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segunda-feira, agosto 16, 2010

Plástica e casamento pagos por consórcio


“Qual banco faria um empréstimo para uma estudante que não tem renda fixa nem carteira assinada?”, justifica Michelly Karoline Silveira, 21 anos, que está no terceiro ano de nutrição em uma faculdade de campinas. A saída foi recorrer ao consórcio, uma forma de financiamento que tem crescido nos últimos meses, depois que grupos para pagamento de serviços começaram a ser oferecidos.

Assim que a nova lei dos consórcios entrou em vigor no país, em janeiro do ano passado, permitindo que as cartas de crédito dos consórcios pudessem ser usadas para financiar qualquer tipo de prestação de serviço, a estudante percebeu que não teria de esperar pela sua formatura e pelo seu primeiro emprego com registro em carteira para pagar sua prótese de silicone nos seios.

“Entrei em um grupo de 36 meses, mas consegui juntar um pouco de dinheiro e dei um lance. Seis meses depois, consegui a carta de crédito. Penso agora em entrar em um consórcio para comprar um imóvel. Como moro com os meus pais, não tenho pressa para comprar o bem. Nesse caso, o consórcio acaba sendo realmente muito vantajoso.”

Segundo dados da associação brasileira de administradoras de consórcios (Abac), de janeiro a junho deste ano, o volume de negócios chegou a R$ 28,5 bilhões, valor 33,2% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, R$ 21,4 bilhões.

Até maio, eram 25 as administradoras que ofereciam grupos de serviços. Nos cinco primeiros meses do ano, de acordo com a associação, 29,4% dos consorciados sorteados utilizaram sua carta de crédito nas áreas de saúde e estética, 15,2% para festas e eventos, 8,9% em turismo e 2,9% em educação. Hoje, há no país cerca de 4.600 consumidores em grupos de consórcios de serviços, e o valor do crédito varia de R$ 2.000 a R$ 38 mil.

Para quem quer imediatamente um bem, o consórcio não é vantajoso. Mas se a compra puder esperar, é a melhor saída quando comparado às condições de financiamento do mercado”, disse o presidente executivo da associação, Paulo Rossi.

A principal cobrança das administradoras, que tem maior peso sobre as parcelas, é a taxa de administração. No caso dos grupos de serviços, a taxa média observada no mercado é de 0,5% ao mês, considerando o prazo de 36 meses, segundo a Abac.

Para a administradora de empresas Gilvane Oliveira dos Santos, 29 anos, que disse ter esperado “quase uma vida inteira” para ficar satisfeita com seu corpo, aguardar um ano e meio para ter em mãos uma carta de crédito e pagar sua cirurgia plástica não foi nada.

“Fiz a melhor escolha ao procurar essa modalidade de crédito e fugir dos juros cobrados pelos bancos e pelas financeiras”, disse Gilvane, que, além de uma lipoaspiração, colocou prótese de silicone nos seios.

Depois de ter sido sorteada em menos de um ano, Gilvane agora faz planos para comprar um carro e fazer uma viagem internacional. “É muito bom você poder pagar seus gastos do seu jeito. Foi assim que eu me senti”, afirmou a administradora.

Até festa de formatura

Embora a maioria dos consumidores, de acordo com as administradoras, desconheça a possibilidade. Se uma pessoa entra em um consórcio de serviço com o objetivo de pagar sua festa de casamento e, no meio do caminho, o noivado não dá certo, ela pode usar o dinheiro, quando for contemplada, para fazer uma viagem, por exemplo”Gisele de Paula, da Embracon.

Festas de casamento, de formatura e de 15 anos, reforma de casa, conserto de carro e até honorários de advogados podem ser pagos com a carta de crédito, uma vez que são considerados serviços. para o consumidor precavido, há ainda a possibilidade de usar o dinheiro para pagar serviços funerários.

“Um de nossos clientes usou sua carta de crédito para pagar dívidas com um contador, por exemplo. O contador deu uma nota fiscal de serviço para o cliente e nós repassamos o pagamento. As pessoas precisam saber que esse tipo de uso do crédito é permitido”, afirmou Gisele Reis de Paula, gerente de imagem e relacionamento da Embracon.

Uma das vantagens desse tipo de grupo consiste na possibilidade de o participante pagar o serviço que quiser. no consórcio de bens, já é definido previamente se a compra será de um carro, de uma moto ou de um imóvel, por exemplo.

“Se uma pessoa entra em um consórcio de serviço com o objetivo de pagar sua festa de casamento e, no meio do caminho, o noivado não dá certo, ela pode usar o dinheiro, quando for contemplada, para fazer uma viagem, por exemplo”, disse a gerente.

Além do uso da carta de crédito para o pagamento de cirurgias plásticas – serviço mais popularizado nos últimos meses – os consumidores têm procurado essa modalidade de consórcio para pagar os estudos dos filhos. Graduação, pós-graduação e até cursos de idiomas podem ser pagos com a carta de crédito. Fonte: G1

CASAMENTO - Pensando na dificuldade dos noivos em arcar com os custos do casamento, e aproveitando a nova lei de consórcio – que incluiu o item serviços – as administradoras de consórcio passaram a oferecer cotas para pagamentos da cerimônia, incluindo festa, lua de mel, dias da noiva e noite de núpcias.
As empresas Rodobens Consórcio e a Embracon são exemplos de empresas que oferecem a modalidade. É possível adequar o valor das cotas ao orçamento mensal do casal.

tiver dinheiro para antecipar a carta, pode utilizar 25% do valor, percentual que será abatido na entrega do dinheiro.

As empresas alertam ainda que, se algo der errado e o casamento não acontecer, o dinheiro do consórcio pode ser utilizado para qualquer outro serviço, como custear uma viagem, um estudo ou até cirurgias plásticas e tratamentos estéticos, por exemplo.

Fonte: Tribuna da Bahia

Roseana é suspeita de lavar R$ 4,5 milhões

Fábio Motta/AE

Fábio Motta/AE / Roseana: “É muito estranho que uma denúncia fantasiosa, de seis anos atrás, seja desenterrada agora que estamos em plena campanha eleitoral” Roseana: “É muito estranho que uma denúncia fantasiosa, de seis anos atrás, seja desenterrada agora que estamos em plena campanha eleitoral”
Maranhão


Documentos indicam que governadora, candidata à reeleição, simulou empréstimo para resgatar dinheiro no exterior

16/08/2010 | 00:06 | Agência Estado


Documentos que estão nos arquivos do Banco Santos indicam que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), candidata à reeleição, e seu marido, Jorge Murad, simularam um empréstimo de R$ 4,5 milhões para resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior. Os papéis obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo – incluindo um relatório confidencial do banco – dão detalhes da operação, montada legalmente no Brasil, com um prazo de seis anos. Os relatórios mostram, no entanto, que o empréstimo foi pago por meio de um banco suíço cinco dias depois da liberação dos recursos no Brasil.

O dinheiro foi, segundo os documentos, investido na compra de participações acionárias em dois shoppings, um em São Luís e outro no Rio de Janeiro. O Banco Santos teria servido apenas como ponte para Roseana e Murad usarem os dólares depositados lá fora. É o que o mercado financeiro batiza de operação “back to back”.

Pé atrás

“’Tenho de ver as provas”, diz Dilma

Agência Estado

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse ontem que só depois de conhecer os documentos do Banco Santos sobre a operação que permitiram à sua aliada política, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e seu marido Jorge Murad, resgatar US$ 1,5 milhão depositados na Suíça, é que se manifestará sobre o fato. Dilma – que é aliada da família Sarney – alegou que não pode se basear em “acusações de jornais”. “Eu tenho de ver as provas e aí, sim, eu me manifesto”, alegou, ao falar na Feira do Produtor, na localidade de Vicente Pires, a cerca de 20 quilômetros do centro de Brasília.

O acordo ocorreu em julho de 2004 entre a governadora, seu marido e Edemar Cid Ferreira, até então dono do Banco Santos, que quebrou quatro meses depois e passa por intervenção judicial até hoje. De posse dos documentos, o jornal procurou em São Paulo o administrador judicial do Banco Santos, Vânio Aguiar, para se certificar de que os papéis estão nos arquivos oficiais da instituição bancária. Ele confirmou a veracidade dos documentos. “Eu não sabia da existência deles. Mandei levantar e confirmo a existência desses documentos que você me mostrou nos arquivos do banco”, disse Aguiar à reportagem. “Foram encontrados na área de operações estruturadas.”

