A política não é diferente do mundo dos negócios, considerando que ambos exigem a presença de uma liderança, sendo essa, a base para que todo os níveis, hierárquicos ou não, possam estabelecer uma unidade em torno dos propósitos estabelecidos e aceitos no ambiente coletivo, onde se processa o escopo daquilo que se deseja alcançar. A liderança deve promover o engajamento de todos os colaboradores, dando-lhes conhecimento dos fatos e objetivos (resultados) a serem alcançados. É preciso que esteja claro que a liderança está estruturada na clareza das políticas que visam a obtenção dos resultados esperados, bem como, na definição de funções, responsabilidades, autoridades, gestão dos propósitos e comprometimento coletivo, não havendo espaço para o individualismo ou “alter ego”(o outro eu) ou ego alto, já que liderar é permitir que todos se sintam ombreados na mesma caminhada.
Determinado o escopo pela liderança e equipe, a caminhada se estrutura através do planejamento que norteará a materialização daquilo que se deseja alcançar, tendo a devida consciência de que o planejamento é um processo contínuo e dinâmico que se molda em um conjunto ações e atitudes conscientes, integrando-as as estratégias definidas e coordenadas pela liderança e equipe, de forma a permitir o alcance dos resultados esperados para um momento futuro. Tal planejamento jamais poderá ser estático, já que o processo por ele determinado, deve identificar as ações a serem executadas com adequação aos aspectos como: prazo, custos, segurança, eficácia e outras necessidades não previstas, de forma a permitir que haja controle apropriado, propostas atendidas, integração entre as partes executoras e atendidas, atitudes preventivas para evitar problemas e conflitos, antecipando-se para eliminar as causas e agindo com a devida assertividade, quando da tomada de decisão.
Não basta sabermos o que queremos, é preciso que tracemos um caminho a ser seguido e tenhamos consciência de que podem surgir incertezas, estando aí a necessidade de termos estratégias que nos permitam dar continuidade aos propósitos estabelecidos, já que são elas que nos orientarão na caminhada, nos dizendo a cada momento o melhor caminho a ser seguido para obtenção do resultado desejado, inclusive, recuar quando necessário ou sair pela tangente para evitar conflitos improdutivos, surgido pela intolerância de alguns.
Ver-se que o planejamento estabelece um escopo (desenho) do resultado a ser obtido, tendo a estratégia a finalidade de nos mostrar caminhos que viabilizem a materialidade da proposta, assim, estabelece-se um processo que nos conduz a execução e ao resultado. É nesse processo inicial que surge o diálogo com as partes internas e externas, transformando-o em propostas aceitáveis e/ou descartáveis do decorrer da transformação, para que no final, possamos obter a conquista pelo diálogo processado. Vale aqui ressaltar que em muitas situações o processo precisa ser dividido em partes e definidas metas a serem atingidas em cada fase (parte), isso nos faz entender que nem sempre o planejado pode ser executado na forma inicial, sendo necessário recorrer as estratégias definidas para momentos de incertezas, o qual podemos associar ao recebimento de um “não momentâneo”, mas não definitivo. É possível que muitos acreditem estar se falando de negócios, quando na verdade, a abordagem apenas traça o caminho aleatório de uma trajetória política que pensa no que fazer e como fazer para chegar ao resultado planejado, alertando aos que pleiteiam o trono da coisa pública, para que venham estruturados nestes fundamentos ou poderão chegar a reta final, tão vazios quanto iniciaram a caminhada, pois quem não sabe para onde quer ir, qualquer lugar lhe serve, inclusive, o resultado obtido, ou ainda, ficando perdido pelo meio do caminho, por não saber como ir adiante ou retornar.
Só colhe sem plantar, aquele que trabalha para os outros...
Por: José Mário Varjão, em 02-07-2024
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