundamental transformaram-se numa caixa preta cada vez mais difícil de ser aberta, dado o empate de 5 a 5 entre seus ministros, na apreciação da matéria.

Só como piada pode-se aceitar o raciocínio de que, para decidir, o Supremo deve esperar a nomeação, pelo presidente Lula, do décimo-primeiro ministro do Supremo. Até porque seria delegar a solução do impasse ao chefe do governo, abdicando o Poder Judiciário da maior de suas atribuições, no caso, de interpretar a Constituição. Quem o Lula convidasse para desempatador chegaria ao plenário com a decisão tomada e conhecida, quem sabe até pelo palácio do Planalto.

AUMENTARÁ A ABSTENÇÃO?

Admite-se uma convenção extraordinária do Partido Verde visando decidir para quem irá a maioria dos votos conquistados por Marina Silva no primeiro turno. Pode ser que não adiante nada, que os nossos caciques ambientalistas se dividam entre Dilma e Serra. Também, se mesmo por milagre, em uníssono, os convencionais optassem por um dos dois candidatos, qual a garantia de que os eleitores de Marina cumpririam a decisão?

Enquanto os verdes não se decidem, aumenta o risco de abstenção por parte dos que votaram na senadora acreana. Não quiseram nem Dilma Rousseff nem José Serra, por isso escolheram Marina. Poderão continuar não querendo.

A abstenção domingo passado chegou a 24,6 milhões de eleitores. Como a terceira candidata recebeu quase 20 milhões de votos, já imaginaram se resolvem agregar-se? Claro que jamais 40 milhões de ausentes, mas 30 já seria um desastre.

SOBRE A VONTADE TRAIR

Dizia o senador Benedito Valadares, de Minas, que “em eleição secreta dá uma vontade danada de trair…” Já imaginaram se no próximo dia 31 os eleitores do DEM resolverem votar na Dilma ou votar em branco para vingar-se das tentativas do alto tucanato de livrar-se do insípido candidato a vice, Índio da Costa? Porque esta semana a hipótese chegou a prosperar, mesmo condenada pelo ex-governador de São Paulo. Poder, pode. A lei eleitoral admite a retirada de candidatos e sua substituição, às vésperas da eleição, por impedimento físico ou vontade pessoal.

O principal argumento para a manutenção do silvícola na chapa oposicionista foi precisamente baseado em Benedito Valadares: mandar o candidato a vice de volta para a selva seria abrir a possibilidade de perder preciosos votos do partido aliado. Traição com traição se paga…

Fonte: Tribuna da Imprensa

Uma eleição sem resultado, e não se sabe até quando

ndefinição do STF sobre validade da Lei da Ficha Limpa impede o país de conhecer de fato os deputados e senadores eleitos em 3 de outubro
Gervásio Baptista/STF
A indefinição do STF sobre a Lei da Ficha Limpa levou a uma situação inusitada: não se sabe, de fato, o resultado da eleição realizada no último domingo

Rudolfo Lago e Sylvio Costa

É comum em filmes de terror. Depois de uma luta renhida, o herói acha que finalmente matou o monstro. Dá um suspiro de alívio, abraça a mocinha e dá as costas. E então o monstro levanta e reaparece para atacá-lo novamente.

Pela ação – ou melhor, pela falta de ação – dos ministros do Supremo Tribunal Federal, a eleição do último domingo ficou bem parecida com esses filmes de terror. O filme não terminou ali. A indefinição dos ministros do STF quanto à validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições deste ano faz com que boa parte dos resultados anunciados seja, na verdade, incerto. Tudo pode mudar dependendo da decisão final que for tomada pelos ministros.

Dos 242 candidatos que a Justiça eleitoral inicialmente barrou por conta da Lei da Ficha Limpa, 77 resolveram não recorrer e deram o assunto por encerrado. Nada menos que 165 candidatos recorreram da decisão e ainda estão com a candidatura sub judice. Vários deles obtiveram votos que os elegeriam. E a votação dos candidatos indeferidos ficou próxima de 9 milhões de votos, o que representa quase um décimo do total de votos computados no último domingo.

Por enquanto, os votos dados para esses candidatos foram considerados nulos, já que a última decisão tomada com relação a eles, por algum tribunal regional eleitoral (TRE) ou pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi o indeferimento da candidatura. Se, porém, o STF ao final resolver que a Lei da Ficha Limpa não valeu para as eleições deste ano, os votos que esses candidatos receberam serão validados, alterando todo o resultado anunciado das eleições deste ano.

A incógnita no Senado

A indefinição do STF torna impossível saber quais foram os senadores eleitos em três estados: Pará, Paraíba e Amapá. Em todos eles, há candidatos indeferidos que poderiam se eleger para o Senado.

O caso mais enrolado é o do Pará. Lá, o senador mais votado foi Flexa Ribeiro (PSDB). Mas o segundo foi Jader Barbalho (PMDB). Neste momento, a candidatura de Jader está indeferida, com base na Lei da Ficha Limpa, porque ele renunciou ao mandato de senador para escapar de um processo disciplinar que investigaria o seu envolvimento em corrupção na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

Se a candidatura dele vier a ser aceita, Jader entra e tira do Senado Marinor Brito (Psol), em tese a eleita. Marinor, contudo, foi a quarta mais votada. Perdeu também para Paulo Rocha (PT), outro candidato que está hoje indeferido com base na Lei da Ficha Limpa.

No caso do Pará, há ainda um outro rolo. Anulados os votos dados a Jader e a Paulo Rocha, os demais candidatos obtiveram menos que a metade mais um dos votos válidos. Alguns especialistas em legislação eleitoral defendem que, nesse caso, deve haver no Pará outra eleição para senador. “Isso é uma situação inédita. Eu mesmo não sei como o TSE ao final vai resolver a questão”, disse ao Congresso em Foco o ex-ministro do TSE Torquato Jardim.

No Amapá, João Alberto Capiberibe (PSB) foi o segundo mais votado para senador, mas também está com o registro indeferido em razão da Lei da Ficha Limpa. O mesmo ocorreu com Cássio Cunha Lima (PSDB), o mais votado para o Senado na Paraíba.

A indefinição do STF

Para refrescar a memória, voltemos ao que aconteceu no STF. Argumentando que a Constituição Federal impediria a aplicação da Lei da Ficha Limpa às eleições de 2010, o então candidato barrado Joaquim Roriz, que disputava pelo PSC o governo do Distrito Federal, recorreu ao Supremo.

Como o STF está apenas com dez ministros (o 11º ministro, Eros Grau, aposentou-se em agosto, e até agora o presidente Lula não indicou um substituto), havia a possibilidade de um empate, que acabou acontecendo. Deu 5 a 5 no julgamento do recurso de Roriz.

O presidente do STF, Cezar Peluso, não conseguiu, na mesma noite, encontrar um meio de definir a situação e proclamar um resultado. Sua intenção era colocar em votação a questão. A sessão já entrava pela madrugada do dia seguinte. A ministra Ellen Gracie, então, sugeriu um adiamento, pelo adiantado da hora. Peluso queria prosseguir no dia seguinte, uma sexta-feira, mas alguns ministros alegaram que tinham compromisso. Resultado: no dia seguinte, Roriz renunciou à sua candidatura, em favor da sua mulher, Weslian.

Na semana seguinte, quando o STF retomou a questão, proclamou que o julgamento estava prejudicado pela desistência de Roriz. A questão ficou sem definição. Resolveu-se que só poderia ser definida quando algum outro recurso chegasse à corte, o que não aconteceu antes da eleição.

Incerteza total

O resultado é que persistem muitas dúvidas sobre quem foi de fato eleito no domingo. Se o problema ocorre no caso de o STF decidir invalidar a lei, acontece também se o Supremo validá-la.