A operação com a família Sarney começou no dia 29 de julho de 2004, quando Roseana e Murad assinaram o contrato de empréstimo de número 14.375-3, no valor de R$ 4,5 milhões, em nome da Bel-Sul Administração e Participações Ltda. Na época, a governadora detinha 77,9% da Bel-Sul e seu marido, 22,1%. O dinheiro foi liberado naquele mesmo dia e investido nos dois shoppings, no Rio e em São Luís.

De acordo com o contrato, a empresa deveria pagar ao Banco Santos em cinco parcelas até 27 de dezembro de 2010. Cinco dias depois da concessão do empréstimo, em 3 de agosto de 2004, a Bel-Sul, mostram os documentos, liberou US$ 1,5 milhão para Edemar Cid Ferreira por meio de uma conta no banco suíço UBS.

Roseana Sarney afirmou ontem, por meio de nota oficial, que a publicação da reportagem sobre a lavagem de dinheiro por meio de empréstimo com o Banco Santos tem caráter eleitoral para prejudicá-la na campanha à reeleição. Ela desmente irregularidades no empréstimo, mas não nega ter dinheiro no exterior. Para a governadora, o episódio tem relação com a descoberta de gás no Maranhão. “É muito estranho que uma denúncia fantasiosa, de seis anos atrás, seja desenterrada agora que estamos em plena campanha eleitoral, quando todas as pesquisas apontam uma tranquila liderança para a minha candidatura”, disse.

Fonte: Gazeta do Povo

O falso milagre da multiplicação dos votos

Carlos Chagas

Não há um só candidato às eleições de outubro, entre grandes e pequenos, em todo o país, incapaz de imaginar que a partir de amanhã acontecerá o milagre da multiplicação dos votos. Tanto os que vão bem nas pesquisas quanto os que vão mal jogam suas fichas no período de propaganda gratuita no rádio e na televisão. Uns para virar o jogo. Outros para confirmar expectativas.

São dessas verdades absolutas que servem para turvar a natureza das coisas. Porque o cidadão comum, aquele que chegar em casa cansado do trabalho e ligar a televisão, não deixará de exalar um resmungo quando perceber que no horário nobre, em todos os canais, aparecerá a mesma imagem. Candidatos a deputado estadual, federal, senador, governador e presidente da República, sem ser convidados, ocuparão telinhas e telões prometendo o diabo, mentindo horrores e desafiando a paciência de todos nós. Uns, é claro, pelo histrionismo exagerado, poderão até divertir por alguns segundos, mas todos apresentarão perfis irreais, diagnósticos fantasiosos e receitas inviáveis.

Bastará verificar os baixos índices de audiência e, mais do que eles, o fraco interesse por parte de ouvintes e telespectadores. Vale propor um desafio: um minuto depois de encerrada a propaganda obrigatória,quem terá condições de repetir a simples ordem de entrada dos candidatos em nossa paciência, em se tratando do que disputam o Congresso e as Assembléias Legislativas? Ou de lembrar as promessas e mensagens dos pretendentes aos governos estaduais e ao próprio governo federal? É bom não esquecer que estes são oito, e aqueles, muitos mais.

Será mesmo a propaganda gratuita a varinha de condão destinada a despertar o eleitor, levando-o a decidir em quem votará? Pode ser, na base da escolha do menos pior, mas há duvidas…

Transformações

Dilma Rousseff candidata presidencial apresenta-se de forma bem diferente do que Dilma Rousseff chefe da Casa Civil. Antes, era irascível, durona no trato com ministros e altos funcionários do governo, intransigente nas cobranças e desprovida de senso de humor.

Agora é amena, ouve mais do que fala, aceita ponderações e, mesmo parcimoniosa em sorrisos, mostra-se disposta ao diálogo e até a aceitar críticas.

A pergunta que se faz é, no caso de vitória em outubro, qual das duas Dilmas prevalecerá na presidência da República…

Fonte: Tribuna da Imprensa

Nos jornais: Roseana Sarney lavou dinheiro, indicam papéis

O Estado de S. Paulo

Roseana lavou dinheiro, indicam papéis

Documentos que estão nos arquivos do Banco Santos indicam que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e seu marido, Jorge Murad, simularam um empréstimo de R$ 4,5 milhões para resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior. Os papéis obtidos pelo Estado – incluindo um relatório confidencial do banco – dão detalhes da operação, montada legalmente no Brasil, com um prazo de seis anos. Os relatórios mostram, no entanto, que o empréstimo foi pago por meio de um banco suíço cinco dias depois da liberação dos recursos no Brasil.

O dinheiro foi, segundo os documentos, investido na compra de participações acionárias em dois shoppings, um em São Luís e outro no Rio de Janeiro. O Banco Santos teria servido apenas como ponte para Roseana e Murad usarem os dólares depositados lá fora. É o que o mercado financeiro batiza de operação "back to back". O acordo ocorreu em julho de 2004 entre a governadora, seu marido e Edemar Cid Ferreira, até então dono do Banco Santos, que quebrou quatro meses depois e passa por intervenção judicial até hoje.

Afastado do banco, Edemar é íntimo da família Sarney. Foi padrinho de casamento de Roseana e Murad. Os documentos, obtidos pela reportagem com ex-diretores do Banco Santos, reforçam os indícios que a família Sarney sempre negou: que tem contas não declaradas no exterior. De posse dos documentos, o Estado procurou em São Paulo o administrador judicial do Banco Santos, Vânio Aguiar, para se certificar de que os papéis estão nos arquivos oficiais da instituição bancária. Ele confirmou a veracidade dos documentos. "Eu não sabia da existência deles. Mandei levantar e confirmo a existência desses documentos que você me mostrou nos arquivos do banco", disse Aguiar ao Estado. "Foram encontrados na área de operações estruturadas."

Os papéis mostram que coube à então secretária de Edemar, Vera Lucia Rodrigues da Silva, informar o patrão do pagamento lá no exterior. "Dr. Edemar. A Esther/UBS confirmou hoje o crédito de 1.499.975,00, aguarda instruções. Vera Lucia", diz mensagem eletrônica enviada por ela às 11h56 do dia 3 de agosto de 2004. A secretária Vera Lúcia refere-se a Esther Kanzig, diretora do banco suíço UBS em Zurique que, segundo ex-diretores do Banco Santos ouvidos pelo Estado, representava os suíços nas relações com Edemar Cid Ferreira. Edemar responde à secretária às 12h47 e mostra que essa era uma prática rotineira do banco: "Vera, proceder da mesma maneira que da vez anterior com a distribuição entre administradores qualificados. Grato, ECF."

O Banco Santos não tinha autorização para atuar no exterior e, segundo as investigações sobre sua falência, Edemar usava offshores laranjas para receber recursos fora do Brasil.

Negócio envolveu aliado de Sarney

A transação entre a governadora do Maranhão, seu marido e o Banco Santos envolveu ainda mais um aliado da família Sarney: Miguel Ethel Sobrinho, ex-presidente da Caixa Econômica no governo de José Sarney e, até o ano passado, conselheiro da fundação que leva o nome do presidente do Senado. Miguel Ethel detém 50% da Participa Empreendimentos, empresa que vendeu as ações dos shoppings São Luís (MA) e Nova América (RJ) à Bel-Sul, empresa administrada por Jorge Murad. Segundo o processo de empréstimo, a Bel-Sul compraria, na época, 5% das ações da Participa no Nova América e 10% da sociedade dela no empreendimento de São Luís.

Como a sisudez deu lugar ao sorriso

Terça-feira, 10 de agosto. Na sede nacional do PT, uma especialista em pesquisas expõe a dirigentes do partido levantamentos feitos desde janeiro, com gráficos descritos por petistas como "eletrocardiograma", indicando a nova fisionomia da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência. De ministra da Casa Civil desconhecida, Dilma passou a ser vista pelas classes mais pobres como mulher "guerreira", que ajudou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a comandar os principais projetos do governo. É com esse figurino que ela vai se apresentar na estreia do programa eleitoral de TV, no próximo dia 17.

A transição da ex-guerrilheira para a candidata "guerreira" jogou por terra o ideário da esquerda xiita. Para encarnar "a grande transformação" - termo com o qual foi batizado o radical programa de governo aprovado pelo PT, em fevereiro -, Dilma foi submetida a longo treinamento, que inclui a milenar arte marcial japonesa, conhecida como aikidô. Na prática, a imagem de herdeira do espólio lulista começou a ser moldada há cerca de três anos, nos bastidores do Palácio do Planalto. Da simbiose com Lula à revolução estética, tudo foi planejado para suavizar a feição da caloura na cena política. De burocrata no gabinete, Dilma assumiu o posto de "mãe" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e passou a subir em palanques. A sisudez deu lugar ao sorriso e o antigo penteado foi substituído por um clássico "a la Carolina Herrera".

