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segunda-feira, fevereiro 21, 2022

Enquanto não qualificarmos os eleitores, a política brasileira continuará nesse vergonhoso baixo nível

Publicado em 20 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet

Democracia

Charge do Duke (O Tempo)

Antonio Fallavena

Fico imaginando Jair Bolsonaro dialogando com Vladimir Putin. Diplomaticamente, já passamos vergonha durante anos com Lula, que era recebido folcloricamente pelos grandes líderes internacionais, depois com Dilma Rousseff, que não dizia nada que se aproveitasse, e agora com o falso mito.

No exterior, devem pensar que somos um povo subdesenvolvido, sem cultura e sem padrão de conhecimento, porque, nos dias atuais, se conhece um povo por aqueles que o representam.

BAIXO NÍVEL – Na política brasileira, poucos são os que têm cultura abrangente e conhecimento elevado. A imensa maioria é tosca e corrupta, ao estilo de nossos últimos presidentes. E com as novas gerações, teremos sorte se o nível não piorar.

De fora, sem compromissos, acompanhei com interesse o surgimento e desenvolvimento do PT. Nos primeiros anos, aprendi muito. E foi ótimo. Tinham práticas que não eram aplicadas na sociedade, como a autocrítica, que deveria ser praxe em todos os partidos.

O PT chegou ao poder e, pouco a pouco, se aboletou nele. Começou a apodrecer. Cresceu e derreteu. Agora, com a volta de Lula, tem nova chance de voltar ao poder, porém não é mais o antigo PT e jogou no lixo a autocrítica. As castas da corporação formaram-se guetos dentro do partido. A imensa maioria, os militantes, até hoje não sabem o que aconteceu.

EDUCAR É PRECISO – Lidar com gente é complicado e exige pressão continua, afrouxou, cai. Acredito piamente que temos de começar por aprimorar o ensino público, porque educação é atribuição familiar. Só assim poderemos qualificar o voto, porque o eleitor precisa saber como usá-lo no interesse público.

Democracia não é para qualquer um. Exige aprimoramento cultural e profissional de todo o povo, em busca de qualidade de vida, entendimento e justiça social, com avaliações, acompanhamento e fiscalização permanente.

No caso do Brasil, se o eleitor não consegue enxergar os erros cometidos pelo grupo dos corruptos, de todas as cores e crenças, como ainda quer descobrir erros nos outros? Não tem lógica. Tudo está à mostra, mas os defensores dos corruptos conhecidos e identificados com provas, estão passando pano para limpar a sujeira de seus líderes.

EXEMPLO DE GILMAR – Vejam como se comporta o ministro Gilmar Mendes, que é uma graça e gosta de fazer graça. De repente, pede demissão de um membro do Executivo. Pode? Ah, e somente envia a sugestão a parlamentares governistas…

Pois deveríamos fazer o mesmo e mandar uma mensagem aos congressistas pedindo para demitir Gilmar Mendes. A esse respeito, lembro um professor que usava expressões estranhas em suas aulas. Uma delas era “pedantife”. Os alunos, desconhecendo o temo, perguntaram-lhe o significado, e ele, prontamente, respondeu: “É uma mistura de pedante com patife…”.

No Brasil, hoje o termo pode ser usado em quase todos os momentos, nos nossos dias atuais!


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