Por José Montalvão
A saúde pública no Brasil é um problema crônico — e isso precisa ser repetido quantas vezes for necessário para que alguns entendam que não se trata de um drama exclusivo de Jeremoabo, tampouco de responsabilidade isolada do gestor atual. Trata-se de uma crise nacional, enraizada em décadas de abandono, má gestão e ausência de políticas de prevenção. E os números deixam isso claro: mais de 52% dos brasileiros convivem com alguma doença crônica, segundo o IBGE. É um país inteiro dependente de um sistema que vive no limite.
O peso da herança e o desafio permanente
Quando olhamos para o SUS, vemos uma estrutura gigantesca, mas marcada por falhas repetidas: filas intermináveis, dificuldade de acesso, falta de profissionais, equipamentos sucateados e desigualdades regionais gritantes. No Nordeste, por exemplo, indicadores de mortalidade infantil ainda superam com folga os do Sul e Sudeste. Ou seja, antes mesmo de Jeremoabo entrar na conversa, a saúde brasileira já está combalida.
E é exatamente nesse cenário adverso que os municípios — especialmente os pequenos — tentam sobreviver. Jeremoabo não é exceção. A precariedade não começou ontem, não surgiu com a gestão atual e muito menos pode ser jogada nas costas de quem está lutando para corrigir décadas de descaso. A deficiência da saúde em Jeremoabo vem de longe, vem de gestões anteriores que deixaram problemas acumulados, estruturas frágeis e um sistema desorganizado.
O esforço do prefeito Tista de Deda
É por isso que, ao analisar a situação local, é indispensável ser justo: o prefeito Tista de Deda vem travando uma batalha diária para reestruturar o setor dentro das limitações que encontrou. São viagens constantes a Salvador e Brasília, busca por recursos, reorganização da gestão, fortalecimento da atenção básica, melhorias no atendimento e tentativas de humanizar um sistema que já chegou quebrado.
A verdade é simples: quem critica como se tudo tivesse começado agora ignora — ou finge ignorar — que Jeremoabo herdou uma estrutura debilitada. Com pouco, o prefeito tem feito muito. E dentro do possível, a saúde hoje já respira melhor do que respirava antes.
A saúde de Jeremoabo no contexto nacional
É preciso reforçar: o problema não é apenas de Jeremoabo. É do Brasil. É estrutural. É histórico. E embora não se resolva da noite para o dia, começa a ser enfrentado quando existe gestão responsável, disposição para o trabalho e compromisso real com a população — justamente o que a atual administração tem demonstrado.
Conclusão
Criticar é fácil. Reconstruir é difícil. E no tema saúde, reconstruir exige coragem, persistência e responsabilidade. É isso que a gestão Tista de Deda vem fazendo: encarando um sistema que já nasceu com falhas e tentando, passo a passo, devolver dignidade ao atendimento em Jeremoabo.
A saúde brasileira é crônica. Mas com trabalho sério, ela deixa de ser sentença e passa a ser desafio — e desafio, quando enfrentado de frente, pode virar solução.