Em clima de pagode, mais ''Zé'' e menos José

Zé não é Silva, mas participa do pagode da comunidade. Na laje, de onde se vê toda a "favela", ouve as pessoas cantarem: "Quando o Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá, o Zé Serra eu sei que anda, é o Zé que eu quero lá." É assim que o presidenciável do PSDB, José Serra, será apresentado ao eleitor a partir desta terça-feira, quando começar o horário eleitoral na televisão. Numa eleição em que a disputa se dará pelo eleitorado de baixa renda, junto ao qual o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenciável Dilma Rousseff construíram seu maior ativo eleitoral, o tucano foi convencido de que não tem como fugir do figurino popular.

Oito anos após a derrota na disputa presidencial de 2002, Serra chega à corrida dez quilos mais magro e com um discurso mais popular no bolso. Sob comando do marqueteiro, o jornalista Luiz Gonzalez, tenta seguir as regras do jogo definidas na era Lula, que impôs um padrão de maior proximidade do candidato com o eleitor. Serra tem sido orientado a conversar mais com as pessoas na rua. Os seguranças deixam simpatizantes se aproximarem do tucano, que usa microfone de lapela nas caminhadas para captar o bate-papo "informal". Foram retirados também os cordões de isolamento, usados enquanto era governador, e o púlpito onde se colocavam os gravadores afastando-o da imprensa. Tudo calculado para o candidato passar a imagem de um político mais próximo, mais acessível.

Marina muda o tom para não ficar numa nota só

Em termos de superação pessoal, a história de Maria Osmarina Marina da Silva, de 52 anos, guarda muita semelhança com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela nasceu em um casebre coberto de palha, no meio de um seringal do Acre, onde não havia escola e nem mesmo uma igrejinha. Era a segunda filha de uma família numerosa, com dez irmãos, dos quais três morreram pequenos, de malária. Trabalhou como empregada doméstica ainda na pré-adolescência e só aprendeu a ler e a escrever aos 16 anos. Apesar desse mundo de desvantagens, Marina tornou-se senadora e uma das figuras mais festejadas em todo o mundo na área de defesa do meio ambiente. Pela sua biografia - na qual figuram, entre outros feitos, a luta contra a ditadura militar e a resistência a jagunços armados que aterrorizavam os seringueiros nos anos 80, a mando de fazendeiros - não se pode negar, em momento nenhum, o gosto pelo desafio.

O mais novo deles começa na terça-feira, com a largada da fase mais agitada da campanha eleitoral para a Presidência e a propaganda gratuita na TV e no rádio. Concorrendo por um partido pequeno, o PV, Marina terá à sua disposição um tempo pequeno, de apenas 1m23s em cada bloco de propaganda gratuita. A ex-ministra Dilma Rousseff, que concorre pelo PT, terá 10 minutos. E José Serra, do PSDB, 7. Mas isso ainda não é tudo. Além do tempo curto, a propaganda eleitoral de Marina ficará espremida num bloco de candidatos nanicos, afastada de Dilma e Serra - os candidatos com os quais procura debater diretamente, de igual para igual, na tentativa de se apresentar como nome viável para um eventual segundo turno.

Países têm propaganda eleitoral gratuita e paga

Grande parte dos países do mundo tem horário eleitoral gratuito durante as eleições, como o Brasil, onde a propaganda começa na próxima terça-feira. Mas muitos têm um sistema misto, de anúncios pagos e gratuitos, e varia muito a maneira como o tempo de TV e rádio é dividido. Alguns países dividem igualmente entre os partidos o tempo disponível, como França, Grã-Bretanha e Dinamarca. Outros, como o Brasil, África do Sul e Namíbia, dividem uma parte igualmente, e o resto por critérios de popularidade, de acordo com o desempenho do partido em eleições anteriores, tamanho de bancadas, desempenho nas pesquisas e número de candidatos.

No México, 30% do tempo de TV é distribuído igualmente, independentemente do tamanho de cada legenda ou desempenho na eleição anterior. Os restantes 70% são alocados conforme o desempenho na última eleição. Na Espanha, o tempo é distribuído de acordo com o desempenho na eleição anterior. Na França, a fórmula é dividir o tempo de TV igualmente entre todos os presidenciáveis. Na Dinamarca, o tempo também é dividido por igual, mas um partido precisa ter ultrapassado certo número de votos na eleição anterior para participar do horário gratuito.

Candidatos têm mesmas propostas para a Copa

As propostas de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) para a Copa de 2014 são quase idênticas: investir em aeroportos e priorizar a melhoria dos transportes urbanos. Serra garantiu a construção, se eleito, de 400 km de metrô. Entre as cidades mencionadas pelo tucano estão Fortaleza, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre - todas receberão jogos da competição. Dilma, por sua vez, defendeu a abertura de capital da Infraero, a fim de melhorar a gestão dos aeroportos brasileiros.

Em julho, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, chegou a afirmar que "o primeiro, o segundo e o terceiro maiores problemas a serem enfrentados são os aeroportos". Em resposta, os candidatos trataram de ampliar as promessas para o setor. Dilma comprometeu-se a acelerar as obras do aeroporto de São Gonçalo do Amaral, em Natal (RN). Serra disse que ampliará os aeroportos de Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM).

O discurso de Dilma na política esportiva é de continuidade em relação ao governo atual. "Estão previstos gastos de R$ 16 bilhões para a área de transportes, considerando aí os transportes urbanos, metrô, aeroportos, o VLT, corredores de ônibus e os próprios terminais", informou sua assessoria.

Marina propõe agência para regular eventos

As propostas de Marina Silva (PV) para a Copa do Mundo de 2014 também tratam de infraestrutura. Sua principal proposta é criar uma agência reguladora temporária, cujo objetivo seria fiscalizar e gerenciar as obras de três grandes eventos que serão realizados no Brasil nos próximos anos: Copa do Mundo, Rio+20 e Olimpíada de 2016. "Essa agência executora extraordinária teria começo, meio e fim e atuaria de forma autônoma para botar as coisas para funcionar", explica Tasso de Azevedo, um dos coordenadores do programa de Marina.

Ele concorda que o grande déficit de infraestrutura está nos aeroportos. "Mas não é só, temos problemas com a hotelaria, com a mobilidade urbana", diz. Ele afirma que as obras terão de ser feitas simultaneamente ao seu planejamento, "porque está tudo atrasado". "É como assoviar e chupar cana ao mesmo tempo."

Sindicato diz que mais 4 plataformas têm defeitos

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense afirma que ao menos quatro plataformas de petróleo operam na Bacia de Campos em estado de manutenção semelhante ao da P-33, interditada na quinta-feira pela Agência Nacional da Petróleo, relata Irany Tereza. "Os problemas são parecidos. A P-31, por exemplo, é conhecida pelos petroleiros pelo apelido de Sucatão", diz José Maria Rangel, do sindicato.

Petrobras se defende

A Petrobras argumenta que a análise de riscos da plataforma P-33 foi atualizada em 2007 e vale até 2012, “seguindo as melhores práticas internacionais”.


O Globo

TCU acha uma irregularidade a cada duas semanas no Dnit

Alvo da cobiça de políticos aliados do governo e de opositores, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) se perpetua como um ninho de irregularidades em contratos e licitações públicas. Levantamento do Globo em 399 relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU), aprovados desde janeiro de 2009, mostra ocorrências de sobrepreço e superfaturamento, entre outros problemas, que somam R$ 1,02 bilhão. A cada dez acórdãos em que a autarquia é citada, mesmo como referência para discussão de situações alheias, um sinaliza sangria dos cofres públicos. É como se o TCU detectasse a cada duas semanas uma irregularidade em obra do Dnit.

A cifra engloba pagamento por serviços não executados, jogos de planilha e licitações viciadas ou fraudulentas em pelo menos 43 trechos rodoviários e um ferroviário. Além da verba que foi pelo ralo, e o TCU tenta recuperar, a soma inclui o que só não foi pago porque ficou na peneira do órgão de controle externo; como destaque, quatro projetos nas BRs 101 e 285, além do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Sob a tutela do PR desde o início do governo Lula, o Dnit é a versão repaginada do antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), extinto nos anos FH por causa do passivo de corrupção.

Segundo um ex-ministro dos Transportes, a estratégia para evitar escândalos no atual governo foi manter homens de confiança do Planalto na diretoria em Brasília. Mas, nos estados, a vigilância é menor.

