Está chegando a hora de colocar ministros do Supremo na cadeia?

Charge do Kleber Sales (Correio Braziliense)
Malu Gaspar
O Globo
Quando Dias Toffoli chamou para si o caso do Banco Master e decretou sigilo absoluto, muita gente em Brasília dormiu aliviada. Acreditou-se que a decisão era suficiente para conter as revelações que poderiam emergir do inquérito que estava na primeira instância.
De fato, ela fez parar tudo, das oitivas à abertura de novos inquéritos, assim como as perícias no material apreendido pela Polícia Federal no dia da prisão do dono do Master, Daniel Vorcaro, e dos outros alvos da Operação Compliance Zero.
https://www.tribunadainternet.com.br/2025/12/11/esta-chegando-a-hora-de-colocar-ministros-do-supremo-na-cadeia/
Nota da Redação Deste Blog - Ninguém Cala a Imprensa — Nem em Brasília, Nem em Jeremoabo
Há uma certeza absoluta na democracia brasileira: quem tenta amordaçar a imprensa, mais cedo ou mais tarde, acaba exposto pelo próprio silêncio que tentou impor. É por isso que certas figuras — especialmente alguns elementos ímprobos de Jeremoabo — tremem quando um jornalista publica a verdade. Tentam se esconder atrás de liminares, usar a Justiça como escudo, fabricar ameaças jurídicas… mas não adianta. A imprensa não se intimida. A imprensa denuncia. A imprensa expõe. A imprensa ilumina o que muitos tentam manter no escuro.
E é exatamente isso que torna tão revelador o artigo contundente da jornalista Malu Gaspar, publicado no O Globo. Uma verdadeira aula sobre o papel da imprensa, sobre coragem profissional e, sobretudo, sobre o ridículo daqueles que acreditam que podem silenciar o debate público — uma ilusão que faz até rir quando lembramos de certos personagens de Jeremoabo que correm para os tribunais sempre que suas maracutaias vêm à tona.
Quando o Poder tenta silenciar, a imprensa responde
O caso relatado por Malu Gaspar é explosivo: ministros do Supremo tentando colocar um “sigilo master” sobre um escândalo bilionário envolvendo o Banco Master, BRB, políticos e empresários.
Primeiro, Dias Toffoli tentou apagar o incêndio puxando o processo para si. Depois, veio à tona que ele viajou em jatinho de empresário investigado horas antes de decretar o sigilo. Logo, descobriu-se que Moraes também estava exposto: o escritório da família dele tinha contrato de R$ 3,6 milhões por mês, somando inacreditáveis R$ 129,6 milhões.
Ou seja: o sigilo que tentava proteger uns acabou servindo para expor outros.
É exatamente isso que os inimigos da imprensa não entendem — quanto mais tentam esconder, mais a verdade escapa pelas frestas.
A violência contra jornalistas: do STF às pequenas cidades
A escalada de intimidação é nacional. Hoje mesmo, entidades de imprensa condenaram no Senado o cerceamento à atividade jornalística. O senador Paulo Paim, sempre atento aos direitos humanos, deu voz a uma preocupação gravíssima.
Segundo a presidente da Abraji, Kátia Brembatti, o Brasil vive:
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violência física,
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violência verbal,
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e violência judicial, a mais sofisticada forma de censura contemporânea.
Já existem 654 processos no país caracterizados como assédio judicial contra a imprensa — número reconhecido pelo próprio STF.
Traduzindo: processos fabricados para intimidar, calar, sufocar financeiramente repórteres e veículos. E isso vale tanto para grandes redações quanto para cidades como Jeremoabo, onde certos indivíduos acham que processo judicial é ferramenta de pressão para impedir jornalistas de revelar suas “obras” — ou melhor, seus desmandos.
Mas não conseguem. Nunca conseguiram. Nunca conseguirão.
Em Jeremoabo também é assim: quem tem medo da imprensa, tem culpa
Quando vemos certos personagens da política e até servidores públicos local correndo para pedir liminar contra jornalista, tentando amordaçar quem denuncia corrupção, perseguição e desmandos, só conseguimos concluir uma coisa:
quem tem medo da verdade é porque tem muito a esconder.
O jornalismo que incomoda é o jornalismo que cumpre sua função
O jornalista Carlos Newton encerra perfeitamente essa reflexão ao elogiar a coragem de Malu Gaspar:
“Ainda há quem saiba colocar essa gentalha no seu devido lugar.”
Enquanto houver jornalista disposto a escrever, microfone aberto, gravador funcionando e cidadão que valorize a verdade, nenhum poderoso, grande ou pequeno, conseguirá calar a imprensa.
E é essa teimosia da verdade que faz certos “poderosos” perderem o sono — em Brasília ou no sertão baiano.
E quem não deve, não teme.