Por exemplo, Anthony Garotinho (PR) disputou a eleição para deputado no Rio de Janeiro porque conseguiu uma liminar que impediu que sua candidatura fosse indeferida. Se a decisão final for pela validade da lei neste ano, seus votos podem ser anulados. Garotinho foi o deputado federal mais votado do Rio, com quase 700 mil votos. Pelas regras do voto proporcional, puxou outros deputados com ele, isto é, ajudou a eleger outros deputados. Se Garotinho sair e sendo os seus votos anulados, os deputados que ele puxou sairão também, alterando a formação da bancada do Rio.

O oposto também acontece. Se a lei for invalidada, passarão a contar os 497.203 votos dados em São Paulo ao deputado federal e candidato à reeleição Paulo Maluf (PP), votos estes até agora não contabilizados oficialmente pelo TSE. Isso porque, diferentemente de Garotinho, Maluf disputou a eleição com o registro indeferido. Como se pagasse para ver. Ou seja, primeiro, ele tentou conquistar os votos necessários para se eleger. Depois, precisa provar na Justiça que poderia disputar a eleição.

Os votos de Maluf são suficientes para elegê-lo. O problema é que, se sua candidatura for afinal aceita pela Justiça, toda a distribuição das cadeiras de deputado federal em São Paulo terá de ser recalculada.

O quociente eleitoral

Complicado, não? No caso das eleições para deputado (federal ou estadual), a complicação se dá por conta do sistema que é usado, o sistema proporcional. Ele define a eleição de cada parlamentar pelo chamado quociente eleitoral, que é a divisão entre o total de votos válidos – isto é, todos os votos apurados menos votos nulos e em branco –e o número de vagas existentes.

Um exemplo: em São Paulo, sem contar a votação de Maluf, houve aproximadamente 21 milhões de votos válidos para deputado federal. O estado tem direito a 70 vagas na Câmara dos Deputados. Assim, o quociente eleitoral é igual a 21 milhões por 70, o que dá algo próximo de 300 mil votos. Contando os votos de Maluf (500 mil), o quociente eleitoral aumenta em 7 mil votos.

Pode parecer pouco, mas isso altera o resultado geral da votação, já que as frações de votos que cada partido ou coligação obtém acima do quociente eleitoral – também chamadas de “sobras” de legenda – são levadas em conta para determinar a eleição de deputados. Muito provavelmente Maluf não apenas se elegeria como também “carregaria” mais um deputado com ele. Ou seja: dois candidatos de São Paulo

E casos semelhantes aconteceram pelo Brasil afora. No Amapá, por exemplo, a candidata mais votada para a Câmara dos Deputados, Janete Capiberibe (PSB), disputou a eleição com o registro indeferido.

Para piorar, há outros casos que precisam ser julgados, que nada têm a ver com a Lei da Ficha Limpa, como indeferimentos por falta de documentação ou de cumprimento de pré-requisitos legais.

O maior exemplo é o da candidatura de Tiririca (PR-SP). Segundo o Ministério Público Eleitoral, ele é analfabeto – o que, se confirmado, lhe retira o direito de se candidatar – e forjou documento para provar que sabe ler e escrever. Tiririca, o deputado federal mais votado no país no último dia 3, obteve 1,3 milhão de votos. Com ele, foram eleitos outros três deputados da sua coligação. Se sua candidatura for indeferida, os três saem também. E será preciso fazer um novo cálculo para saber quem entra no lugar.
Fonte: Congressoemfoco

Recurso de Jader Barbalho é enviado ao Supremo

Mário Coelho

O recurso extraordinário apresentado pelo candidato ao Senado pelo Pará Jader Barbalho (PMDB) foi encaminhado nesta terça-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de estar com o registro de candidatura indeferido, ele teve 1.799.762 votos, número suficiente para abocanhar a segunda vaga no estado. A remessa ao Supremo foi determinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski. O recurso não tem data para ser julgado.

Candidatos barrados receberam 8,9 milhões de votos

Mesmo antes do recurso chegar ao Supremo, o Ministério Público Eleitoral (MPE) já se manifestou. A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, posicionou-se contra o deferimento do registro de candidatura do peemedebista. Para Cureau, ao renunciar ao mandato de senador, em 2001, Jader teve o objetivo de esquivar-se de possível cassação. Por isso, ele teve a inscrição barrada duas vezes pelo TSE.

Nova eleição

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) afirmou hoje, por meio de nota oficial, que “é prematuro se pensar em novo pleito” para os cargos de senador no Pará. No estado, 57% dos votos para o senado estão anulados porque Jader e Paulo Rocha (PT), respectivamente segundo e terceiro colocados, tiveram os registros de candidatura negados com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10).

A nota informa que o tribunal irá se reunir na próxima semana para discutir o tema, mas que irá aguardar as manifestações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a questão. “O TRE do Pará, independentemente do resultado e dos debates a serem realizados, está preparado para cumprir os dispositivos legais do Código Eleitoral”.

Fonte: Congressoemfoco

Nos jornais: PSDB e PT já articulam cerco a Marina

Folha de S. Paulo

PSDB e PT já articulam cerco a Marina

Aliados de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) começaram o cerco para tentar atrair o apoio de Marina Silva (PV) no segundo turno da eleição. As duas campanhas escalaram emissários para abrir as conversas em nome dos presidenciáveis.

Ontem, a senadora deu novos sinais de que pretende se declarar neutra. Ela trava disputa com a direção do PV para impedir uma adesão imediata da sigla a Serra. Marina recebeu ligações dos dois candidatos, mas não quis marcar reuniões com eles.

O PSDB escalou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para iniciar uma aproximação. Do lado petista, a tarefa caberá ao governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner, e aos irmãos Tião e Jorge Viana, do Acre.
Os tucanos contam com o esforço de dois aliados no PV: o candidato derrotado ao governo do Rio, Fernando Gabeira, e o secretário do Meio Ambiente da prefeitura de São Paulo, Eduardo Jorge.

Ontem, Gabeira declarou voto em Serra e disse que conversará com Marina sobre o assunto, mas "sem a intenção de convencê-la". A estratégia tucana é esperar que FHC quebre as resistências da senadora a Serra. A relação dos dois chegou ao pior momento no debate da TV Globo, quando o tucano a acusou de ter participado do "governo do mensalão".

Senadora muda tática para enfrentar direção do PV

Sem maioria na Executiva Nacional do PV, Marina Silva adotou nova tática para ganhar força na queda de braço com o comando da sigla, que se inclinava a declarar apoio imediato a José Serra (PSDB).

Depois de propor no domingo uma "plenária" com intelectuais e apoiadores de fora do PV, ela defendeu ontem que a decisão seja tomada por uma "convenção nacional" do partido, a ser convocada em até 15 dias. Marina disse que anunciaria sua decisão após o encontro, sem deixar claro se acataria a decisão aprovada.

Influência de verde no segundo turno será relativa, afirmam especialistas

A análise das eleições presidenciais desde 2002 indica que Marina Silva (PV) herdou votos de dissidentes tucanos e petistas e que a ascendência da candidata sobre esse eleitorado no segundo turno deve ser relativa, afirma o cientista político Cesar Romero Jacob, da PUC-RJ.

A influência do PV, que não conseguiu aumentar sua bancada federal (de 14 deputados) apesar da votação de Marina, tende a ser menor ainda, diz Jacob, autor de "A Geografia do Voto nas Eleições Presidenciais: 1989-2006".