Dilma evita 'salto alto' e diz que campanha vai bem

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse neste sábado que a pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Datafolha, que mostra que está oito pontos percentuais à frente do candidato do PSDB , José Serra, é uma demonstração de que sua campanha está sendo bem realizada. Para Dilma, a "novidade", a partir de agora, será o horário eleitoral gratuito, que começa na próxima terça-feira. Ela tem 41% das intenções contra 33% do tucano. Dilma evitou falar em vitória no primeiro turno, mas admitiu que a pesquisa permite várias leituras. Segundo o Datafolha, levando-se em conta apenas os votos válidos, a petista teria 47%, ficando a três pontos percentuais de uma vitória no primeiro turno.

"É possível várias leituras (da pesquisa). Prefiro não tratar dessa questão (chances reais de vencer no primeiro turno) através de uma análise de pesquisa. Acho que para a gente ganhar a eleição não é pesquisa que importa. O que importa é se esforçar ao máximo para comunicar o programa que desenvolvemos, que é de continuidade e aprofundamento do governo Lula. De fato, é conseguir conquistar o voto das pessoas. De hoje até 3 de outubro, não tem nada decidido", disse Dilma, ao ser perguntada sobre as reais chances de vencer no primeiro turno.

A petista voltou a dizer que a militância e a coordenação da campanha não podem sofrer do chamado "salto alto". "A pior coisa que pode acontecer nessa campanha é o salto alto, porque combina duas coisas: a autosuficiência e a soberba, dois grandes inimigos do ser humano. Não vamos correr esse risco, porque estou muito consciente disso. Será uma campanha a partir de agora com uma novidade, que são os programas de televisão", disse Dilma.

Serra não comenta pesquisa e critica governo federal

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, não quis comentar o resultado da pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira à noite, que o coloca oito pontos percentuais atrás da candidata do PT, Dilma Rousseff. Mas, em sua visita ao bairro de Comendador Soares, em Nova Iguaçu, Serra aproveitou para criticar políticas do governo federal nas áreas de segurança, transporte, saúde e saneamento. Segundo ele, o governo faz muita propaganda na área de saneamento, apesar de haver bairros nos grandes centros com pouco serviço de água e esgoto.

"Fala-se muito em saneamento. O governo federal faz uma propaganda imensa, mas a gente não vê acontecer na realidade. O que você vê aqui é esgoto à luz do dia, ruas sem calçamento. Você tem que transformar essas comunidades em bairros (....) É preciso fazer menos propaganda nesse aspecto (saneamento) e fazer mais as coisas acontecerem", afirmou Serra, que comeu churrasco e pediu um copo de cerveja quente num churrasco realizado pelos moradores na laje de uma casa.

Na semana passada, em entrevista ao Jornal Nacional, da "TV Globo", Dilma Rousseff afirmou que o governo investia cerca de R$ 270 milhões em saneamento na Rocinha. Os valores, contudo, são bem menores: R$ 80 milhões e, mesmo assim, recursos que estão sendo usados na instalação de sistema de esgoto e abastecimento de água apenas para atender os novos prédios da comunidades, o complexo esportivo e uma unidade médica.

22 mil candidatos aspiram ao voto de 135 milhões

Com cerca de 22.400 candidatos - um "elenco" jamais visto em qualquer programa de rádio ou televisão -, estreia nesta terça-feira o programa eleitoral gratuito. O público estimado é de 135.804 milhões de eleitores, que terão 130 horas de programação eleitoral, além de inserções diárias entre 17 de agosto e 30 de setembro, para conhecer as propostas dos nove candidatos à Presidência, dos 270 candidatos ao Senado e dos mais de 20 mil aspirantes a deputado estadual, distrital e federal.

Primeiro a aparecer no horário eleitoral, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, vai apresentar propostas com base no tripé que pretende explorar nos próximos 45 dias de exposição na TV: saúde, educação e segurança serão o carro-chefe do programa dirigido pelo marqueteiro Luiz Gonzalez. O tucano vai reforçar críticas aos gargalos de infraestrutura que teriam sido provocados pelo governo federal, com destaque para sucateamento dos portos e falta de investimentos na malha aeroviária.

A superlotação dos aeroportos surgirá como alerta para os períodos em que o país vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Para o programa de abertura, haverá comparação da biografia com a de outros candidatos, principalmente com a da petista Dilma Rousseff. Para isso, a cúpula tucana levantou números, imagens e depoimentos relativos à trajetória de Serra. Servirão de bandeiras o programa de prevenção à Aids e mutirões de saúde, entre outros temas. A origem humilde de Serra será explorada na TV.

O programa de Dilma, por decisão do presidente Lula, terá como principal objetivo reforçar a identidade dela como a mais capacitada para continuar o projeto de governo. Nos bastidores, Lula tem sido consultado pelo marqueteiro João Santana. O objetivo é explorar ao máximo a parceria com Lula para atrair um quarto do eleitorado que ainda desconhece essa relação. Haverá comparação entre os governos de Lula e Fernando Henrique Cardoso. Nos primeiros programas, Dilma vai aparecer no extremo Sul do país, enquanto Lula gravou um programa no Norte, para mostrar a integração nacional proposta pelos dois.

Com apenas um minuto e 23 segundos no horário eleitoral, a campanha de Marina Silva pretende apelar à criatividade para driblar a pequena exposição na televisão em relação aos adversários Dilma e Serra. A ideia é apresentar uma "produção artística" inovadora no primeiro programa para chamar a atenção. Os detalhes são mantidos em segredo. O cineasta Fernando Meirelles, diretor de "Cidade de Deus", tem contribuído com sugestões e chegou a participar da gravação do primeiro piloto do programa.


Novos ministérios serviriam para inchar promessas

O presidente que assumir o governo federal em janeiro de 2011 deverá ampliar ainda mais o número de ministérios no governo. Tanto Dilma Rousseff (PT) como José Serra (PSDB) prometeram criar novas pastas, cuja lista só cresce desde o governo Itamar Franco (1992). Se, por um lado, isso pode significar uma atenção especial para alguns temas - como ocorreu nos últimos anos com mulheres, igualdade racial e portos -, por outro atrapalha a gestão do país e infla a burocracia oficial. Especialistas em gestão afirmam que a criação de um ministério não significa, necessariamente, avanço nas políticas públicas para um setor.

Além disso, uma estrutura inchada pode virar armadilha para um mandatário futuro que queira reduzir a estrutura federal - uma vez que o presidente poderá ser tachado como contrário ao setor que perderá o ministério. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva criou quatro novos ministérios (Pesca e Aquicultura, Cidades, Desenvolvimento Social e Turismo, este último desmembrado de Esportes) e quatro secretarias com status de ministério (Mulheres, Igualdade Racial, Portos e Assuntos Estratégicos). Além disso, criou outras estruturas de caráter mais político (como Comunicação da Presidência, Secretaria Geral e Relações Institucionais), cujos titulares também têm status de ministro.

À frente nas pesquisas de intenção de votos, Dilma prometeu criar a pasta da Micro e Pequena Empresa. Serra, por sua vez, anunciou que fará o Ministério da Segurança Pública e uma pasta de apoio ao deficiente físico. O tucano, porém, disse que extinguirá alguns ministérios.

Mais de 60% trocam de emprego anualmente

Estudo inédito da Fundação Getúlio Vargas mostra que 62,8% dos trabalhadores sem carteira assinada do país mudam de emprego a cada ano. Motivo de preocupação dos especialistas, a rotatividade também é grande entre os que trabalham por conta própria: 31,8%. Até para os funcionários com carteira, o índice é elevado: 17,4%.


Folha de S. Paulo

Dez obras viárias recebem mais verbas que o metrô

Mais do que novas avenidas, túneis e viadutos, a solução do transporte na região metropolitana de São Paulo está na expansão do metrô. O discurso parece até repetitivo -por já ser endossado por nove entre dez políticos deste século. Só que, na prática, não foi seguido à risca pelas várias esferas de governo e partidos, do PSDB ao PT.

Levantamento da Folha mostra que a Grande São Paulo deve completar a década com um desembolso acima de R$ 13,5 bilhões com as suas dez principais obras viárias novas. É dinheiro suficiente para, com folga, aumentar em 50% a rede atual do metrô paulistano. E é mais do que os R$ 12 bilhões estimados para construir e equipar os 30 km de novas linhas de metrô que a região ganhou ou ganhará de 2000 até meados de 2011.

A conta considera só a ampliação do sistema metroviário em quilômetros e a construção de mais faixas de tráfego. Ela exclui os casos que se limitaram à modernização, reformas e equipamentos para vias ou metrô -bem como a melhoria dos trens e outros transportes coletivos. Os cálculos motivam duas avaliações de especialistas: 1) O ritmo de expansão do metrô, inferior a 3 km/ano, prosseguiu tímido, embora superior à média de 1,5 km/ano das décadas anteriores; 2) Ainda que haja obras viárias importantes e úteis, é ruim que se invista mais nelas do que em metrô.

