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segunda-feira, julho 29, 2024

Costa Neto alega à Justiça dos EUA que é perseguido político por Moraes

Publicado em 29 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

Valdemar Costa Neto deixa Superintendência da PF a... | VEJA

Costa Neto explicou que seu passaporte foi apreendido

Marcela Mattos
Veja

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fez relatos de perseguição política e disse que o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de um ministro, faz oposição a seu partido. O posicionamento consta em uma ação de difamação apresentada pelo dirigente contra a sua ex-mulher, Maria Christina Mendes Caldeira.

O processo tramita na Justiça da Flórida, nos Estados Unidos. Isso porque Maria Christina se mudou após uma separação conturbada com o dirigente, em 2004. Recentemente, ela foi processada por Valdemar Costa Neto  após ter feito uma publicação em uma rede social na qual comentou o passado do ex-marido, que foi condenado e preso no esquema do mensalão. Em reação às postagens, o político cobrou uma indenização de 50.000 dólares, alegando ter uma reputação ilibada.

INQUÉRITO NO STF – A confusão familiar, no entanto, acabou se misturando ao inquérito sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que apura se houve uma tentativa de golpe no país após a derrota de Jair Bolsonaro.

Valdemar foi alvo de busca e apreensão em fevereiro deste ano e outros membros do seu partido, como o próprio Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto, foram alvos da ação. Na ocasião, Valdemar Costa Neto acabou preso em flagrante depois de os investigadores encontrarem uma arma de fogo com o registro vencido – ele foi solto dois dias depois.

A operação também culminou na apreensão do passaporte do político. Por isso, ele ficou impedido de comparecer presencialmente à audiência nos Estados Unidos. Em ofício encaminhado à Corte americana, ele relatou a operação da PF e tentou minimizar seu envolvimento no caso alegando que a Justiça brasileira é oponente ao seu partido.

DIZ COSTA NETO – “Em fevereiro de 2024, houve uma investigação iniciada por um membro do STF (que é conhecido por estar em oposição ao Partido Liberal – PL) contra aproximadamente 30 pessoas relacionadas ao partido por causa de alegações de que elas estariam envolvidas na conspiração de um suposto golpe após as últimas eleições presidenciais”, afirmou Valdemar.

Ele acrescentou que, para a sua “surpresa”, acabou preso na operação, muito embora por um motivo que nada tenha a ver com as investigações em andamento.

“Dada a natureza trivial das acusações, eu acredito, e é de conhecimento geral no Brasil, que essa prisão teve motivação política”, acrescentou.

SEM LEGITIMIDADE – As declarações de Valdemar foram anexadas ao inquérito do golpe depois que a ex-mulher do dirigente acionou o ministro com um pedido de informações sobre a situação do passaporte dele e alegando que o juizado local questionava o fato de ele não ter se apresentado presencialmente à Corte.

Moraes, depois, acabou enviando o caso para uma ação em separado por causa da ausência de legitimidade de Maria Christina em fazer pedidos junto à petição sobre a tentativa de golpe e porque o requerimento “não guarda qualquer relação com os fatos objetos desta investigação”.

Ele, porém, não fez nenhum comentário sobre as críticas diretas de Valdemar Costa Neto.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Costa Neto cometeu um erro grosseiro. Ter dito à Justiça da matriz USA que é perseguido político pode ser encarado como piada. No entanto, ao mencionar claramente o ministro Alexandre de Moraes, mesmo sem ter citado o nome dele, ultrapassou os limites e agora passará a ser tratado realmente como criminoso político, com perseguição garantida por Moraes. Por muito menos, aquela família paulista Mantovani, que não aceitou a prioridade a Moraes na Sala VIP do Aeroporto de Roma, está incriminada num processo sem qualquer prova material, inteiramente baseado em “presunção de culpa”, uma situação jurídica ridícula, que só existe no Brasil. (C.N.)

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