"Tirando 1989, quando Leonel Brizola transferiu os votos maciçamente para Lula no segundo turno, não existe outro caso parecido. Em 2002, Ciro Gomes e Anthony Garotinho tiveram juntos cerca de 30% dos votos no primeiro turno e recomendaram voto em Lula, mas metade foi para o Serra", afirma.

PT estuda tirar aborto de programa para estancar queda de Dilma entre religiosos

Acuado pela perda de votos de evangélicos na reta final do primeiro turno, o PT ensaia deixar de lado a defesa programática da descriminalização do aborto e já planeja retirar a proposta do programa do partido, aprovado em congresso.

A medida deve ser discutida em reunião da Executiva do PT, como forma de responder aos rumores contra a candidata à Presidência, Dilma Rousseff, apontados como o principal motivo para o crescimento de Marina Silva (PV), contrária à legalização do aborto, e a consequente ida da disputa presidencial ao segundo turno.

O primeiro contra-ataque partiu do secretário de Comunicação do PT, André Vargas. "O Brasil verdadeiramente cristão não votará em quem introduziu a pílula do dia seguinte, que na prática estimula milhões de abortos: Serra", disse em seu Twitter.

CNBB promove campanha em "defesa da vida"

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) entrou no debate sobre o aborto, que pautou a reta final da disputa presidencial, e lançou campanha "em defesa da vida".

A campanha visa reforçar a posição contrária da igreja e reunir forças em torno da "defesa da vida". "Diante de tantas ameaças que atualmente a vida vem sofrendo é nossa missão reafirmar sua importância inestimável", diz a entidade, no site da Pastoral Familiar.

Serra causou polêmica ao normatizar aborto

Em 1998, quando era ministro da Saúde, José Serra foi acusado de atender a grupos pró-aborto por normatizar a realização do aborto nos casos previstos em lei (risco de vida para a grávida ou gravidez após estupro).

Mesmo permitido desde 1940, poucos serviços públicos faziam o aborto. A normatização deu respaldo político e técnico para que mais hospitais o realizassem.

Para que servem as pesquisas?

A realização do segundo turno entre Dilma e Serra não surpreendeu os que se pautaram pelos números do Datafolha. Desde a primeira pesquisa feita após o escândalo Erenice os resultados do instituto mostraram a diminuição gradual da vantagem da petista sobre a soma dos demais candidatos, a continuidade da onda verde, a estabilidade de Serra e o crescimento da chance de haver segundo turno. Na véspera da eleição, o instituto mostrou que Dilma atingia seu menor índice dos últimos 50 dias.
Todos os veículos que divulgaram as pesquisas do instituto puderam mostrar durante a semana passada o crescimento da chance de haver segundo turno. Até a véspera da eleição apenas o Datafolha possibilitou essa análise, que contrariava todas as outras projeções.

Marina teve voto religioso e de classe média

Voto conservador ligado a valores morais e religiosos e bom desempenho entre as classes médias e entre eleitores de periferias de grandes centros urbanos impulsionaram a candidatura de Marina Silva (PV) no primeiro turno da eleição presidencial.

Nas capitais, Marina venceu em Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília e ficou em segundo no Rio, em Salvador, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Manaus, São Luís, João Pessoa, Teresina, Porto Velho, Boa Vista e Palmas. No total nacional, a candidata do PV obteve o 3º lugar com 19,33% votos, atrás da petista Dilma Rousseff (46,91%) e do tucano José Serra (32,61%).

Na reta decisiva, internet parece ter produzido ruído eleitoral

Se não foi capaz de amenizar totalmente a sensação de irrelevância da internet no processo eleitoral brasileiro, a última semana de campanha exibiu ao mesmo tempo o lado bom e o mais baixo da rede que conecta pessoas.

Ainda que restrito a redes sociais específicas (como Twitter e Facebook), é impossível não notar que o movimento a favor de Marina Silva (a "onda verde") se acentuou na web precisamente no momento em que a candidatura da verde, enfim, decolou e saiu da estabilidade.

Simultaneamente, ressurgia a velha tática de fazer emergir fatos, agora via e-mail e Orkut, principalmente, associando a candidata petista Dilma Rousseff a uma suposta disposição de relaxar os dispositivos legais que coibem o aborto no país, assunto que provoca urticária no eleitorado religioso.

PF investiga uso de R$ 1,8 mi em RR para compra de votos

A Polícia Federal em Roraima investiga a origem e o destino de mais de R$ 1,8 milhão apreendidos sob suspeita de compra de votos no período eleitoral no Estado.

Desse total, R$ 1,1 milhão tem relação direta, segundo a polícia, com o candidato reeleito Romero Jucá, líder do governo no Senado. A PF suspeita que esse dinheiro venha de "contratos e licitações para as áreas da saúde e infraestrutura desviados para a campanha".

"Aqui quem ganha eleição é quem tem dinheiro para comprar voto. A verdade é essa, eu não vou esconder", diz o superintendente da PF em Roraima, Herbert Gasparini.

Dos Sarney a Tiririca

SÃO PAULO - Deve-se a Luiz Inácio Lula da Silva a vitória em primeiro turno da governadora Roseana Sarney (PMDB), representante da oligarquia mais longeva e característica da política brasileira. O gesto de Lula, que obrigou o PT local a hipotecar apoio à família Sarney, foi decisivo para que Sinhá passasse raspando: 50,08% dos votos na capitania hereditária do Maranhão.

Em eventual segundo turno, que a ação de Lula impediu, Flávio Dino (PC do B) teria grande chance de vencer com o apoio de Jackson Lago (PDT). Este é, sem dúvida, um aspecto periférico do resultado eleitoral de anteontem, mas é também revelador de um aspecto central da liderança de Lula, que o petismo trata com desdém ou finge ignorar.

Parente de senador diz que PF "informa errado" e nega acusação

"Acho que a Polícia Federal está informando errado", disse o deputado estadual eleito, Rodrigo Menezes Jucá (PMDB) sobre a apreensão de dinheiro da coligação feita pela Polícia Federal. Ele foi o único membro da família Jucá a dar entrevista sobre o assunto ontem.

Rodrigo Menezes Jucá negou que estivesse no escritório do senador Romero Jucá quando o empresário Amarildo Freitas diz que recebeu R$ 100 mil. "Ainda não fui comunicado de nada, não sei sobre esse assunto e não estava presente [no escritório]", disse.

Prefeitura suspeita de dívida de R$ 200 mi

A Prefeitura de Dourados (MS) protocolou no STJ (Superior Tribunal de Justiça) um relatório das suspeitas levantadas pela Polícia Federal de uma negociação irregular envolvendo a dívida de R$ 200 milhões contraída com o extinto Banco Pontual.

O documento foi anexado a um recurso movido pelo município que contesta o valor da dívida, proveniente de empréstimo de US$ 2,5 milhões feito em 1996 para fazer um centro administrativo. O débito está hoje em nome da Cobracon Cobrança, Consultoria e Assessoria Jurídica Ltda, que adquiriu o crédito no banco.

Aliados querem volta de Lulinha paz e amor

Durante reunião ontem com a candidata Dilma Rousseff, governadores eleitos criticaram o tom agressivo adotado na reta final da campanha pelo presidente Lula e recomendaram a volta do "Lulinha paz e amor".

Segundo a Folha apurou, vários governadores eleitos disseram no encontro que a agressividade de Lula fez Dilma perder votos na classe média. Para eles, o eleitorado quis dar um "susto" no governo Lula por conta de uma posição arrogante adotada pelo presidente na fase final do primeiro turno.

Na saída reunião, o senador eleito Roberto Requião (PMDB-PR) sintetizou o sentimento dos governadores dizendo que o "Lulinha paz e amor desapareceu", referindo-se à estratégia que levou o presidente à vitória em 2002.