Metade do eleitorado crê na vitória de Dilma

Além de ter se isolado à frente na pesquisa Datafolha para presidente, Dilma Rousseff (PT) ampliou entre os eleitores a percepção de que será a vitoriosa em 3 de outubro. Para 49% a petista vencerá, contra 25% que apostam no êxito de José Serra (PSDB). A margem máxima de erro é de dois pontos. Há 20 dias, 41% achavam que Dilma se elegeria, contra 30% que apontavam Serra. É comum haver assimetria entre a expectativa de vitória e a intenção de voto. Segundo a pesquisa do Datafolha feita de 9 a 12 deste mês, Dilma tem 41%, e Serra, 33%. A diferença de oito pontos na intenção de voto se converte em 24 pontos quando se trata da expectativa de vitória.

Outro indicador mostra o viés de alta de Dilma. Dos que optam por Dilma, 80% dizem que seu voto a favor da petista está "totalmente decidido" e 19% ainda admitem mudar. Dos eleitores de Serra, 70% estão totalmente decididos e 28% admitem mudar. No eleitorado de Marina, só 59% se dizem decididos. Esses percentuais indicam que os votos em Marina e em Serra são menos sólidos do que os de Dilma. Essa maior volatilidade entre serristas e marinistas indica haver um potencial para baixas na intenção de votos de ambos.

Pela primeira vez, petista empata com tucano entre as mulheres

Pela primeira vez na corrida presidencial deste ano, Dilma Rousseff (PT) consegue empatar com José Serra (PSDB) entre as mulheres. Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, Dilma e Serra têm, cada um, 35% das intenções de voto no eleitorado feminino. Entre as mulheres, é o patamar mais alto da petista e o mais baixo do tucano ao longo da disputa. Se dependesse apenas dos homens, Dilma venceria, e com folga, já no primeiro turno. Ela tem 47% de intenção de voto no eleitorado masculino, contra 31% de Serra. Em 2002 e em 2006, Lula também só foi ao segundo turno por causa das mulheres.

Entre os eleitores que têm de 25 a 34 anos -a faixa etária do eleitorado mais volumosa-, Dilma conquista sua maior vantagem: 45% a 31%. Os eleitores mais velhos, com 60 anos ou mais, dão empate técnico: Dilma tem 37%, e Serra, 36%. A vantagem de Dilma também é grande entre os eleitores que têm ensino médio. A petista aparece com 44%, e o tucano, com 32%. Entre os que têm ensino fundamental (40% a 35%) e superior (35% a 31%) a diferença é menor.

Serra caiu nos Estados que mais visitou

O desempenho do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, caiu nos três Estados que ele mais visitou nas últimas três semanas, segundo o último Datafolha. No intervalo entre as duas últimas pesquisas, de 23 de julho até anteontem, Serra teve pelo menos sete agendas de campanha em São Paulo, cinco em Minas Gerais e três no Rio de Janeiro. Com 56 milhões de eleitores, os três Estados são os maiores colégios eleitorais do país.

Serra apareceu pela primeira vez atrás de Dilma Rousseff no Datafolha, com 33% das intenções de voto no país ante os 41% da petista. No Rio, onde esteve três vezes nos últimos 20 dias, o tucano perdeu seis pontos percentuais -foi de 31% a 25%, e a petista ganhou quatro pontos, chegando a 41%. O Estado é base eleitoral do vice na sua chapa, o deputado federal Indio da Costa (DEM), que tem percorrido o interior, visitando pelo menos nove municípios.

Às vésperas da estreia na TV, Lula grava para 20 aliados nos Estados

Às vésperas do início da propaganda gratuita em rádio e TV, que estreia terça-feira, o presidente Lula já fez gravações para ao menos 20 aliados que disputam governos estaduais e Senado. Ontem, o presidente gravou 15 depoimentos no Palácio do Alvorada. Em uma das cenas, Lula aparece no hall de entrada, acenando. Nos próximos dias, ele participará de mais uma rodada de gravações.

Lula decidiu que entrará com força na campanha pela TV. A participação em comícios e agendas locais será menor. Ele viajará apenas para os Estados de aliados com quem se comprometeu pessoalmente. Ontem pela manhã, Dilma Rousseff (PT) passou cerca de uma hora e meia no Alvorada, enquanto Lula gravava. Eles não fizeram tomadas juntos. Dilma gravou à tarde, separadamente, em estúdio.

Campanha rica de sucessor de Delúbio é alvo de dossiê

O sucessor de Delúbio Soares nas finanças do PT, Paulo Ferreira (RS), dono da campanha a deputado mais rica do partido no Rio Grande do Sul, é o mais novo alvo de fogo amigo dentro do partido. Aliado do ex-deputado José Dirceu (SP), Ferreira, 51, foi o tesoureiro nacional do PT até o início de 2010. Assumiu o cargo em 2006, após a queda do tesoureiro Delúbio no escândalo do mensalão. Nos últimos dias, uma carta anônima de cinco páginas com acusações contra Ferreira, intitulada "Salvem o PT" e de autoria de um suposto "petista e fundador do PT" do RS, circulou em órgãos públicos de Porto Alegre e órgãos de comunicação.

O candidato disse saber da carta desde abril. Atribui o papel a uma briga interna partidária. "Eu tributo ela [a carta] a essa disputa interna do PT, sem dignidade, de se apresentar quem é que assina: "Eu, Fulano de Tal, acuso Fulano de Tal"." Ferreira diz não saber quem é o autor. A Folha apurou que cópias também foram enviadas aos e-mails dos deputados federais Antonio Palocci (SP) e Arlindo Chinaglia (SP) e dos estaduais Raul Pont, presidente estadual do PT, e Adão Villaverde (RS).

Para voltar ao governo de Alagoas, Collor cola imagem a Lula e Dilma

"Não se esqueçam deste nome: Dilma Rousseff presidenta, número 13 na cabeça! Obrigado, minha gente!" Foi assim, misturando o velho bordão às novas alianças, que o senador Fernando Collor (PTB) encerrou comício para cerca de mil pessoas em Feira Grande (AL), a primeira de cinco cidades que visitaria na sexta-feira. Ele quer voltar ao governo alagoano 21 anos após renunciar para concorrer ao Planalto. Para isso, tenta apagar o passado e colar sua imagem na do ex-desafeto Luiz Inácio Lula da Silva e em sua candidata.

"Lula vai encerrar o mandato como o melhor presidente que o Brasil já teve", disse a uma rádio, na quarta-feira. "Sou candidato do presidente Lula, da ministra Dilma e do governo federal."
Na versão de Collor, o petista teria adotado a cartilha que o levou ao poder. "Continuo na mesma posição, com as ideias que defendi em 1989", sustenta.

Fusão Lan e TAM mira "céus abertos"

A associação com a TAM transforma a chilena Lan na grande empresa de bandeira da América Latina, região que registra as maiores taxas de crescimento do setor aéreo no mundo. A Lan é hoje a companhia aérea com maior valor de mercado das Américas: US$ 9,24 bilhões. A TAM, que faturou US$ 4,9 bilhões no ano passado -US$ 1,2 bilhão a mais do que a Lan-, está avaliada em US$ 3 bilhões, segundo cálculos da Economática.

A supervalorização da Lan se explica pela alta rentabilidade: 22,5%, uma das maiores do mundo no setor, contra 14% da TAM. A companhia transportou no ano passado 15 milhões de passageiros, metade do que foi transportado pela TAM. Mas a Lan precisa crescer e, para isso, é fundamental colocar um pé no maior mercado da América Latina.

TV traz desafio a novo presidente da Colômbia

O presidente Juan Manuel Santos enfrenta um desafio com a licitação do terceiro canal de TV de alcance nacional na Colômbia. A concessão tem só um candidato, sócio da família dele no jornal “El Tiempo”. Especialistas defendem que haja mais concorrência.


Correio Braziliense

Detran instala radar sem estudo técnico

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) instalou pelo menos 112 barreiras eletrônicas sem a realização prévia de um estudo técnico que comprovasse a necessidade de cada um dos equipamentos. Documentos obtidos com exclusividade pelo Correio revelam que a direção geral e a Diretoria de Segurança de Trânsito (Dirset) do órgão foram alertadas sobre a irregularidade e, mesmo assim, nada fizeram.

