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quarta-feira, outubro 27, 2010

Eleitor desaprova debate e reforça tendência de voto

Vítor Rocha, do A TARDE


Se houve uma unanimidade entre as dez pessoas que assistiram juntas ao debate presidencial da Rede Record, no domingo, 25, a pedido de A TARDE, foi a crítica ao formato “engessado” aplicado pelas grandes redes de televisão. Para eles, o modelo favorece a ausência de propostas concretas e deságua em falta de clareza e objetividade dos candidatos sobre o que pretendem para o País.

Como resultado disso, ninguém externou mudança de convicção de voto, mas os três indecisos se mantiveram inclinados a votar na candidata oficial Dilma Rousseff (PT). Sobre a performance dos presidenciáveis, a avaliação dos eleitores condiz com a respectiva opinião a respeito dos concorrentes. Ou seja, a maioria avalia que o preferido se saiu melhor.

Três atribuíram a José Serra (PSDB) melhor desenvoltura, mas, antes do debate, já se declararam eleitores do tucano, sem possibilidade de mudar o voto.

Os outros sete participantes do evento perceberam equilíbrio de forças entre os dois candidatos. Destes, um se disse adepto de Serra, três decididos por anular o voto e outros três indecisos. Ninguém mudou de opinião, inclusive os indecisos, que continuaram pendentes à petista Dilma Rousseff.

Os dez participantes foram convidados de forma aleatória pelo Grupo A TARDE e a escolha não segue o perfil do eleitor médio da Bahia ou do Brasil. No primeiro turno das eleições, Dilma venceu com 46,9% dos votos válidos, contra 32,6% de Serra. Na Bahia a vantagem foi maior para a petista: 62% a 20%.

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Blocos -
Na avaliação da maioria dos participantes, Serra se saiu melhor no primeiro bloco, mas Dilma equilibrou o debate e até se destacou no segundo e no terceiro bloco. Entre os pontos mais criticados pelos eleitores está a falta de resposta de Serra sobre questões importantes, como o ProUni, e a insegurança de Dilma, que gaguejou ao falar “sistema penitenciário”.

No início do programa, os serristas estavam mais otimistas e até tentavam convencer os outros. Abelardo dos Santos Filho, 48, advogado, morador da Federação, defendia: “Na democracia não pode haver continuísmo”. E logo na primeira imagem do tucano, Fernanda Fernandes, corretora de imóveis, do Costa Azul, elogiou: “Olha a carinha de alegre dele!”.

Carlos Vieira, 28, auxiliar jurídico, da Barros Silva, riu satisfeito quando Serra falou em “parceria estranha” entre o governo e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Os indecisos começaram a se manifestar no final do primeiro bloco. “Não tenho nenhuma razão para votar em Dilma, mas vários motivos para não votar em Serra”, comentou Amarildo Barbosa, 39, jornalista e morador de São Cristóvão. “Não quero voltar ao retrocesso”, justificou.

Cláudia Eleutério, 24, historiadora, do Imbuí, também criticou o tucano. “Achei ridículo quando ele disse ‘aquela mulher’. É machismo dele”, comentou, sobre frase de Serra em referência a Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil.

Já a antropóloga Hilda Braga, 54, também do Imbuí, reagiu favorável a Dilma quando ela garantiu não criminalizar os movimentos sociais, como o MST: “Chega de repressão neste País”.


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