Gabriela VinhalCorreio Braziliense
O presidente da República, Jair Bolsonaro, receberá, a partir de quinta-feira (4/4), seis presidentes de partidos políticos para intensificar o processo de articulação no Congresso Nacional. As reuniões serão individuais e continuam na semana que vem. O chefe de Estado desembarca no Brasil, na noite desta quarta-feira (3/4), após passar alguns dias em Israel. Antes de embarcar para a viagem de volta, afirmou que “jogará pesado na Previdência”.
De acordo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a agenda começa às 8h30, com os presidentes do PRB, o deputado Marcos Pereira (SP); Gilberto Kassab, do PSD; depois receberá o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Bolsonaro almoçará com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e depois receberá o ex-deputado Romero Jucá (MDB).
MAIS CINCO – “O presidente receberá seis nesta quinta-feira e mais cinco entre terça e quarta-feira da semana que vem”, explicou Onyx. A próxima rodada de conversas, contudo, só tem quatro nomes confirmados: os presidentes do PSL, do Solidariedade, do PR e do Podemos. Ficou faltando um partido.
O tom das conversas, segundo o chefe da Casa Civil, é para convidar as siglas a participar da aprovação da reforma da Previdência e, eventualmente, ajudar na construção da base aliada do governo na Câmara, porque, já com três meses de mandato, Bolsonaro até hoje não conseguiu formalizar apoio no Congresso Nacional.
DIÁLOGO – “É um processo. Uma fórmula baseada no diálogo com uma construção diferente registrada nas urnas. Agora é preciso fazer a boa política e unir todos os brasileiros”, declarou Onyx.
Para o ministro, depois das críticas de parlamentares e sobretudo, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que o Executivo e Bolsonaro não estariam abertos para dialogar com os congressistas, o governo tem se mobilizado para montar essa base.
“É preciso dialogar, convidar e abrir a porta. É o que estamos fazendo”, pontuou Onyx Lorenzoni.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em seus delírios de grandeza, Bolsonaro imaginou que os parlamentares iriam lhe prestar submissão e fazer o que ele bem entendesse. Mas não é assim que funciona. Para fazer a “nova política”, o presidente teria de enviar ao Congresso apenas projetos óbvios, que não dessem margem a críticas, mas isso “non ecziste”. Só agora ele resolveu começar a negociar, com três de atraso. Será que já acordou dos sonhos de grandeza e caiu na real? Pode ser, mas parece difícil. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em seus delírios de grandeza, Bolsonaro imaginou que os parlamentares iriam lhe prestar submissão e fazer o que ele bem entendesse. Mas não é assim que funciona. Para fazer a “nova política”, o presidente teria de enviar ao Congresso apenas projetos óbvios, que não dessem margem a críticas, mas isso “non ecziste”. Só agora ele resolveu começar a negociar, com três de atraso. Será que já acordou dos sonhos de grandeza e caiu na real? Pode ser, mas parece difícil. (C.N.)