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terça-feira, outubro 05, 2010

Diretor do Sensus: "Efeito Marina" foi menor do que parece


Raphael Falavigna/Terra
Para Ricardo Guedes, a chamada onda verde não foi a principal responsável pelo segundo turno
Para Ricardo Guedes, a chamada "onda verde" não foi a principal responsável pelo segundo turno

Dayanne Sousa

Nem o crescimento de Marina Silva (PV) no dia da eleição presidencial foi tão grande, nem os institutos de pesquisa erraram por não determinar com clareza que haveria segundo turno, afirma o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes. Para ele, a abstenção mais alta nas regiões Norte e Nordeste em comparação com outros locais é que provocou as discrepâncias entre o que previram as pesquisas - inclusive a de boca de urna - e o resultado final.

- O "efeito marina" é muito menor do que se supõe. Foi algo localizado em grandes capitais como Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, mas não influiu em mais que 2% nos resultados de Dilma Rousseff (PT).

Marina terminou as eleições com 19,33% dos votos válidos, mais do que os quatro principais institutos de pesquisa indicavam em seus levantamentos mais recentes. Pesquisa Datafolha, um dia antes da eleição, dava a ela 17% dos válidos. Considerando-se, porém, todo o universo do eleitorado (incluindo votos nulos, brancos e não comparecimento/sem opinião), Marina teve 17,65% enquanto as pesquisas davam a ela 16% dos votos no total do eleitorado.

- Tem um pouquinho que pode ser atribuído à onda verde? Pode. Mas o tanto que ocorreu imprevisível em relação a ela é de 1,75, absolutamente dentro da margem de erro!

Como explicar, então, a diferença das previsões em relação à Dilma, líder nas pesquisas? Guedes afirma que está concluindo um estudo a respeito, mas aponta a abstenção maior no Nordeste e Norte como o fator determinante.

Segundo os cálculos de Guedes, a abstenção somada a votos brancos e nulos no Nordeste foi igual a 29,34% dos eleitores da região. O Norte teve abstenção de 25,03 enquanto a média brasileira foi de 25,19% e no Sul foi de 21,13%. Isso prejudicaria Dilma, uma vez que ela tem uma porcentagem maior de votos entre os eleitores nordestinos.

- Isso desproporciona o voto. Nós vamos agora ponderar o que ocorreu nas eleições como se a abstenção tivesse sido a mesma em todas as regiões. Aí nós teríamos os resultados corretos do que seria se a abstenção fosse uniforme. Eu acredito que os resultados que nós vamos obter serão equivalentes aos da boca de urna do Ibope - explica Guedes.

Os possíveis motivos dessa abstenção, porém, são difíceis de explicar. "Não foi a chuva, porque só choveu no sudeste e centro-oeste onde o Serra ganhou", brinca o pesquisador.

Veja também:
» Lavareda: supor vitória de Dilma no 1º turno foi precipitado
» Marina não ataca Dilma por mais votos, diz coordenador
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segunda-feira, outubro 04, 2010

As novidades desta eleição

Por Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa

As eleições deste ano no Brasil trazem algumas constatações interessantes na relação entre a política e a comunicação. A primeira delas é que os institutos de pesquisa já não conseguem captar o pensamento da sociedade: todos eles erraram por muito na contagem final dos votos. A segunda é que a internet já compete com a mídia tradicional na influência do eleitorado. E a terceira é que o Brasil parece ter adquirido finalmente o respeito internacional pela solidez de sua democracia, depois de haver chamado a atenção do mundo pelo desempenho de sua economia.

A alienação dos institutos que tentam adivinhar o resultado das eleições já vinha se manifestando nos dias anteriores, com a oscilação dos votos da candidata Dilma Rousseff, que no começo da semana passada era considerada a mais atingida por correntes de mensagens na internet sobre a descriminalização do aborto.

Na véspera da eleição, porém, as pesquisas voltavam a apontar a grande probabilidade de vitória no primeiro turno, tendência que se manteve nas sondagens de boca de urna. No final, a realidade mostrou o crescimento da candidata Marina Silva e a transferência da decisão para 31 de outubro.

Espetáculo democrático

A rede caótica da internet foi determinante, segundo os analistas citados pela imprensa, para tirar votos da candidata do governo e transferi-los para a outra postulante, Marina Silva, o que, segundo especialistas, revela um cuidado do eleitor de não confrontar o atual presidente da República, dono de índices de popularidade e aprovação históricos.

O eixo da mudança teria sido a questão do aborto, o que revela de certa maneira a antecipação de um fenômeno esperado para os próximos anos: o aumento do conservadorismo das novas classes médias, recém promovidas socialmente.

O enorme interesse da imprensa internacional pelas eleições no Brasil também é um fato inédito. Depois de surpreender o mundo com o crescimento econômico dos últimos anos e a maior dinâmica social, o país apresenta aos observadores o espetáculo democrático das eleições ordeiras, seguras e livres, com um território quase continental e uma ampla diversidade populacional.

