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sábado, abril 20, 2019

Governo culpa PP, PR e PRB pela resistência à aprovação da reforma de Previdência


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No desespero, Paulo oferece de 6 a 8 bilhões aos governos estaduais
Vera MagalhãesEstadão
A escalada de decisões controversas tomadas nesta semana pela dupla Dias Toffoli e  Alexandre de Moraes tirou o foco do governo numa semana de más notícias na economia, como a projeção negativa do PIB do primeiro trimestre, o anúncio de que não haverá aumento real do salário mínimo e o impasse provocado pela intervenção no preço do diesel. De quebra, a censura determinada pelo Supremo Tribunal Federal à imprensa deu a Jair Bolsonaro a chance de, corretamente, se colocar como defensor da liberdade de expressão. Mas a reforma da Previdência ficou completamente fora de foco.
O governo já mapeou aquele que seria o “núcleo duro” que atrapalha a tramitação da reforma da Previdência fora da oposição, na Câmara dos Deputados.
TRINCA DE PAUS – Embora seja creditada genericamente ao “Centrão”, a resistência ao projeto estaria concentrada na trinca PP, PR e PRB. Os demais seriam satélites, com queixas mais pontuais e fáceis de equacionar. Esses três são os partidos que gostariam, segundo os negociadores da reforma, de forçar Jair Bolsonaro a definir uma “regra do jogo” para a sua participação no governo – algo que não se dará “na marra”, alertam os mesmos articuladores.
“Os outros partidos entendem que o momento de discutir as divergências é na Comissão Especial”, diferenciou para a Coluna um dos responsáveis pela interlocução. O trabalho de impedir o caminho da PEC, observam integrantes do governo, é facilitado pelo “desastre” dos líderes do governo e do PSL que, a despeito das patentes de major e delegado, não têm autoridade alguma sobre as bancadas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Excelentes informações de Vera de Almeida. O fato concreto é que a reforma da Previdência está emperrada e o governo simplesmente não tem base aliada. Na avaliação do líder do PSL, delegado Waldir, apenas cerca de 100 deputados já fecharam com o governo. No desespero, o ministro da Economia, Paulo Guedes, está oferecendo dinheiro (verbas do leilão do pré-sal) para os governadores que pressionarem suas bancadas a votar a favor da reforma. É a volta da política do toma lá, dá cá, em toda a sua plenitude. Enquanto não destruir esse governo, Guedes parece que não sossega. (C.N.)

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