Serra foca cinturão de resistência tucano

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, definiu ontem os dois pilares da estratégia que usará no segundo turno para tentar superar Dilma Rousseff (PT): concentrar esforços nos Estados onde o PSDB elegeu governadores e adotar um slogan mais popular.

A agenda de Serra será focada em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, Estados que tiveram tucanos eleitos no primeiro turno. Ontem, Serra esteve com Aécio Neves em Minas, mas a morte do pai do senador eleito atrasou o início efetivo da campanha. Por determinação do candidato, o comando de campanha tem até o fim desta semana para levar às ruas novo material de propaganda.

Datafolha detectou chance de 2º turno uma semana antes

As pesquisas de intenções de voto do Datafolha e do Ibope apontaram corretamente as tendências para o desfecho da eleição presidencial de domingo.

A maior parte dos levantamentos também indicou as tendências certas e os prováveis vencedores nos Estados. Nas eleições estaduais, no entanto, alguns dos números finais ultrapassaram ou ficaram abaixo do intervalo da margem de erro dos levantamentos (considerando as projeções dos institutos para o total dos votos válidos e o resultado das urnas) .

"Bolsões de pobreza" deram a Dilma mais de 90% de votos

Uma análise das votações mais expressivas dos três principais candidatos a presidente revela que Dilma Rousseff (PT) mantém o perfil de Lula em 2006. Em alguns municípios do interior nordestino, ela alcançou mais de 90% dos votos .

A área concentra os chamados "bolsões de pobreza". José Serra (PSDB), com bom histórico de votos no Sudeste, viu Marina Silva (PV) ganhar espaço nesse reduto. Os melhores desempenhos da senadora foram em cidades da região.

Senado rejuvenesce e fica mais milionário

A renovação de metade das cadeiras do Senado (50,6%) tornará a Casa ainda mais milionária e com a média de idade pelo menos três anos mais jovem em relação à atual composição.

No total, 41 novos senadores deverão assumir cargos na próxima legislatura. Desses, 37 foram vencedores nas urnas anteontem, e quatro herdarão mandatos de senadores eleitos para o governo estadual (Acre, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Santa Catarina). A eles, soma-se um grupo de 17 parlamentares que renovaram seus mandatos por mais oito anos. Restam outros 23 que detêm mais quatro anos de mandato.

Após reeleição, Agripino volta a criticar Lula

O senador José Agripino Maia (DEM) sai destas eleições como uma espécie rara. Ao contrário de colegas oposicionistas derrotados nas urnas, conseguiu se reeleger no Rio Grande do Norte, Estado onde Lula e sua candidata Dilma Rousseff (PT) são muito bem avaliados.

Além da completa ausência de críticas ao presidente Lula na campanha, um dos políticos mais críticos ao governo Lula credita a outros dois aspectos a vitória: uma coligação "pluripartidária", "feita com pessoas certas", e um trabalho de marketing eficiente. Sua coligação era formada pela governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM) e por Garibaldi Alves Filho (PMDB), outro senador que conseguiu se reeleger.

Jereissati anuncia fim da carreira política

"Não vou mais disputar cargo público. Essa foi uma decisão dada primeiro pela população e depois por mim", afirmou em coletiva à imprensa, em Fortaleza. O tucano não conseguiu se reeleger ao Senado no Ceará.
Tasso foi derrotado pelos deputados federais Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), que conquistaram 2,6 milhões e 2,3 milhões de votos, respectivamente. O tucano, que governou o Ceará por três mandatos, obteve 1,7 milhão de votos.

Se eleita, Dilma terá maioria para mudar Carta

A eleição de domingo possibilitará a um eventual governo Dilma Rousseff (PT) mudar com folga a Constituição federal, tarefa que exige pelo menos 60% do apoio de senadores e deputados.

Em 2007, por quatro votos, o governo perdeu a votação no Senado que extinguiu a CPMF e deixou de arrecadar R$ 40 bilhões ao ano. E, em junho, o Planalto foi obrigado a sancionar o reajuste de 7,7% aos aposentados dado pelo Congresso, com gasto adicional de R$ 1,6 bilhão.
Em 2011, os partidos do bloco governista controlarão 73% das cadeiras de cada uma das Casas, superando o que possuem hoje -70% na Câmara e 59% no Senado.

Tiririca elege Protógenes e dois petistas

O fenômeno Tiririca, além da votação maciça de 1,35 milhões de eleitores, mostra que a composição de pelo menos uma parcela da Câmara dos Deputados está diretamente vinculada ao sucesso ou fracasso de figuras carismáticas, sem nenhum histórico político.

A bancada de deputados federais por São Paulo terá, a partir de 2011, três novos representantes: os petistas Otoniel Lima e Vanderlei Siraque, ambos do PT, e o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiróz (PC do B).

Ex-cara-pintada será o mais jovem da Casa

Egresso do movimento dos cara-pintadas, que pedia o impeachment do então presidente Fernando Collor, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) será o mais jovem integrante do Senado, com apenas 37 anos.
Anteontem, recebeu 203 mil votos, 39% do total. A campanha de Randolfe decolou após a Operação Mãos Limpas, da PF, que prendeu políticos acusados de corrupção no Estado.

Alckmin seria eleito mesmo com barrados

A inclusão de três candidatos nanico-ideológicos de esquerda que tiveram suas candidaturas barradas pelo TRE-SP teria diminuído a votação do governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) de 50,63% para 50,4%.
Com a eventual colocação de seus resultados, se o TSE mudar decisão da corte paulista, a vitória de Alckmin se daria em um total de votos válidos que teria 100 mil a mais do que agora.

Paulo Bufalo (PSOL), Mancha (PSTU) e Igor Grabois (PCB) viram seus votos serem zerados na divulgação do resultado das eleições para o governo de São Paulo.

Mercadante minimiza novo fracasso em SP

Derrotado nas urnas no último domingo, o senador Aloizio Mercadante (PT), que concorreu ao governo de São Paulo, minimizou o fracasso de sua candidatura.

Ontem, disse que entrou na disputa em nome do projeto nacional do partido e que, agora, será um "militante exemplar", em defesa do governo Lula e da candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República.

Cabral afirma que essa foi a sua "última eleição"

O governador reeleito do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), descartou ontem lançar-se candidato à Presidência da República em 2014. Ele afirmou que apoia a petista Dilma Rousseff (PT) e não pretende ""tomar o lugar dela daqui a quatro anos".

"Esse negócio de Presidência ou Vice-Presidência é contingência da vida. Se eu quero eleger a Dilma, quero que ela faça um grande mandato e seja reeleita. Não vou apoiar a Dilma pensando em tomar o lugar dela daqui a quatro anos porque eu não sou maluco", disse Cabral, após conceder entrevista nas rádios CBN e Globo.

Deputados usam bandeira de governador e lideram votação

Se as UPPs (Unidades Polícia Pacificadora) foram a principal bandeira para a reeleição do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), a atuação voltada à discussão da política de segurança pública no Estado também levou dois deputados estaduais a obterem a maior votação para a Assembleia Legislativa.

Apesar de dividirem o topo da lista, o apresentador de TV Wagner Montes (PDT) e o professor de história Marcelo Freixo (PSOL) têm estilos e viviam expectativa de votação bem diferentes.

Em votação apertada, Tião Viana se elege governador já no primeiro turno

DE SÃO PAULO - Considerado imbatível na disputa pelo governo do Acre, o petista Tião Viana, 49, obteve uma vitória apertada, com 170.202 votos válidos, ou 50,51% do total. O tucano Tião Bocalom ficou logo atrás, com 165.705 votos válidos (49,18%). Antonio Gouveia, o Tijolinho (PRTB), recebeu 1.035 votos (0,31%). Os nulos totalizaram 21.365 (5,88%), e os brancos, 5.263 (1,45%).