Está em jogo o legado de Lula, segundo a revista Época uma surpreendente história de sucesso.


(Envolverde/Observatório da Imprensa)

Após votação recorde, Tiririca viaja ao Ceará: 'Vão ter que me engolir'

Deputado federal eleito teve mais de 1,3 milhão de votos em São Paulo





Redação CORREIO

O deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, viajou para o Ceará na noite de domingo (3) e disse que descansaria com a a famílía. Tiririca, que obteve mais de 1,3 milhão de votos em São Paulo, recorreu a uma frase do técnico Zagalo para se dirigir aos seus críticos. "Como diria o Zagalo, vocês vão ter que me engolir", afirmou, em seu Twitter.

Não houve ainda coletiva do Partido da República, para falar sobre a vitória de Tiririca. Na sede do partido, na Avenida República do Líbano, na Zona Sul da capital, só apareceu uma secretária para trabalhar.



Após votação recorde, Tiririca viaja ao Ceará: 'Vão ter que me engolir'

Pela internet, o partido publicou no fim da manhã a noticia da vitória, ressaltando que, por pouco Tiririca não superou a marca de outro candidato famoso do partido, Eneas Carneiro, que morreu em 2007. A coordenação da campanha confirmou que Tririca foi viajar na noite de segunda.

A reportagem gravou o deputado eleito desembarcando no aeroporto de Fortaleza, no Ceará, sorridente, em companhia da família. O coordenador da campanha diz que ele foi descansar e só volta na quarta-feira. As informações são do G1.

Fonte: Correio da Bahia

Propaganda gratuita no rádio e na TV irá até o dia 29

Agência Brasil

Os candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT) podem iniciar a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para o segundo turno 48 horas após a proclamação dos resultados do primeiro turno pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dia 16 de outubro é a data limite estabelecida pela legislação eleitoral para que ela comece a ser veiculada.

A informação foi divulgada hoje (4) pelo TSE. Segundo o tribunal, serão veiculados dois períodos diários de 20 minutos para cada cargo em disputa, inclusive aos domingos, até o dia 29. Tal como no primeiro turno, no rádio, a propaganda será veiculada às 7 e às 12h. Na televisão, às 13h e às 20h30. Primeiro, serão transmitidos os 20 minutos destinados aos candidatos a presidente, e a seguir os 20 minutos para os candidatos a governador.

Cada candidato a presidente e a governador tem direito a dez minutos em cada bloco de transmissão. Eles ainda têm mais 7 minutos e 30 segundos diários, cada um, para divulgar propaganda em forma de inserções de 15 a 60 segundos, o que totaliza 30 minutos diários de inserções.

Fonte: Tribuna da Bahia

Jaques Wagner é reeleito governador

Lílian Machado

Com total superioridade sobre os adversários, o governador Jaques Wagner foi o grande vencedor das eleições estaduais deste ano na Bahia, sendo reeleito com 63,83% dos votos válidos. A vitória considerada histórica permitiu a prevalência do projeto petista no Estado, que além de conquistar a permanência no poder Executivo emplacou os dois senadores, Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB). O democrata Paulo Souto ficou em segundo lugar com 16,07% dos votos válidos, enquanto o peemedebista Geddel Vieira Lima em terceiro, com 15,55%.

Em clima de comemoração no Palácio de Ondina – residência oficial do governador, Wagner agradeceu ao eleitorado pelo êxito de seu projeto nas urnas e prometeu “trabalhar ainda mais para devolver a confiança e a generosidade do povo baiano”. Com o resultado, o governador admitiu ter criado uma nova “hegemonia” política no Estado. O petista deve ser um dos comandantes da campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) para o segundo turno das eleições presidenciais.

“Podem ter tranquilidade, pois esse governador vai trabalhar ainda mais para levar melhorias para todos vocês”, disse, mandando o recado para a população, em ambiente de muita celebração ao lado de aliados no Palácio de Ondina. Segundo Wagner, sua vitória foi a concretização de “uma mudança de pensamento” na Bahia. “Os eleitores, em 2006, apostaram em um projeto para o futuro. Hoje, depois de um trabalho de quatro anos, apostaram em uma continuidade”, enfatizou.

O governador reeleito atribuiu sua vitória também ao resultado de uma atuação coletiva. “Não faço nada sozinho, porque não acredito em estrela solitária.

Trabalho em equipe. A humildade e o trabalho são os melhores para o sucesso. O objetivo hoje é construirmos uma hegemonia de pensamento, não é uma hegemonia do governador”.

