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segunda-feira, agosto 16, 2010

Plástica e casamento pagos por consórcio


“Qual banco faria um empréstimo para uma estudante que não tem renda fixa nem carteira assinada?”, justifica Michelly Karoline Silveira, 21 anos, que está no terceiro ano de nutrição em uma faculdade de campinas. A saída foi recorrer ao consórcio, uma forma de financiamento que tem crescido nos últimos meses, depois que grupos para pagamento de serviços começaram a ser oferecidos.

Assim que a nova lei dos consórcios entrou em vigor no país, em janeiro do ano passado, permitindo que as cartas de crédito dos consórcios pudessem ser usadas para financiar qualquer tipo de prestação de serviço, a estudante percebeu que não teria de esperar pela sua formatura e pelo seu primeiro emprego com registro em carteira para pagar sua prótese de silicone nos seios.

“Entrei em um grupo de 36 meses, mas consegui juntar um pouco de dinheiro e dei um lance. Seis meses depois, consegui a carta de crédito. Penso agora em entrar em um consórcio para comprar um imóvel. Como moro com os meus pais, não tenho pressa para comprar o bem. Nesse caso, o consórcio acaba sendo realmente muito vantajoso.”

Segundo dados da associação brasileira de administradoras de consórcios (Abac), de janeiro a junho deste ano, o volume de negócios chegou a R$ 28,5 bilhões, valor 33,2% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, R$ 21,4 bilhões.

Até maio, eram 25 as administradoras que ofereciam grupos de serviços. Nos cinco primeiros meses do ano, de acordo com a associação, 29,4% dos consorciados sorteados utilizaram sua carta de crédito nas áreas de saúde e estética, 15,2% para festas e eventos, 8,9% em turismo e 2,9% em educação. Hoje, há no país cerca de 4.600 consumidores em grupos de consórcios de serviços, e o valor do crédito varia de R$ 2.000 a R$ 38 mil.

Para quem quer imediatamente um bem, o consórcio não é vantajoso. Mas se a compra puder esperar, é a melhor saída quando comparado às condições de financiamento do mercado”, disse o presidente executivo da associação, Paulo Rossi.

A principal cobrança das administradoras, que tem maior peso sobre as parcelas, é a taxa de administração. No caso dos grupos de serviços, a taxa média observada no mercado é de 0,5% ao mês, considerando o prazo de 36 meses, segundo a Abac.

Para a administradora de empresas Gilvane Oliveira dos Santos, 29 anos, que disse ter esperado “quase uma vida inteira” para ficar satisfeita com seu corpo, aguardar um ano e meio para ter em mãos uma carta de crédito e pagar sua cirurgia plástica não foi nada.

“Fiz a melhor escolha ao procurar essa modalidade de crédito e fugir dos juros cobrados pelos bancos e pelas financeiras”, disse Gilvane, que, além de uma lipoaspiração, colocou prótese de silicone nos seios.

Depois de ter sido sorteada em menos de um ano, Gilvane agora faz planos para comprar um carro e fazer uma viagem internacional. “É muito bom você poder pagar seus gastos do seu jeito. Foi assim que eu me senti”, afirmou a administradora.

Até festa de formatura

Embora a maioria dos consumidores, de acordo com as administradoras, desconheça a possibilidade. Se uma pessoa entra em um consórcio de serviço com o objetivo de pagar sua festa de casamento e, no meio do caminho, o noivado não dá certo, ela pode usar o dinheiro, quando for contemplada, para fazer uma viagem, por exemplo”Gisele de Paula, da Embracon.

Festas de casamento, de formatura e de 15 anos, reforma de casa, conserto de carro e até honorários de advogados podem ser pagos com a carta de crédito, uma vez que são considerados serviços. para o consumidor precavido, há ainda a possibilidade de usar o dinheiro para pagar serviços funerários.

“Um de nossos clientes usou sua carta de crédito para pagar dívidas com um contador, por exemplo. O contador deu uma nota fiscal de serviço para o cliente e nós repassamos o pagamento. As pessoas precisam saber que esse tipo de uso do crédito é permitido”, afirmou Gisele Reis de Paula, gerente de imagem e relacionamento da Embracon.

Uma das vantagens desse tipo de grupo consiste na possibilidade de o participante pagar o serviço que quiser. no consórcio de bens, já é definido previamente se a compra será de um carro, de uma moto ou de um imóvel, por exemplo.

“Se uma pessoa entra em um consórcio de serviço com o objetivo de pagar sua festa de casamento e, no meio do caminho, o noivado não dá certo, ela pode usar o dinheiro, quando for contemplada, para fazer uma viagem, por exemplo”, disse a gerente.

Além do uso da carta de crédito para o pagamento de cirurgias plásticas – serviço mais popularizado nos últimos meses – os consumidores têm procurado essa modalidade de consórcio para pagar os estudos dos filhos. Graduação, pós-graduação e até cursos de idiomas podem ser pagos com a carta de crédito. Fonte: G1

CASAMENTO - Pensando na dificuldade dos noivos em arcar com os custos do casamento, e aproveitando a nova lei de consórcio – que incluiu o item serviços – as administradoras de consórcio passaram a oferecer cotas para pagamentos da cerimônia, incluindo festa, lua de mel, dias da noiva e noite de núpcias.
As empresas Rodobens Consórcio e a Embracon são exemplos de empresas que oferecem a modalidade. É possível adequar o valor das cotas ao orçamento mensal do casal.

tiver dinheiro para antecipar a carta, pode utilizar 25% do valor, percentual que será abatido na entrega do dinheiro.

As empresas alertam ainda que, se algo der errado e o casamento não acontecer, o dinheiro do consórcio pode ser utilizado para qualquer outro serviço, como custear uma viagem, um estudo ou até cirurgias plásticas e tratamentos estéticos, por exemplo.

Fonte: Tribuna da Bahia

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