Figurões da política goiana disputam apoio de evangélico terceiro colocado

DE SÃO PAULO - O 2º turno em Goiás será disputado por dois conhecidos personagens da política nacional, mas quem está em evidência atualmente é um presbítero da Assembleia de Deus de 47 anos.

O tucano Marconi Perillo (atual vice-presidente do Senado) e o peemedebista Íris Rezende (ministro nos governos Sarney e FHC) foram ontem mesmo buscar o apoio de Vanderlan Cardoso (PR).

Ana Júlia quer a presença de Lula para "federalizar" o 2º turno contra tucano

DE BELÉM - Maior colégio eleitoral no 2º turno estadual deste ano, o Pará vai assistir a uma tentativa da governadora Ana Júlia Carepa (PT) de "federalizar" a disputa contra Simão Jatene (PSDB). Essa estratégia se baseia na participação mais direta do presidente Lula, da presidenciável Dilma Rousseff e de ministros do PT.

Não existe carlismo sem ACM, diz Wagner

O governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse não ter prazer em "não ter oposição", apesar do fortalecimento de seu grupo político. Neste ano, foram eleitos dois aliados no Senado, a maioria na Assembleia Legislativa e o dobro da bancada federal, em relação a 2006.

O DEM, que comandou a Bahia por 16 anos seguidos, perdeu uma cadeira no Senado e elegeu um terço dos deputados estaduais de 2006. Em entrevista à Folha por telefone, ele disse ainda que não há carlismo sem o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM), morto em 2007.

Governador eleito em SC ironiza o presidente

O governador eleito de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM), ironizou ontem o presidente Lula. Em comício durante a campanha no Estado, o presidente disse que era preciso "extirpar" o DEM da política nacional.
""Aqui a participação dele [Lula], que falou muita besteira, foi ruim para ele e muito boa para nós", disse Colombo. Segundo o democrata, o PT "encolheu" no Estado, já que a candidata ao governo Ideli Salvatti e os petistas candidatos a deputado tiveram fraca votação.

8,7 milhões de votos em 'fichas-sujas'

Os candidatos barrados pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa em todo o país receberam pelo menos 8,7 milhões de votos, segundo levantamento concluído pela Folha ontem. Os votos foram anulados, mas os políticos ainda podem recorrer a tribunais superiores.
A apuração do jornal considerou a votação de 208 políticos cujas candidaturas estavam indeferidas no país no dia da eleição por conta da aplicação da nova lei.

O Globo

Dilma fará ofensiva religiosa para atrair voto conservador

Após a decepção com a necessidade de segundo turno, a campanha da candidata petista, Dilma Rousseff, iniciou ofensiva para conter a sangria de votos evangélicos e católicos registrada na reta final do primeiro turno, Dilma e aliados reconheceram que agiram tarde contra boatos na internet afirmando que ela era contra a vida e a favor do aborto. Dilma terá ajuda de governadores e senadores eleitos, chamados às pressas a Brasília. "Foi uma campanha perversa, com inverdades sobre o que penso", afirmou Dilma. Em busca dos votos de Marina Silva, José Serra (PSDB) disse esperar aproximação com o PV, que integrou seu governo. Mas a decisão do PV pode levar 15 dias. Serra foi ao enterro do pai do ex-governador de Minas, Aécio neves, eleito senador, e disse que o mineiro é "pessoa-chave" no 2º turno.

Católicos e evangélicos se opõem a Dilma

A ofensiva católica e evangélica contra o PT e Dilma Rousseff devido à posição dela favorável à legalização do aborto — que ela mudou na campanha — se tornou uma espécie de "cruzada" nas últimas semanas e foi um dos fatores que influenciaram na tendência de queda nos votos da presidenciável, na avaliação da cúpula de campanha.

Enquanto a presidenciável se escorava em lideranças evangélicas do meio político, padres e pastores realizaram uma mobilização em missas e cultos, além de cartas e víde os na internet para pregar contra o voto no PT. A Regional Sul 1 da CNBB, que contempla o estado de São Paulo, divulgou longo documento, lido nas missas, que "recomenda encarecidamente" que não se vote no PT.

Cabral: 'Não disputo mais nada'

Um dia após ser reeleito com 66% dos votos válidos, o governador do Rio Sergio Cabral disse que a eleição deste ano foi a última que disputou. "Juro por Deus. Falei para minha mulher, meus filhos", afirmou. Cabral disse que vai se dedicar a campanha de Dilma e prometeu investir R$ 1 bilhão em estradas no Rio.

Especialistas criticam pesquisas

Os erros dos institutos de pesquisa trouxeram à tona debate sobre a capacidade que a divulgação de dados de intenção de voto tem de alterar a decisão do eleitor. Institutos e especialistas falam nas causas para os erros: entre elas, os altos índices de abstenção, não contabilizados nos levantamentos.

Difícil decifrar eleitores de Marina

Difícil de prever, esse eleitor de Marina Silva. Ao unir evangélicos em defesa da família com militantes ecologistas e homossexuais que querem se casar, o eleitorado de 19 milhões que a verde conquistou no primeiro turno terá de ser decifrado pelas campanhas de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), dizem cientistas políticos.

O candidato que esse eleitorado heterogêneo escolherá no segundo turno, afirmam analistas, vai depender mais da posição que a própria Marina tomará do que do candidato que o PV apoiará, pois a senadora sai desta eleição com maior força política do que seu partido.

Marina "é maior que o PV", diz o cientista político José Murilo de Carvalho: — Do mesmo jeito que o Lula é maior que o PT. Na reta final da campanha, ela já estava dona do partido.

Serra convoca aliados para o 2 turno

A direção do PSDB definiu ontem, depois de uma reunião de quase três horas no comitê central do partido, que tucanos eleitos nos mais diferentes cargos desembarcarão amanhã em São Paulo para um evento batizado inicialmente de "Todos com Serra, Todos pelo Brasil". O objetivo é mostrar o apoio nacional ao candidato do PSDB a presidente, José Serra, como uma forma de dar a largada à campanha no segundo turno.

A decisão é o resultado de um pedido feito por Serra, logo depois que foi confirmado o segundo turno presidencial, no início da noite de domingo. Serra cobrou do comando nacional da campanha um movimento de unidade em torno de sua candidatura.

PT deve presidir Câmara; e o PMDB, o Senado

0 PT saiu das urnas com a maior bancada da Câmara: 88 deputados. Com este, número, deve ganhar a presidência da Casa. Já o Senado deverá ser comandado pelo PMDB: o partido elegeu o maior número de senadores, 20.

O silêncio de Lula

0 presidente Lula, que fez em média dois comícios por dia em favor de Dilma no primeiro turno, completou ontem 24 horas sem qualquer comentário sobre o resultado das eleições. Coube ao ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha, falar por ele: "0 presidente está muito feliz."

Propaganda na TV volta na quinta-feira

A propaganda eleitoral volta ao ar nas emissoras de rádio e TV na próxima quinta-feira, 7 de outubro, a partir de quando está liberada a campanha do segundo turno. A equipe da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, começou a preparar as peças a serem veiculadas ontem mesmo.

Os governadores eleitos no domingo que compõem a base de apoio do governo Lula foram convocados pela campanha petista para reunião na capital e começaram a gravar mensagens de vídeo, de cerca de um minuto de duração, para convencer os eleitores de seus estados a votar em Dilma no segundo turno.

Especialistas criticam erros de pesquisas

Os erros cometidos nas pesquisas eleitorais deste ano voltaram a acender o debate, entre cientistas políticos e especialistas em opinião pública, sobre a real utilidade da divulgação maciça de sondagens de intenção de voto e de sua capacidade de alterar os resultados finais nas urnas, quando não captam com precisão a vontade do eleitor.