O reconhecimento da “união de um mesmo projeto” também ajudou a definir a reeleição, conforme o governador. “A vaidade individual de cada um não é um defeito, mas ela não pode ser maior do que a vaidade de um projeto coletivo”, disse, alfinetando o PMDB que rompeu com o governo e lançou como candidato o ex-ministro Geddel Vieira Lima, terceiro colocado no processo eleitoral.

Alianças para a próxima gestão

Sobre as alianças para a próxima gestão, Wagner disse que irá pensar primeiro nos partidos aliados, que contribuíram com o projeto principalmente durante a campanha. “Não há como conversar agora com aqueles que foram oposição a mim. Não posso tratar de DEM e PMDB. Os atores dos dois partidos é quem precisam resolver essa questão”, restringiu.

Ainda sobre os seus adversários, que eram aliados no início de 2006 - Geddel Vieira Lima e César Borges –, o gestor petista disse que “o tempo mostrou que eles fizeram uma escolha errada”. “Os números das urnas estão mostrando que ele (César Borges) fez uma escolha errada”, afirmou.

O governador enumerou como prioridades de seu segundo mandato o “aprofundamento” pela redução da desigualdade social com a geração e ampliação do número de empregos e a atração de investimentos. Segundo ele, será meta de trabalho também a intensificação do trabalho nas áreas da agricultura familiar e da infraestrutura, com melhorias das estradas.

“Não há porque não devolver esse carinho dos baianos com mais trabalho ainda também na área da saúde, da segurança e da educação”, disse. Wagner disse ainda que pretende “aprofundar a relação democrática com a sociedade e trabalhar ainda com mais transparência”

O governador comentou ainda sobre a disputa presidencial, que será decidida em segundo turno entre sua "companheira" de partido Dilma Rousseff e o tucano José Serra, no próximo dia 30. “Como militante desse projeto, me coloco à disposição para trabalhar e eleger Dilma. Creio que temos tudo para ganhar o segundo turno. Por isso agora vamos chamar todos aqueles não votaram em nosso projeto no primeiro turno. Vamos lutar para que possamos dar continuidade ao projeto do governo Lula”. (LM)

Fonte: Tribuna da Bahia

Luiz de Deus e Anilton Bastos foram os maiores derrotados

Redação Notícias do Sertão

image
Luiz de Deus.

Lista de votação completa da cidade de Paulo Afonso/BA

O candidato a deputado federal Luiz de Deus (DEM) foi o mais votado em na cidade de Paulo Afonso na Bahia, com 17.659 votos. Em segundo lugar ficou o Mário Negromonte (PP), que conseguiu sua reeleição, e recebeu 12.553 votos.

O DEM foi o grande derrotado nestas eleições da Bahia. O que mostra agora que depois da morte do velho cacique Antônio Carlos Magalhães, os que ficaram não conseguiram manter seu capital político. A exceção é seu neto que conseguiu ser o mais votado em todo o estado.

Com a derrota, Luiz sai da cena política no estado. Este resultado muda a correlação de forças na cidade. Sai os “deuses” e surgem os “negromontes”.

Os maiores derrotados locais chamam-se Luiz de Deus e Anilton Bastos (prefeito de Paulo Afonso).

Lista completa em Anexo ao lado direito.

Ordem

Colunas1

Colunas2

Colunas3

Colunas4

Colunas5

1

Núm.

Candidato

Partidos

Votação

% Válidos

2

2555

LUIZ DE DEUS

DEM

17.659

35,41%

3

1111

MÁRIO NEGROMONTE

PP - PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B

12.553

25,17%

4

1500

MARCELO GUIMARÃES

PMDB - PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB

2.232

4,48%

5

4040

LEONELLI

PSB - PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B

1.515

3,04%

6

1346

PELEGRINO

PT - PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B

1.505

3,02%

7

1331

EMILIANO

PT - PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B

1.255

2,52%

8

1357

JOSEPH BANDEIRA

PT - PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B

1.244

2,49%

9

4013

BEBETO

PSB - PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B

936

1,88%

10

6565

DANIEL ALMEIDA

PC do B - PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B

760

1,52%

11

1010

MÁRCIO MARINHO

PRB - PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B

652

1,31%



Balanço inicial do primeiro turno

A esquerda teve o melhor resultado eleitoral de sua história: Dilma em primeiro lugar, governadores no Rio Grande do Sul, na Bahia, em Pernambuco, no Ceará, no Espírito Santo, Sergipe, Acre, boas possibilidades no Distrito Federal, possibilidades ainda no Pará, limpa impressionante e renovação com grande bancada no Senado, maiores aumentos nas bancadas parlamentares na Câmara.

A frustração veio da expectativa criada pelas pesquisas de uma eventual vitória no primeiro turno para presidente. Uma análise mais precisa é necessária, a começar pelo altíssimo numero de abstenções e também dos votos nulos e brancos que, somados, superam um quarto do eleitorado. Mas também dos efeitos das campanhas de difamação – sobre o aborto, luta contra a ditadura, etc., assim como o efeito que o caso da Erenice efetivamente teve para diminuir o resultado final da Dilma.