A denúncia é relatada em um memorando datado de 13 de julho passado, elaborado pelo Núcleo de Sinalização e Manutenção de Equipamentos Eletrônicos (Numeq). Consta no documento que os 112 medidores de velocidade do contrato firmado em 2009 com a empresa Perkons não possuem estudos técnicos comprobatórios de sua necessidade. E não seriam os únicos. Nem todas as demais barreiras contratadas em 2006 teriam a justificativa técnica. Nas últimas linhas do texto, chama a atenção um trecho da denúncia: “Cabe ressaltar que este núcleo (…) por diversas vezes tentou alertar a Dirset e a Direção Geral sobre o assunto, não tendo suas solicitações atendidas”.

A reportagem do Correio apurou que somente no mês passado o Detran pagou aproximadamente R$ 1,1 milhão pelas 112 barreiras colocadas sem o estudo exigido por lei. O custo anual chega a R$ 13,2 milhões. Na avaliação de José Leles de Souza, doutor em engenharia de transportes, a falta de justificativa da necessidade do medidor de velocidade dificilmente implica risco para a segurança de motoristas e pedestres, mas pode significar desperdício de dinheiro. “O estudo evita que os governos gastem dinheiro colocando equipamento onde não precisa. Com isso, esses equipamentos acabam se transformando em meros instrumentos arrecadadores de multas”, afirma o especialista.

As estratégias de cada um para evitar espionagem

Uma antena, um computador de boa configuração e um software específico. Pronto. Com pouco mais de R$ 1.500, qualquer aficionado por tecnologia constrói um grampo telefônico. Mas se o cidadão comum teme essa banalidade na invasão de suas conversas, não seriam os presidenciáveis que se descuidariam da privacidade. Não mesmo. O Correio conversou com aliados dos três principais candidatos à Presidência para saber os cuidados tomados a fim de evitar “vazamentos” durante a campanha. Apesar das estratégias diferenciadas, os concorrentes são unânimes no cuidado e admitem um estado de “paranoia”.

Do chamado “telefone vermelho” para o celular criptografado, tucanos, petistas e verdes protegem as informações sigilosas da campanha. O candidato José Serra (PSDB) é considerado o mais cuidadoso. Sabe detalhes das técnicas de interceptação de voz e evita a presença de smartphones nas salas onde vai realizar alguma conversa mais reservada.

Já durante a campanha, o presidente de um partido contou ao Correio que antes de se reunir com Serra foi questionado se estava com o celular. O político respondeu que sim e mostrou o aparelho desligado. Mesmo assim, o tucano pediu que o telefone ficasse do lado de fora da sala. Especialistas em tecnologia informam que alguns aparelhos modernos podem funcionar, mesmo desligados, como um microfone para captar som ambiente. O porta-voz da campanha de Serra, deputado João Almeida (PSDB-BA), afirma que nunca presenciou o gesto, mas que a atitude é típica do presidenciável. “Nunca participei de nenhuma reunião em que ele tivesse feito isso, mas é muito o estilo dele.”

Para tentar criar uma espécie de ambiente fechado para as conversas a longa distância, petistas ligados à campanha de Dilma Rousseff (PT) investiram em celulares criptografados. De acordo com aliados, pelo menos cinco pares desse tipo de aparelho foram adquiridos para garantir a segurança das informações trocadas durante as viagens de campanha. Como a manutenção desse tipo de aparelho custa caro, cerca de R$ 5 mil por licença adquirida, nem todos optam pela linha fechada. “Quando a gente ouve um barulho estranho, troca de número”, resume o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

As armas para a telinha

A campanha eleitoral entra esta semana na fase final e decisiva com o início, na terça-feira, do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. Favorita a vencer a disputa, segundo as pesquisas recentes, Dilma Rousseff (PT), a escolhida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vê a propaganda como peça-chave para tentar liquidar a fatura no primeiro turno. Já José Serra (PSDB), seu principal adversário, tenta reverter esse quadro. Nos primeiros programas, Dilma e Marina Silva (PV) investem em se apresentar ao eleitor, enquanto o tucano pretende anunciar uma proposta por programa.

Chuva de promessas e churrasco na laje

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, fez ontem mais promessas para tentar cumprir uma meta de campanha que já ficou pelo caminho. O programa Minha Casa, Minha Vida seria apresentado como selo das conquistas petistas na Presidência da República. Sem o retorno devido, agora Dilma faz um mea-culpa e admite que o público-alvo do programa não tem renda suficiente para aquecer o mercado de imóveis. A presidenciável acena para uma reforma do programa, com mais incentivos do governo e a possibilidade, até mesmo, de o cidadão obter o imóvel mobiliado.

Enquanto Dilma dedicou o dia de ontem à gravação do programa de TV, Serra percorreu ruas de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ciceroneado pelo deputado Nelson Bornier (PMDB-RJ), correligionário do vice da chapa petista Michel Temer (PMDB). O tucano atacou o investimento em saúde no município fluminense, em crítica velada ao ex-prefeito e candidato ao Senado Lindberg Farias (PT). Bornier e Lindberg são inimigos políticos em Nova Iguaçu. Durante a caminhada, Serra foi convidado por moradores para provar um churrasco caseiro, improvisado na parte superior da casa. O presidenciável aceitou o convite e prestigiou o churrasco na laje.

Sob o olhar dos homens de preto

Eles estão sempre perto dos candidatos, participam de passeatas, carreatas e de comícios, mas não são políticos nem podem fazer manifestações do gênero. Com postura discreta, carros descaracterizados e sempre atentos, é assim que trabalham os agentes da Polícia Federal que dia e noite fazem a segurança dos principais presidenciáveis, conforme determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O grupo varia de acordo com o candidato e os locais por onde ele anda. Os homens de preto, como são chamados dentro da cúpula de algumas campanhas, são recrutados pelo perfil, ou escolhidos pelo próprio político.

Vale tudo para a troca do voto

Conseguir um emprego, uma plástica nos seios, dinheiro para fazer festa de casamento, aniversário de 15 anos e até limpar o seu nome na delegacia da cidade. Algo que se pede a amigos próximos ou parentes, de quem se espera todo empenho para dar aquela mãozinha, certo? Nem sempre. Para vários eleitores do interior e até da capital de Minas Gerais, o pedido também pode ter como destinatário os deputados federais e estaduais, principalmente agora que eles dependem do voto para conquistar um novo mandato eletivo. Do outro lado, para não serem enquadrados na legislação eleitoral, que proíbe a troca de favores, os parlamentares precisam rebolar para dizer não sem perder a preferência nas bases.

Fonte: Congressoemfoco

Na Veja, sindicalista fala dos dossiês do PT

Revista publica entrevista com o sindicalista Wagner Cinchetto, fundador da Força Sindical, que faz revelações sobre a preparação de dossiês para a campanha de Lula em 2002

Este é o complemento da síntese das principais matérias das revistas semanais. Leia também:
Nas revistas, Dilma na luta armada

Veja

Mais uma desconcertante testemunha

Hoje, Roseana é candidata a governadora do Maranhão, divide palanque com a ministra Dilma Roussef e tem uma devoção especial pelo presidente Lula. Os amigos de agora também montaram no passado um grupo de espionagem, cujo objetivo era atacar e aniquilar politicamente os adversários do presidente Lula. Roseana, quando pensou em ser presidente, se credenciou como um dos principais alvos do grupo – e foi prontamente abatida em uma operação que contou, segundo o sindicalista Wagner Cinchetto, com um petista infilitrado.
Na lista de alvos, além de Roseana, também estiveram outros que hoje são parceiros políticos dos petistas, como o deputado Ciro Gomes e o ex-governador Anthony Garotinho. Já era conhecida a existência desse grupo, criado em 2002 nos porões da campanha do então candidato Lula, mas esta é a primeira vez em que um de seus integrantes revela detalhes de suas operações. Em entrevista a Veja, o sindicalista Wagner Cinchetto faz revelações constrangedores para ele próprio e para seus chefes. Pelo que relata Cinchetto, o grupo foi longe na produção de factóides contra os adversários de Lula.
(...) Wagner Cinchetto é conhecedor dos métodos subterrâneos do sindicalismo. Fundador da Força Sindical, em 2002 ele foi convidado pelos petistas para trabalhar a favor de Lula. Seu valor? Cinchetto era considerado um arquivo vivo. Perigosos demais para ser deixado solto. Útil demais para não estar a bordo da campanha.

Hora de fisgar os indecisos

Uma pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira mostrou Dilma Roussef com 41% das intenções de voto, contra 33% de José Serra. A diferença de 8 pontos entre a candidata do governo e o tucano deixou os petistas eufóricos. Mas pode ser cedo para comemorar. Por dois motivos: o primeiro é que, a menos de dois meses das eleições, há ainda uma considerável parcela de brasileiros que não sabem em quem vai votar.
Além daqueles que se declaram indecisos – 9% do eleitorado –, há os chamados “volúveis”: pessoas que, apesar de declara voto em determinado candidato, admitem a possibilidade de mudar de opinião. Na pesquisa Datafolha anterior à divulgada na sexta, eles representavam 24% dos eleitores. É atrás da soma desses dois grupos – o dos indecisos e o dos volúveis – que os candidatos vão correr a partir de teça-feira, quando começa o horário eleitoral gratuito.

