Flávio FreireO Globo
Ativistas e entidades que defendem a chamada minoria reagiram fortemente à decisão do presidente Jair Bolsonaro de tirar do ar uma propaganda do Banco do Brasil que destaca a diversidade. Na peça, jovens negros, tatuados, trans e de diferentes estilos aparecem em cenas do cotidiano.
NEGROS PROTESTAM – “A comunidade negra gastou um tempo imenso para despertar na sociedade o respeito à diversidade. Essa propaganda consolida uma conquista dos excluídos. A decisão dele (Bolsonaro) mostra o quanto ele é equivocado” – disse frei David, à frente da Educafro, entidade que luta pela inclusão dos negros no mercado de trabalho e universidades públicas.
Segundo Frei Davi, a Educafro pretende entrar com uma denúncia na Organização das Nações Unidas (ONU) contra a decisão do governo federal de tirar a propaganda do ar.
EXPLICAÇÃO – Ao colunista Lauro Jardim, do Globo, Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil, disse que Bolsonaro não gostou do resultado da campanha: “O presidente Bolsonaro e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. A saída do diretor é uma decisão de consenso, inclusive com aceitação do próprio”.
Na propaganda, uma modelo trans também aparece rapidamente. Assim como os outros participantes do filme, não fala, apenas contracena com a câmera.
“É impossível entender a cabeça de um presidente que se incomoda com a liberdade alheia, com a diversidade. Há uma questão psicológica a ser estudada” – ironiza o ativista gay Fernando Dantas, que trabalha em uma Organização Não Governamental (ONG) que dá abrigo a transexuais em situação de vulnerabilidade.
INTOLERÂNCIA – Um dos fundadores da Associação da Parada do Orgulho LGBT, Nelson Matias, disse que a iniciativa de Bolsonaro refroça o que ele chama de “intolerância institucional”.
– O que ele falava antes mesmo da campanha (eleitoral) está colocando em prática, infelizmente. Esse tipo de atitude reforça o discurso de ódio contra pessoas que lutam diariamente por sua sobrevivência – disse Matias.
Esta foi a segunda vez em um mês e meio que Bolsonaro protagonizou uma controvérsia envolvendo a maior instituição financeira estatal do país. Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, o presidente foi ao Facebook para criticar a decisão do Banco do Brasil de tornar obrigatório um curso de diversidade, prevenção e combate ao assédio moral e sexual. Além de avisar que havia ordenado à cúpula do banco que abolisse a formação, o presidente orientou os postulantes a cargos no BB a recorrerem à Justiça.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A culpa é da agência de publicidade, por testar os limites do presidente sobre a agenda LGTBIQ, que inclui cada vez mais tendência sexuais. E a direção do BB também é culpada, por conivência. Liberdade sexual é uma coisa, libertinagem é outra. Sexo é bom entre quatro paredes. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A culpa é da agência de publicidade, por testar os limites do presidente sobre a agenda LGTBIQ, que inclui cada vez mais tendência sexuais. E a direção do BB também é culpada, por conivência. Liberdade sexual é uma coisa, libertinagem é outra. Sexo é bom entre quatro paredes. (C.N.)