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segunda-feira, outubro 04, 2010

Jaques Wagner é reeleito governador

Lílian Machado

Com total superioridade sobre os adversários, o governador Jaques Wagner foi o grande vencedor das eleições estaduais deste ano na Bahia, sendo reeleito com 63,83% dos votos válidos. A vitória considerada histórica permitiu a prevalência do projeto petista no Estado, que além de conquistar a permanência no poder Executivo emplacou os dois senadores, Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB). O democrata Paulo Souto ficou em segundo lugar com 16,07% dos votos válidos, enquanto o peemedebista Geddel Vieira Lima em terceiro, com 15,55%.

Em clima de comemoração no Palácio de Ondina – residência oficial do governador, Wagner agradeceu ao eleitorado pelo êxito de seu projeto nas urnas e prometeu “trabalhar ainda mais para devolver a confiança e a generosidade do povo baiano”. Com o resultado, o governador admitiu ter criado uma nova “hegemonia” política no Estado. O petista deve ser um dos comandantes da campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) para o segundo turno das eleições presidenciais.

“Podem ter tranquilidade, pois esse governador vai trabalhar ainda mais para levar melhorias para todos vocês”, disse, mandando o recado para a população, em ambiente de muita celebração ao lado de aliados no Palácio de Ondina. Segundo Wagner, sua vitória foi a concretização de “uma mudança de pensamento” na Bahia. “Os eleitores, em 2006, apostaram em um projeto para o futuro. Hoje, depois de um trabalho de quatro anos, apostaram em uma continuidade”, enfatizou.

O governador reeleito atribuiu sua vitória também ao resultado de uma atuação coletiva. “Não faço nada sozinho, porque não acredito em estrela solitária.

Trabalho em equipe. A humildade e o trabalho são os melhores para o sucesso. O objetivo hoje é construirmos uma hegemonia de pensamento, não é uma hegemonia do governador”.

O reconhecimento da “união de um mesmo projeto” também ajudou a definir a reeleição, conforme o governador. “A vaidade individual de cada um não é um defeito, mas ela não pode ser maior do que a vaidade de um projeto coletivo”, disse, alfinetando o PMDB que rompeu com o governo e lançou como candidato o ex-ministro Geddel Vieira Lima, terceiro colocado no processo eleitoral.

Alianças para a próxima gestão

Sobre as alianças para a próxima gestão, Wagner disse que irá pensar primeiro nos partidos aliados, que contribuíram com o projeto principalmente durante a campanha. “Não há como conversar agora com aqueles que foram oposição a mim. Não posso tratar de DEM e PMDB. Os atores dos dois partidos é quem precisam resolver essa questão”, restringiu.

Ainda sobre os seus adversários, que eram aliados no início de 2006 - Geddel Vieira Lima e César Borges –, o gestor petista disse que “o tempo mostrou que eles fizeram uma escolha errada”. “Os números das urnas estão mostrando que ele (César Borges) fez uma escolha errada”, afirmou.

O governador enumerou como prioridades de seu segundo mandato o “aprofundamento” pela redução da desigualdade social com a geração e ampliação do número de empregos e a atração de investimentos. Segundo ele, será meta de trabalho também a intensificação do trabalho nas áreas da agricultura familiar e da infraestrutura, com melhorias das estradas.

“Não há porque não devolver esse carinho dos baianos com mais trabalho ainda também na área da saúde, da segurança e da educação”, disse. Wagner disse ainda que pretende “aprofundar a relação democrática com a sociedade e trabalhar ainda com mais transparência”

O governador comentou ainda sobre a disputa presidencial, que será decidida em segundo turno entre sua "companheira" de partido Dilma Rousseff e o tucano José Serra, no próximo dia 30. “Como militante desse projeto, me coloco à disposição para trabalhar e eleger Dilma. Creio que temos tudo para ganhar o segundo turno. Por isso agora vamos chamar todos aqueles não votaram em nosso projeto no primeiro turno. Vamos lutar para que possamos dar continuidade ao projeto do governo Lula”. (LM)

Fonte: Tribuna da Bahia

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