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quarta-feira, fevereiro 20, 2019

Bolsonaro é uma decepção, mas ainda restam Moro e os ministros militares


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Charge do Jaguar (Arquivo Google)
Carlos Newton
​Ainda não se passaram dois meses e a decepção é enorme. Excluindo-se os fanáticos por Bolsonaro, que podem se igualar aos fanáticos por Lula, cujas opiniões (de ambos os lados) nem devem ser levadas em consideração, muitos eleitores do candidato do PSL já começam a ficar desiludidos. E não faltam motivos.
MINISTRO SUSPEITO – O ministro da Economia, por exemplo, é altamente suspeito. Ligado aos banqueiros, jamais dá uma só palavra sobre a dívida pública, que é o maior desafio brasileiro, e se comporta como se a reforma da Previdência fosse resolver milagrosamente todos os problemas do país.
Melhor faria o economista Paulo Guedes se comparecesse ao Ministério Público Federal e prestasse depoimento sobre o prejuízo que causou a vários fundos de pensão. Se é inocente, porque se recusou a prestar depoimento e agora se esconde sob o manto do foro privilegiado?
TORTURADOR – Como diria Ary Barroso, o ministro Guedes está levando o país por “caminhos tristonhos”. Deveria mandar fazer auditorias sobre a Previdência e a dívida pública, deixar as coisas bem claras, mas ele segue à risca a definição de que “a estatística é a arte de torturar os números até que confessem os resultados que são desejados”.
Para demonstrar a má fé de Guedes, estamos publicando diariamente os demolidores artigos da auditora Maria Lúcia Fattorelli, considerada uma das maiores especialistas mundiais em finanças públicas.
Detalhe importante: seus argumentos sobre a “maquiagem” para criar déficits nas contas da Previdência jamais foram respondidos pelos governos de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, que seguiram a mesma trilha de apoio aos interesses dos banqueiros.
FALTA EQUILÍBRIO – Com a divulgação das conversas com Bebianno, deu para perceber que Bolsonaro é inseguro e limitado, segue a orientação dos filhos e acredita em conspirações. Mandou proibir que os ministros entrem com celulares nas reuniões do primeiro escalão, embora permita que o filho Carlos e o sobrinho Léo Índio assistam a essas reuniões de celulares em punho, conforme foto publicada em O Globo.
Com ministros desqualificados na Economia, Educação, Relações Exteriores, Meio Ambiente, Turismo e Direitos Humanos, o que segura o governo é a ala militar, mas acontece que nenhum dos generais defende a realização das auditorias nem tenta evitar o desmonte da Previdência. Eles somente se preocupam com os interesses corporativos dos militares, esquecidos da mensagem de Francisco Barroso, alertando que o Brasil espera que cada um cumpra seu dever.
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P.S. 1 – 
Outro grande avalista de Bolsonaro é o ministro Sérgio Moro, que tem apresentado uma atuação impecável, mas não opina sobre o governo em geral, que está cheio de furos.
P.S. 2 – Em tradução simultânea, ou os militares despertam e começam a exigir que Bolsonaro defenda os interesses nacionais, ou a Previdência Social será destruída, para alegria dos banqueiros, e a dívida pública chegará a um ponto que inviabilizará qualquer governo.
P.S. 3 – Além disso, é claro, os ministros precisam impedir que os filhos de Bolsonaro, já apelidados de “Os Três Patéticos”, continuem a influenciar o governo. Eles se comportam como “príncipes-regentes”, mas o Brasil já faz tempo que se tornou uma república. (C.N.)

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