A votação da Marina certamente influenciou. A leitura desse eleitorado é complexa, nem de longe se trata de onda ecológica no Brasil – as outras votações dos verdes foram inexpressivas. Juntaram-se varias coisas, desde votos verdes, esquerda light, até votos anti-Dilma, votos desencantados com o Serra, entre outros. Mas o montante alto requer uma análise mais precisa.

Para o segundo turno contam esses votos: mais da metade concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do DF, onde ela ficou em primeiro lugar. Qualquer que seja a decisão de apoio no segundo turno – a convocação de assembléias para definir deve confirmar a tendência a abstenção, tornando mais difícil a operação política da direção de apoiar Serra -, esse eleitorado se orientará, em grande medida, não pela decisão partidária, ficando disponível para os outros candidatos. Em 2006, nem o PSol conseguiu que seus votos deixassem de ir para outros candidatos, desobedecendo a orientação do voto em branco.

É uma ilusão considerar que o segundo turno é outra eleição. É a continuação do primeiro, em novas condições – de bipolarização. A campanha deve ser dirigida diretamente por Lula, deve ser centrada na comparação dos governos do FHC e do Lula, deve ter uma estratégia específica para o eleitorado da Marina e deve multiplicar os comícios e outros atos de massa – um diferencial importante entre as duas candidaturas.

Em 2006 o segundo turno foi muito importante para dar um caráter mais definido à polarização com os tucanos, o mesmo deve se dar agora. Que ele multiplique a votação e a mobilização, para tornar mais forte ainda a vitória da Dilma. Ela é favorita, mas devemos precaver-nos das manobras dos adversários, do uso da imprensa, das campanhas difamatórias.

Pode ser um segundo turno de polarização mais clara também, porque os debates diluíam os temas, na medida em que havia um coro de 3 candidatos colocando ênfase nas denúncias. Não soubemos colocar como agenda central o fato de que o Brasil se tornou menos injusto, menos desigual, com Lula, e que esse é o caminho central a seguir.

Outros temas do primeiro turno abordaremos em outros artigos. Este é para abrir a discussão com todos.

LEIA TAMBÉM:

O segundo turno e a revolução democrática - Emiliano José

Postado por Emir Sader às 02:20

Resultados Esperados e Inesperados


image

Agora é juntar os cacos para quem perdeu e bom trabalho aos eleitos

Apurados os votos das eleições de ontem, 03.10, tivemos resultados inesperados e alguns até aparentemente inexplicáveis, esperando-se dos cientistas políticos que já começaram a ser ouvidos na noite de ontem, suas interpretações, geralmente especulativas e sem a precisão para quem se debruça nos números eleitorais e seus reflexos.

Quando tudo parecia que a eleição para Presidente se definiria no 1º turno, coisa que nem Lula conseguira em suas duas eleições, a ascensão de Marina Silva tirou votos de Dilma e determinou a realização do 2º Turno. Em São Paulo onde pela primeira vez se indicava maioria para o PT, no final deu Serra 40,33% contra 38,14% de Dilma e 20,10% de Marina. Já em Minas Gerais Marina voltou a surpreender, ficando com 21,25% contra 46,98% de Dilma e 30,76%.

No segundo turno não haverá mais a terceira via chamada Marina Silva e o bom combate será direto, tête-à-tête (do francês), Dilma X Serra que deverá ser lido Lula x oposição.

Ainda no plano nacional tivemos Tiririca, candidato a deputado federal em São Paulo como recordista de votos com 1.353.820. O inesperado veio com as derrotas para o Senado dos caciques Tasso Jereissati (PSDB-CE), Marco Maciel (DEM-PE), Heloisa Helena (PSOL-AL), Albano Franco (PSDB-SE), Heráclito Fortes e Mão Santa (DEM e PSC no Piauí), Efraim Morais (DEM-PB) e Arthur Virgílio (PSDB-AM). Todos eles, exceto Albano Franco foram os mais veementes opositores de Lula (ficaram com um X cravado nas costas e foram para o beleléu). Surpreendente foi às ascensões de Aloisio Nunes (PSDB) em São Paulo e Eduardo Amorim (PSC-SE). Nas pesquisas mais recentes eles estavam na 3ª colocação em cada Estado e abertas ficaram em 1º.

