Quando o Dever Vira Exemplo: Um Gesto Simples que Honra a Vida e a Política
Por José Montalvão
Mesmo sendo uma obrigação de todos nós, há atitudes que, pela raridade com que são praticadas, merecem registro, aplausos e reflexão. O vereador Zé Miúdo protagonizou um desses gestos que engrandecem não apenas a função pública, mas sobretudo a cidadania.
Em um cenário onde, infelizmente, ainda se vê a banalização da vida silvestre — como no episódio recente em que um candidato derrotado a prefeito de Jeremoabo chegou a divulgar vídeo degustando um tatu como se fosse um “status” ou prato nobre da região — a postura de Zé Miúdo segue na contramão da irresponsabilidade ambiental.
Ao retirar um tatu-peba (Euphractus sexcinctus) do asfalto, evitando que fosse atropelado, e devolvê-lo ao seu habitat natural, o vereador cumpriu seu papel como cidadão consciente e como agente público comprometido com a preservação da natureza, da fauna e do meio ambiente.
A preservação do tatu-peba não é apenas um ato louvável do ponto de vista moral; é também respaldada pela legislação brasileira, que protege a fauna silvestre e criminaliza sua caça, captura ou maus-tratos. Mais do que isso, trata-se de uma atitude essencial para o equilíbrio da biodiversidade.
O tatu-peba pode até ser pequeno em tamanho, mas exerce um papel gigante na natureza: ajuda no controle de insetos, contribui para a aeração e melhoria do solo e ainda cria abrigos que servem de refúgio para outros animais. Preservar essa espécie é, portanto, cuidar diretamente do ecossistema como um todo.
Gestos como o de Zé Miúdo mostram que a política também pode ser instrumento de exemplo, educação ambiental e respeito à vida. Em tempos de tantas contradições e incoerências, atitudes simples, corretas e humanas merecem ser destacadas.
Parabéns, Zé Miúdo. Você cumpriu seu papel como cidadão e como político, mostrando que preservar a natureza é, acima de tudo, um dever coletivo e um compromisso com o futuro.