aVeraMagalhãesEstadão
Diante do impasse institucional entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República em razão do “inquérito multiuso” instaurado na Corte e comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, integrantes das duas instituições e observadores externos, inclusive dos demais Poderes, se preocupam em tentar enxergar uma “saída honrosa”.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, deverá recorrer da decisão de Moraes, que, por sua vez, decidiu ignorar o arquivamento do inquérito determinado por ela. O recurso deverá ser apresentado ao plenário do STF, forçando os demais ministros da Corte a se posicionarem quanto ao mérito do inquérito e de algumas das medidas polêmicas tomadas nele – como a censura à revista Crusoé e ao site O Antagonista e as buscas e apreensões e restrições ao uso de redes sociais de pessoas aleatórias por declarações ou postagens contra o Supremo ou seus ministros.
CAUTELAR – Outro caminho seria o ministro do STF Edson Fachin conceder uma cautelar na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental impetrada pela Rede Sustentabilidade, algo considerado menos provável pelo potencial de mal-estar entre integrantes da Corte.
Por fim, expoentes do Congresso e do governo já discutem a possibilidade de apresentação de alguma emenda à Constituição resguardando de maneira mais clara o direito à opinião e rechaçando iniciativas que resvalem para censura ou restrição a liberdades individuais.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Há quem pense (?) que a procuradora Raquel Dodge pode ser convencida a não recorrer, para não agravar a crise, mas não adiantará nada, porque já existem sete recursos em tramitação. O primeiro foi do partido Rede; o segundo, do senador Jorge Kajuru (PSB-GO); e o terceiro, da Associação Nacional dos Procuradores da República. Depois, apresentaram mais quatro recursos. Ou seja, o vexame de Toffoli e Moraes vai acontecer de qualquer maneira, e o relator é o ministro Fachin, que já pediu explicações formais a Alexandre de Moraes, com prazo de apenas cinco dias. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Há quem pense (?) que a procuradora Raquel Dodge pode ser convencida a não recorrer, para não agravar a crise, mas não adiantará nada, porque já existem sete recursos em tramitação. O primeiro foi do partido Rede; o segundo, do senador Jorge Kajuru (PSB-GO); e o terceiro, da Associação Nacional dos Procuradores da República. Depois, apresentaram mais quatro recursos. Ou seja, o vexame de Toffoli e Moraes vai acontecer de qualquer maneira, e o relator é o ministro Fachin, que já pediu explicações formais a Alexandre de Moraes, com prazo de apenas cinco dias. (C.N.)