No caso das pesquisas para a Presidência, eles apontam erros acima dos dois pontos, para cima ou para baixo nas margens de erro, que superestimaram a performance da candidata Dilma Rousseff (PT) e subestimaram especialmente a candidata Marina Silva (PV).

Câmara tem baixo índice de renovação

Além de mais governista e com um índice de renovação menor do que a média, a Câmara que tomará posse em 2011 assume sem a presença de muitos parlamentares de projeção e que eram eleitos com o chamado voto de opinião.

O PT sai das urnas com a maior bancada, totalizando 88 deputados, e o PMDB, em segundo, com 79, o que reforça o sonho petista de presidir a Câmara, já que o PMDB deverá presidir o Senado. Os três principais partidos de oposição tiveram suas bancadas reduzidas, com o PSDB elegendo. 53 deputados, seis a menos do que a bancada atual e 13 a menos do que os eleitos em 2006.

Fichas-sujas tiveram 8,6 milhões de votos

A Justiça Eleitoral terá de decidir o destino de 8,6 milhões de votos dados a 143 candidatos barrados com base na Lei da Ficha Limpa em todo o país. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou ontem o número de votos recebidos por candidaturas indeferidas preliminarmente em 26 unidades da federação — apenas o Acre ainda não havia sido contabilizado.

Ao todo, incluindo também os registros irregulares, apresentados com atraso ou com outros tipos de problemas, o Judiciário contabiliza 15,7 milhões de votos dados a 1.078 candidatos que ainda precisarão passar pelo crivo judicial.

Tiririca pode não ler seu discurso de posse

Os 1.353.820 votos que elegeram o palhaço Tiririca — o mais votado do país em números absolutos — e puxaram outros três candidatos a deputado federal de sua coligação poderão ser anulados por suspeita de que ele é analfabeto, o que, pela Lei Eleitoral, é um impedimento para sua eleição.

A Justiça Eleitoral recebeu ontem denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral contra Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, alegando que a prova técnica apresentada sobre sua alfabetização mostra discrepâncias de grafias.

Reguffe, o bem-amado de Brasília

Com discurso de político honesto e defensor dos cofres públicos, José Antônio Reguffe (PDT-DF) se transformou em um fenômeno eleitoral. Aos 39 anos, o candidato, apadrinhado pelo senador reeleito Cristovam Buarque (PDT-DF), recebeu o apoio de 266.465 eleitores, o que representa 18,95% dos votos válidos no Distrito Federal, e se consagrou como o deputado federal com a maior votação proporcional do país.

O caminhão de votos foi carregado com a promessa de economizar dinheiro do mandato e lutar por mudanças no sistema político, como o fim da reeleição e do voto obrigatório. O próprio candidato não esperava mais de cem mil votos. Mas Reguffe acredita que compromissos "assumidos e cumpridos" no atual mandato de deputado distrital pesaram a favor dele.

PMDB: apoio ao PT em aberto na BA

Preteridos até agora na campanha pelo presidente Lula e pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aliados do Planalto na Bahia preparam o troco no segundo turno.

Derrotados domingo, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), candidato ao governo, e o senador César Borges (PR), que tentou a reeleição, deixam agora em aberto se vão manter apoio à petista.

‘Foi minha última eleição’, diz Roseana

Depois de acompanhar voto a voto a apuração que lhe garantiu a reeleição na madrugada de ontem, Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão, anunciou que esta foi sua última campanha. Roseana disse ainda estar disposta a buscar apoio entre os opositores para continuar a governar.

— Foi uma emoção muito forte. Contamos voto a voto. Ficamos na expectativa — disse Roseana, que foi para as ruas festejar com seus eleitores no início da madrugada, depois que sua vitória estava garantida.

Jereissati anuncia saída da vida pública

O senador Tasso Jereissati (PSDB), que não se reelegeu, disse ontem que está abandonando a vida pública e que seu último ato este ano será trabalhar "com todas as suas forças" para eleger o candidato do PSDB, José Serra. Tasso terminou a disputa pelo Senado em terceiro lugar, atrás de Eunicio Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT). Em entrevista coletiva, afirmou que sabia dos riscos pelo fato de ser da oposição. E destacou que, ao lerem a História do Ceará, seus netos terão orgulho dele.

— Eu perco a eleição, mas não perco minha história — declarou. Mesmo reconhecendo as dificuldades, Tasso disse que acredita na vitória de Serra. Ontem, recebeu telefonemas do candidato e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Correio Braziliense

Intimação ao exército petista

A presidenciável Dilma Rousseff (PT) mobilizou em Brasília um exército de cerca de 50 políticos eleitos no primeiro turno para manter quente o clima da campanha entre a militância petista. Com eles a postos, iniciou-se a ofensiva em cima de Marina Silva (PV) e de partidos que disputaram a eleição rachados. A convocação partiu do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda na noite de domingo, depois de ver um clima de velório entre os integrantes de seu time, inconformados com mais um mês de corrida pelo Palácio do Planalto.

Nove governadores eleitos da base participaram. A orientação é manter os escritórios eleitorais, seja de candidatos a governo, Senado, Câmara e Assembleia Legislativa funcionando nos estados. Aumentar a divulgação de material de campanha, incluindo a divulgação do programa de governo com propostas para o meio ambiente. E fazer uma campanha para esclarecer as posições sobre religião para trazer os eleitores conservadores que optaram por Marina. Católicos e evangélicos, sobretudo, causaram uma sangria de votos de Dilma nas últimas semanas por conta de polêmicas sobre aborto, resultado de uma campanha viral na internet.

Serra, o neoambientalista

Sem perder tempo na corrida pela noiva cobiçada, o ex-governador José Serra (PSDB), candidato à Presidência da República, deu o primeiro flerte visando “aproximação” com a senadora Marina Silva (PV). A tentativa é converter os quase 20 milhões de votos recebidos pela ex-senadora para a coligação liderada pelo tucano. Apontando elementos que mostrariam afinidade entre os partidos, Serra trouxe à pauta o meio ambiente, sempre citado por Marina, e definiu o tema como “uma área prioritária, não um apêndice”. Considerou mera especulação a possibilidade de o senador eleito Aécio Neves (PSDB) assumir a vaga de vice na chapa no lugar de Índio da Costa (DEM). “Tenho entendido que não há possibilidade legal para isso”, disse o candidato no velório do deputado Aécio Cunha, pai do ex-governador de Minas, Aécio Neves, no salão nobre da Assembleia Legislativa.

Serra afirmou ter tido apoio do Partido Verde tanto ao comandar a prefeitura paulistana quanto nos tempos em que esteve à frente do governo de São Paulo. Ele citou como exemplo a nomeação de Eduardo Jorge como secretário municipal e estadual de Meio Ambiente. “Como governador, fiz o programa ambiental em parceria com o PV. E, assim como nossa lei de mudanças climáticas é considerada a mais avançada do Hemisfério Sul, o programa(1) ambiental de São Paulo é o mais avançado do Brasil”, disse.

Apoio, só em 15 dias. E se houver

Brasília e São Paulo — O Partido Verde (PV) e Marina Silva, candidata da legenda que recebeu 19,6 milhões de votos na disputa presidencial, podem ter posições diferentes no segundo turno da eleição para a Presidência. A senadora saiu das urnas com uma votação expressiva e foi a responsável por provocar um segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Marina admitiu ontem que sua posição — a mais provável é a neutralidade — poderá ser diferente da adotada pelo PV em convenção nacional. “O resultado que tivemos de aprovação ao meu projeto e do (vice) Guilherme Leal é muito maior que o nosso partido”, disse.