O ministro da imagem de Lula

João Cerqueira de Santana Filho se enquadra perfeitamente no conceito de marqueteiro. Na campanha de Dilma Roussef à Presidência, é ele quem cuida da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, analisa as pesquisas qualitativas, define a forma e o conteúdo dos discursos e decide até os trajes e trejeitos da candidata. Já o conceito de simples marqueteiro não veste à perfeição João Santana. E menor do que esse baiano de 57 anos, nascido no município de Tucano (pois é, berço não é destino), e desde 2005 uma espécie de “ministro da imagem” do governo Lula. Um “ministro” que conversa com o presidente sem intermediários e goza de poderes e privilégios que despertam inveja na Esplanada. Um “ministro” que conquistou a confiança de Lula no momento político mais delicado dos dois mandatos do presidente: o escândalo do mensalão.

O homem positivo

Se existe alguma coisa em que o marqueteiro Luiz González, de 57 anos, acredita, essa crença é a de que os brasileiros não pensam na eleição para presidente. Quer dizer: “Só começam a pensar quando muda o horário da novela”. Ou seja, quando se inicia o horário eleitoral gratuito na TV. E é nisso que o marqueteiro do tucano José Serra vai apostar todas as fichas a partir de terça-feira. (...) Com seu estilo centralizador, venceu seis das oito eleições que disputou. Costuma dizer que “uma agenda positiva é o caminho mais eficaz para ganhar votos”.
Fonte: Congressoemfoco

domingo, agosto 15, 2010

Essa nossa Bahia é um pirão perdido mesmo!!!


(Foto retirada do orkut de Vitor Bartilotti Lima)

Eu não sei que diabo acontece com as rodovias que cortam o estado da Bahia, principalmente partindo de Paripiranga.

Atualmente para me deslocar de Aracaju a Jeremoabo, sou obrigado a ir por Canindé do São Francisco, tendo em vista que por Paripiranga nem de carroça serve, por Carira a estrada é de barro, nem sempre está boa, além do mais os pontilhões são verdadeiras arapucas.

Por Canindé o único pedaço de estrada ruim é de Paulo Afonso até a divisa com Sergipe.

Se em época de eleições está assim, o que não será de nós após eleições, aonde os ilustres políticos da região não irão por longo tempo precisar de votos.

Eu não quero nem compreender, mas apenas entender qual o motivo das rodovias aqui da região dos estados de Alagoas, Sergipe e Pernambuco se encontrarem sempre conservadas, com permanente conservação, e as da nossa Bahia, “seja o que Deus quiser”.

Eu tenho a ligeira impressão que tudo isso acontece porque os eleitores da nossa região não são politizados, não faz oposição, não reivindicam nada e votam em quem o prefeito impor, às vezes nem o currículo do candidato conhecem.

Mas como na eleição passada para prefeito, muitos eleitores de Jeremoabo orgulhosamente bradavam que votariam até numa “cadela”assim o “tista de deda”determinasse, boa coisa não é de se esperar.

Cada povo tem o governo que merece...cada governo tem o povo que merece, ...


Com vitória de Wagner no 1º turno, DEM da Bahia começa a se derreter

Se as eleições fossem hoje, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), seria reeleito no primeiro turno. Wagner (PT) com 45%, Paulo Souto (DEM) e Geddel (PMDB) começando a se desidratar com 10%, os prefeitos começam a debandada. É que, além da possibilidade de Wagner ganhar no primeiro turno, a vitória de Dilma se tornou mais visível. Na Bahia, Dilma tem 48% contra 26% de Serra.

O prefeito de Maiquinique, Jersulino Porto (DEM), aderiu a Wagner e também a prefeita Valdice Castro (DEM) de Jacobina – maior cidade da região.

Qual prefeito vai querer ficar com os perdedores?
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

Dilma caminha para ganhar no primeiro turno

O Instituto Datafolha jogou a toalha. Impossível continuar destoando tanto de todas as demais pesquisas. De um improvável “empate” apresentado na pesquisa anterior, o Datafolha se reposicionou. Pela primeira vez Dilma assumiu a liderança isolada na disputa. Dilma com 41% e Serra com 33% já é um resultado sustentável para os negócios do Grupo Folha. São oito pontos de diferença. Os analistas de plantão já começam a prever a vitória de Dilma no primeiro turno.

Alguns líderes do tucanato de alto coturno procuram desculpas pelo resultado. A entrevista do Jornal Nacional feita pelo casal 45, Bonner e Fátima, já está sendo apontada como bode espiatório. A pesquisa teria registrado a exposição na TV de Dilma, mas de Serra não teria dado tempo.

No fundo, eles precisam de uma explicação para a queda do candidato Serra (PSDB). Que tal a rejeição do neoliberalismo que Serra encarna? O eleitor pode não estar aceitando a ameaça de privatização contra a Petrobras, CEF e Banco do Brasil, por exemplo. O eleitor pode não estar aceitando as baixarias da campanha de Serra, aquelas bobagens de o PT estar ligado às FARC e ao narcotráfico. Pouca gente seria tão trouxa para se deixar enganar assim.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Os amigos Andrea Truppel, Gustavo Goose e Michele Moritz Perussolo gostam de cultivar amizades em “tribos” distintas: “Sempre temos algo interessante para fazer” Os amigos Andrea Truppel, Gustavo Goose e Michele Moritz Perussolo gostam de cultivar amizades em “tribos” distintas: “Sempre temos algo interessante para fazer”
Comportamento

Amigos te fazem viver mais

Pesquisa mostra que pessoas com relações sociais mais fortes têm 50% mais chances de sobrevivência e que a solidão tem efeitos tão nocivos quanto o álcool e o cigarro

mil trabalhos científicos, três pesquisadores norte-americanos – Julianne Holt-Lunstad, Timothy B. Smith e J. Bradley Layton, os dois primeiros da Universidade de Brigham Young e o último da Carolina do Norte – analisaram 148 artigos para verificar o quanto as relações sociais influenciam na mortalidade do ser humano. Em termos quantitativos, o universo verificado pela pesquisa foi de 308.849 pessoas (51% da América do Norte, 37% da Europa, 11% da Ásia e 1% da Austrália) e sua principal conclusão é que pessoas com fortes relações sociais têm 50% mais chances de sobrevivência do que aquelas que apresentam relações sociais mais fracas. A solidão seria tão perigosa para a saúde quanto fumar ou beber.


O estudo sugere que, apesar da tecnologia e da globalização, supostamente, alargarem as possibilidades de contato, as pessoas estariam caminhando para o lado oposto, o da redução ou superficialidade das relações sociais. De forma prática, uma das constatações é que uma boa rede de amigos beneficia o sistema imunológico e deixa o organismo mais forte diante de processos inflamatórios.

Para saber como exatamente isso acontece e qual é o peso de outros fatores sociais no processo ainda são necessários mais estudos.

Disposição é a 1.ª dica para não ficar sozinho

As três pessoas retratadas na foto acima são verdadeiros “imãos”. Pelo menos é o que um diz do outro. A personal trainer Andrea Truppel, o publicitário Gustavo Goose e a engenheira civil Michele Moritz Perussolo, todos de 31 anos, se conhecem há anos. Todos têm mais de um círculo de amizade e facilidade para se relacionar. Dizem que não sabem explicar bem por que, mas em uma conversa informal é fácil de descobrir os motivos. “Uma coisa que sempre penso é que trato os outros como gostaria de ser tratada. Por isso, sempre respondo um bom dia”, arrisca Andrea.

Goose explica que sempre procura se relacionar com pessoas diferentes, de interesses diversos, e com isso acaba formando vários grupos de amigos. “Sempre quero participar de coisas novas. Se jogo futebol com um grupo, já aceito convite para churrasco e assim por diante. Com isso tenho sempre onde ficar quando viajo, sempre conheço alguém”, brinca. No e-mail, os contatos são divididos por turmas: a do colégio, a da faculdade... e são várias. “O bom disso é que, todos os dias, você tem coisas interessantes para fazer e aprender. Surfar com a turma surfista, jogar bola com os boleiros, tocar música com os músicos, viajar com mochileiros e até acabar trabalhando com os seus contatos mais profissionais.”