Nenhum cientista político ouvido na noite de ontem souberam explicar o fenômeno. O raciocínio lógico ficou por conta de Guilherme Afif. Segundo ele como o voto para o senador é majoritário, ele tende a se vincular ao voto para governador. No particular eu concordo plenamente. Eu disse anteriormente que na reta de chegada Pinheiro e Lídice tenderiam ascender em razão direta da extraordinária vitória de Jaques Wagner. Foi assim quando Waldir Pires se elegeu Governador da Bahia e levou consigo Rui Bacelar e Juthay Magalhães. Em São Paulo Alckmin foi o mais votado para Governador e Mercadante veio em segundo e seguindo a lógica, deu Aloisio Nunes e Marta Suplicy, eles vinculados, na ordem respectiva. Netinho que se indicava como em primeiro colocado fez o que sabe fazer, sambou.

Aqui para nós baianos tivemos nossas surpresas. Candidatos a Deputados que tínhamos como certa e reeleição sambaram. É o caso de João Almeida, Colbert Martins, Sérgio Carneiro, Leonelli, Uldurico Pinto, Severiano Neto e alguns outros. Emiliano José e Joseph Bandeira ficaram na beira do caminho. Dilma eleita no segundo turno, por certo eles assumirão o mandato. Emiliano José, um republicano, pela sua honradez, compromisso político e seriedade merece a Câmara Federal.

Outra surpresa positiva não foi à eleição de Mário Negromonte (PP-BA) porque sua eleição era dada como certa como um dos mais votados para a Câmara Federal. Foi o sexto mais votado na Bahia com 169.209 votos. A surpresa positiva não foi à eleição de Mário Júnior que também esperada, a surpresa foi sua colocação no quadro geral para deputado estadual, o segundo mais votado do Estado com 113.398. Quanto a Paulo Rangel sua reeleição era dada como certa. Ele obteve 55.761, ficando como 24º mais votado no quadro geral e 9º mais votado do PT. Na Bahia são 63 deputados estaduais. Valeu o boi.

Luís de deus foi à surpresa negativa. Pelas projeções feitas ele seria eleito. Não foi. Com 53.351 votos obtidos ele seria o 3º estadual mais votado do DEM e resolveu trocar o certo pelo duvidoso. Pesou em seu desfavor o péssimo desempenho de Paulo Souto para governador e Aleluia para o senador que obtiveram 16,09% e 8,12%, na ordem respectiva.

Como vivemos em Paulo Afonso vamos tratar do nosso terreiro (Aiá não quer casca de coco no terreiro). O resultado das eleições em Paulo Afonso para nós foi ingrato, não em razão da não eleição de Luís de Deus e de Raimundo Caires. A não reeleição de Luís de Deus fez nossa representação política andar de banda. Ficamos com apenas um representante na Câmara Federal, Mário Negromonte, e dois na Assembléia Legislativa, Paulo Rangel reeleito e Mário Júnior eleito, mantendo apenas dois.

Na minha avaliação se Luís de Deus mantivesse a sua candidatura a estadual estaria eleito e os números não mentem. Agora é tarde e Inez é morta. Particularmente, embora jamais tenha votado em candidatos do Demo, isso mesmo, Demo, reconheço que Luís de Deus é um político republicano, pessoa proba e que nos mandatos de prefeito e deputados jamais teve seu nome envolvidos em atos incompatíveis com a coisa pública. Isso agora é coisa do passado.

Assustou-me o fraco desempenho dos nossos candidatos aqui em Paulo Afonso. Luiz de Deus que nas eleições de 2006 teve 19.367, agora bateu apenas em 17.59, quando a projeção seria de chegar até 22.000. Mário Negromonte para o qual se esperava uma disputa acirrada com Luiz de Deus ficou com 12.553. No plano estadual Raimundo Caires desprovido de sua anterior base parlamentar, sozinho, saiu fortalecido e alcançou uma votação de 13.171, o que significa que depois de Luís de Deus é a segunda maior liderança local. Ele e Luís por falta de mandato tenderão e enfraquecer, embora 2010 esteja muito próximo. Mário Júnior ficou apenas com 8.503, não acompanhando a votação do pai e Paulo Rangel foi quem mais avançou em relação às eleições de 2006, batendo em 6.302. Nem Mário Júnior e nem o estadual de Luiz de Deus tiveram o voto totalmente casado com as respectivas lideranças.

O que se denota das urnas é quem em relação a 2012, muita coisa mudará em Paulo Afonso. O DEM que sempre manteve 50% votos, nas últimas eleições perdeu essa maioria. Luís de Deus sem voz na Assembléia fará com que o DEM em Paulo Afonso perca espaço e se anuncia o ocaso antecipado, além da péssima performance do DEM no Estado. Mário subiu e nem tanto. Paulo Rangel agora reeleito tende a se fortalecer aqui e na região. Isso significa que Raimundo Caíres se antecipa como o fiel da balança. Meu caro amigo isso é história para outra oportunidade.

FRASE DA SEMANA. "A política não é uma ciência matemática; em política nem sempre é verdade que dois mais dois fazem quatro, nem que a linha reta seja a mais curta." Eugéne Poitou.

Paulo Afonso, 04 de outubro de 2010.

