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A Polícia Federal apreendeu, durante operação realizada na 13ª Vara Federal de Curitiba, um vídeo conhecido como “festa da cueca”, além de documentos e arquivos mantidos sob sigilo na unidade que concentrou os principais processos da Lava Jato. A descoberta reacende denúncias que já vinham sendo feitas nos últimos meses sobre possíveis práticas irregulares envolvendo magistrados e operadores do direito.
Segundo investigadores, a gravação mostra encontros recorrentes de juízes com garotas de programa em uma suíte de hotel cinco estrelas da capital paranaense, reuniões que teriam sido financiadas por escritórios de advocacia interessados em processos sob análise da Vara.
O material reforça acusações apresentadas pelo empresário e delator Tony Garcia, que afirma ter sido usado como “agente infiltrado” para registrar irregularidades e, posteriormente, ver esses registros utilizados como instrumento de pressão e chantagem no meio judiciário.
Além do vídeo, a PF recolheu uma “caixa amarela” contendo arquivos sensíveis, delações antigas e documentos que podem esclarecer denúncias de manipulação de sentenças e extorsão. Todo o conteúdo apreendido passou a integrar o inquérito que apura corrupção e abuso de autoridade no âmbito da antiga força-tarefa.
As revelações intensificam a pressão sobre o ex-juiz e atual senador Sergio Moro, que nega todas as acusações, e reabrem o debate sobre os métodos da Lava Jato e seus impactos sobre o sistema de justiça brasileiro.
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