Michele, que conhece Andrea há 24 anos e Goose há 15, diz que dificilmente perde contato com os amigos. “Pelo contrário, até juntei muitas das turmas, do colégio com a faculdade e assim vai.” Ela diz que, recentemente, aprendeu até a se conhecer melhor através dos olhos dos amigos. “Eles se surpreendem com alguma situação ou falam de alguma qualidade e isso me ajuda a entender um pouco do que acontece na minha vida.”

Curiosidade e disposição são duas qualidades que resumem a facilidade dos três para conhecer pessoas e criar vínculos. Não é nada programado, planejado, mas acontece. Como diria o poeta Vinícius de Moraes, amigos a gente não faz, reconhece. Basta dar oportunidade.

O caminho

Longe de tentar dar uma receita, os psicólogos e amigos consultados pela reportagem acabaram dando algumas dicas importantes para fugir da solidão

- Estar aberto não é “estar à caça”, mas sim sem barreiras.

- Dê tempo ao tempo. O melhor das relações é a transformação. Não espere que a outra pessoa vá simplesmente se encaixar no que você idealizou.

- Corresponda. Trate os outros como gostaria de ser tratado, respondendo, por exemplo, um bom dia.

O que a pesquisa enfatiza, porém, é que a afirmativa é verdadeira, independentemente de aspectos como sexo, idade e classe social e que, ao contrário do que comumente se imagina, o “viver sozinho” não é sinônimo de “ser sozinho”. “É possível para uma pessoa viver sozinha, mas ter uma grande rede social de apoio e, por isso, não entrar propriamente em isolamento”, diz o estudo.

Coincidência ou não, a solidão é tema da campanha deste ano da Fundação de Saúde Mental do Reino Unido. O estudo da instituição, The Lonely Society, levanta a hipótese de uma sociedade cada vez mais solitária e também fala das diferentes percepções acerca do que é solidão. “Neurocientis­­tas sociais acreditam que cada um de nós tem uma certa expectativa sobre estar com os outros, que herdamos de nossos pais e de um ambiente social da infância, um nível de conexão social com o qual nos sentimos confortáveis. Isso explica porque as pessoas não são igualmente sensíveis em relação à solidão, assim como porque nós temos necessidades e expectativas diferentes sobre o nosso relacionamento com os outros”, diz o estudo. Sentir-se solitário em determinado momento/estágio da vida, como uma mudança de cidade ou separação, é também natural, às vezes necessário, mas quando a experiência dura por muito tempo pode ser prejudicial ao bem-estar.

Se a percepção da solidão é tão diferente de pessoa para pessoa, como saber se ela é mesmo um problema ou apenas uma fase, natural, pela qual você está passando? “Quando você começa a ter prejuízos sociais, como tendência a não sair de casa, à depressão, é hora de parar e, primeiro, reconhecer o sofrimento. Dificilmente, o sentimento terá apenas uma causa, mas fazer essa reflexão é importante”, explica o psicólogo do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro Relacionamento Amoroso, Ailton Amélio da Silva. Essa reflexão não precisa necessariamente de uma ajuda profissional, mas da figura de um guia. “Esse guia é, muitas vezes, alguém mais experiente, como um avô, que já passou por esse tipo de experiência antes e vai te ajudar a visualizar o que está errado e a encontrar um caminho para você ir atrás do que está faltando”, explica a psicoterapeuta e autora do livro Laços e Nós, Beatriz Helena Paranhos Cardella.

Para ela, um conjunto de características do mundo contemporâneo –materialismo, individualismo, imediatismo, padronização da estética e o tempo da máquina, da tecnologia – contribui para que as pessoas se sintam sozinhas. “As pessoas ficam muito mais pautadas pela busca do prazer, da satisfação, do que na relação de transformação que é o amor. Querem encontrar pessoas prontas, que se encaixem nelas e na primeira decepção pulam fora.” Beatriz cita ainda uma outra característica que estaria criando essa forma de adoecimento contemporâneo que é a solidão: a falta do sagrado. “O sagrado não quer dizer religião, mas sim o encantamento. E as relações são as melhores oportunidades de encantamento, de plenitude, na vida de alguém.”

Fonte: Gazeta do Povo

Onze da noite é a hora da morte

Folha de S.Paulo

Das 23h à 0h. Foi nesse intervalo do dia que ocorreram mais homicídios no primeiro semestre na cidade de São Paulo. As informações constam de levantamento inédito feito pela reportagem a partir da base de dados da polícia.

De 639 crimes analisados --97% dos 660 casos contados pelo Estado--, 48, ou 7,8%, ocorreram nessa hora.

Para policiais e especialistas em segurança, trata-se de um momento em que as pessoas, quando juntas, não raro estão sob efeito do álcool.

De acordo com o delegado Marcos Carneiro, considerado pelos colegas um estudioso das dinâmicas de crimes, boa parte dos homicídios ocorre por motivos banais.

Se o recorte é a semana, domingo é o dia que registra mais assassinatos: foram 110 casos no período, ou 17,2%. Depois vêm sexta e sábado.

Isso ocorre porque no fim de semana as pessoas saem mais de casa a fim de se divertir, dizem especialistas, que citam, de novo, o fator álcool como preponderante. Outro dado relevante é o alto índice de homicídios nas noites de quarta-feira.

"Na quarta tem o futebol", diz o delegado Marco Antônio Desgualdo, chefe do departamento que investiga homicídios na capital.

O secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança, o sociólogo Renato Sérgio de Lima, também acredita haver uma relação entre as partidas de futebol e os crimes.

"A população também pode estar ficando mais nos bares", diz. "A situação amplia o número de gente nas ruas e aumenta a possibilidade de crimes ocorrerem."

Segundo Lima, a polícia usa a inteligência --dados de horários e dias-- para distribuir seu efetivo. Para ele, a melhor forma de combatê-lo é desarmando a população.

A PM não quis comentar o levantamento.

Fonte: Agora

Confira qual a melhor hora para se aposentar

Ana Magalhães
do Agora

O tão sonhado momento da aposentadoria se aproxima e, antes de ir a um posto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o segurado precisa avaliar as suas possibilidades para ter certeza se essa é, realmente, a melhor hora para pedir o benefício.

Com o recente veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao fim do fator previdenciário --índice que reduz o valor do benefício de quem se aposenta jovem --, o pagamento pode ter um desconto maior do que o esperado. Além disso, como há mais de um tipo de aposentadoria, quem está querendo se aposentar deve avaliar as opções.

O Agora levantou oito situações em que vale a pena pedir o benefício --assim que o segurado completar a idade mínima ou o tempo de contribuição exigidos-- e outros seis momentos em que o mais vantajoso é adiar e conseguir uma aposentadoria mais alta.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste domingo,

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TSE libera primeira candidatura de ficha suja


Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou o primeiro registro de uma candidatura que havia sido indeferida com base na Lei da Ficha Limpa. O ministro Arnaldo Versiani autorizou o candidato Wellington Gonçalves de Magalhães a concorrer a deputado estadual em Minas Gerais.

A decisão contraria decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). O tribunal mineiro havia impedido a candidatura de Magalhães com base na Lei da Ficha Limpa. Isso porque ele foi cassado por órgão colegiado da Justiça Eleitoral pela prática de abuso de poder econômico.

“No caso, porém, a condenação do candidato por abuso de poder econômico, em segunda instância, ocorreu em sede de ação de impugnação de mandato eletivo[...], e não de representação”, afirmou o Versiani, para quem somente o segundo caso levaria ao impedimento da candidatura. Com a liberação, o ministro reforçou a tese de que o tribunal deve analisar cada caso de forma específica. Ainda cabe recurso contra a decisão, e o caso também pode ser levado para análise da corte.

Em sessão plenária na noite de quinta-feira (12), o ministro Marcelo Ribeiro já havia se mostrado favorável à liberação de outro ficha suja, o candidato cearense Francisco da Chagas Rodrigues Alves, que também concorre a uma vaga de deputado estadual. Ribeiro preferiu levar o caso direto para o plenário, em vez de decidir sozinho.

Diferentemente de Versiani, o argumento usado por Ribeiro nada tinha a ver com o caso específico do candidato. O ministro atacou a lei de forma geral usando o artigo 16 da Constituição, que afirma que qualquer mudança no processo eleitoral deve demorar um ano para entrar em vigor. A Lei da Ficha Limpa foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho deste ano, e, segundo entendimento do próprio TSE, começou a valer já nestas eleições.

Ribeiro estava pronto para votar a favor do deferimento do registro de Alves quando o ministro Ricardo Lewandowski, presidente da corte, pediu vista dos autos e suspendeu o julgamento.

Publicada: 14/08/2010 08:54| Atualizada: 14/08/2010

Fonte: Tribuna da Bahia

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