Fernando Montalvão é colunista do Site Notícias do Sertão.

montalvao.adv@hotmail.com

Eleições: Lista dos deputados federais eleitos na Bahia

Para a Câmara dos Deputados, a dianteira não foi surpresa. ACM Neto (DEM) encabeçou durante toda a apuração como o candidato mais votado. Ele foi seguido pelo postulante Lúcio Vieira Lima (PMDB) e pelo deputado Pelegrino (PT). Confira abaixo a lista dos eleitos para o cargo:

PRA BAHIA SEGUIR MUDANDO (Vagas: 22)
Rui Costa (PT) – 205.082
Pelegrino (PT) – 202.470
João Leão (PP) – 201.719
Mário Negromonte (PP) – 168.492
Márcio Marinho (PRB) – 157.742
Felix Jr (PDT) – 148.104
Afonso (PT) – 141.401
Daniel Almeida (PC DO B) – 134.680
Valmir Assunção (PT) – 131.775
Zézeu (PT) – 108.539
Edson Pimenta (PC DO B) – 103.286
Alice Portugal (PC do B) – 101.298
Waldenor (PT) – 87.800
Oziel Oliveira (PDT) - 79.516
Geraldo Simões (PT) – 75.879
Josias Gomes (PT) – 69.245
Jose Carlos Araujo (PDT) – 68.873
Marcos Medrado (PDT) – 68.068
Luiz Argôlo (PP) – 66.677
Roberto Britto (PP) – 63.981
Amauri Teixeira (PT) – 63.603
Luiz Alberto (PT) – 63.308
PARA FAZER ACONTECER (Vagas: 8 )
Lucio Vieira Lima (PMDB) – 219.031
Mauricio Trindade (PR) – 77.255
João Bacelar (PR) – 74.918
José Rocha (PR) – 71.408
Sérgio Brito (PSC) – 70.759
Antonio Brito (PTB) – 70.125
Arthur Maia (PMDB) – 69.556
Erivelton Santana (PSC) – 69.501
DEMOCRATAS (Vagas: 6)
ACM Neto (DEM) - 326.893
Fernando Torres (DEM) – 78.347
Claudio Cajado (DEM) – 71.978
José Nunes (DEM) – 70.406
Fabio Souto (DEM) – 65.913
Paulo Magalhães (DEM) – 53.452
PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (Vagas: 2) �
Antonio Imbassahy (PSDB) - 112.465
Jutahy Magalhães Júnior (PSDB) - 108.086
VITORIA DE UMA BAHIA QUE TEM PRESSA (Vagas: 1)
Jânio Natal (PRP) – 41.537

Fonte: Sudoeste Hoje

Eleições: Lista dos deputados estaduais eleitos na Bahia

A eleição do governador Jaques Wagner no 1º turno foi brindada com a vitória de seus aliados para a Assembleia Legislativa da Bahia. Com as eleições deste domingo (3), Wagner volta a ter maioria na AL-BA. Confira abaixo a lista com o nome dos 63 deputados estaduais baianos eleitos:
PRA FRENTE BAHIA (Vagas: 26)
Marcelo Nilo (PDT) – 134.396�
Mário Negromonte Júnior (PP) – 113.193�
Ronaldo Carletto (PP) – 101.433�
Zé Neto (PT) – 79.925�
Luiza Maia (PT) – 79.806�
Cacá Leão (PP) - 78.528�
Roberto Carlos (PDT) – 75.474�
Zé Raimundo (PT) – 70.257�
Rosemberg Pinto (PT) – 69.951�
Euclides Fernandes (PDT) – 62.892�
Sidelvan Nóbrega (PRB) – 62.371�
Marcelino Galo (PT) – 58.703�
Fátima Nunes (PT) – 57.704�
Pastor José De Arimatéia (PRB) - 56.849�
Neusa Cadore (PT) – 56.095�
Joseildo Ramos (PT) – 55.684�
Paulo Rangel (PT) – 55.298�
Maria Del Carmen (PT) – 53.700�
Aderbal Caldas (PP) – 53.108�
João Bonfim (PDT) - 46.730�
Luiz Augusto (PP) – 45.412�
Coronel (PP) - 40.994�
Paulo Camera (PDT) – 40.427�
J. Carlos (PT) – 39.895�
Bira Corôa (PT) - 39.222�
Carlos Brasileiro (PT) – 38.804
MAIS AÇÃO, MAIS BAHIA (Vagas: 15)
Maria Luiza Carneiro (PSC) - 65.583�
Graça Pimenta (PR) – 64.929�
Leur Lomanto Junior (PMDB) – 50.431�
Reinaldo Braga (PR) – 48.157�
Alan Sanches (PMDB) – 47.290�
Sandro Régis (PR) - 46.746�
Carlos Ubaldino (PSC) – 46.691�
Ivana Bastos (PMDB) – 46.079�
Luciano Simões (PMDB) – 45.486�
Targino Machado (PSC) – 45.262�
Angela Sousa (PSC) – 43.537�
Pedro Tavares (PMDB) – 43.001�
Temóteo Brito (PMDB) – 42.923�
Vando (PSC) – 39.632�
Elmar (PR) – 38.376
DEMOCRATAS (Vagas: 5)
Tom (DEM) - 61.579�
Rogério Andrade (DEM) - 60.136�
Gildasio Penedo (DEM) - 57.689�
Herbert Barbosa (DEM) - 46.510�
Paulo Azi (DEM) - 40.887
LUTA DE UMA BAHIA QUE TEM PRESSA (Vagas: 4)
Claudia Oliveira (PT do B) – 57.780�
Bruno Reis (PRP) - 55.189�
Adolfo Menezes (PRP) – 52.106�
Maria Luiza Laudano (PT do B) - 43.794
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (Vagas: 4)
Fabricio (PC do B) - 51.923�
Álvaro Gomes (PC do B) - 38.441�
Kelly Magalhães (PC do B) - 35.040�
Wenceslau (PC do B) - 31.802
A BAHIA QUER PAZ, A BAHIA QUER MAIS (Vagas: 3)
Joao Carlos Bacelar (PTN) – 46.845�
Carlos Geilson (PTN) - 36.998�
Coronel Gilberto Santana (PTN) - 28.725
FRENTE DOIS DE JULHO (Vagas: 3)
Deraldo Damasceno (PSL) – 65.284�
Nelson Leal (PSL) - 58.650�
PR SGTº Isidorio (PSB) – 46.923
PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (Vagas: 2)
Adolfo Viana (PSDB) - 32.541�
Augusto Castro (PSDB) - 30.951
PARTIDO VERDE (Vagas: 1)
Eures Ribeiro (PV) - 24.433