O PV está mais próximo ao PT no Nordeste, ao PSDB no Sudeste e tem mais isenção na Região Sul. A tendência da Executiva Nacional é fechar apoio a Serra. Em São Paulo e em Minas Gerais, por exemplo, o PV participa dos governos locais.

A fatura do Bolsa Família

O resultado das eleições presidenciais deixa clara a influência do programa Bolsa Família na decisão do eleitor. Levantamento feito pelo Correio nos 100 municípios que proporcionalmente mais recebem esse benefício mostra um desempenho da candidata do PT muito acima da média nacional e mesmo da média de cada estado. Enquanto a média nacional foi de 46,9% dos votos, nesses 100 municípios a votação da ex-ministra do governo Luiz Inácio Lula da Silva chega a 76,3%. Nos municípios localizados no Piauí, a média da candidata de Lula atinge 79,8% dos votos. Dilma foi a mais votada em 100% dessas cidades.

Os municípios que integram o grupo analisado têm cerca de 8,8 mil pessoas cada um. Em média, 76,8% dos moradores são diretamente beneficiados pelo Bolsa Família. Isso significa que quase quatro em cada cinco pessoas recebem o auxílio do governo federal. Em Guaribas, cidade com 4,4 mil habitantes em que Lula lançou oficialmente o programa, 82% da população recebe a ajuda do governo. Lá, a votação de Dilma, candidata que tem o apoio do presidente da República, alcançou 88,4%. Em Cumaru (PE), pelos dados do cadastro do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), praticamente 100% do habitantes — 13,8 mil moradores — são beneficiados. O cadastro informa o número de famílias atendidas. Esse número deve ser multiplicado por quatro (tamanho médio da família).

Balança pende para Dilma

A vantagem da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, sobre o presidenciável tucano, José Serra, deve ser mantida, no segundo turno, na disputa pelos governos estaduais. Dos 18 aspirantes ao cargo de governador em nove unidades da Federação, 11 apoiam a ex-ministra-chefe da Casa Civil, enquanto sete ficam do lado do político do PSDB. Em números, essa margem significa um universo de pouco mais de 1,7 milhão de votos para a representante do PT, levando em consideração a votação recebida somente pelos candidatos que participarão da segunda etapa do pleito.

Para exemplificar a zona de conforto de Dilma nos próximos 30 dias em relação à disputa nos estados, dois colégios eleitorais — Amapá e Paraíba — apresentam os dois adversários como aliados da petista. No primeiro, Lucas (PTB) e Camilo Capiberibe (PSB) manifestaram apoio à presidenciável no primeiro turno e a tendência deve ser mantida agora. Para evitar qualquer tipo de saia justa, no entanto, Dilma deve adotar uma postura positiva, mas sem uma participação com tanto afinco na campanha de ambos. Ela quer evitar reclamações dos comandos de campanha estaduais de que se esforçou mais para um ou outro lado.

Um mar de pendências

Mais de 11 milhões dos votos digitados pelos eleitores nas eleições de domingo poderão ter como destino a lixeira. Esse é o total de votos recebidos em todo o país pelos candidatos que se encontram com a situação de registro indeferida, mas que aguardam decisão final da Justiça. A maior parte corresponde a políticos que foram considerados inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa. Se eles não reverterem a situação, os votos continuarão sendo nulos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou ontem a quantidade de votos recebidos pelos candidatos sub judice. Esses votos não foram contabilizados no resultado oficial, mas ficarão armazenados e só passarão a ser válidos se o candidato obtiver vitória na Justiça. Para os cargos majoritários, as eleições ainda estão indefinidas em três estados.

No Pará, a situação é mais grave e há o risco de a Justiça Eleitoral ter de convocar uma nova votação para o cargo de senador. Por lá, Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) somaram mais de 50% do total de votos. Caso eles continuem inelegíveis e seus votos permaneçam considerados nulos, é possível que seja convocada outra eleição, uma vez que a lei prevê a realização de novo pleito quando mais da metade dos votos são nulos.

PT, vem aí um PMDB perigoso

O PT na Câmara e o PMDB no Senado. Esse foi o saldo das eleições que renovaram parlamentares das duas Casas. Juntas, as legendas fizeram 199 parlamentares, um terço de todo o Congresso. Mas diferentemente do PT, que tem tradição de atuar em bloco nas votações das casas, o PMDB que saiu das urnas mantém sua característica de federação. Dos 79 deputados federais eleitos pela sigla, pelo menos 17 já demonstraram afinidade programática com o PSDB do candidato à Presidência José Serra ou apoiaram a candidatura do tucano. No Senado, pelo menos três novos parlamentares peemedebistas que se integrarão à bancada do partido marcaram oposição ao governo Lula e à presidenciável Dilma Rousseff (PT) na eleição deste ano. Entre eles, os recém-eleitos Roberto Requião (PR), Luiz Henrique (SC) e Waldemir Moka (MS).

Apesar de ter entrado oficialmente na campanha petista, emplacando o atual presidente da Câmara Michel Temer (PMDB-SP) como vice de Dilma, a nova bancada do PMDB no Congresso indica que não faltariam interlocutores ao partido na hipótese de uma vitória de Serra. E nem mesmo o segundo turno da disputa presidencial modificou o posicionamento dos serristas do PMDB. “O governador (André) Puccinelli é Serra. Somos um grupo político, as coisas não são individuais. Tenho lealdade ao governador e ele deve trabalhar pelo Serra”, afirma Moka.

Os sanguessugas vão mal nas urnas

Tiveram desempenho fraco nas urnas os ex-parlamentares que respondem a processo na Justiça por suposto envolvimento com a Máfia dos Sanguessugas, desbaratada pela Polícia Federal em 2006. O melhor resultado foi obtido pelo ex-deputado federal Nilton Capixaba (PTB-RO), que retorna à Câmara como o terceiro deputado mais votado do estado. Ele fez 52 mil votos. Denunciado pela CPI dos Sanguessugas, Nilton Capixaba teve a cassação recomendada pelo Conselho de Ética da Câmara, mas o seu caso foi arquivado porque ele não conseguiu se reeleger em 2006 e deixou o mandato.

Benjamim Maranhão (PMDB-PB) foi eleito deputado federal na Paraíba com 94,9 mil votos. Em Sergipe, Pastor Heleno (PRB) conseguiu a eleição com 61,5 mil votos. No Rio, Paulo Feijó (PR) assegurou a volta à Câmara com votação apertada: 22,6 mil votos, ficando na 45ª colocação. Josué Bengtson (PTB-PA) fez 112 mil votos e foi eleito no Pará. A situação dos quatro é idêntica. Como não foram reeleitos em 2006, não chegaram a ser julgados pelo Conselho de Ética, que avalia internamente o casos de deputados acusados de ilegalidades, irregularidades ou falta de decoro parlamentar.

Estado de S. Paulo

Marina vai definir apoio no segundo turno em até 10 dias

Marina Silva (PV), que obteve 19,33% dos votos no primeiro turno da eleição presidencial, definirá seu apoio no segundo turno em até dez dias. Ela não descarta a neutralidade entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). 0 debate, insiste Marina, se dará com base em propostas - ela quer investimentos em educação e "acordos mais transparentes" na política. No PV, porém, Fernando Gabeira, derrotado na disputa pelo governo do Rio, anunciou apoio a Serra - que já conta com a adesão do diretório verde de São Paulo. No primeiro dia de campanha do segundo turno, Serra foi a Belo Horizonte e classificou o senador eleito Aécio Neves (PSDB) de "peça-chave" - em troca, tucanos mineiros querem apoio a Aécio para a Presidência em 2014. Dilma, por sua vez, atacou a promessa de Serra de elevar o salário mínimo para R$ 600.

