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quarta-feira, abril 03, 2019

Mourão volta atrás e diz que Bolsonaro não sabia de vídeo pró-golpe de 1964


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Mourão não sabia e o Planalto agora alega que também não sabia
Jussara Soares e Gustavo MaiaO Globo
O presidente em exercício Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira que, ao contrário do que disse na segunda, o presidente Jair Bolsonaro não tinha ciência da divulgação de um vídeo pró-golpe por um número de WhatsApp da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto.
– Em tese, ele deveria saber. Agora sei que ele não sabia – disse Mourão a jornalistas sobre o filme que trata o golpe de 1964 como um momento da história em que o Exército “salvou” o Brasil, compartilhado no domingo.
CONTRADIÇÕES – De saída do gabinete da Vice-Presidência no fim da manhã da segunda, Mourão foi questionado pelo GLOBO se achava adequado o Planalto ter divulgado o material no dia em que o golpe completou 55 anos e respondeu apenas que foi “decisão do presidente”. A reportagem então repetiu a pergunta, ao que o presidente em exercício confirmou: “Decisão do presidente. Foi divulgado pelo Planalto, é decisão do presidente”.
Informado que a Secretaria de Comunicação ainda não divulgou de onde partiu o vídeo, ele devolveu a pergunta: “Também não sabe?” — e disse não ter assistido ao vídeo.
Procurada, a assessoria da Presidência informou que não iria comentar o assunto. No domingo, apenas confirmou que o vídeo foi enviado em uma lista de transmissão da Secom.
EMPRESÁRIO – Nesta terça-feira, o empresário paulista Osmar Stábile divulgou um comunicado declarando ser o “autor-produtor” do filme  que segundo seu advogado foi enviado em grupos de WhatsApp para amigos.
De acordo com a nota, a produção foi feita espontaneamente e paga pelo próprio Stábile. O advogado Piraci Oliveira afirmou que não foram usados recursos públicos, mas não quis informar quanto custou a produção –“foi privada”.
Ele disse não saber como o filme foi parar na Secretaria de Comunicação da Presidência da República — que até o momento não explicou por que distribuiu o vídeo por um canal oficial.
DIZ O VÍDEO – Na peça, um senhor diz que quem tem a idade dele se lembra de um momento de “escuridão” para o país. Descreve essa época como um “tempo de medos e ameaças”, em que os “comunistas prendiam e matavam seus compatriotas”.
Sugere aos jovens que consultem jornais e filmes do período para saber que “havia medo no ar”, “greve nas fábricas”, “insegurança”. O narrador diz, então, que o Brasil se “lembrou” que “possuía um Exército” e, segundo ele, o povo conclamou pela ação dos militares.
O narrador diz, então, que o Brasil se “lembrou” que “possuía um Exército” e, segundo ele, o povo conclamou pela ação dos militares. “O Exército nos salvou. O Exército nos salvou. Não há como negar. E tudo isso aconteceu num dia comum de hoje, um 31 de março. Não dá para mudar a história”, diz o ator no vídeo. Com quase dois minutos, o material não tem um selo indicando sua origem e termina com a mensagem de que os militares não querem “palmas nem homenagens”. “O Exército apenas cumpriu o seu papel”, registra o vídeo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Mourão não errou e fez a avaliação certa. Se foi o Planalto que distribuiu, o presidente autorizou, é decisão dele. Depois aparece a Secom para dizer que não foi bem assim, e agora surge o estranho empresário paulista. O fato concreto é que tudo isso envolve um fanatismo que vive olhando o passado, ao invés de mirar o futuro. Esse fanatismo às vezes é ridículo, mas também pode ser trágico(C.N.)

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