Fonte: Sudoeste Hoje

BAHIA DE FATO agora vai fazer campanha para Dilma (13)

Ganhamos e perdemos. Com Wagner, ganhamos. Com a vitória dos senadores Lídice e Pinheiro, ganhamos espetacularmente. Não conseguimos eleger Emiliano deputado federal e Vânia Galvão deputada estadual. Entretanto, muitos parlamentares confiáveis foram eleitos, tanto para a Câmara dos Deputados quanto para a Assembléia Legislativa da Bahia.

Foi uma festa democrática. O povo se manifestou. O BAHIA DE FATO agradece aos blogueiros e internautas que encararam a luta por dias melhores para os trabalhadoes. Não acreditamos em neutralidade.

Agora, todos juntos, vamos eleger Dilma presidente, para prosseguir mudando o Brasil.

Já estamos em campanha.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

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Base aliada eleita sobe para 402 deputados

A bancada formada pelos partidos que hoje apoiam o presidente Lula e a eleição de Dilma Rousseff será a partir do próximo ano 13% maior do que a que foi eleita há quatro anos

Fabio Pozzebom/Câmara
Levantamento mostra que Dilma, se eleita, terá Câmara ainda mais favorável do que teve Lula

Eduardo Militão

Em 2011, a base aliada de um eventual governo Dilma Rousseff (PT) será 13% maior do que aquela que emergiu das urnas há quatros anos e estava alinhada com a administração do presidente Lula. Serão 402 deputados federais, ante os 380 de hoje e os 357 eleitos em outubro de 2006. O PT será o partido com maior número de cadeiras, com 88 parlamentares, seguido pelo PMDB, com 79.

Ou seja, se hoje o presidente Lula tem uma maioria folgada na Câmara, o eventual governo Dilma Rousseff deve ter ainda mais tranqüilidade com os deputados federais. E a eventual administração de José Serra (PSDB) terá razoáveis dificuldades com a oposição dos petistas.

É o que revela levantamento do Congresso em Foco com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), coletados até pouco depois da 0h desta segunda-feira (4).

De forma inversa, as oposições devem encolher um pouco mais. Se em outubro de 2006 PSDB, DEM, PPS e PSOL somavam 156, atualmente eles são 133. E a previsão é que em 2011 eles sejam apenas 111 parlamentares. Uma redução de 29%.

EVOLUÇÃO DAS BANCADAS



Partidos

O PT têm motivos para comemorar em 2011. O partido desejava fazer a maior bancada da Casa, principalmente para poder disputar a vaga de presidente da Câmara, numa negociação com o PMDB, dentro da coalizão governista. Projeções de institutos e cientistas políticos já apontavam essa tendência, como mostrou o Congresso em Foco.

O desejo vai virar realidade. O partido de Lula e Dilma passará de 79 para 88 cadeiras na Casa. A quantidade é expressiva, mas ainda menor do que a obtida em 2002, quando o PT teve 91 deputados eleitos. Apesar disso, as outras três legendas atrás dos petistas terão suas bancadas reduzidas no ano que vem.