Imposto sobe para barrar a entrada de dólares

O governo elevou de 2% para 4% a a1íquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos investimentos estrangeiros em renda fixa. A medida, válida a partir de hoje, foi anunciada quatro dias após o dó1ar romper a barreira de R$ 1,70, considerada uma espécie de piso informal da taxa de câmbio. 0 anúncio foi feito às 18h15, depois do fechamento do mercado, com o dó1ar cotado a R$ 1,69.

Fonte: Comgressoemfoco

Derrotada, Heloísa Helena fala em 'conluio da esquerda e direita'

SÍLVIA FREIRE
ENVIADA ESPECIAL A MACEIÓ (AL)

A ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) disse que está lambendo as feridas e que foi feito "um conluio de esquerda e de direita" --na esferas federal e estadual-- para derrotá-la politicamente.

Ela perdeu a eleição para o Senado em Alagoas, onde enfrentou uma campanha com fortes ataques de seus adversários.

"O PSDB agiu articulado com o governo Lula para me derrotar", disse à Folha.

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"Agora é época de lamber as feridas e orgulhosamente ver as cicatrizes que tenho porque é o sinal mais claro que não me rendi."

Durante a campanha, os rivais disseram que ela não trabalhou pelo Estado quando foi senadora e que não mostrava o candidato à Presidência de seu partido. Também propagavam que a ex-senadora criticava Lula.

O presidente gravou mensagens de apoio para dois de seus principais oponentes, que acabaram eleitos: Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira (PP).

Hoje pela manhã, Heloísa participou de sessão na Câmara Municipal de Maceió, onde é vereadora. Ela disse que não irá orientar seus eleitores --ela teve 417 mil votos (16,6%)-- em relação ao segundo turno da eleição no Estado.

"Tenho convicção de que os votos que recebi são de mulheres e homens livres, que votaram em mim mesmo enfrentando toda a canalha política do Estado de Alagoas e o conluio da direita e da esquerda, federal e estadual. Jamais teria a pretensão de orientá-los", disse.

Falou ainda que desde o início da disputa soube que seria uma campanha difícil e que não houve erros na trajetória.

"Alguém pode caracterizar como erro eu não ter feito acordo com a bandidagem política de Alagoas e de Brasília. Tenho a obrigação moral e ideológica."

Ela completou: "Se alguém queria que eu fosse para a TV choramingar o que fiz no Senado, tire o cavalo da chuva porque ele morre de pneumonia".

"Vim para este mundo não para se arrastada pelos cabelos para a senzala da canalha política. Vim para arrombar as portas da senzala. Sempre", afirmou a vereadora.

Fonte: Folha.com

Greve dos bancários fecha 37% das agências e supera 2009, diz sindicato

DE SÃO PAULO

A greve dos bancários no país fechou 7.437 agências nesta terça, o que represente 37,5% dos 19.800 postos existentes, segundo dados da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). Os bancos nãox se pronunciaram sobre os dados de adesão.

O movimentou entrou hoje no sétimo dia de greve. Segundo o sindicato, a greve deste ano já superou o número de agências fechadas no movimento do ano passado. Em 2009, os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior mobilização da greve.

São 910 agências fechadas a mais do que ontem, um aumento de 14%. Em relação ao primeiro dia da greve, iniciada na última quarta-feira (29), o número quase dobrou. O sindicato afirmou ainda que foram paralisados centros administrativos e outras dependências dos bancos em todo país.

"O fechamento de agências cresceu todos os dias desde o início da greve, mostrando o aumento da adesão dos bancários e a força do movimento, apesar das práticas antissindicais adotadas pelos bancos", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia realizada na noite de terça-feira (28), depois de a categoria rejeitar a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

A Fenaban informou ontem que aguarda a volta dos bancários à mesa de negociações e disse que a proposta de reajuste salarial --que previa apenas a reposição da inflação (4,29%)-- era somente o início.

A categoria, com data-base em 1º de setembro, quer aumento de 11%, mais contratações. Eles também pedem PLR (Participação nos Lucros e Resultados), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.

ALTERNATIVAS

Os clientes que tiverem dificuldades em pagar contas nas agências devido à greve dos bancários podem recorrer aos canais de atendimento remoto, como os caixas eletrônicos e os correspondentes não bancários como casas lotéricas, farmácias, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.

Para quem tem acesso, os bancos ainda oferecem o serviço na internet.

Para localizar uma agência ou posto de atendimento bancário em qualquer ponto do país, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disponibiliza em seu site na internet uma ferramenta de busca e localização de endereços.

DEFESA DO CONSUMIDOR

A Fundação Procon-SP alerta o consumidor para efetuar o pagamento de faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança para não ser cobrado de eventuais encargos e para que seu nome não seja enviado aos serviços de proteção ao crédito.

A recomendação da entidade é entrar em contato com as empresas e solicitar outros locais e formas para efetuar o pagamento. Caso não haja, o consumidor deve documentar a tentativa de quitar o débito, podendo até registrar uma reclamação junto ao Procon.

O entendimento é que o consumidor não pode ser prejudicado por problemas decorrentes da greve.

Fonte: Folha.com

Carta Maior publica artigo de Emiliano (PT) sobre segundo turno

LEIA EM CARTA MAIOR

# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

Dado Dolabella usa letra de Cazuza para explicar sobre prisão

Na última quinta-feira, o ator foi preso por porte de maconha



Redação CORREIO

Preso em flagrante por porte de maconha, o ator Dado Dolabella utilizou o Twitter nesta terça-feira (5) para se manifestar sobre a prisão.

'Te chamam de ladrão, bicha, maconheiro, transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro!'. 'Cazuza disse tudo', escreveu o cantor. A frase é um trecho da música 'O Tempo não para', de Cazuza.



Ator utiliza trecho de música de Cazuza para se explicar sobre prisão por porte de maconha

Certidões de nascimento emitidas em maternidades serão eletrônicas

O serviço será gratuito e serve para dar maior segurança aos documentos. Segundo o conselho, a emissão da certidão nas maternidades é facultativa

05/10/2010 | 21:39 | agência Brasil

A partir desta quarta-feira (6), as certidões de nascimento emitidas nas maternidades brasileiras serão feitas por meio de um sistema eletrônico elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O serviço será gratuito e serve para dar maior segurança aos documentos.

De acordo com o CNJ, a maternidade que desejar oferecer o serviço deve procurar um cartório de registro civil para estabelecer a parceria e fazer a inclusão do nome no sistema. Dessa forma, serão montadas unidades em cada um dos locais que ficarão em comunicação via internet. Após o parto, os funcionários cadastrados passarão as informações imediatamente aos cartórios e, em seguida, estes encaminharão ao hospital a certidão com certificação digital.

O sistema interligado permite que a maternidade solicite a emissão da certidão em qualquer região do país, desde que o município do cartório seja o domicílio dos pais da criança. Dessa forma, mesmo se a mãe tiver o filho em uma maternidade distante do local onde mora, poderá registrar o filho no cartório de sua cidade antes mesmo de sair do hospital. Nas regiões onde não há maternidades, os funcionários cadastrados também poderão solicitar o documento para o cartório mais próximo.

Segundo o conselho, a emissão da certidão nas maternidades é facultativa, mas para quem adotar o novo procedimento o prazo para adaptação é de um ano. As unidades em que o serviço já estava sendo oferecido não precisarão interromper as emissões, mas terão que se adaptar também no prazo estipulado pelo órgão.

Até o momento, 50 unidades já se cadastraram no sistema para prestar o serviço em 12 estados brasileiros.

Fonte: Gazeta do Povo

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