Publicado em 14 de abril de 2023 por Tribuna da Internet
Bela Megale
O Globo
A cúpula do Exército descarta qualquer desconfiança envolvendo a atuação do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes no dia 8 de janeiro. O militar estava à frente do Comando Militar do Planalto (CMP) na data da invasão golpista.
Militares da ativa ouvidos pela coluna relataram que Dutra “cumpriu ordens” quando estava no cargo e que “foi quem mais dificultou” a situação para os golpistas que invadiram o Palácio do Planalto. A atuação do general é descrita como “pró-ativa” e longe de leniência junto aos vândalos.
DEPOIMENTO À PF – O general Dutra foi um dos 81 militares ouvidos nesta quarta-feira pela Polícia Federal sobre os ataques aos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Aos investigadores, ele disse que o presidente Lula concordou com sua proposta para desmobilizar o acampamento montado na frente do quartel do Exército, em Brasília, só no dia 9 de janeiro. O general relatou ter falado com Lula por telefone na noite de 8 de janeiro, horas depois dos ataques golpistas.
O militar foi exonerado, em fevereiro, do Comando Militar do Planalto e remanejado para um cargo de subchefia no Estado Maior do Exército (EME). A saída foi costurada para contornar crise política envolvendo o governo Lula e as Forças Armadas. O Palácio do Planalto acreditava que Dutra teria sido uma leniente com os golpistas que ficaram acampados na frente do Quartel-General.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Apenas um reparo. A remoção do general Dutra não teve nada a ver com os incidentes de 8 de janeiro. Já havia sido decidida ainda em dezembro, no governo Bolsonaro e foi apenas confirmada pelo novo comandante do Exército. (C.N.)