O PMDB, que hoje é o maior partido, cairá de 90 deputados para 79. Ainda antes das eleições, a sigla também brigava internamente com os petistas para presidir a Câmara. Com a redução da bancada, o PMDB de Henrique Eduardo Alves (RN) perde força nessa pretensão.

O PSDB se mantém como a terceira força na Casa e o principal partido de oposição. Mas caiu de 59 para 53 parlamentares. Ainda assim, numa eventual vitória de Serra no segundo turno, os tucanos já garantiram um espaço importante nas relações com o Palácio do Planalto e com o DEM. O ex-PFL terá 43 deputados em vez dos atuais 56.

Veja lista completa da nova composição da Câmara

Mudanças

Os dados apresentados pelo Congresso em Foco estão sujeitos a modificações. Isso porque, com um sem número de candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não contabilizou os votos dos políticos vetados pela Justiça. O resultado pode ser revertido com liminares e futuras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, a apuração das eleições não havia terminado até o fechamento desta reportagem. O levantamento do Congresso em Foco foi fechado pouco depois da 0h desta segunda-feira (4). E coletou dados dos 27 estados, nos quais pelo menos 98,30% dos votos estavam apurados, caso do Acre. Ou seja, ao término da contagem dos votos, é possível que a quantidade de deputados por partido seja alterada.

Fonte: Congressoemfoco

Lewandowski: Tiririca não deve ser considerado

Mário Coelho

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, creditou neste domingo (3) à "vontade popular transitória" a eleição do palhaço Tiririca (PR) à Câmara dos Deputados. "Nós achamos que devem ser encarados como vontade popular transitória. Me parece que é um fenômeno que não deve ser levado em consideração", disse Lewandowski, ao ser questionado sobre relação da eleição do artista e o voto de protesto. Candidato mais votado do país, com aproximadamente 1,3 milhões de votos, Tiririca tinha como lema de campanha "pior do que está não fica".

Na visão do presidente do TSE, o voto de protesto é uma ocorrência "um tanto quanto" normal. Questionado se, nestas eleições, observou um aumento nessa categoria, Lewandowski disse que não. "Não vimos um número maior. Houve uma resposta do eleitor, mas que sempre aconteceu", disse o ministro, durante entrevista coletiva. Depois, não quis comentar mais especificamente sobre Tiririca.

Com a votação recorde nestas eleições, o candidato do PR fortaleceu os petistas paulistas na Câmara. Com ele, até o momento, com 99,93% dos votos apurados, foram 24 os eleitos da coligação entre PR, PT, PRB, PCdoB e PTdoB. Destes, 16 fazem parte do Partid dos Trabalhadores. Lewandowski adiantou que as novas bancadas na Câmara e no Senado devem ser conhecidas por volta da meia noite desta segunda-feira (4).

Indeferidos

Após a totalização de todos os votos, os brasileiros vão conhecer seus representantes oficialmente. Porém, o número de candidaturas barradas pela Justiça, por efeito da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) ou de outras condições de elegibilidade, como falta de documentos ou de quitação eleitoral, pode modificar os cenários. Além da eleição proporcional, onde há a indefinição sobre o destino dos votos em indeferidos, há um caso concreto que chamou a atenção do TSE: a eleição para governador em São Paulo.

Com 99,93% dos votos apurados, a eleição aponta para a vitória de Geraldo Alckmin (PSDB) com 50,62% dos votos. O petista Aloizio Mercadante tem 35,22%. Porém, três candidatos aparecem com 0 voto. Isso porque eles tiveram os registros indeferidos e ainda batalham na Justiça para que as candidaturas sejam consideradas aptas. Se Mancha (PSTU), Igor Grabois (PCB) e Paulo Bufalo (Psol) somarem 1% dos votos, será suficiente para que haja uma nova rodada em São Paulo. "Por hora estamos na expectativa. Mas amanhã teremos clareza, teremos uma decisão em tempo hábil", afirmou Lewandowski.

Porém, ministros admitem que o resultado não deve ser modificado. Mesmo que a candidatura dos três seja confirmada, o que é improvável, a votação deles não deve chegar ao percentual necessário para provocar um segundo turno entre Alckmin e Mercadante.

Sobre o efeito da Lei da Ficha Limpa, Lewandowski evitou fazer comentários específicos. Ou seja, não quis citar nomes de candidatos barrados que acabaram sendo punidos nas urnas. No entanto, disse que, em alguns estados, notou que os políticos "foram repudiados pelos eleitores, pela população de um modo geral". "A primeira avaliação que níos temos é que independente do resultado no STF, a lei prestou um serviço importante barrando vários candidatos", comentou o presidente do TSE.

Fonte: Congressoemfoco

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