Willy Sandoval
Essa irresponsabilidade toda não vai nos levar a lugar nenhum, ou melhor pode levar sim, talvez a uma guerra civil ou a uma outra ditadura. Ninguém se salva, dentro dessa enorme situação de penúria, salários defasados, pagos com atrasos (se forem pagos), miséria se multiplicando, o Congresso tem a coragem de ampliar para 33 anos a idade de dependentes, para os planos de saúde dos marajás parlamentares e seus familiares.
E o Judiciário, então, cujos salários nunca atrasam, não abrem mão de um centavo de mordomias. A famiglia Bolsonaro, então, sempre mamou nas tetas públicas, com rachadinhas e milicianos, agora aparecem como justiceiros para os policiais militares.
FERRO E MAIS FERRO – Enquanto isso no lombo do povo, dos pagadores de tributos, é só ferro e mais ferro. Fazem passar reformas que com o tempo vão deixar na miséria todos os funcionários públicos que trabalham diretamente com a população, tais como professores, pessoal da saúde, de atendimento do INSS e outros.
Os policiais militares, insuflados ou não, sabe-se lá por quem, já partem para a ignorância, se amotinam e não respeitam mais autoridade alguma, coibir isso, provavelmente, só na base do fogo e da porrada.
Enquanto isso, vamos nos colocar no lugar de empresários que estariam dispostos a investir seu capital em atividades produtivas, criar empregos e riquezas. Farão isso? Se eu fosse um, provavelmente no mínimo eu estaria adiando, se não cancelando qualquer plano de investimento.
SUPREMO INSENSÍVEL – A insegurança jurídica campeia, e nisso temos que “agradecer” ao STF, e com insegurança jurídica temos todas as inseguranças daí derivadas, tais como desigualdade social, direito de ir e vir, direito a vida, a inviolabilidade dos lares, etc…
Quero saber quando deixaremos de ter moleques no exercício dos três poderes, ninguém ou muito poucos se salvam, nesse festival de irresponsabilidades. Dá até vontade de citar nomes aqui, um atrás de outros, nos três poderes, mas é mais fácil acharmos alguns que se salvam, que mostram um mínimo de dignidade em suas funções, tais como Luiz Fux e Luís Roberto Barroso no STF ou o ministros Sergio Moro (Justiça) e Tarcisio Freitas (Infraestrutura). Há outros também, é claro, mas os “malfeitores” parecem que estão em número muito maior ou em posições muito mais elevadas.
Vou ficar por aqui, mas meu desabafo de Carnaval é muito maior. Depois em volto, com mais detalhes.