Operação Paredão apreende veículo por som alto em Barreiras
Operação Paredão reforça fiscalização contra poluição sonora e desordem pública, resultando na apreensão de paredão e equipamentos irregulares em Barreiras
Operação Paredão reforça fiscalização em Barreiras
O CPR-O realizou, na noite de domingo (07), mais uma etapa da Operação Paredão, ação integrada que contou com apoio da Sematur, Guarda Municipal e Juizado do Poder Judiciário. A iniciativa ocorreu em Barreiras e teve como foco o enfrentamento à perturbação do sossego, poluição sonora, crimes de trânsito e outras formas de desordem pública.

Veículo tipo paredão e equipamentos de som foram apreendidos durante a Operação Paredão em Barreiras | Fotos: Divulgação CPR-O
Operação Paredão apreende paredão e equipamentos irregulares
Durante as ações na área da 84ª CIPM, a equipe identificou cinco veículos com som automotivo acima dos limites permitidos. Todos foram notificados e tiveram os equipamentos retirados e apreendidos pelas autoridades.
Além disso, um veículo do tipo paredão foi apreendido por descumprir a legislação ambiental e de convivência urbana.
CPR-O destaca integração e compromisso com a ordem pública
Segundo o comando, a Operação Paredão permanece como uma estratégia contínua para coibir práticas que afetam o bem-estar coletivo. A PMBA, junto aos demais órgãos municipais e judiciais, reforça que seguirá atuando de forma integrada para preservar a tranquilidade pública e garantir o direito ao sossego da população de Barreiras.
Foto: Divulgação CPR-OFonte: Ascom CPR-O
Falabarreiras, notícia é pra sempre!
Operação Paredão reforça fiscalização em Barreiras
Há momentos em que parece que Jeremoabo é uma ilha perdida no meio do oceano — um território isolado das leis que regem o restante do país. A sensação de abandono é tamanha que o cidadão, cansado de reclamar, passa a acreditar que aqui vigora um tipo diferente de física social: quanto mais se protesta, mais silêncio existe apenas no papel, nunca nas ruas.
A perturbação do sossego em Jeremoabo não nasceu na gestão Tista de Deda. Pelo contrário, é um problema antigo, crônico, já incorporado ao cotidiano, como se fosse um “costume” local — quando na verdade é ilegal, nocivo e desrespeitoso. O povo reclama, denuncia, implora… e nada acontece. Em vez de ação efetiva, criam-se leis redundantes, decretos repetidos, normas que não passam de enfeites administrativos. Enquanto isso, o som exagerado sacode madrugadas, famílias, idosos, trabalhadores, enfermos e quem simplesmente deseja viver em paz.
O mais angustiante é constatar que em diversas cidades da Bahia o problema já não encontra complacência. Em Paulo Afonso, o Ministério Público tomou providências firmes. Em Euclides da Cunha, a fiscalização entrou em campo sem titubear. Em tantos outros municípios, a lei saiu do papel e mostrou que funciona quando há vontade das autoridades. Mas em Jeremoabo, parece que as normas têm vida própria: são escritas, publicadas, divulgadas… e ignoradas. A impressão generalizada é que repousa sobre a cidade uma maldição herdada dos capuchinhos, tamanha a dificuldade para agir diante de algo tão simples.
E o contraste se torna ainda mais gritante quando observamos como as instituições funcionam quando querem funcionar. Para comprovar, basta ver o exemplo de Barreiras:
Operação Paredão apreende veículo por som alto em Barreiras
A operação não é pontual: trata-se de uma estratégia contínua para combater poluição sonora, crimes de trânsito e desordem pública. Ou seja, quando há compromisso institucional, a tranquilidade do cidadão é prioridade, não um discurso vazio.
Esse exemplo revela uma verdade incômoda: não falta lei, não falta conhecimento, não falta direito. O que falta é atitude. Falta autoridade que cumpra sua função, falta integração entre polícia, prefeitura, Ministério Público e Judiciário, falta coragem institucional para quebrar o ciclo de complacência que transformou a perturbação do sossego em Jeremoabo numa prática quase “normal”.
Mas o que realmente não falta — e nunca faltou — é o sofrimento da população. Todos sabem quem sofre mais: o humilde que acorda cedo para trabalhar, o idoso que busca uma noite tranquila, o enfermo que precisa descansar, o pai e a mãe que tentam pôr seus filhos para dormir. Para essas pessoas, cada madrugada barulhenta é uma agressão, uma violência invisível, porém devastadora.
Enquanto Barreiras, Paulo Afonso, Euclides da Cunha e tantas outras cidades avançam, Jeremoabo continua refém do descompromisso. E até quando?
